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Analítica de Dados e ações estratégicas O desenvolvimento de estratégias organizacionais é imprescindível para a continuidade das empresas, muitos recursos são exigidos para que a tomada de decisão seja assertiva e ágil. A busca pela sobrevivência mercadológica fez com que as organizações aprofundassem seus conhecimentos e procurassem por novas tecnologias e sistemas que melhorem e facilitem a coleta de dados e informações para auxiliar no planejamento de ações e alcance dos objetivos. Big Data e Analytics influenciam na forma como os líderes gerenciam e tomam decisões trazendo valores e veracidade aos negócios. As análises proporcionadas pelo sistema, através da compilação de volumosos dados e gerenciamento das informações, minimizam custos e tempo, aumentam a agilidade de reação de resolução de problemas, melhoram a competitividade e sobrevivência no mercado. As técnicas de brainwriting, brainstorming e mapa mental, que também são métodos para a melhoria da resolução e tomada de decisão, relacionam-se ao desenvolvimento da criatividade e da inovação. Auxiliam na visualização e análise de possíveis alternativas para a continuidade dos projetos, construção e detalhamento analítico, visão sistêmica, além de proporcionar a unidade da equipe para o desenvolvimento dos processos. Todas as técnicas explanadas são meios para chegar aos resultados estratégicos, que dependem de estrutura, planejamento, administração e recursos, cada dia mais visionários, para o alcance do seu propósito. Big Data e Analytics O Big Data se desenvolveu consideravelmente, permitindo que as empresas coletassem grandes volumes de dados, com alta velocidade e variedade de formas, inovando sua visão de tomada de decisão e automação dos processos (GARTNER, 2021). Conforme Dumbill (2012), o Big Data se tornou a palavra da moda em TI (Tecnologia da Informação) por viabilizar o controle, velocidade e pluralidade imensa de dados, com grande mobilidade e rapidez de processamento. Dados que muitas vezes ficavam ocultos, tiveram visibilidade através da padronização valiosa e informações codificadas. O Big Data está em duas categorias: • Analítica: pode revelar insights ocultos, que antes necessitavam de processadores de alto custo, e como no exemplo do autor, o Big Data proporcionou verificar a forma pela qual os clientes podem influenciar os demais pela análise das transações dos consumidores, informações geográficas e sociais. • Viabilidade de Novos Produtos: por ter a capacidade de processamento dos dados em tempo razoável, exclui a necessidade de amostragem, possibilitando uma abordagem investigativa dos dados e informações. Empresas como Google e Walmart dizem que esta ferramenta está ao alcance de todos, com baixo custo e bons recursos, até para pequenas startups. O autor mostra que startups de sucesso são grandes exemplos de que o Big data facilitou o surgimento de novos produtos e serviços – como é o caso do Facebook, que combinou uma série de sinais das ações e experiências dos usuários e seus “amigos” para criar um novo tipo de publicidade. Apesar do Big Data trazer às empresas maior agilidade, elas precisam experimentar e explorar a ferramenta, ter uma visão empreendedora e curiosa, tanto para criar novos produtos/serviços, quanto obter vantagem competitiva. Klaus (2016) conceituou o Big Data como uma “modelagem da nova revolução tecnológica” que auxiliou na transformação digital por seus diversos e numerosos desafios, e definido como 3v’s (HURWITZ et al.): • Volume de dados: refere-se à análise da quantidade exageradamente grande de dados • Velocidade de dados: é o tempo de análise despendido para processar as informações • Variedade de dados: dados de todos os tipos que serão analisados Godoy (2017) ainda acrescenta mais 2 v’s, que seriam: • Veracidade: as informações deveriam ser verdadeiras, e pensando no volume desses dados, algumas delas podem ser falsas, mas através das análises e estatísticas dessa alta concentração de dados é possível equilibrá-las. • Valor: sem geração de valor, a quantidade imensa de informações recebidas por segundo não terá nenhuma relevância. Todas estas características culminam na produção de informações mais eficientes e eficazes, fundamentais para uma boa tomada de decisão nos negócios da organização. A análise do Big Data pode ter diferentes técnicas e modelos, que possibilitam previsões futuras e análise das tendências pautadas no passado. Gomes (2018) divide as análise em quatro tipos: • Preditiva: análise futura, baseando-se na identificação de padrões já analisados, apontando uma visão confiável e eficiente de informações para tomada de decisão. • Prescritiva: verificação do cenário específico para a identificação dos resultados gerados pelas ações. • Descritiva: descrição, detalhamento e resumo dos dados para a visão de todo processo. • Diagnóstica: percepção, entendimento e identificação dos impactos causados pelas ações para que a tomada de decisão seja ágil, certa e eficaz. O conjunto das análises auxilia os gestores no controle dos negócios e torna possível a assertividade na tomada de decisão. Nesse cenário composto de análises avançadas e outras técnicas analíticas conectado ao big data se define o Big Data Analytics (Russom, 2011). O termo Analytics é advindo das ferramentas matemáticas e estatísticas sofisticadas que vêm para auxiliar os gestores na resolução de problemas organizacionais e conquistar vantagem competitiva (DAVENPORT, 2013). Em consonância, Chen, Preston e Swink abordam que com o avanço tecnológico, o big data analytics permitiu a análise de dados e a descoberta de informações ocultas que podem auxiliar em correlações desconhecidas ou descoberta de padrões, elevando o potencial na tomada de decisão e criação de novos produtos/serviços e inovações organizacionais. O Big Data e Analytics trouxeram uma mentalidade analítica de processamento, qualidade, velocidade e riqueza de dados, intensificando soluções melhores para a tomada de decisão. Brainwriting e Brainstorming Brainwriting e brainstorming são técnicas pautadas na criatividade, portanto antes de discorrer sobre o assunto, necessita-se entender a criatividade. Segundo Kneller (1979), a criatividade é uma característica de pessoas inconformadas com o tradicional e que procuram ideias inovadoras, têm espírito aventureiro e explorador, se fascinam pelo desconhecido e correm riscos. Pessoas conservadoras, pelo contrário, são cautelosas, metódicas e preferem o tradicional a experimentar novos conceitos. A criatividade depende de uma série de processos atrelados à imaginação, insights, inovação, que também podem surgir quando há a necessidade de resolução de problemas. Além disso, pode ser multifacetada e complexa, pois depende de fatores externos como ambiente em que vive, valores culturais e sociais, e internos como as características do indivíduo. Esta habilidade é apontada como uma das mais solicitadas para o novo milênio, tornando-se imprescindível. Alencar (1996) ainda ressalta que pessoas criativas são flexíveis, mais otimistas, e portanto correm mais riscos, abertos a novas experiências, tolerantes, autoconfiantes, proativos e persistentes. Sanmartin (2012) também corrobora da mesma ideia que o autor acima: a criatividade depende dos fatores internos e externos, habilidades inatas e adquiridas, motivação e deve haver o equilíbrio entre a inconformidade e o desenvolvimento do indivíduo dentro das suas competências e conhecimentos. Esse equilíbrio de criatividade e conhecimento gera pensamentos divergentes, momentos de instabilidade para chegar a resultados inovadores. Os passos da produção criativa consiste em quatro fases: a preparação – pesquisa e reconhecimento da informação; esquentação – preparação; incubação – processamento inconsciente do problema; verificação – validação das ideias geradas. (WALLAS, 1926 & PATRICK, 1955 apud BARRETO, 2014). Dentro dessa premissa, verificou-se que a criatividade não é advinda da imaginação pura e sim da experimentação,avaliações e aperfeiçoamentos. Com tudo isso, acrescentou como outra fase, a realização, ou seja, a execução das ideias discutidas e validadas para a resolução de problemas. Apesar de todas estas fases, indica que sem motivação, proteção e recompensa o processo pode não obter sucesso. Os autores citados mostram que a criatividade se vale de metodologias para o processo criativo para geração de ideias e facilitação de novas soluções. O Brainstorming é uma dessas ferramentas que auxiliam na criação, preparação e elaboração de planos para a solução de problemas. Osborn (1987) introduziu o termo Brainstorming em 1953, como processo de geração de ideias, “usar o cérebro para tumultuar um problema” (p.73) É proposto que um grupo de pessoas de áreas e competências diferentes se reúnam para a resolução de uma questão, gerando uma “tempestade de ideias”. A diversidade e experiências múltiplas dos participantes compõem um processo de criação de várias sugestões e discussões acerca da resolução, quanto maior o número de possibilidades, melhor será a combinação dos insights. Inicialmente, todas são ouvidas e anotadas, sem julgamento, para que juntas evoluam para a solução mais eficiente. O autor sugere durante o processo a pausa de um dia, após a captação de uma variedade de ideias, para que possam entrar na fase de incubação, em que os participantes tenham um relaxamento proposital para o inconsciente conseguir realizar o seu trabalho.(OSBORN, 1987) Brainstorming, conforme Trindade (2012), permite o estímulo da produção de um conjunto de ideias tendo como ponto de partida a investigação de um contratempo, proporcionando uma atividade de pesquisa mais elaborada e exigente. Para Brown (2010), diretor de uma renomada empresa de design IDEO, em que a criatividade é uma de suas qualidades, entende que brainstorming é uma das técnicas mais eficientes para a formação de ideias, enfoca a importância desta criação, não somente em palavras, escritas, mas também através de desenhos, pois eles mostram tanto o contexto emocional, quanto suas características funcionais. A linguagem utilizada para expressar as ideias é fundamental para compor diferentes formas de entendimento. Bessant (2016) ressalta que essa é uma técnica ou dinâmica de procura de solução de um problema específico, através da contribuição de várias ideias dos seus participantes; instituições como Harvard Business School, Yale e Massachusetts Institute of Technology (MIT) desfrutam desta ferramenta para prática de investigação científica. A associação de ideias é uma prática muito antiga, desde os tempos de Platão e Aristóteles (séc. IV a.C) e é usada até os tempos atuais, elevando o nível de ideias, tanto em quantidade como em qualidade, e o nível de criatividade. Santo (2015) qualifica três capacidades criativas que auxiliam na variedade de pensamentos: “contiguidade: proximidade de ideias, sequência, causa e efeito; semelhança: similaridade, fator comum, paralelismo, usado em metáforas; contraste: antônimo, contrário, inverso de ideia, valorizado em ironias e humor.” (p.1). O brainstorming é a ferramenta mais usada, em termos de associação de ideias. Existem dois tipos de brainstorming (SCHOLTES, 2003): • Estruturado: os participantes deverão expor uma ideia de cada vez para que todo o grupo possa partilhar, até mesmo os mais tímidos, dando sequência às rodadas até que se esgotem. Por obrigar todos a exposição de ideias, poderá gerar um certo constrangimento pela imposição. • Não estruturado: as ideias podem ser explanadas conforme o surgimento delas, sem que tenham obrigatoriedade, criando um ambiente mais tranquilo, apesar de correr o risco dos mais extrovertidos dominarem a sessão de brainstorming. O brainstorming é uma das técnicas que contribui para a junção de muitas ideias, visto que o grupo é heterogêneo, com conhecimentos diversos, auxilia na melhoria dos processos. A técnica Brainwriting é similar a anterior, também usada para a geração de ideias para o auxílio de resolução de problemas, com a diferença de ter a comunicação escrita, ou seja, neste caso as ideias são registradas pelo participante (MICHINOV, 2012). É importante ressaltar que neste método, as pessoas tímidas ou que tenham dificuldade de se expressar verbalmente, têm a possibilidade de participar sem a sua exposição, tornando a reunião mais tranquila e silenciosa (LUCINDA, 2010). Bomfim (1995) acrescenta ao termo brainwriting o numeral 6-3-5, criando uma variação da técnica, que consiste em número reduzido de participantes (06 indivíduos). Cada um deve apresentar 03 soluções e descrevê-las em um formulário no tempo máximo de 05 minutos. Após esta dinâmica, os papéis são trocados, no sentido horário, para provocar a troca de sugestões, aprimoramentos e desenvolvimento das ideias iniciais. A finalização se dá quando os participantes nesta troca receberem os outros 05 formulários para discussão. Além da variação 6-3-5, descrita pelo autor acima, Vangundy (1984) apresenta, a partir da tradicional (geração de ideias registradas em papel e passadas para os demais), as seguintes variantes: • Nominal Group Technique: são empregadas em decisões de planejamento de programa de projeto, com um grupo de 05 a 09 pessoas. As ideias geradas deverão ser escritas num flip chart e depois listadas e numeradas. O líder fará perguntas para esclarecimento dos significados e lógicas destas ideias e depois os integrantes listarão de cinco a nove ideias prioritárias, anotam em cartões para classificá-las e atribuem uma nota de 5 a 0, sendo da maior prioridade para a menor. Após esta reflexão, o líder enumera as ideias e a que obtiver maior pontuação será anotada. • Brainwriting Pool: aqui um grupo de cinco a sete pessoas se une para o compartilhamento de ideias. Os integrantes escrevem quatro ideias a partir do problema explicitado, todas as ideias são colocadas no centro, como estivessem dentro de uma “piscina” para que haja troca e a partir disso será estimulado que o grupo crie ideias adicionais Esta dinâmica deve ser repetida por cerca de 20 a 30 minutos. • Pin Cards: Apesar de ser parecida com o Brainwriting Pool, o que difere é escrever ideias em cartões separados e passá-las ao integrante do seu lado direito. Também servirá para a estimulação de novas ideias a partir da ideia do membro ao lado e sua repetição será de 20 a 30 minutos. Ainda que a criatividade dependa do estilo do grupo, as várias técnicas descritas aqui podem ajudar na inventividade, na busca por ideias autênticas e livres, no incentivo de uma postura mais criativa frente à resolução de problemas ou procura por resultados. MAPA MENTAL Os mapas mentais são representações que utilizam do princípio do pensamento para estruturação, organização e memorização de ideias. Os primeiros registros de um sistema de captação e memorização de conteúdos que se tem notícia é do poeta e orador grego Simonides de Ceos, que o fez de forma instintiva associando imagens mentais com elementos de seu conhecimento e que na época foi bem sucedido. As representações gráficas, como a Árvore de Porfírio, foi criada pelo pensador Porphyry de Tyros com o intuito de categorizar os conceitos de Aristóteles. Dr. Collins, (século passado) através de sua pesquisa sobre a ligação entre “aprendizagem, criatividade e pensamento visual”, chegou a outro modelo de mapa mental pautado nos estudos da Árvore de Porfírio. Em 1960, Tony Buzan, psicólogo, criador da técnica “Mind Map” (Mapa Mental) aprimorou os conceitos anteriores, tornando uma ferramenta mais eficiente. (Azeredo, 2020) Buzan (1996) diz que a ferramenta é uma representação física do que se passa pela mente, para organização dos pensamentos e utilização máxima da capacidade mental. Por sua vez, Archela et. al (2010) complementa que os mapas mentais são construídos a partir de imagens espaciais congruentes com as experiências e conhecimentos de cada indivíduo, direta ou indiretamente. Os mapas mentais podem ser usados em diversas situações, não só no âmbito educacional,como também em áreas de desenvolvimento pessoal, profissional, gestão, processos, no próprio dia a dia (VILELA, 2016). A utilização dos mapas mentais levou Buzan (1996) a identificar algumas vantagens, como a redução do tempo para anotar as informações, sem perda de conteúdo; a leitura das anotações também foi mais rápida e mais eficaz; a utilização de palavras-chaves reduziu o tempo de procura das informações e a identificação rápida da correlação entre elas. Outras vantagens encontradas por Vilela (2016) foram: • Redução de volume de papel • Menor tempo de “planejamento, elaboração e revisão das tarefas” • Reestruturação dos processos mais ágeis • Qualidade superior de produção de conteúdo • Facilidade de memorização das informações • Objetividade • Visão ampla de todo o processo • Liberdade de criação, consequentemente melhorando a discussão de ideias • Redução de estresse, pela facilidade de memorização e compreensão dos dados • Dados mais atraentes, por serem coloridos e chamar a atenção • Flexibilidade para a discussão, decorrente da visão ampla • Tomada de decisão mais precisa e assertiva Figura 01: Mapa Mental Fonte: VILELA (2016, p. 18) Buzan (2019) compreende que o mapa mental é um “diagrama visual colorido” para a captura de informações feitas pelo córtex cerebral. Sabe- se que o córtex é provido de dois hemisférios, sendo que o esquerdo faz uso da lógica e o direito, a criatividade. Isto foi baseado nos estudos da Dra. Edwards e no trabalho do Dr. Roger W. Sperry (1913-1994), e popularizado pela artista americana Betty Edwards, em seu livro Desenhando com o Lado Direito do Cérebro , 1979. Nele, ela afirma que o “hemisfério esquerdo do cérebro é verbal e analítico” e o “direito é visual e perceptivo”. Seu método de ensino era justamente para contornar as características analíticas do hemisfério esquerdo e “libertar a expressividade do hemisfério direito”. Quadro 01: Funções Controladas pelos hemisférios esquerdo e direito do cérebro Fonte: Buzan, 2019 Para a construção de um mapa mental eficiente é necessário que tenha uma imagem central, representando o assunto principal é colocada no centro do projeto, no seu entorno ramificações grossas em que estarão os temas fundamentais ligados ao principal. Essa associação simboliza a hierarquia dentro do assunto e depois pequenas ramificações (traços finos) que são pertinentes a cada tema e outras secundárias e terciárias que auxiliam na compreensão dos assuntos. Lembrando que, em cada tronco, deverá ser escrita uma única palavra-chave ou desenho, coloridos para melhor visualização. Estudos mostram que a utilização moderada das cores prende nossa atenção, facilita a compreensão, a motivação é elevada, estimula uma comunicação vibrante e intensifica o processo de fixação e memorização das imagens. Esta é uma forma de trabalhar os dois lados do cérebro, sua multifuncionalidade permite trabalhar a cognição, aprendizado, criatividade e várias maneiras de pensar, por isso a ferramenta ganhou o nome de “canivete suíço do cérebro” (BUZAN, 2019). Como visto, os mapas mentais auxiliam no desenvolvimento dos projetos, sejam eles no âmbito profissional, educacional ou pessoal; trazem clareza na exposição das informações, análise profunda dos conceitos propostos, possibilitando vivências diferentes e aumentando a criatividade, insights e ideias para avanço e aperfeiçoamento das tomadas de decisões. RESULTADOS ESTRATÉGICOS As relações de trabalho vêm mudando ao longo do tempo e com isso os interesses organizacionais também mudaram; já não são pautados na estabilidade, desenvolvimento e aprendizagem e sim nos interesses inerentes ao colaborador. Dessa forma, a área de gestão de pessoas foi obrigada a desempenhar o papel estratégico para manter os objetivos da organização (LONGO, 2017). As transformações nos cenários, inevitavelmente, interferem nas ações estratégicas e influenciam demasiadamente na sua eficácia. Para Mascarenhas (2008), na gestão estratégica de pessoas, os colaboradores são o ativo mais valioso e que se bem administrado implica em vantagem competitiva. Mintzberg et. al aponta que as estratégias executadas dentro de um planejamento tradicional proporcionam resultados. No entanto, se o conceito for dentro de um pensamento estratégico, haverá um olhar para novas alternativas, facilitando a adaptação da organização, gerando ações gerenciais mais criativas, predominantemente melhor que as do planejamento tradicional. Esse pensamento estratégico agrega a convergência dos processos criativos e o racional para a identificação e resolução de problemas ambíguos e complexos (PISAPIA e ROBINSON, 2012). O pensamento estratégico é categorizado em três vertentes: habilidade de pensamento dos gestores, pensamento individual e a compreensão do pensamento (estratégico) como forma de planejamento estratégico. Ao incorporar criatividade e inovação ao planejamento estratégico numa perspectiva sistêmica, a organização dá abertura para novas formas de solução dos problemas urgentes e complexos, possibilitando uma efetiva mudança nos processos e cultura organizacional (ROBINSON, 2012). De acordo com Derek (1999), o conceito de planejamento estratégico se baseia no processo gerencial orientado para melhoria contínua de estrutura de custos e o relacionamento organizacional, sendo um movimento contínuo para geração de resultados. Os planos de ações necessários para que as empresas atinjam seus objetivos e vantagem competitiva devem ser definidos através de um posicionamento estratégico direcionado por uma postura mercadológica (HANSEN e MOWEN, 2001). Segundo Pereira e Santos, para a sobrevivência organizacional é preciso investir em uma gestão estratégica focada em definir resultados e procedimentos a partir do planejamento de ações sistemáticas nos mais diversos níveis hierárquicos, sejam eles estratégicos, táticos e operacionais. Ansoff et. al. (1981) leva em conta os fatores políticos e comportamentais nesse processo, desenvolvendo um novo comportamento organizacional para lidar com as variações do mercado, elevando o nível da administração estratégica. Na visão de Bulgacov et.al (2007), se existem vertentes e variados propósitos nas organizações, os resultados produzidos também devem ser vistos de formas variadas, ou seja, para obtenção de resultados estratégicos é necessário que haja uma combinação complexa de elementos – contudo, há empresas que ainda acreditam que o único resultado a ser alcançado é o lucro. Esses resultados organizacionais mantêm a sobrevivência das empresas e são influenciados por todas as áreas: econômica, social e ambiental, por isso a importância de elaborar um planejamento estratégico em concordância com seus objetivos, metas, políticas internas e externas. Por fim, importante ressaltar que por meio de um pensamento estratégico, o processo criativo e inovador amplia a capacidade de análise das estratégias nas suas múltiplas dimensões, criando um estado futuro de sustentabilidade organizacional. Dessa forma, pode-se dizer que resultados estratégicos vêm da construção de toda cadeia de processos, flexibilidade e capacidade de adaptação, não somente no âmbito organizacional, mas também no social e ambiental. Atividade Extra Conheça mais sobre brainwriting e brainstorming: Link de acesso: https://www.youtube.com/watch? v=vL8KUuvEssY&list=RDCMUCyw6tt7DUm59NtUgeg_ML7A&index=3&ab_channel=MuriloGun Conheça mais sobre Mapas Mentais Link de acesso para ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=xBtYmBsMT_A Referência Bibliográfica ALENCAR, E. M. L. SORINO de. A gerência da Criatividade. São Paulo: Ed. Makron Books, 1996. ANSOFF, H. I, DECLERCK, R. P., HAYES, R. L Do planejamento estratégico à administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1981 ARCHELA, R. S.; GRATÃO, L. H. B.; TROSTDORF, M. AS. O lugar dos mapas mentais na representação do lugar. GEOGRAFIA (Londrina), v. 13, n. 1, p. 127- 142, 2010 AZEREDO, J.F. Mapas Mentais. Guia de viagem.Disponível em: www.ideiaclara.com BESSANT, H. (2016). The Journey of Brainstorming. Journal of Transformational Innovation, 2 (1), 1 – 7. BOMFIM, G. A. Metodologia para desenvolvimento de projetos. João Pessoa: Universitária/UFPB, 1995. BROWN, T. 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