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Relatório HABEAS CORPUS

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Relatório HABEAS CORPUS
O habeas corpus é o instrumento utilizado para garantir o direito de liberdade de locomoção dos indivíduos, de modo a proteger o seu direito de ir e vir, em situações em que ele esteja ameaçado ou restringido, em decorrência de abusos de poder ou ilegalidades.
Trata-se de uma garantia fundamental, presente na Constituição Brasileira de 1988. Contudo, ele já está presente no nosso ordenamento jurídico desde bem antes da promulgação da nossa Carta Magna de 1988.
Na CF/88,o habeas corpus está disposto em seu artigo 5º, LXVIII – conder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Caso alguém sinta que está com o seu direito de locomoção ameaçado ou violado, de maneira indevida, poderá ingressar com um pedido de habeas corpus.
O habeas corpus é um dos remédios constitucionais, que podem ser utilizados pelo indivíduo com o intuito de proteger/garantir os seus direitos.
Violação à liberdade de locomoção será considerada ilegal quando:
· Quando não houver justa causa;
· Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
· Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
· Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
· Quando não for alguém admitido a prestar fiação. Nos casos em que a lei a autoriza;
· Quando o processo for manifestamente nulo;
· Quando extinta a punibilidade.
Existem dois tipos de habeas corpus, o preventivo e o repressivo, os quais são utilizados em situações distintas.
O habeas corpus preventivo é utilizado quando há apenas ameaça ao direito de liberdade de locomoção. Desse modo, qualquer indivíduo que sentir que a sua liberdade de ir e vir esteja ameaçada injustamente, poderá entrar com um habeas corpus, sendo uma espécie de salvo-conduto.
O habeas corpus repressivo é do tipo liberatório, é utilizado quando já houve a violação do direito de locomoção, em situações em que a pessoa já está presa ou apreendida. Desse modo, no julgamento do habeas corpus, caso o juiz entenda que a privação de liberdade não seja legal, ou seja, injustificada, a pessoa será libertada, reavendo, assim, sua liberdade.
· A pessoa que impetra o habeas corpus é chamada de impetrante.
· Já a pessoa beneficiada é conhecida como paciente.
· Impetrado ou Autoridade Coatora é a autoridade contra quem se entra com o HC, por ser aquela que realizou a coação do direito.
O habeas corpus pode ser impetrada por qualquer pessoa, seja física ou jurídica, nacional ou estrangeira, e também pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. Esse remédio é considerado de legitimidade universal.
Inclusive menores de idade, estrangeiros e empresas podem impetrar HC.
Podendo ingressar com habeas corpus em favor de outra pessoa, e não apenas para si próprio.
Juízes e Delegados de Polícia, no exercício de suas funções, não podem impetrar o habeas corpus. Contudo, eles poderão o conceder, de ofício, caso estejam diante de alguma ilegalidade na privação de liberdade do indivíduo.
O paciente somente pode ser pessoa física, não sendo possível ingressar um HC em favor de pessoa jurídica.
O HC é julgado pela autoridade hierarquicamente superior à quem determinou a violação ao direito de locomoção de determinada pessoa.
O Código de Processo Penal atribuiu ao STF a competência originária para decidir HC em relação ao Presidente da República, ao Vice-Presidente da República, aos membros do Congresso Nacional, aos próprios Ministros do STF, ao Procurador-Geral da República, aos Ministros de Estado, aos Comandantes da Marinha, do Exército, e da Aeronáutica; aos membros dos Tribunais Superiores, ao Tribunal de Contas da União e aos chefes de missão diplomáticas de caráter permanente.
Não cabe Habeas Corpus quando:
· Quando já extinta a pena privativa de liberdade;
· Para impugnar decisão do STF;
· Contra a decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada;
· Para impugnar determinação de suspensão dos direitos políticos;
· Para se pleitear o direito a visitas íntimas;
· Para discutir o mérito de punições disciplinares militares;
· Contra a imposição de pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou função pública
· Contra determinação de perda da função pública, como efeito secundário da pena;
· Originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso;
· Para impugnar pena em processo administrativo disciplinar;
· Para se obter restituição de coisas apreendidas, inclusive passaporte;
· Para impugnar quebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico, se dela não puder resultar condenação à pena privativa de liberdade.

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