Buscar

Resumos Faculdade Descomplica - Marketing Digital Vendas - Modulo 1 - Analítica de dados e ações estratégicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Analítica de Dados e
ações estratégicas
O desenvolvimento de estratégias organizacionais é imprescindível para a
continuidade das empresas, muitos recursos são exigidos para que a
tomada de decisão seja assertiva e ágil. A busca pela sobrevivência
mercadológica fez com que as organizações aprofundassem seus
conhecimentos e procurassem por novas tecnologias e sistemas que
melhorem e facilitem a coleta de dados e informações para auxiliar no
planejamento de ações e alcance dos objetivos.
Big Data e Analytics influenciam na forma como os líderes gerenciam e
tomam decisões trazendo valores e veracidade aos negócios. As análises
proporcionadas pelo sistema, através da compilação de volumosos dados
e gerenciamento das informações, minimizam custos e tempo, aumentam
a agilidade de reação de resolução de problemas, melhoram a
competitividade e sobrevivência no mercado.
As técnicas de brainwriting, brainstorming e mapa mental, que também
são métodos para a melhoria da resolução e tomada de decisão,
relacionam-se ao desenvolvimento da criatividade e da inovação. Auxiliam
na visualização e análise de possíveis alternativas para a continuidade
dos projetos, construção e detalhamento analítico, visão sistêmica, além
de proporcionar a unidade da equipe para o desenvolvimento dos
processos.
Todas as técnicas explanadas são meios para chegar aos resultados
estratégicos, que dependem de estrutura, planejamento, administração e
recursos, cada dia mais visionários, para o alcance do seu propósito.
Big Data e Analytics
 
O Big Data se desenvolveu consideravelmente, permitindo que as
empresas coletassem grandes volumes de dados, com alta velocidade e
variedade de formas, inovando sua visão de tomada de decisão e
automação dos processos (GARTNER, 2021).
Conforme Dumbill (2012), o Big Data se tornou a palavra da moda em TI
(Tecnologia da Informação) por viabilizar o controle, velocidade e
pluralidade imensa de dados, com grande mobilidade e rapidez de
processamento. Dados que muitas vezes ficavam ocultos, tiveram
visibilidade através da padronização valiosa e informações codificadas. O
Big Data está em duas categorias:
• Analítica: pode revelar insights ocultos, que antes necessitavam de
processadores de alto custo, e como no exemplo do autor, o Big Data
proporcionou verificar a forma pela qual os clientes podem influenciar os
demais pela análise das transações dos consumidores, informações
geográficas e sociais.
• Viabilidade de Novos Produtos: por ter a capacidade de processamento
dos dados em tempo razoável, exclui a necessidade de amostragem,
possibilitando uma abordagem investigativa dos dados e informações.
 
Empresas como Google e Walmart dizem que esta ferramenta está ao
alcance de todos, com baixo custo e bons recursos, até para pequenas
startups. O autor mostra que startups de sucesso são grandes exemplos
de que o Big data facilitou o surgimento de novos produtos e serviços –
como é o caso do Facebook, que combinou uma série de sinais das
ações e experiências dos usuários e seus “amigos” para criar um novo
tipo de publicidade.
Apesar do Big Data trazer às empresas maior agilidade, elas precisam
experimentar e explorar a ferramenta, ter uma visão empreendedora e
curiosa, tanto para criar novos produtos/serviços, quanto obter vantagem
competitiva.
Klaus (2016) conceituou o Big Data como uma “modelagem da nova
revolução tecnológica” que auxiliou na transformação digital por seus
diversos e numerosos desafios, e definido como 3v’s (HURWITZ et al.):
• Volume de dados: refere-se à análise da quantidade exageradamente
grande de dados
• Velocidade de dados: é o tempo de análise despendido para processar
as informações
• Variedade de dados: dados de todos os tipos que serão analisados
 
Godoy (2017) ainda acrescenta mais 2 v’s, que seriam:
• Veracidade: as informações deveriam ser verdadeiras, e pensando no
volume desses dados, algumas delas podem ser falsas, mas através
das análises e estatísticas dessa alta concentração de dados é possível
equilibrá-las.
• Valor: sem geração de valor, a quantidade imensa de informações
recebidas por segundo não terá nenhuma relevância.
 
Todas estas características culminam na produção de informações mais
eficientes e eficazes, fundamentais para uma boa tomada de decisão nos
negócios da organização.
A análise do Big Data pode ter diferentes técnicas e modelos, que
possibilitam previsões futuras e análise das tendências pautadas no
passado. Gomes (2018) divide as análise em quatro tipos:
 
• Preditiva: análise futura, baseando-se na identificação de padrões já
analisados, apontando uma visão confiável e eficiente de informações
para tomada de decisão.
• Prescritiva: verificação do cenário específico para a identificação dos
resultados gerados pelas ações.
• Descritiva: descrição, detalhamento e resumo dos dados para a visão
de todo processo.
• Diagnóstica: percepção, entendimento e identificação dos impactos
causados pelas ações para que a tomada de decisão seja ágil, certa e
eficaz.
 
O conjunto das análises auxilia os gestores no controle dos negócios e
torna possível a assertividade na tomada de decisão.
Nesse cenário composto de análises avançadas e outras técnicas
analíticas conectado ao big data se define o Big Data Analytics (Russom,
2011). O termo Analytics é advindo das ferramentas matemáticas e
estatísticas sofisticadas que vêm para auxiliar os gestores na resolução de
problemas organizacionais e conquistar vantagem competitiva
(DAVENPORT, 2013).
Em consonância, Chen, Preston e Swink abordam que com o avanço
tecnológico, o big data analytics permitiu a análise de dados e a
descoberta de informações ocultas que podem auxiliar em correlações
desconhecidas ou descoberta de padrões, elevando o potencial na
tomada de decisão e criação de novos produtos/serviços e inovações
organizacionais.
O Big Data e Analytics trouxeram uma mentalidade analítica de
processamento, qualidade, velocidade e riqueza de dados, intensificando
soluções melhores para a tomada de decisão.
 
Brainwriting e Brainstorming
 
Brainwriting e brainstorming são técnicas pautadas na criatividade,
portanto antes de discorrer sobre o assunto, necessita-se entender a
criatividade.
Segundo Kneller (1979), a criatividade é uma característica de pessoas
inconformadas com o tradicional e que procuram ideias inovadoras, têm
espírito aventureiro e explorador, se fascinam pelo desconhecido e correm
riscos. Pessoas conservadoras, pelo contrário, são cautelosas, metódicas
e preferem o tradicional a experimentar novos conceitos.
A criatividade depende de uma série de processos atrelados à
imaginação, insights, inovação, que também podem surgir quando há a
necessidade de resolução de problemas. Além disso, pode ser
multifacetada e complexa, pois depende de fatores externos como
ambiente em que vive, valores culturais e sociais, e internos como as
características do indivíduo. Esta habilidade é apontada como uma das
mais solicitadas para o novo milênio, tornando-se imprescindível. Alencar
(1996) ainda ressalta que pessoas criativas são flexíveis, mais otimistas, e
portanto correm mais riscos, abertos a novas experiências, tolerantes,
autoconfiantes, proativos e persistentes.
Sanmartin (2012) também corrobora da mesma ideia que o autor acima: a
criatividade depende dos fatores internos e externos, habilidades inatas e
adquiridas, motivação e deve haver o equilíbrio entre a inconformidade e o
desenvolvimento do indivíduo dentro das suas competências e
conhecimentos. Esse equilíbrio de criatividade e conhecimento gera
pensamentos divergentes, momentos de instabilidade para chegar a
resultados inovadores.
Os passos da produção criativa consiste em quatro fases: a preparação –
pesquisa e reconhecimento da informação; esquentação – preparação;
incubação – processamento inconsciente do problema; verificação –
validação das ideias geradas. (WALLAS, 1926 & PATRICK, 1955 apud
BARRETO, 2014).
Dentro dessa premissa, verificou-se que a criatividade não é advinda da
imaginação pura e sim da experimentação,avaliações e
aperfeiçoamentos. Com tudo isso, acrescentou como outra fase, a
realização, ou seja, a execução das ideias discutidas e validadas para a
resolução de problemas. Apesar de todas estas fases, indica que sem
motivação, proteção e recompensa o processo pode não obter sucesso.
Os autores citados mostram que a criatividade se vale de metodologias
para o processo criativo para geração de ideias e facilitação de novas
soluções.
O Brainstorming é uma dessas ferramentas que auxiliam na criação,
preparação e elaboração de planos para a solução de problemas. Osborn
(1987) introduziu o termo Brainstorming em 1953, como processo de
geração de ideias, “usar o cérebro para tumultuar um problema” (p.73) É
proposto que um grupo de pessoas de áreas e competências diferentes
se reúnam para a resolução de uma questão, gerando uma “tempestade
de ideias”. A diversidade e experiências múltiplas dos participantes
compõem um processo de criação de várias sugestões e discussões
acerca da resolução, quanto maior o número de possibilidades, melhor
será a combinação dos insights. Inicialmente, todas são ouvidas e
anotadas, sem julgamento, para que juntas evoluam para a solução mais
eficiente.
O autor sugere durante o processo a pausa de um dia, após a captação
de uma variedade de ideias, para que possam entrar na fase de
incubação, em que os participantes tenham um relaxamento proposital
para o inconsciente conseguir realizar o seu trabalho.(OSBORN, 1987)
Brainstorming, conforme Trindade (2012), permite o estímulo da produção
de um conjunto de ideias tendo como ponto de partida a investigação de
um contratempo, proporcionando uma atividade de pesquisa mais
elaborada e exigente.
Para Brown (2010), diretor de uma renomada empresa de design IDEO,
em que a criatividade é uma de suas qualidades, entende que
brainstorming é uma das técnicas mais eficientes para a formação de
ideias, enfoca a importância desta criação, não somente em palavras,
escritas, mas também através de desenhos, pois eles mostram tanto o
contexto emocional, quanto suas características funcionais. A linguagem
utilizada para expressar as ideias é fundamental para compor diferentes
formas de entendimento.
Bessant (2016) ressalta que essa é uma técnica ou dinâmica de procura
de solução de um problema específico, através da contribuição de várias
ideias dos seus participantes; instituições como Harvard Business School,
Yale e Massachusetts Institute of Technology (MIT) desfrutam desta
ferramenta para prática de investigação científica.
A associação de ideias é uma prática muito antiga, desde os tempos de
Platão e Aristóteles (séc. IV a.C) e é usada até os tempos atuais, elevando
o nível de ideias, tanto em quantidade como em qualidade, e o nível de
criatividade. Santo (2015) qualifica três capacidades criativas que auxiliam
na variedade de pensamentos: “contiguidade: proximidade de ideias,
sequência, causa e efeito; semelhança: similaridade, fator comum,
paralelismo, usado em metáforas; contraste: antônimo, contrário, inverso
de ideia, valorizado em ironias e humor.” (p.1). O brainstorming é a
ferramenta mais usada, em termos de associação de ideias.
Existem dois tipos de brainstorming (SCHOLTES, 2003):
 
• Estruturado: os participantes deverão expor uma ideia de cada vez para
que todo o grupo possa partilhar, até mesmo os mais tímidos, dando
sequência às rodadas até que se esgotem. Por obrigar todos a
exposição de ideias, poderá gerar um certo constrangimento pela
imposição.
• Não estruturado: as ideias podem ser explanadas conforme o
surgimento delas, sem que tenham obrigatoriedade, criando um
ambiente mais tranquilo, apesar de correr o risco dos mais extrovertidos
dominarem a sessão de brainstorming. 
 
O brainstorming é uma das técnicas que contribui para a junção de muitas
ideias, visto que o grupo é heterogêneo, com conhecimentos diversos,
auxilia na melhoria dos processos.
A técnica Brainwriting é similar a anterior, também usada para a geração
de ideias para o auxílio de resolução de problemas, com a diferença de ter
a comunicação escrita, ou seja, neste caso as ideias são registradas pelo
participante (MICHINOV, 2012). É importante ressaltar que neste método,
as pessoas tímidas ou que tenham dificuldade de se expressar
verbalmente, têm a possibilidade de participar sem a sua exposição,
tornando a reunião mais tranquila e silenciosa (LUCINDA, 2010).
Bomfim (1995) acrescenta ao termo brainwriting o numeral 6-3-5, criando
uma variação da técnica, que consiste em número reduzido de
participantes (06 indivíduos). Cada um deve apresentar 03 soluções e
descrevê-las em um formulário no tempo máximo de 05 minutos. Após
esta dinâmica, os papéis são trocados, no sentido horário, para provocar a
troca de sugestões, aprimoramentos e desenvolvimento das ideias
iniciais. A finalização se dá quando os participantes nesta troca receberem
os outros 05 formulários para discussão.
Além da variação 6-3-5, descrita pelo autor acima, Vangundy (1984)
apresenta, a partir da tradicional (geração de ideias registradas em papel e
passadas para os demais), as seguintes variantes:
 
• Nominal Group Technique: são empregadas em decisões de
planejamento de programa de projeto, com um grupo de 05 a 09
pessoas. As ideias geradas deverão ser escritas num flip chart e depois
listadas e numeradas. O líder fará perguntas para esclarecimento dos
significados e lógicas destas ideias e depois os integrantes listarão de
cinco a nove ideias prioritárias, anotam em cartões para classificá-las e
atribuem uma nota de 5 a 0, sendo da maior prioridade para a menor.
Após esta reflexão, o líder enumera as ideias e a que obtiver maior
pontuação será anotada.
• Brainwriting Pool: aqui um grupo de cinco a sete pessoas se une para o
compartilhamento de ideias. Os integrantes escrevem quatro ideias a
partir do problema explicitado, todas as ideias são colocadas no centro,
como estivessem dentro de uma “piscina” para que haja troca e a partir
disso será estimulado que o grupo crie ideias adicionais Esta dinâmica
deve ser repetida por cerca de 20 a 30 minutos.
• Pin Cards: Apesar de ser parecida com o Brainwriting Pool, o que difere
é escrever ideias em cartões separados e passá-las ao integrante do
seu lado direito. Também servirá para a estimulação de novas ideias a
partir da ideia do membro ao lado e sua repetição será de 20 a 30
minutos.
 
Ainda que a criatividade dependa do estilo do grupo, as várias técnicas
descritas aqui podem ajudar na inventividade, na busca por ideias
autênticas e livres, no incentivo de uma postura mais criativa frente à
resolução de problemas ou procura por resultados.
 
MAPA MENTAL
 
Os mapas mentais são representações que utilizam do princípio do
pensamento para estruturação, organização e memorização de ideias.
Os primeiros registros de um sistema de captação e memorização de
conteúdos que se tem notícia é do poeta e orador grego Simonides de
Ceos, que o fez de forma instintiva associando imagens mentais com
elementos de seu conhecimento e que na época foi bem sucedido. As
representações gráficas, como a Árvore de Porfírio, foi criada pelo
pensador Porphyry de Tyros com o intuito de categorizar os conceitos de
Aristóteles.
Dr. Collins, (século passado) através de sua pesquisa sobre a ligação
entre “aprendizagem, criatividade e pensamento visual”, chegou a outro
modelo de mapa mental pautado nos estudos da Árvore de Porfírio.
Em 1960, Tony Buzan, psicólogo, criador da técnica “Mind Map” (Mapa
Mental) aprimorou os conceitos anteriores, tornando uma ferramenta mais
eficiente. (Azeredo, 2020)
Buzan (1996) diz que a ferramenta é uma representação física do que se
passa pela mente, para organização dos pensamentos e utilização
máxima da capacidade mental.
Por sua vez, Archela et. al (2010) complementa que os mapas mentais
são construídos a partir de imagens espaciais congruentes com as
experiências e conhecimentos de cada indivíduo, direta ou indiretamente.
Os mapas mentais podem ser usados em diversas situações, não só no
âmbito educacional,como também em áreas de desenvolvimento
pessoal, profissional, gestão, processos, no próprio dia a dia (VILELA,
2016).
A utilização dos mapas mentais levou Buzan (1996) a identificar algumas
vantagens, como a redução do tempo para anotar as informações, sem
perda de conteúdo; a leitura das anotações também foi mais rápida e mais
eficaz; a utilização de palavras-chaves reduziu o tempo de procura das
informações e a identificação rápida da correlação entre elas.
Outras vantagens encontradas por Vilela (2016) foram:
 
• Redução de volume de papel
• Menor tempo de “planejamento, elaboração e revisão das tarefas”
• Reestruturação dos processos mais ágeis
• Qualidade superior de produção de conteúdo
• Facilidade de memorização das informações
• Objetividade
• Visão ampla de todo o processo
• Liberdade de criação, consequentemente melhorando a discussão de
ideias
• Redução de estresse, pela facilidade de memorização e compreensão
dos dados
• Dados mais atraentes, por serem coloridos e chamar a atenção
• Flexibilidade para a discussão, decorrente da visão ampla
• Tomada de decisão mais precisa e assertiva
 
 
Figura 01: Mapa Mental
 
Fonte: VILELA (2016, p. 18)
 
Buzan (2019) compreende que o mapa mental é um “diagrama visual
colorido” para a captura de informações feitas pelo córtex cerebral. Sabe-
se que o córtex é provido de dois hemisférios, sendo que o esquerdo faz
uso da lógica e o direito, a criatividade. Isto foi baseado nos estudos da
Dra. Edwards e no trabalho do Dr. Roger W. Sperry (1913-1994), e
popularizado pela artista americana Betty Edwards, em seu livro
Desenhando com o Lado Direito do Cérebro , 1979. Nele, ela afirma que o
“hemisfério esquerdo do cérebro é verbal e analítico” e o “direito é visual e
perceptivo”. Seu método de ensino era justamente para contornar as
características analíticas do hemisfério esquerdo e “libertar a
expressividade do hemisfério direito”.
 
Quadro 01: Funções Controladas pelos hemisférios esquerdo e direito do
cérebro
 
Fonte: Buzan, 2019
 
Para a construção de um mapa mental eficiente é necessário que tenha
uma imagem central, representando o assunto principal é colocada no
centro do projeto, no seu entorno ramificações grossas em que estarão os
temas fundamentais ligados ao principal. Essa associação simboliza a
hierarquia dentro do assunto e depois pequenas ramificações (traços
finos) que são pertinentes a cada tema e outras secundárias e terciárias
que auxiliam na compreensão dos assuntos. Lembrando que, em cada
tronco, deverá ser escrita uma única palavra-chave ou desenho, coloridos
para melhor visualização.
Estudos mostram que a utilização moderada das cores prende nossa
atenção, facilita a compreensão, a motivação é elevada, estimula uma
comunicação vibrante e intensifica o processo de fixação e memorização
das imagens. Esta é uma forma de trabalhar os dois lados do cérebro, sua
multifuncionalidade permite trabalhar a cognição, aprendizado, criatividade
e várias maneiras de pensar, por isso a ferramenta ganhou o nome de
“canivete suíço do cérebro” (BUZAN, 2019).
Como visto, os mapas mentais auxiliam no desenvolvimento dos projetos,
sejam eles no âmbito profissional, educacional ou pessoal; trazem clareza
na exposição das informações, análise profunda dos conceitos propostos,
possibilitando vivências diferentes e aumentando a criatividade, insights e
ideias para avanço e aperfeiçoamento das tomadas de decisões.
 
RESULTADOS ESTRATÉGICOS
 
As relações de trabalho vêm mudando ao longo do tempo e com isso os
interesses organizacionais também mudaram; já não são pautados na
estabilidade, desenvolvimento e aprendizagem e sim nos interesses
inerentes ao colaborador. Dessa forma, a área de gestão de pessoas foi
obrigada a desempenhar o papel estratégico para manter os objetivos da
organização (LONGO, 2017).
As transformações nos cenários, inevitavelmente, interferem nas ações
estratégicas e influenciam demasiadamente na sua eficácia. Para
Mascarenhas (2008), na gestão estratégica de pessoas, os colaboradores
são o ativo mais valioso e que se bem administrado implica em vantagem
competitiva.
Mintzberg et. al aponta que as estratégias executadas dentro de um
planejamento tradicional proporcionam resultados. No entanto, se o
conceito for dentro de um pensamento estratégico, haverá um olhar para 
novas alternativas, facilitando a adaptação da organização, gerando
ações gerenciais mais criativas, predominantemente melhor que as do
planejamento tradicional. Esse pensamento estratégico agrega a
convergência dos processos criativos e o racional para a identificação e
resolução de problemas ambíguos e complexos (PISAPIA e ROBINSON,
2012).
O pensamento estratégico é categorizado em três vertentes: habilidade de
pensamento dos gestores, pensamento individual e a compreensão do
pensamento (estratégico) como forma de planejamento estratégico. Ao
incorporar criatividade e inovação ao planejamento estratégico numa
perspectiva sistêmica, a organização dá abertura para novas formas de
solução dos problemas urgentes e complexos, possibilitando uma efetiva
mudança nos processos e cultura organizacional (ROBINSON, 2012).
De acordo com Derek (1999), o conceito de planejamento estratégico se
baseia no processo gerencial orientado para melhoria contínua de
estrutura de custos e o relacionamento organizacional, sendo um
movimento contínuo para geração de resultados.
Os planos de ações necessários para que as empresas atinjam seus
objetivos e vantagem competitiva devem ser definidos através de um
posicionamento estratégico direcionado por uma postura mercadológica
(HANSEN e MOWEN, 2001).
Segundo Pereira e Santos, para a sobrevivência organizacional é preciso
investir em uma gestão estratégica focada em definir resultados e
procedimentos a partir do planejamento de ações sistemáticas nos mais
diversos níveis hierárquicos, sejam eles estratégicos, táticos e
operacionais.
Ansoff et. al. (1981) leva em conta os fatores políticos e comportamentais
nesse processo, desenvolvendo um novo comportamento organizacional
para lidar com as variações do mercado, elevando o nível da
administração estratégica.
Na visão de Bulgacov et.al (2007), se existem vertentes e variados
propósitos nas organizações, os resultados produzidos também devem
ser vistos de formas variadas, ou seja, para obtenção de resultados
estratégicos é necessário que haja uma combinação complexa de
elementos – contudo, há empresas que ainda acreditam que o único
resultado a ser alcançado é o lucro. Esses resultados organizacionais
mantêm a sobrevivência das empresas e são influenciados por todas as
áreas: econômica, social e ambiental, por isso a importância de elaborar
um planejamento estratégico em concordância com seus objetivos,
metas, políticas internas e externas.
Por fim, importante ressaltar que por meio de um pensamento estratégico,
o processo criativo e inovador amplia a capacidade de análise das
estratégias nas suas múltiplas dimensões, criando um estado futuro de
sustentabilidade organizacional.
Dessa forma, pode-se dizer que resultados estratégicos vêm da
construção de toda cadeia de processos, flexibilidade e capacidade de
adaptação, não somente no âmbito organizacional, mas também no social
e ambiental.
 
 
 
Atividade Extra
 
Conheça mais sobre brainwriting e brainstorming:
Link de acesso:
https://www.youtube.com/watch?
v=vL8KUuvEssY&list=RDCMUCyw6tt7DUm59NtUgeg_ML7A&index=3&ab_channel=MuriloGun 
 
Conheça mais sobre Mapas Mentais
Link de acesso para ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=xBtYmBsMT_A
 
 
 
Referência Bibliográfica
 
ALENCAR, E. M. L. SORINO de. A gerência da Criatividade. São Paulo:
Ed. Makron Books, 1996.
ANSOFF, H. I, DECLERCK, R. P., HAYES, R. L Do planejamento
estratégico à administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1981
ARCHELA, R. S.; GRATÃO, L. H. B.; TROSTDORF, M. AS. O lugar dos
mapas mentais na representação do lugar. GEOGRAFIA (Londrina), v.
13, n. 1, p. 127- 142, 2010
AZEREDO, J.F. Mapas Mentais. Guia de viagem.Disponível em:
www.ideiaclara.com
BESSANT, H. (2016). The Journey of Brainstorming. Journal of
Transformational Innovation, 2 (1), 1 – 7.
BOMFIM, G. A. Metodologia para desenvolvimento de projetos. João
Pessoa: Universitária/UFPB, 1995.
BROWN, T. Design thinking: Uma metodologia poderosa para decretar
o fim das velhas ideias. Tradução: Cristina Yamagami. Rio de Janeiro:
Ed. Elsevier, 2010.
BULGACOV, S.; SOUZA, Q.R.; PROHMANN, J.I.; COSER, C.;
BARANIUK, J. Administração Estratégica. São Paulo: Ed. Atlas, 2007.
BUZAN, T. e Buzan, B. (1996), The Mind Map Book, Plume, 2a. edição,
320 p.
BUZAN, T. Dominando a técnica dos mapas mentais: guia completo
de aprendizagem e uso da mais poderosa ferramenta de
desenvolvimento da mente humana. Tradução: Marcelo Brandão
Cipolla. Cultrix, 2019 Disponível em: https://books.google.com.br/books?
hl=pt-
BR&lr=lang_pt&id=2Fa7DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT21&dq=mapa+mental+conceito&ots=JjBXP-
Zyf2&sig=ajKiOURJWytZHl099IBzb2t3gfA&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false.
CHEN, D. Q.; PRESTON, D. S.; SWINK, M. How the Use of Big Data
Analytics Affects Value Creation in Supply Chain Management.
Journal of Management Information Systems, v. 32, n. 4, p. 4–39, 2015.
DAVENPORT, T.H.; DYCHÉ, J. Big Data in Big Companies. International
Institute for Analytics, 2013.
DEREK, Abell F. Duplo planejamento. HSM Management, São Paulo:
n.16, 1999.
DUMBILL, Edd et.all Big Data Now: 2012 Edition. O’Reilly Media, Inc, 1º
ed., 2012.
GARTNER. Big Data. Disponível em:
https://www.gartner.com/en/information-technology/glossary/big-data.
GODOY, F. Big Data: os cinco Vs que todo mundo deveria saber.
Canaltech, 2017. Disponível em: https://canaltech.com.br/big-data/Big-
Data-os-cinco-Vs-que-todo-mundo-deveria-saber/.
GOMES, E.; BRAGA, F. Inteligência competitiva em tempos de big
data: analisando informações e identificando tendências em tempo
real. Rio de Janeiro: Alta Books, 2017.
HANSEN, Don R.; MOWEN, M.M.; Gestão de Custos: Contabilidade e
Controle. São Paulo: Pioneira, 2001.
HURWITZ, J.; NUGENT, A.; HALPER, F.; KAUFMAN, M. Big Data para
Leigos. Rio de Janeiro, RJ: Alta Books, 2015.
KLAUS, S. A quarta revolução industrial. Tradução Daniel Moreira
Miranda. - São Paulo: Edipro, 2016.
KNELLER, G.F. Arte e Ciência da Criatividade. 5. ed. São Paulo: Ibrasa,
1978.
OSBORN, A. O poder da mente: Princípios e processos do pensamento
criador e do brainstorming, traduzido por Jacy Monteiro. São Paulo: Ibrasa
Ed.
LONGO, F. Mérito e flexibilidade: a gestão de pessoas no setor
público. São Paulo: Fundap, 2007.
LUCINDA, M. A. Qualidade: Fundamentos e Práticas para Cursos de
Graduação. Rio de Janeiro: Brasport Editora, 2010. 161p.
MICHINOV, N. Is electronic brainstorming or brainwriting the best
way to improve creative performance in groups? an overlooked
comparison of two idea-generation techniques. Journal of Applied
Social Psychology, Wiley Online Library, v. 42, n. S1, p. E222–E243, 2012. 
Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1559-1816.2012.01024.x
MINTZBERG, H. Ascensão e queda do planejamento estratégico.
Tradução: Maria Adelaide Carpigiane. Porto Alegre: Bookman, 2004.
360p.
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia:
um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Tradução: Lene
Belon Ribeiro. Porto Alegre: Bookman. 2. ed. 2010. 392 p.
PEREIRA, Maria Isabel; SANTOS dos, Aparecido Silvio. Modelo de
gestão: uma análise conceitual. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2001.
PISAPIA, J.; ROBINSON, D. J. Transforming the academy: strategic
thinking vs strategic planning. Presented at the American Institute of
Higher Education – 4th International Conference. Virginia. Mar, 2010.
ROBINSON, D. J. A comparative, holistic, multiplecase study of the
implementation of the strategic thinking protocol© and traditional
strategic planning processes at a Southeastern university. 2012. 234
f. Tese (Doctor of Philosophy) – Faculty of the College of Education, Florida
Atlantic University. Boca Raton, 2012.
RUSSOM, P. Big Data Analytics. TDWI BEST PRACTICES REPORT.
Tdwi.org, 2011.
SANMARTIM, S. M. Criatividade e inovação na empresa: do potencial
à ação criadora. São Paulo: Ed. Trevisan, 2012.
SANTO, R. Brainstorming – Tempestade de ideias (BS-TI) ou Como
tirar seu time do “cercadinho mental” SEBRAE, 2015 Disponível em: 
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/brainstorming-
tempestade-de-
ideias,0f08000e96127410VgnVCM1000003b74010aRCRD.
SCHOLTES, P. R. Times da Qualidade, Editora Qualitymark - Rio de
Janeiro, 2003.
TRINDADE, R. Experiências educativas e situações de
aprendizagem: novas
práticas pedagógicas. Porto: Edições ASA, 2012.
VANGUNDY, A. B. Brain writing for new product ideas: an alternative
to brainstorming. Journal of Consumer Marketing, MCB UP Ltd, v. 1, n.
2, p. 67–74, 1984.
VILELA, V. V. (2016), Introdução aos Mapas Mentais: Uma ferramenta
de organização, aprendizado e produtividade. Disponível em:
https://silo.tips/download/uma-ferramenta-de-organizaao-aprendizado-e-
produtividade.
Ir para questão
https://www.youtube.com/watch?v=vL8KUuvEssY&list=RDCMUCyw6tt7DUm59NtUgeg_ML7A&index=3&ab_channel=MuriloGun
https://www.youtube.com/watch?v=vL8KUuvEssY&list=RDCMUCyw6tt7DUm59NtUgeg_ML7A&index=3&ab_channel=MuriloGun
https://www.youtube.com/watch?v=xBtYmBsMT_A
http://www.ideiaclara.com/
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=2Fa7DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT21&dq=mapa+mental+conceito&ots=JjBXP-Zyf2&sig=ajKiOURJWytZHl099IBzb2t3gfA&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=2Fa7DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT21&dq=mapa+mental+conceito&ots=JjBXP-Zyf2&sig=ajKiOURJWytZHl099IBzb2t3gfA&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=2Fa7DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT21&dq=mapa+mental+conceito&ots=JjBXP-Zyf2&sig=ajKiOURJWytZHl099IBzb2t3gfA&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=2Fa7DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT21&dq=mapa+mental+conceito&ots=JjBXP-Zyf2&sig=ajKiOURJWytZHl099IBzb2t3gfA&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
https://www.gartner.com/en/information-technology/glossary/big-data
https://canaltech.com.br/big-data/Big-Data-os-cinco-Vs-que-todo-mundo-deveria-saber/
https://canaltech.com.br/big-data/Big-Data-os-cinco-Vs-que-todo-mundo-deveria-saber/
https://doi.org/10.1111/j.1559-1816.2012.01024.x
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/brainstorming-tempestade-de-ideias,0f08000e96127410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/brainstorming-tempestade-de-ideias,0f08000e96127410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/brainstorming-tempestade-de-ideias,0f08000e96127410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://silo.tips/download/uma-ferramenta-de-organizaao-aprendizado-e-produtividade
https://silo.tips/download/uma-ferramenta-de-organizaao-aprendizado-e-produtividade

Continue navegando