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Qual a diferença entre a Hipertensão do Jaleco Branco e a Hipertensão Mascarada

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AFYA- FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS 
CURSO DE MEDICINA – 3º PERÍODO 
DISCIPLINA: SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III 
 
DOCENTE: RAFAELA MACAGNAN 
 
DISCENTE: MAX KEDLEY MARANHÃO 
 
TICS 01 – Qual a diferença entre a Hipertensão do Jaleco Branco e a 
Hipertensão Mascarada? 
A pressão elevada nas artérias, também conhecida como hipertensão 
arterial, é uma condição que afeta os vasos sanguíneos, o músculo cardíaco, o 
cérebro, os olhos e pode levar à disfunção dos rins. Este problema ocorre 
quando a medição da pressão sanguínea se mantém frequentemente acima dos 
valores de referência, que são 140 por 90 mmHg. 
Essa condição de saúde tem uma forte ligação genética em cerca de 90% 
dos casos, mas existem diversos fatores que exercem influência nos níveis de 
pressão arterial, incluindo: 
• Tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de peso, situações 
de estresse, alto consumo de sódio, concentrações elevadas de 
colesterol, inatividade física; 
• Além desses elementos de risco, é sabido que a hipertensão é mais 
prevalente na população de ascendência africana, torna-se mais comum 
com o avançar da idade, apresentando maior incidência em homens com 
menos de 50 anos e em mulheres com mais de 50 anos, bem como em 
indivíduos com diabetes. 
Com isso em mente, podemos adentrar maiores complexidades 
relacionadas à patologia supracitada. Dois dos grandes perigos causados pela 
hiper tensão arterial é o falso diagnóstico ou a falha em diagnosticar a doença. 
O que pode ocorrer, respectivamente, nos casos de Hipertensão do Jaleco 
Branco e a Hipertensão Mascarada. 
Hipertensão do Jaleco Branco (HJB): Nesse cenário, a pressão arterial 
(PA) se apresenta elevada somente durante as consultas médicas, enquanto 
permanece dentro dos padrões normais em ambientes fora do consultório. A HJB 
ocorre em pessoas cujas medições de PA em casa ou registradas por meio da 
Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) estão dentro dos limites 
normais, porém as medições feitas durante as visitas médicas ultrapassam o 
limiar diagnóstico de hipertensão (valores acima de 140x90 mmHg). A ausência 
dos dados da monitorização ambulatorial pode levar a tratamentos inadequados 
e desencadear efeitos colaterais sérios. Embora não demandem medicamentos 
anti-hipertensivos imediatamente, esses pacientes necessitam de atenção 
precoce e acompanhamento, pois têm 2,5 vezes mais chance de desenvolver 
hipertensão no futuro em comparação com indivíduos com pressão arterial 
normal, tanto nas consultas quanto nas medições externas. Além disso, 
apresentam maior risco de hipertrofia do ventrículo esquerdo e maior 
mortalidade cardiovascular em relação aos pré-hipertensos (DE MENDONÇA, 
2019). 
 
Hipertensão Mascarada (HM): Nesse caso, a PA se mantém dentro dos 
padrões normais durante as consultas médicas, porém se revela elevada em 
outros momentos fora do consultório. A HM ocorre em pacientes não 
diagnosticados ou tratados para hipertensão, cujas medições de PA nas 
consultas estão adequadas, porém as medições registradas por Monitorização 
Residencial da Pressão Arterial (MRPA) (acima de 130x80 mmHg) ou por MAPA 
(acima de 135x85 mmHg) são altas. Isso contrasta com a Hipertensão do Jaleco 
Branco. Essa condição é mais prevalente em pacientes mais jovens, com 
hipertrofia do ventrículo esquerdo e níveis normais de PA durante a avaliação 
clínica. Suspeita-se de HM em pacientes com histórico familiar de hipertensão, 
diabetes, obesidade e diversos fatores de risco cardiovasculares. Pacientes com 
HM têm um risco elevado de danos aos órgãos-alvo e um risco cardiovascular 
quase equivalente aos pacientes diagnosticados com hipertensão arterial (DE 
MENDONÇA, 2019). 
 
Robbins (2023) argumenta que, diante desse contexto, as leituras de PA 
realizadas apenas no consultório não devem ser usadas isoladamente para 
classificar um indivíduo como hipertenso ou normotenso, nem para determinar o 
controle efetivo de pacientes em tratamento com medicamentos anti-
hipertensivos. As síndromes associadas ao jaleco branco – o efeito do jaleco 
branco, hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada – possuem 
definições precisas e implicações distintas para os pacientes, exigindo atenção 
cuidadosa por parte dos profissionais de saúde. A Diretriz Brasileira de 
Hipertensão Arterial (2020) recomenda o uso de dois métodos de monitoramento 
para obter um diagnóstico mais preciso da classificação da hipertensão e, assim, 
indicar o tratamento mais adequado: Monitorização Ambulatorial da Pressão 
Arterial (MAPA) e Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Esses 
procedimentos permitem avaliar a PA ao longo do tempo em diferentes 
contextos, auxiliando na determinação da verdadeira condição de hipertensão 
do indivíduo e na personalização da abordagem terapêutica (BARROSO, 2020). 
REFERÊNCIAS: 
HIPERTENSÃO arterial. Biblioteca virtual em saúde do Ministério da Saúde, 
2020. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/hipertensao-18/>. Acesso 
em: 06 de ago. de 2023. 
BARROSO et. al. Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial - 2020. Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, 2020. 
KUMAR, VINAY, ET AL. ROBBINS & COTRAN Patologia: Bases Patológicas 
das Doenças. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 
2023. 
DE MENDONÇA, Elaine Luiza Santos Soares et al. Síndrome Do Jaleco 
Branco E Fatores De Risco Associados A Hipertensão Arterial Controlada 
(Hac), Resistente (Har) E Pseudorresistente (Hapr) Em Idosos 
Institucionalizados. Gep News, v. 2, n. 2, p. 648-660, 2019.

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