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Capitulo 08 - Novas Tendências em Gestão de Manufatura

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Gestão da Produção
Novas Tendências em Gestão de 
Manufatura
Desenvolvimento do material
Vilson Vieira
1ª Edição
Copyright © 2021, Afya.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Novas Tendências em Gestão de Manufatura
Para Início de Conversa... ............................................................................... 3
Objetivo ......................................................................................................... 3
1. Modelos mesclados de gestão de manufatura: integração 
MRP e JIT 4
2. Manufatura de resposta rápida (QRM – Quick Response 
Manufacturing) .............................................................................................. 8
3. Manufatura Verde (Green Manufacturing) ........................................... 9
Referências ......................................................................................................... 13
Para Início de Conversa...
Neste capítulo, seremos apresentados a temas voltados à gestão 
da sustentabilidade na indústria, como a combinação dos modelos 
de produção MRP e JIT, QRM e Manufatura Verde. Todos são temas 
emergentes na gestão industrial, sendo um desafio para todos produzir 
de forma inovadora.
Perceberemos que a mesclagem dos modelos MRP e JIT são propostas 
para a produção inteligente e com custos controlados. Esse é o conceito 
de produção enxuta, em que todo o processo produtivo é desenvolvido 
para economizar recursos, ganhar em produtividade e melhor adequação 
do processo de produção aos desafios da demanda.
A Manufatura de Resposta Rápida ou QRM reforça os esforços do MRP e 
JIT ao desafiar a indústria a produzir de maneira rápida e com modelos 
mais econômicos em sua produção.
A Manufatura Verde representa esforços para uma nova manufatura, com 
a Ecoeficiência, que representa a tônica do modelo com ações claras 
voltadas ao uso de recursos renováveis.
Os assuntos abordados neste capítulo irão contribuir na formação de 
gerentes com consciência para o desenvolvimento de uma Gestão da 
Produção Sustentável.
Objetivo
Vislumbrar as novas tendências e possíveis caminhos para a manufatura 
nas organizações.
Gestão da Produção 3
1. Modelos mesclados de gestão de 
manufatura: integração MRP e JIT
Os modelos mesclados de produção combinam modelos de produção 
diversos. Uma forma exemplar pode ser observada na combinação de 
modelos de produção nivelada com o JIT.
Observe a produção dos itens A, B e C em uma linha de produção na 
figura a seguir:
Figura 1: Sequência de produtos com programação nivelada
Fonte: Slack, 2006 [Adaptada].
Inspirados na sequência de produção apresentada na Figura 1, veja a 
distribuição das quantidades de produtos produzidos em 27 dias com a 
carga horária de 8h/dia. Observe:
A B A A C A B A A C A B A A C A B A A C A B A A C
Produtos: Quantidades:
A 2.688
B 1.640
C 1.344
Tabela 1: Produtos produzidos
Fonte: Elaborada pelo autor.
Conforme os dados apresentados, vamos entender o tempo de ciclo 
produtivo para cada produto de acordo com a produção total da Tabela 
1, para a hora informada será multiplicada por 60 minutos. Veja:
Ciclo de A:
Ciclo de B:
= =
(27 x 8 x 60)A 5min.
2.688
= =
(27 x 8 x 60)B 8min.
1.640
Gestão da Produção 4
Ciclo de C:
Assim, podemos concluir que:
 ▪ Cada unidade de A, para ser produzida, necessita de 5 min.
 ▪ Cada unidade de B, para ser produzida, necessita de 8 min.
 ▪ Cada unidade de C, para ser produzida, necessita de 10 min. 
Se fizermos o MMC para os tempos informados, obteremos a seguinte 
escala de produção:
MMC = 5, 8 e 10
O resultado do MMC nos informa que em 40 min é possível processar 
um lote de peças A, B e C, respeitando o tempo de produção de cada 
peça. Vamos concluir então que:
Cada unidade de A, para ser produzida, necessita de 5 min; logo, no 
intervalo de 40 min. Assim, teremos:
= =
(27 x 8 x 60)C 10min.
1.344
Cada unidade de B, para ser produzida, necessita de 8 min; logo, no 
intervalo de 40 min. Teremos:
Cada unidade de C, para ser produzida, necessita de 10 min; logo, no 
intervalo de 40 min teremos:
A seguir, a nova régua de produção com a nova programação com lotes a 
cada 40 min. Confira a figura a seguir: 
Figura 2: Régua de produção
Fonte: Slack, 2009 [Adaptada].
= =
(40)A 8peças.
5
= =
(40)B 5peças.
8
= =
(40)C 4 peças.
10
B A C A B A C A B A C A B A C A B ...
MMC
5 - 8 - 10 2
2
2
5
40
5 - 4 - 5
5 - 2 - 5
5 - 1 - 5
1 - 1 - 1
Gestão da Produção 5
 Até que seja atingida a capacidade de horas disponíveis: 27 X 8 X 60 = 
12.960 / 40 = 324 lotes com a programação informada na Figura 2, serão 
produzidos, mesclando MRP e JIT no exemplo apresentado.
A Integração MRP e JIT
Apesar de serem filosofias de produção diferentes, MRP e JIT podem ser 
combinadas, contudo, é necessário ter maturidade por parte dos gerentes 
de produção para entenderem a necessidade de alterar na hora certa o 
planejamento da produção.
O sistema de produção escolhido puxa toda a sequência de 
abastecimento; então, seja MPS, produção nivelada ou desnivelada, 
a atenção deve existir quando é mesclada a filosofia JIT para que não 
ocorra a falta de itens no abastecimento ou no suprimento de matéria 
prima. Então, o sincronismo tem importância basilar nesse processo de 
gestão de modelos mesclados.
= =
= =
(27 x 8 x 60)Lotes
40
(12.960)Lotes 324
40
Aspectos marcantes do MRP:
 ▪ Puxa toda a cadeia de produção.
 ▪ Precisa de monitoramento.
 ▪ Necessita de atenção quanto a sistemas de informações.
 ▪ Atenção aos níveis de estocagem.
 ▪ Alterações no Lead Time.
 ▪ Precisa de tempo para ser atualizado.
Aspectos marcantes do JIT:
 ▪ Puxado pela demanda.
 ▪ Uso de cartões no controle da produção.
 ▪ Decisões descentralizadas.
 ▪ Programação baseada em taxas de produção.
 ▪ Incentiva a flexibilização de recursos.
 ▪ Planejamento e controle são fiéis a sua filosofia.
Quadro 1: Características MRP e JIT
Fonte: Slack, 2009 [Adaptado].
Os aspectos convergentes e diferentes nas filosofias JIT e MRP podem 
ser apresentados como aspectos que exigem habilidade gerencial para 
operar com filosofias diferentes e como combiná-las. 
Gestão da Produção 6
O JIT procura produzir produtos para 
abastecer a demanda do mercado e evitar 
a formação de estoque e o MRP faz a 
programação de produção e entrega 
na definição de quando a entrega de 
produtos deve ocorrer.
O JIT não apresenta boa aplicação para 
cenários complexos e dinâmicos e já o 
MRP, suporta ambientes complexos. O que 
demonstra ser necessário que os gerentes 
de produção, tenham a expertise em saber a hora 
certa para trabalhar na filosofia MRP e perceber quando for o melhor 
momento para orientar a programação de produção para a filosofia JIT. 
Tal prática demonstra um perfeito sincronismo, de forma a utilizar com 
maestria os recursos disponíveis para a produção.
Uma solução interessante para as fábricas que trabalham a montagem 
de produtos diferentes é pensar que produtos com alto nível de produção 
podem operar no MRP, já os de baixo fluxo no Kanban, controlar os 
níveis de produção e de demanda para obter o melhor uso dos recursos 
de produção.
Os sistemas adquiridos no mercado com soluções MRP, acionados 
pela filosofia de gestão JIT, representam solução com boa aceitação 
se direcionados à aquisição de materiais para a produção conforme a 
demanda. Com isso, puxa toda a produção se operados pelo sistema 
Kanban nas instalações da indústria. São apresentados, a seguir, aspectos 
positivos associados à combinação dos sistemas MRP e JIT e Kanban. 
Observe:
Dispensa ordem de serviço entre as áreas.
Monitoramento do estoque em processamento pelas células de trabalho.
Lista de materiais simplificada.
Informações das etapas de trabalho apresentadas de forma otimizada.
Simplificação do planejamentoe controle.
Redução do Lead Time.
Quadro 2: Vantagens em combinar JIT X MRP X Kanban
Fonte: Slack, 2006 [Adaptado].
Então, como informado anteriormente, é exigida do gerente de produção 
a expertise necessária para saber a hora certa de mudar de um sistema 
de produção para outro. Podemos pensar que tais decisões irão ser 
demandadas por volume e também por variações na frequência da 
Gestão da Produção 7
demanda. Para o resultado de todo esse processo, é exigida atenção na 
tomada de decisão.
2. Manufatura de resposta rápida (QRM – Quick 
Response Manufacturing)
Algumas novas vertentes ganham espaço no campo da Gestão 
Industrial, dentre elas a Manufatura de Resposta Rápida (QRM), na qual 
a ferramenta de aplicação principal está na redução do Lead Time nos 
processos produtivos e entregar em menor tempo a demanda de seus 
clientes.
As entregas mais rápidas geram destaque no mercado e credibilidade às 
empresas que possuem o QRM em seu DNA. Para a execução do QRM, 
é preciso descrever todos os processos de trabalho de cada operação 
ao mapear os processos e redesenhá-los com vistas à redução no 
tempo e também em etapas de trabalho, de forma que sejam cada vez 
mais simplificada as tarefas e com menos etapas de elaboração para 
construção do produto.
A metodologia QRM inclui as seguintes etapas (LIMA et al., 2013):
a. Definição do problema.
b. Coletar e analisar dados.
c. Proposta de melhoria.
d. Análise de resultados.
Na etapa de definição de problemas, são utilizadas diversas ferramentas 
de diagnóstico empregadas na gestão da qualidade, a fim de facilitar a 
compreensão dos problemas envolvidos no processo pesquisado.
Na etapa de coleta e análise de dados, são então analisadas as causas 
que levam aos efeitos do problema identificados na primeira fase do 
método e, para tal, outras ferramentas da qualidade aplicadas à decisão 
são então empregadas.
A terceira etapa dos processos é justamente onde ocorre a rodada de 
propostas de soluções e também diversas ferramentas 
aplicadas à qualidade podem ser testadas, mas 
o objetivo nessa fase é escolher soluções 
que reduzam o ciclo de atividades, tornem 
os processos mais ágeis e que façam 
uso de menos recursos da organização. 
Nessa etapa, ainda, processos de trabalho 
tradicionais serão abandonados para que 
processos mais ágeis sejam implantados 
com a redução no Lead Time de processos 
(PEDROSO et al., 2016).
Gestão da Produção 8
O novo processo é submetido a novos testes, sendo o objetivo testar 
novas ferramentas, com vistas a reduzir ainda mais o Lead Time do novo 
desenho de processo até chegar ao refinamento final, em que não seja 
mais possível, pelo menos para o momento, encontrar mais reduções de 
Lead Time e uso de recursos.
A última etapa do processo QRM consiste na análise de resultados. É 
quando observa-se, na operação, constância em relação às mudanças 
implementadas e verifica-se, no novo processo, se há necessidade 
de ajustes. De tempos em tempos, o método é novamente aplicado, 
para identificar oportunidades de novas reduções no Lead Time e em 
investimentos operacionais.
Como pode ser observado, a aplicação da metodologia QRM traz 
modificações na empresa como um todo, e esse processo, para que tenha 
bons resultados, exige a adaptação da organização para esse momento. 
A começar pelo seu sistema de informações com o uso de Sistemas 
Integrados do tipo ERP (OLIVEIRA et al., 2018).
Outra exigência para a implantação do método QRM está em adaptar a 
cultura da organização para um novo momento, no qual a eficiência e a 
produtividade sejam a marca da organização agora em transformação.
Os processos de comunicação interna direcionados aos colaboradores 
precisam operar de forma transparente, valorizando a participação 
democrática para que resistências possam ser trabalhadas de forma 
gerenciada em busca da mudança organizacional.
As lideranças presentes na organização devem entender a 
responsabilidade de suas funções nesse processo de transformação e 
atuar, tratando os colaboradores com respeito e não adotar práticas 
criminosas de comunicação agressiva com colaboradores.
A mudança precisa ser assimilada por todos e, depois, ser executada; 
isso se o objetivo das ações implementadas for atribuído a soluções 
duradouras. Essas ações dererão ser eitas por várias mãos, pois já 
entendemos que, no século XXI, as pessoas merecem respeito, ainda 
mais quando trabalham horas a fio em uma organização, com a proposta 
de garantir o seu sustento.
3. Manufatura Verde (Green Manufacturing)
As questões que envolvem meio ambiente, sustentabilidade, uso 
inteligentes de recursos, produtividade, lucratividade, recursos 
renováveis são expressões presentes na atual manufatura, tendo atenção 
voltada a práticas relacionadas a preocupações ambientais.
As preocupações ambientais sustentam a ideia da manutenção de 
recursos e insumos para gerações futuras, com o desenvolvimento 
Gestão da Produção 9
de tecnologias que utilizem menos 
recursos da natureza ou, ainda, 
que façam o teste com novos 
materiais, a fim de que aplicações 
industriais experimentem 
novas matrizes energéticas. 
Como exemplo, podemos citar 
a transição do carro alimentado 
por combustíveis fósseis para 
alimentação elétrica.
Nas empresas, podemos citar: 
equipamentos de ar-condicionado central 
que funcionam com o reaproveitamento de 
água, teto verde, materiais na construção civil que absorvem o calor 
e congregam isolamento térmico, a fim de poupar consumo de ar-
condicionado e demais aplicações direcionadas à redução de consumo.
A indústria passa por transformações radicais para a melhor adequação 
a processos de gestão que repensem temas como uso de água, consumo 
elétrico, combustíveis, produtividade e reaproveitamento de materiais 
como matéria-prima.
Pesquisas são desenvolvidas, conceitos e abordagens voltados ao meio 
ambiente e à gestão de processos são incorporados aos processos, 
leis são criadas, marketing direcionados a práticas sustentáveis são 
introduzidos como os diversos selos e as certificações.
Para Leão et al. (2012), a aliança formada com políticas ambientais e a 
gestão estratégica empresarial resultam em práticas que delineiam as 
estratégias operacionais da indústria, sendo apresentadas sob os pilares 
a seguir:
a. Procedimentos na operação;
b. Procedimentos organizacionais;
c. Procedimentos voltados à comunicação.
Dentre as diversas práticas informadas anteriormente, vamos 
explorar com mais detalhes os procedimentos organizacionais que 
são apresentados como design de produto e design de processo, que, 
somados, nos levam ao conceito de Ecoeficiência. Ele ocorre com o 
repensar em preços, fabricação do produto, insumos do processo, ciclo 
de vida de produtos, redução de impactos ambientais na elaboração do 
produto (LEÃO et al., 2012):
a. Redução de insumos na fabricação;
b. Menor consumo elétrico;
c. Menor emissão de poluentes e de resíduos;
d. Reciclagem de materiais e embalagens;
Gestão da Produção 10
e. Maior uso de recursos renováveis na produção;
f. Vida útil dos produtos;
g. Ganhos em serviços e bens.
A seguir, são apresentados alguns dos novos conceitos e abordagens 
que ocupam cada vez mais espaços na indústria, com o propósito 
de influenciar a tomada de decisão e as práticas de mercado, rumo à 
produção sustentável. Alguns dos termos apresentados são realmente 
novos, outros estão há algum tempo sendo defendidos pela mídia por 
pesquisadores e consultorias espalhadas pelo mundo.
a. Economia circular;
b. Marketing verde;
c. Manufatura verde;
d. Produção enxuta;
e. Green manufacturing;
f. Environmente Management System;
g. Cadeia de suprimentos verde;
h. Produção limpa.
A abordagem Green Manufacturing ou Manufatura Verde representa 
estratégias operacionais aplicadas na indústria que, em sua aplicação, 
propicia resultados nos seguintes aspectos: maiores lucros, ganhos 
em produção, políticas de gerenciamento do meio ambiente e maior 
consciência do consumidor.
De forma, a antecipar asexigências legais, o conceito de Green 
Manufacturing direciona as estratégias de produção para a prática 
da sustentabilidade nos processos produtivos de uma fábrica, o que 
também influencia toda a sua cadeia de suprimentos, inaugurando o 
conceito de cadeia de suprimentos sustentáveis ou também chamada de 
cadeia de suprimentos verde (MARTINS; 
SCHREIBER, 2019).
As soluções de Green 
Manufacturing ou Produção 
Verde podem ser 
compreendidas com o 
conceito de “soluções de 
fim de tubo”, como se os 
processos de inovação 
fossem seguir a ideia 
de um tubo, em que 
todo o processo passa 
por uma sequência 
(SILVA et al., 2019).
Gestão da Produção 11
Figura 1: Visão prática do Green Manufacturing
Fonte: Sustainable Manufacturing Initiative, 2011 [Adaptada].
Implantação de soluções de fim de tubo:
Alternativas tecnológicas para a mitigação, diluição e controle 
da poluição.
Reestruturação do sistema de produção:
Recuperação de recursos, sem a disposição de resíduos ao meio 
ambiente.
Modificação de produtos e processos produtivos:
Otimização de processos, aumento na eficiência energética e no 
consumo de materiais.
Sistema de gestão ambiental:
Monitoramento ambiental e uso de indicadores para a gestão de 
produtos ambientalmente adequados e economicamente competitivos
Extensão da responsabilidade ambiental:
Avaliação do ciclo de vida e gestão verde da cadeia de suprimentos
Green
manufacturing
Controle ambiental
Produção em ciclo 
fechado
Produção mais limpa
Ecoeficiência
Visão de ciclo de vida
A inovação é influenciada por demandas ambientais que, por sua vez, 
são motivadoras de reestruturações internas no ciclo de produção, com 
novos processos que atendam aos ideais de ecoeficiência. 
Uma vez consolidadas as iniciativas anteriores, o tubo recebe, então, a 
experiência da produção mais limpa, em que a reutilização e os modelos 
de produção em que a preservação de recursos naturais são a essência 
do processo.
Na penúltima etapa, os sistemas de gestão ambiental são os catalisadores 
da produção com eficiência. Por fim, um novo ciclo de vida e de produção 
de produtos são implantados.
A Gestão da Produção apresenta, neste último capítulo, temas 
importantes na formação do Gerente de Produção com os temas 
relacionados a MRP e JIT, QRM e Manufatura Verde. Todos representam 
temas emergentes na gestão industrial, sendo um desafio para todos 
produzir de forma inovadora.
A mesclagem dos modelos MRP e JIT são propostas desafiadoras para 
produzir, de forma inteligente e com custos controlados, o conceito de 
produção enxuta, em que todo o processo produtivo visa a economizar 
recursos, ganhar em produtividade e melhor adequação do processo de 
produção aos desafios da demanda.
Gestão da Produção 12
De forma evolutiva, a Manufatura de Resposta Rápida ou QRM reforça 
os esforços do MRP e JIT ao congregar estímulos para reestruturar a 
produção com base na remodelagem do processo de produção. Ela 
oferece respostas ao modelo de produção ao reduzir o tempo de ciclo 
produtivo com tecnologias mais eficientes, reduzindo o ciclo para 
que, com isso, apresente uma resposta mais rápida a seus clientes, 
desequilibrando os concorrentes.
Este capítulo é concluído com os conceitos de Manufatura Verde, que 
representam esforços para uma nova manufatura com a ecoeficiência. 
Ela representa a tônica do modelo, com ações claras, voltadas ao uso de 
recursos renováveis, ganhos de produtividade, níveis ótimos na redução 
de desperdícios e tratamento de resíduos.
Os assuntos abordados traduzem o desafio da indústria em apresentar 
operações produtivas mais eficientes, com o uso sustentável de 
recursos, sem que o atendimento à demanda seja prejudicado. Todo o 
estudo apresentado neste capítulo tem o objetivo de preencher uma 
lacuna importante na formação de profissionais com consciência para o 
desenvolvimento de uma Gestão da Produção sustentável.
Referências
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e de operações. 
1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LEÃO, M. T.; SOUBIHIA, D. F.; IZAR, A. L. T.; JABBOUR, C. J. C. Desenvolvimento 
de produtos com menores impactos ambientais: identificação, 
classificação e análise da produção científica. XV SEMEAD, 2012.
LIMA, A. D.; BACHEGA, S. J.; FILHO, M. G.; CRUZ, V. J. S.; ROSSI, J. M. Proposta 
de aplicação da abordagem Quick Response Manufacturing (QRM) para 
a redução do Lead Time em operações de escritório. Revista Produção 
OnLine, n. 1, v. 23, São Paulo, 2013. 
MARTINS, M. A. M.; SCHREIBER, D. Manufatura Verde e suas variáveis: em 
busca de um modelo conceitual. XXXIX Encontro Nacional de Engenharia 
de Produção. São Paulo, 2019.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2015.
OLIVEIRA, L. G.; FREITAS, D. C.; FILHO, M. G. Aplicação da abordagem 
Quick Response Manufacturing (QRM) no processo de desenvolvimento 
de novos lápis de olhos. Revista Produção OnLine, n. 2, v. 18, Santa 
Catarina, 2018. 
Gestão da Produção 13
PEDROSO, C. B.; FILHO, M. G.; HAYASHI, A. P. Aplicação da abordagem 
QRM em uma empresa do setor químico. GEPROS – Gestão da Produção, 
Operações e Sistemas, n. 2, v. 12, São Paulo, 2017. 
RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da Produção e Operações. 
São Paulo: Pearson, 2004.
SILVA, D. A. L.; SILVA. E. J.; OMETTO, A. R. Green Maufacturing: uma análise 
da produção científica e de tendências para o futuro. 26. ed. São Paulo: 
Production, 2016.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; HARLAND, C, HARRISON, A.; JOHNSTON, R. 
Administração da Produção. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Gestão da Produção 14
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	1. Modelos mesclados de gestão de manufatura: integração MRP e JIT
	2. Manufatura de resposta rápida (QRM – Quick Response Manufacturing)
	3. Manufatura Verde (Green Manufacturing)
	Referências

Outros materiais