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Cálculo Diferencial e Integral II Unidade 1 Introdução às integrais e suas aplicações ÍNDICE 1. Revisão da unidade 2. Estudo de caso 3. Síntese 4. Encerramento 1- Revisão da unidade Vamos rever os conceitos de cálculos de áreas com as integrais. IntegraisPrimeiramente, estudamos as integrais, vamos rever alguns conceitos importantes. Seja função f (x) > 0 a integral pode ser interpretada como a área S abaixo da curva f(x) entre e x = a e x = b, isto é, Na Figura 1, há a área sombreada S. Para determinar essa área, devemos resolver a integral: Integrais Para resolver a integral e determinar a área , há alguns métodos. Entretanto, de forma eficiente e precisa, o Teorema Fundamental do Cálculo é utilizado. Ele afirma que onde F é qualquer primitiva de f(x), isto é, F é uma função tal que F'(x) = f(x). Em outras palavras, a primitiva seria a função que, após ser derivada, originará f(x). Dessa forma, teremos que:Dessa forma, teremos que: Veja que, após encontrar a primitiva na primeira linha, foi aplicado o Teorema Fundamental do Cálculo, substituindo o limite de integração superior na primitiva “menos” o limite de integração inferior substituído na primitiva. Portanto, a região sombreada S tem área exata de 2 unidades quadradas. Ainda há o caso da área entre duas curvas. Nessa situação, fazemos a integração da função f(x) que delimita a região superiormente menos a função g(x) que delimita inferiormente a área, com os limites de integração adequados, isto é Um exemplo está na Figura 2. Para determinar a área da imagem, devemos fazer: Para determinar a área da imagem, devemos fazer: Portanto, a área da região entre as duas curvas é de, aproximadamente, 5,8693 unidades quadradas de área. Importante lembrar que, em cálculo de integrais trigonométricas, devemos utilizar o ângulo medido em radianos. Além da aplicação das integrais para obter áreas de curvas, estudamos também as integrais para resolver equações diferenciais. Uma equação diferencial é uma equação em que as incógnitas são funções que aparecem na equação em forma de derivadas. As integrais são úteis para resolver equações diferenciais, em especial, as do tipo separável (aquelas que podemos separar em duas funções) e com valores iniciais. Por exemplo, veja o seguinte problema de valor inicial: Nesse problema, estamos procurando uma função y = f(x) que vale a igualdade acima. Note que essa é uma equação separável, pois separamos a função de x e y. Agora, precisamos deixar de um lado somente , e do outro lado somente y. Integrando ambos os lados, teremos: Solando o y, teremos: Então, a função que resolve a equação diferencial apresentada é Para determinar o valor da constante K, temos a condição inicial para x = 0 e y = 1. Substituindo na solução, teremos: Dessa forma, K = 1 e, portanto, pela condição inicial, temos . Dessa forma, estudante, chegamos ao fim da revisão. Espero que as integrais tenham despertado o seu interesse. Bons estudos! Videoaula Nesta videoaula, apresentamos as integrais, o conceito de soma de Riemann para determinar a área abaixo de uma curva e relacionamos essa soma com as integrais. Além disso, apresentamos o importantíssimo Teorema Fundamental do Cálculo. Após essa etapa, abordamos e exemplificamos regras para a integração de certas funções 2- Estudo de caso Vamos relacionar os nossos conhecimentos com uma situação da nossa realidade. Apresentação Olá, estudante! Buscando contextualizar o conteúdo trabalho na unidade e auxiliar sua aprendizagem, comece imaginando que você é um engenheiro iniciante e recentemente abriu uma empresa para prestar consultorias em uma região da sua cidade. Em um certo dia, um possível cliente, morador local e membro da associação de moradores da região, acabou chegando à sua nova empresa à procura de ajuda. Após se apresentarem, o cliente lhe conta a seguinte história: no bairro, há uma praça grande e bem conhecida da população. O urbanista que projetou essa parte do bairro, incluindo a praça, é um grande amante da matemática e, em praticamente em todos seus projetos, fazia questão de fazer referências aos diversos elementos matemáticos. Dessa forma, até a praça tem uma história matemática por trás dela: o projeto dela se baseia em uma região limitada por funções matemáticas (nesse momento, o cliente fez um desenho esboçando a praça e as curvas matemáticas). Figura 3 | Esboço da praça e das curvas na qual a praça é baseada Fonte: elaborada pelo autor. Após apresentar o esboço da praça, o cliente lhe faz o seguinte pedido: “Senhor engenheiro, nós, da associação de moradores, desejamos urgentemente saber a área dessa praça. Precisamos desse valor para poder apresentar uma reposta a um programa da prefeitura. Você pode nos ajudar agora?”. Antes de você responder, o cliente acabou lembrando que as unidades de medidas consideradas pelo urbanista são em centenas de metros. Após isso, ele pergunta novamente se você pode ajudá-lo. Após ouvir tudo o que lhe foi contado, você ficou admirado com a história de como o urbanista acabou fazendo seu projeto. Nesse momento, você, como um profissional qualificado, muito bem formado e com apreço ao cálculo diferencial e integral, primeiramente, agradeceu o cliente pela procura e, em seguida, lhe disse que era muito fácil ajudar. Ainda, comentou que poderia resolver o problema imediatamente, devido às condições históricas da praça, sem nem mesmo precisar sair do escritório. Mas, e agora, como você fará para responder ao cliente sobre a área da praça? Note que essa é uma pergunta muito interesse. Você não pode deixar esse momento passar, é a hora de mostrar seus conhecimentos em cálculo diferencial e integral; além disso, é o momento de mostrar serviço e fazer um cliente importante. Veja que, durante a unidade, exploraremos os conteúdos necessários para a compreensão adequada desse assunto. Boa atividade! Reflita Você já pensou como se calcula áreas de terremos com formatos “diferentes"? Isso mesmo, diferentes! Áreas de formatos triangulares, retangulares, circulares, entre outras formas conhecidas, podemos calcular utilizando fórmulas amplamente conhecidas, mas áreas que saem desse padrão necessitam de outras ferramentas. Apesar de haver alguns tipos diferentes de métodos, as integrais são um dos métodos mais utilizados e recorridos para determinar áreas com formas gerais. Você deve estar pensando que são os softwares que calculam, e sim, são eles. Mas, é comum que, na programação desses softwares, existam ferramentas de cálculos de áreas baseadas em integrais, sendo que, em alguns casos, são utilizadas as funções e, em outras, aproximações por somas. Além dessas ideias de se obter áreas por meio de integrais, essa ferramenta matemática está presente na resolução de diversos problemas. Em alguns, não diretamente e, em outros, mais diretamente, porém é muito comum o uso de integrais para a resolução de problemas, em especial, problemas oriundos de pesquisas. Dessa forma, você deve ter concluído que a integral é, de fato, uma ferramenta muito importante. Resolução É o momento de resolver o estudo de caso. Relembrando brevemente, você tem um cliente que deseja saber a área de praça. Ele lhe contou uma história interessante sobre o projeto da praça: ela tem um formato específico, que foi baseado em uma região matemática compreendida entre duas curvas. Após isso, o cliente lhe apresentou o esboço desse esquema da praça, com as curvas consideradas para a inspiração de seu formato. Por fim, pediu sua ajuda para calcular a área dessa praça, sendo um pedido urgente. Então, você recebeu o pedido do cliente e lhe informou que é fácil de resolver o problema, pois, dadas as funções, é prático calcular as áreas por elas. Veja novamente o esboço da praça, mostradoanteriormente na Figura 3. Colocaremos a mão na massa e resolveremos o problema. Relembrando o conteúdo dessa unidade, é muito simples determinar a área. Nesse caso, temos uma região delimitada por duas curvas e retas verticais. Logo nessa situação, fazemos a integração da função que delimita a região superiormente subtraindo a função que está delimitando inferiormente a área, com os limites de integração adequados das retas verticais. Levando em consideração o esboço da nossa praça, temos que a curva superior é a função que limita inferiormente é sendo que as retas verticais que delimitam a região são x = -1 e x = 1. Portanto, utilizando integrais, a área da praça será dada pela expressão: Agora, resolvendo a integral, teremos: Logo, a área da praça é exatamente 6,8 unidades quadradas de área. No nosso caso, o cliente informou que o urbanista utilizava centenas de metros para determinar seus projetos. Então, devemos multiplicar 6,8 por 10.000, pois 100x100=10.000. Portanto, a área da praça é de 68.000 m2. Dessa forma, caro estudante, por um método simples, conseguimos obter a área de uma região somente conhecendo as curvas que a delimitam. Pode ser que, na prática, não seja exatamente dessa forma, mas diversos softwares usam o conceito de integrais para determinar áreas. Além disso, se for possível aproximar uma determinada região por funções matemáticas, podemos determinar a área dela. Lembrando que o conceito de área não fica restrito apenas às superfícies; ele também pode se aplicar em forças, densidade, probabilidades, energia, entre outras. 3- Síntese Vamos relembrar conceitos de gradiente e integrais duplas, e suas aplicações aprendidos nessa unidade. Síntese da aula Você pôde internalizar conceitos fundamentais sobre cálculo das áreas com as integrais. Além disso, aprendeu sobre esse processo por meio da prática. E para finalizar vamos organizar os conceitos acessando o inforgráfico abaixo. 4- Encerramento Com o conteúdo exposto, esperamos que você tenha compreendido os conceitos e aplicações desta unidade e Incentivamos que você se aprofunde nessa temática. REFERÊNCIAS ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. Cálculo. v. 1. Porto Alegre, RS: Bookman, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 26 dez. 2022. PRADO, S. do; PRADO, S. T. G. do; OLIVEIRA, L. de. Uma proposta diferenciada para o estudo de aplicações de integrais. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 9, n. 1, fev. 2020. Disponível em: https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/85573. Acesso em: 26 dez. 2022. STEWART, J.; CLEGG, D.; WATSON, S. Cálculo Volume I. São Paulo, SP: Cengage Learning Brasil, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/. Acesso em: 26 dez. 2022. ZILL, D. G. Equações diferenciais: com aplicações em modelagem. 10. Ed. São Paulo, SP: Cengage Learning Brasil, 2016. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522124022/. Acesso em: 26 dez. 2022. Cálculo Diferencial e Integral II Unidade 2 Regras avançadas de integração e coordenadas polares ÍNDICE 1. Revisão da unidade 2. Estudo de caso 3. Síntese 4. Encerramento 1. Revisão da unidade A seguir, vamos rever técnicas de integração e coordenadas polares para cálculo de volume de sólidos. Introdução Nesta unidade, trabalhamos com as regras de integração conhecidas como regra da substituição de variáveis e integração por partes. Além disso, vimos o processo de conversão entre sistemas de coordenadas, em particular, a conversão de um sistema cartesiano bidimensional para um sistema de coordenadas polares. Todas essas regras e técnicas são desenvolvidas com o intuito de resolver problemas da matemática, das engenharias, da tecnologia, entre outras áreas. Volume por discos Para o cálculo do volume de sólidos obtidos por rotações de funções em torno do eixo das abcissas, estudamos o método chamado de volume por discos, que é descrito pela equação: Para obter o volume de um sólido gerado pela rotação de uma função em torno do eixo das ordenadas, é necessário conhecer o intervalo de integração para essa função. Dessa maneira, desenvolvemos a expressão: Volume por arruelas Em alguns casos, o sólido de revolução pode ser obtido pela rotação de uma área gerada por mais do que uma função. A técnica que permite o cálculo do volume desse sólido é chamada de volume por arruelas. Na nossa unidade, desenvolvemos a expressão que permite esse cálculo tanto para a rotação em torno do eixo “x” como para a rotação em torno do eixo “y”. A seguir, temos, respectivamente, ambas as expressões: 1- 2- Integração por substituição Como todos esses processos envolvem a resolução de integrais, trabalhamos com técnicas que permitem a substituição de variáveis ou a reescrita em partes da integral original, para que obtenhamos uma integral mais simples para ser resolvida. Diante dessa necessidade, aprendemos o processo de integração por substituição, que está descrito a seguir. Se u=g(x) for uma função diferenciável, cuja imagem é um intervalo I e f for contínua em I então: Assim, temos estes passos: Passo 1 Passo 3 Passo 5 Passo 7 + + + + + + + Passo 2 Passo 4 Passo 6 Passo 1: identificar g(x) e comparar com u. Passo 2 : derivar os dois lados dessa equação em relação a x. Passo 3 : isolar dx. Passo 4 : substituir na integral g(x) por u e dx pelo resultado encontrado no terceiro passo. Passo 5 : simplificar a função, de forma que reste apenas elementos da variável u. Passo 6 : resolver a integral em relação a u. Passo 7 : voltar esse resultado para a variável x. Integração por partes Também, demonstramos a aplicação da técnica chamada integração por partes, que pode ser rapidamente descrita nos seguintes passos: Passo 1 Passo 3 Passo 5 Passo 7 + + + + + + + Passo 2 Passo 4 Passo 6 Passo 1: identificar g(x) e comparar com u. Passo 2: ajustar os intervalos de integração de forma que, se: então: Passo 3: derivar os dois lados dessa equação em relação a x. Passo 4: isolar dx (obs.: usamos a variável x como padrão, mas poderia ser qualquer outra variável). Passo 5: substituir na integral g(x) por u e dx pelo resultado encontrado no quarto passo. Substituir também os novos intervalos de integração. Passo 6: simplificar a função, de forma que reste apenas elementos da variável u. Passo 7: resolver a integral em relação a u. Conversão entre sistemas de coordenadas Por fim, identificamos que a conversão entre sistemas de coordenadas pode facilitar a resolução de algumas integrais, principalmente, quando se deseja integrar curvas, como circunferências, cardioides, entre outras. Isso pode ser observado na figura a seguir: Fonte: elaborada pela autora. Para essa última análise, aprendemos a converter funções escritas no sistema cartesiano para o sistema polar de coordenadas, em que teremos: Vídeo Nesse vídeo, resolveremos exemplos que envolvem a mudança de coordenadas para o sistema polar. Dentre esses exemplos, trabalharemos a obtenção de áreas e volumes usando integrais, que poderão ser resolvidas através das técnicas descritas na unidade ou de outras técnicas de integração já conhecidas. Portanto, temos como intuito a recapitulação desses conceitos, permitindo, assim, uma melhor compreensão dos temas abordados 2- Estudo de caso Agora, vamos associar os nossos conhecimentos a elementos presentes na nossa realidade. Apresentação Para contextualizarsua aprendizagem, usaremos os conceitos aprendidos para resolver uma importante questão relacionada a superfícies geradas pela rotação de funções em torno de um eixo especificado. Um exemplo nesse sentido é a superfície gerada pela rotação de uma parábola em um intervalo conhecido I, em torno do eixo das ordenadas. Essa estrutura é chamada de paraboloide elíptico ou paraboloide de revolução e pode ser vista a seguir. Paraboloide elíptico Fonte: https://www.geogebra.org/3d/key3q8zf. Acesso em: 28 dez. 2022. Já vimos o cálculo do volume para esse tipo de sólido de revolução. Contudo, neste estudo de caso, queremos descobrir a área dessa superfície de revolução. Isso se dá, pois superfícies com essa característica são extremamente aplicadas em diversos contextos práticos. Por exemplo, antenas parabólicas possuem esse formato, porque uma das propriedades da parábola é a de fazer convergir qualquer onda recebida para seu ponto focal, ampliando, assim, o sinal da onda recebida. Um paraboloide elíptico nada mais é do que uma reunião de uma infinidade de parábolas, ou como definimos, a rotação de uma parábola em torno de um eixo conhecido. Os telescópios refletores usados atualmente nos mais importantes observatórios do mundo são construídos a partir de uma ideia de Issac Newton (1643-1727), aplicando o princípio de reflexão de ondas, e possuem o formato de um espelho curvo (paraboloide). O telescópio espacial Hubble também é um dos exemplos de utilização de lentes e espelhos no formato de paraboloides. Além disso, alguns paraboloides podem ser observados na natureza, como é o caso de alguns fungos. Fungos - Fonte: Shutterstock Telescópio Hubble - Fonte: Wikimedia Commons. De acordo com Lima (2012), as aplicações desse tipo de superfície remontam à Antiguidade, tendo Arquimedes como um dos nomes relacionados a esse estudo. Diante dessas informações, queremos desenvolver uma expressão (fórmula matemática) para o cálculo da área de uma superfície de revolução obtida pela rotação de uma parábola em torno do eixo das ordenadas. Sendo assim, precisamos calcular a área da superfície gerada pela rotação da função em torno do eixo para Com essas informações, calcule a superfície de revolução descrita. Para calcular a área de superfícies discretizadas, podemos usar conceitos já aprendidos, como área lateral de cilindros, cones e troncos de cones. Reflita sobre a possibilidade de uso dessas expressões para gerar a expressão que permite o cálculo de superfícies de revolução Será possível aproveitar cálculos já realizados nas aulas desta unidade, por exemplo, a expressão do comprimento de arco, para desenvolvermos a expressão para a área de superfícies de revolução? Essa é outra reflexão que apontamos para construir a resolução deste estudo de caso. Resolução Queremos calcular a área da superfície de um sólido de revolução gerado pela rotação da função em torno do eixo das ordenadas no intervalo para “y” entre 0 e 4. Sabemos que a área da superfície de um cilindro circular reto é calculada por sendo “r” o raio da base desse cilindro e “h” a altura do cilindro. Partindo dessa analogia, verificamos que, ao rotacionar uma função em torno de um eixo das abscissas, a área da superfície de revolução será o somatório de uma infinidade de áreas de cilindros geradas pela discretização do domínio em intervalos com com tamanho infinitesimal e, portanto, com “n” tendendo a zero Superfície de revolução Fonte: Stewart (2017, p. 498). Assim, sabendo que o comprimento de um arco é calculado por e este será a altura de cada um desses cilindros e, ainda, que o raio de cada arco é dado por “f (x)”, podemos escrever que a área da superfície de cada arco será para Portanto, para Aplicando o mesmo conceito usado na soma de Riemann, escrevemos: Logo, Adaptando essa expressão para a rotação da função “g(y)” em torno do eixo “y”, no intervalo para “y” entre “c” e “d”, teremos: Com isso, e tendo a função escrevemos no intervalo Simplificando essa expressão: E, portanto: Aplicando a regra da substituição de variáveis para integrais, teremos logo que nos leva a: Ainda, quando y=0; u=1 e quando y=4; u=17. Assim: Usando o Teorema Fundamental do Cálculo para Integrais, teremos: Logo, a área da superfície de revolução será: Video Assista agora à resolução do estudo de caso apresentado e reforce seu aprendizado! 3- Síntese A seguir, vamos destacar os principais aprendizados desta unidade de uma forma prática. Nesta unidade, você pôde aprender técnicas matemáticas de integração e coordenadas polares, a fim de se encontrar soluções para cálculo de volume de sólidos. Além disso, reforçou este conteúdo por meio de um estudo de caso. A seguir, para finalizar, confira um infográfico com dicas para resolver integrais de funções potência trigonométricas, o qual condensa os nossos aprendizados. 4- Encerramento Com as leituras e vídeos desta unidade, esperamos que você tenha compreendido os conceitos tratados e suas aplicações. Incentivamos que você busque cada vez mais conhecimentos. Referências ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. Cálculo. v. 1. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2014. Disponível em: https://rb.gy/upf1n6. Acesso em: 25 out. 2022. GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo – Vol. 1. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://rb.gy/v595de. Acesso em: 6 out. 2022. LIMA, E. L. A matemática do ensino médio – volume 2. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: SBM 2012. ROGAWSKI, J.; ADAMS, C.; DOERING, C. I. Cálculo. v. 1. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2018. Disponível em: https://rb.gy/v3utaj. Acesso em: 29 out. 2022. STEWART, J. Cálculo – Volume 1. São Paulo, SP: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em: https://rb.gy/jxuuqj. Acesso em: 25 out. 2022. Cálculo Diferencial e Integral II Unidade 3 Funções de várias variáveis e derivadas parciais ÍNDICE 1. Revisão da unidade 2. Estudo de caso 3. Síntese 4. Encerramento 1- Revisão da unidade Vamos rever os conceitos de cálculos de áreas com as integrais Função de duas váriaveisEm um primeiro momento, discutimos sobre função de duas variáveis. Lembre-se de que uma função é uma relação entre variáveis e, no caso da função de duas variáveis, temos uma relação entre todo par ordenado (x,y) pertencente ao conjunto (D) , denominado de domínio, a um único elemento f (x,y)=z pertencente ao conjunto (E) , denominado de contradomínio. No que se refere ao domínio, é importante que você se atente ao fato de que não existe divisão por zero, não existe raiz de índice par de número negativo e não existe logaritmo de número negativo ou zero. + INFO> Assim, quando você for analisar o domínio de funções de duas ou mais variáveis, você deve excluir os pares, ou termos ordenados que se originam de uma dessas situações. Já a imagem de uma função são todos os valores possíveis que a função pode assumir quando substituímos valores arbitrários do domínio em sua lei de formação. Uma forma de avaliarmos a imagem de uma função de duas variáveis é por meio do seu gráfico, que é definido como o conjunto de todos os pontos (x,y,z em x³, tal que z=f (x,y) e (x,y) e D. Derivadas parciais de uma função de duas variáveisEm um segundo momento, discutimos sobre as derivadas parciais de uma função de duas variáveis. Quando você estiver calculando a derivada parcial, deve-se atentar ao fato de que, quando derivamos em relação a uma variável, a outra consideramos como sendo constante. Assim, se estiver calculando a derivada parcial em relação a “x”, isto é “fx”, você mantém constante a variável y e varia x . Analogamente, se estiver calculando a derivada parcial em relação a y, isto é, fy, você mantém constante a variável x e varia y . Para o cálculo das derivadas parciais de primeira ordem de uma função de duas variáveis, istoé fx, e fy, você pode utilizar todas as regras de derivação de função de uma variável, visto que, quando mantemos uma das variáveis constante, transformamos a função de duas variáveis em apenas uma variável. + INFO> Quando necessário, você pode calcular as derivadas parciais de segunda ordem de uma função de duas variáveis e, para isso, deve calcular as derivadas parciais considerando as derivadas de primeira ordem. Quando fazemos isso, podemos ter as seguintes derivadas de segunda ordem: Por fim, discutimos sobre as derivadas direcionais, que são utilizadas para calcular taxas de variação de uma função em relação a qualquer direção. Portanto, se que delimita inferiormente a área, com os limites de integração adequados, isto é possui derivada em e se é um vetor unitário, então a derivada direcional será dada por Assim, encerramos o nosso pequeno resumo dos conteúdos de nossa unidade. Espero que você tenha gostado! 2- Estudo de caso Vamos relacionar os nossos conhecimentos com uma situação da nossa realidade. Apresentação Olá, estudante! Para contextualizar sua aprendizagem, suponha que você faça parte de um grupo formado por jovens profissionais de diferentes áreas, de uma startup relacionada à indústria 4.0, utilizando seus conhecimentos de engenharia, programação e matemática. Essa startup tem como objetivo desenvolver softwares que permitam realizar um estudo quantitativo sobre a produção de uma indústria considerando a quantidade de trabalho, isto é, a quantidade total de horas trabalhadas. Após um intenso estudo, você encontrou uma função que modela a produção, a saber, a função de produção de Cobb-Douglas. Essa função foi desenvolvida em 1928 por Charles Cobb e Paul Douglas e foi baseada em uma visão mais simplificada da economia, considerando que a saída da produção é determinada pela quantidade de trabalho envolvido e pela quantidade de capital investido. Apesar de existirem outras variáveis que afetam o desenvolvimento da economia, esse modelo se mostra bastante preciso, por isso, você decidiu utilizá-lo na construção do seu software. Figura 3 | Esboço da praça e das curvas na qual a praça é baseada Fonte: elaborada pelo autor. A função Cobb-Douglas se baseia na produção total (valor monetário dos bens produzidos no ano), na quantidade de trabalho (número total de pessoas-hora trabalhadas em um ano) e na quantidade de capital investido (valor monetário de máquinas, equipamentos e prédios). Matematicamente, a função é expressa por em que P é produção total,L a quantidade de trabalho e K a quantidade de capital investido e são parâmetros fixos. Após a implementação dessa função, você decidiu realizar estudos teóricos. Sua primeira tarefa é encontrar o domínio dessa função, visto que, se esse não for considerado corretamente no momento da implementação da função, teremos problemas no software. Depois, considerando que “b=1,456 e “a=0,60”, calcule a produção total em um ano quando a quantidade de capital investido é de R$ 50.000,00 e a quantidade de trabalho é 2.200 horas. Sua segunda tarefa é avaliar a produção marginal em relação à quantidade de trabalho e em relação à quantidade de capital investido. Depois, encontrar essa produção quando a quantidade de capital investido é de R$ 50.000,00 e a quantidade de trabalho é 2.200 horas. Para isso, considere que “b=1,456 e “a=0,60”. Por fim, você deve avaliar a produção marginal quando a quantidade de capital investido é de R$ 50.000,00 e a quantidade de trabalho é 2.200 horas e essa variação está na direção do vetor Nesse momento, considere também que “b=1,456 e “a=0,60”. Como você executaria cada tarefa? Quais são os principais conceitos envolvidos nesse estudo teórico? Reflita A função de produção de Cobb-Douglas é amplamente utilizada na Economia, pois descreve a forma como os fatores produtivos são combinados. Essa função considera uma visão simplificada desses fatores, considerando apenas o fator capital e o fator trabalho. Ao analisarmos a produção marginal em relação ao trabalho, estamos calculando a taxa de variação da produção em relação ao trabalho, ou ainda a produtividade marginal do trabalho. Analogamente, quando estamos avaliando a produção marginal em relação ao trabalho, estamos encontrando a taxa de variação da produção em relação ao capital, ou ainda a produtividade marginal do capital. Com base nesse contexto, nossas reflexões para iniciar a solução do nosso problema são: com base no que estudamos nessa unidade, quais conceitos você pode utilizar para realizar cada uma das tarefas propostas? Podemos utilizar as derivadas parciais? Se sim, quais regras de derivação utilizaremos? Como podemos calcular a taxa de variação em direção a um determinado vetor? O que é necessário para realizar esse cálculo? Resolução Antes de iniciarmos a solução do problema, retomaremos suas tarefas. A primeira delas é encontrar o domínio da função de produção de Cobb-Douglas e calcular o seu valor quando k= 50000 L= 2200 horas. Sua segunda tarefa é analisar a produção marginal e, depois, calcular essa produção quando K= 50000 L=2200 horas. Sua terceira e última tarefa é avaliar a produção marginal quando K=50000 L=2200 horas e essa variação está na direção do vetor Agora que você já relembrou quais são suas tarefas, vamos colocar a mão na massa e resolvê-las. Primeira tarefa: para encontrarmos o domínio da função, você deve se lembrar de que o domínio são todos os valores que as variáveis L e K podem assumir. Sabemos que a função de produção de Cobb-Douglas é dada por , e que b e a são parâmetros fixos, o domínio dessa função seriam todos os pares ordenados Porém, essa função modela uma situação relacionada à economia, assim, além dessa análise matemática, é importante que você considere o significado dessas variáveis. refere-se à quantidade de trabalho ao final de um ano. Essa quantidade pode ser negativa? refere-se ao capital investido. Esse capital pode ser um valor negativo? Em ambos os casos, as variáveis não podem assumir valores negativos, mas podem ser zero, o que acarretaria uma produção nula. Assim, o domínio dessa função são todos os pares ordenados Para calcularmos a produção quando K=50000 L=2200, devemos considerar que b=1.456 e a=0,60. Realizando as substituições necessárias na função Logo, a produção total é de Segunda tarefa: nessa tarefa, você deve analisar a produção marginal, isto é, a derivada da função produção em relação a cada uma das variáveis. Considerando que e são parâmetros fixos, temos que a derivada parcial da função P em relação a L será dada por: Analogamente, a derivada parcial em relação a K será dada por: Assim, a produtividade marginal do trabalho será dada por e a produtividade marginal do capital será dada por Agora, temos que calcular essa produtividade marginal do trabalho considerando b= 1,456 a= 0,60 K=50000 e L=2200. Analogamente, teremos a produtividade marginal do capital: Portanto, a produtividade marginal do trabalho é de, aproximadamente, 3,05 , e a produtividade marginal do capital é de, aproximadamente 0,09. Terceira tarefa: nessa tarefa, você deve encontrar a derivada direcional da função dada quando a variação está na direção do vetor Para o cálculo da derivada direcional, o primeiro passo é encontrar as derivadas parciais de primeira ordem no ponto dado. Já realizamos esse passo na tarefa anterior. O segundo passo é verificar se o vetor dado é unitário, o que é o nosso caso. Agora, podemos calcular a derivada direcional: Portanto, essa é a produção marginal quando a quantidade de capital investido é de R$ 50.000,00 e a quantidade de trabalho é 2.200 horas e essa variação está na direção do vetor 3- Síntese Vamos relembrar conceitos de gradiente e integrais duplas, e suas aplicações aprendidosnessa unidade. Síntese da aula Você pôde internalizar conceitos fundamentais sobre cálculo das áreas com as integrais. Além disso, aprendeu sobre esse processo por meio da prática. E para finalizar vamos organizar os conceitos acessando o inforgráfico abaixo. 4- Encerramento Com o conteúdo exposto, esperamos que você tenha compreendido os conceitos e aplicações desta unidade e Incentivamos que você se aprofunde nessa temática. REFERÊNCIAS ANTON, H. et al. Cálculo. v. 2. Porto Alegre, RS: Bookman, 2014. STEWART, J. Cálculo. v. 2. São Paulo, SP: Cengage Learning, 2013. Cálculo Diferencial e Integral II Unidade 4 Aplicações de derivadas parciais e integrais duplas ÍNDICE 1. Revisão da unidade 2. Estudo de caso 3. Síntese 4. Encerramento 1- Resumo da unidade Vamos rever os conceitos de gradiente e integrais duplas e suas aplicações Vetor gradiente O vetor gradiente é, basicamente, um vetor que traz a coleção de todas as derivadas de ordem 1 de uma função “n” de variáveis, isto é, seja uma função “n” de variáveis, então, define-se matematicamente o vetor gradiente pela n- upla ordenada descrita por: que é um vetor multidimensional. Integral dupla As integrais duplas podem ser definidas em diversas regiões, e o foco nessa unidade é trabalhar com esse conceito em três regiões: retangulares, não retangulares (ou gerais), e polares. A seguir, vamos resumir, rapidamente, cada uma dessas regiões. 1. Região retangular Pode ser definida matematicamente como: dada uma função “f” de duas variáveis, uma região é considerada retangular se a função for definida em retângulo fechado dado pela seguinte expressão: 2. Região não retangular (ou geral) Pode ser definida matematicamente como: dada uma função “f” de duas variáveis, uma região é considerada não retangular se a função for definida em uma região D dada pela seguinte expressão: Essa região D é conhecida como região não retangular do tipo I, em que y varia de acordo com funções contínuas de x. A região D do tipo II tem como única diferença o fato de que, em vez de y variar de acordo com funções contínuas de x, é o x que varia de acordo com funções contínuas de y. 3. Região polar Pode ser definida matematicamente, como: dada uma função “f” de duas variáveis, uma região é considerada polar se a função for limitada por círculos e for definida em uma região R dada pela seguinte expressão: Neste caso, precisamos trabalhar com as coordenadas polares para resolver a nossa integral. Tais coordenadas são: Sabendo quais são as principais regiões, precisamos entender como resolver as integrais duplas nessas regiões. Neste caso, podemos simplificar os cálculos trabalhando com o Teorema de Fubini, que traz o conceito de integral parcial que é completamente análogo ao conceito de derivada parcial utilizado no vetor gradiente. Assim, em cada caso, as integrais são calculadas como: Região retangular Região geral (tipo I) Região polar VÍDEO Nesta revisão, o objetivo é entender quais são os principais conceitos matemáticos abordados na Unidade. No primeiro momento, então, introduzimos com o conceito de vetor gradiente. Em um segundo momento, trazemos o conceito de integral dupla nas principais regiões que podemos encontrar na prática. Lembre-se: este é apenas um resumo, e é importante que você veja os detalhes em cada aula dessa unidade! 2- Estudo de caso Vamos relacionar os nossos conhecimentos com uma situação da nossa realidade. Apresentação Muitos fenômenos têm a propriedade de sua observação, repetida sob um conjunto especificado de condições, conduzir invariavelmente ao mesmo resultado. Por exemplo, se deixarmos cair uma bola, inicialmente em repouso, de uma altura de d metros através de vácuo, ela atingirá o solo invariavelmente em segundos. No entanto, existem outros fenômenos cuja observação, repetida sob um conjunto especificado de condições, não conduz sempre ao mesmo resultado. Por exemplo, considere o lançamento de uma moeda. Se uma moeda é lançada mil vezes, as ocorrências de caras e coroas se alternam de uma forma aparentemente irregular e imprevisível. Com base nas definições apresentadas, à primeira vista pode parecer impossível fazer qualquer afirmação válida a respeito dos experimentos aleatórios. No entanto, na teoria estatística existe uma medida que exprime a incerteza presente em cada um desses tipos de experimentos, conhecida por probabilidade. A probabilidade tem diversas aplicações na engenharia em si. Uma delas, por exemplo, é considerar um par de variáveis aleatórias X e Y como tempo de vida de dois componentes de uma máquina industrial projetada por um engenheiro mecânico. + SAIBA MAIS> Historicamente, acredita-se os primeiros cálculos da teoria da probabilidade foram realizados por estudiosos italianos dos séculos XV e XVI, dentre os quais podemos destacar Frei Luca Pacioli (1445-1517), Niccolo Fontana, mais conhecido como Tartaglia (1499-1557), e Girolamo Cardano (1501-1576). Eles realizaram estudos nos quais compararam as frequências dos eventos e estimaram as chances de se ganhar nos jogos de azar, mas não apresentaram teoremas que se baseassem em alguma teoria. Desafio Então, para contextualizar sua aprendizagem, suponha que você vai projetar uma máquina industrial com dois componentes X e Y, e deseja saber a probabilidade de esses componentes falharem caso a máquina sofra algum processo de deterioração. Particularmente, você deseja saber a probabilidade de o primeiro componente sobreviver sete horas ou menos, e o segundo componente sobreviver duas horas ou mais, pois, por condições do gestor da indústria, é necessário que o primeiro componente tenha um tempo de falha maior do que o segundo. Sabendo que a função densidade de probabilidade que governa os tempos de vida dos componentes é descrita por: Tal que , como calculamos essa probabilidade? Isto é, como calculamos a probabilidade do primeiro componente sobreviver sete horas ou menos e o segundo componente sobreviver duas horas ou mais com base nos conceitos aprendidos nessa unidade, particularmente, utilizando o conceito de integral dupla? Reflita Nos dias atuais, a teoria de probabilidade se tornou o ramo da estatística que é relacionado com fenômenos aleatórios (ou casuais), sendo a peça-chave para o desenvolvimento de modelos. Nas últimas décadas, muitos pesquisadores têm se dedicado ao seu estudo devido ao seu interesse intrínseco, bem como as muitas aplicações bem-sucedidas em muitas áreas das ciências físicas, biológicas e sociais, na engenharia e no mundo dos negócios. Com base nessa teoria, então, trouxemos uma aplicação relacionada aos projetos de engenharia. Então, nossa reflexão, para iniciar a solução de problema, é: com base no conceito de integral aprendido nesta unidade, existe a possibilidade de resolver o problema de outra forma, por exemplo, com o uso de coordenadas polares, uma vez que estamos pensando em tempos de falha? Mais especificamente, com qual tipo de região estamos lindando, retangular, polar ou geral? Qual método de integração dupla devemos utilizar? Resolução Antes de iniciar a solução do problema, vamos retorná-lo. Então, queremos a probabilidade de o primeiro componente da máquina projetada sobreviver sete horas ou menos e o segundo componente sobreviver duas horas ou mais de acordo com função densidade de probabilidade que governa os tempos de vida dos componentes: Tal que Se há, então, um processo de deterioração nessa máquina, saber dessa probabilidade pode nos ajudar a reduzir o custo de produção, por exemplo. Observando a função dada, podemos notar que ela representa necessariamente uma função de duas variáveis. Então, podemos trabalhar com o conceito de integral dupla nesse caso. 1. Precisamos identificar com qual tipo região estamos lidando para saber com qualtipo de integral dupla vamos trabalhar. Neste caso, perceba que há restrições entre x e y que nos induz a seguinte região R: que é uma região do tipo cartesiana e retangular, já que R define um retângulo fechado. 2. Então, para calcular a probabilidade em questão, devemos encontrar o volume da superfície com equação z=f (x,y). que está acima da região definida pelo retângulo “R” e e abaixo da curva de “f”. Sendo S essa superfície, podemos definir S pela equação: Para encontrar esse volume, podemos dividir a região R em n sub-retângulos. Neste caso, precisamos dividir o intervalo [ 0,10 ] do nosso retângulo em m subintervalos de mesmo comprimento 8x=10/m e, também, dividir o intervalo [ 0,10 ] do nosso retângulo em n subintervalos de mesmo comprimento Assim, obtemos retângulos com área No entanto, para ter uma melhor aproximação da probabilidade em questão, precisaríamos de um número grande de retângulos, que pode gerar um cálculo complexo. Então, como resolvemos nosso problema? 3. Neste caso podemos trabalhar com o conceito de integral iterada, que é uma das propriedades mais importantes fornecida pelo Teorema Fundamental do Cálculo. Assim, para entender essa propriedade, suponha então que é uma função de duas variáveis integrável no retângulo R= [a,b] x [c,d]. Então, considere a integral que indica que x é mantido fixo e a função f(x,y) é integrada em relação a y de c até d. Essa integral é conhecida com integral parcial em relação a y, e é análoga ao conceito de derivada parcial. Com base nesse conceito, definimos o teorema de Fubini, que matematicamente pode ser escrito como: se f é uma função contínua no retângulo então: Assim, a partir do teorema de Fubini, a probabilidade desejada é descrita por: Isto é, existe uma probabilidade de 57,87% de que o primeiro componente da máquina projetada por você sobreviva sete horas ou menos, e de que o segundo componente sobreviva duas horas ou mais. 3- Síntese Vamos relembrar conceitos de gradiente e integrais duplas, e suas aplicações aprendidos nessa unidade O uso do Teorema de Fubini Região retangular Região não retangular Região polar Definir um retângulo fechado tal que os limites de integração sejam as coordendas desse retângulo. Definir um retângulo fechado tal que os limites de integração sejam as coordendas desse retângulo.uma região que tenha uma parte retangular e outra limitada por duas funções contínuas (em x ou y). Os limites de integração dependem dessas funções. Definir as coordenadas polares, uma vez que as regiões agora são limitadas por círculos de tal forma que as coordenadas cartesianas não podem ser utilizadas. 4- Encerramento Com o conteúdo exposto, esperamos que você tenha compreendido os conceitos e aplicações desta unidade e Incentivamos que você se aprofunde nessa temática. Referências LEITHOLD, L. O cálculo com geometria analítica. Vol. 2. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1994. STEWART, J. Cálculo. Vol. 2. São Paulo: Cengage Learning, 2015.