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28/01/2024 18:15 UNINTER
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INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/21
Profª Giseli Cipriano Rodacoski
CONVERSA INICIAL
Anteriormente, abordamos a delimitação conceitual do que é a psicanálise. Nesta aula, vamos
conhecer um pouco mais sobre dois dos principais personagens da história da Psicanálise: Freud e
Lacan.
A biografia de Freud é um portfólio da elaboração da psicanálise. A partir dela, podemos
acompanhar o desenrolar dos conceitos ao longo das narrativas dos casos e dos textos que Freud
escreveu ao longo de meio século de prática psicanalítica. Ao mesmo tempo, nos aproximamos da
pessoa de Freud, seu modo de vida, dificuldades, relacionamentos e a sua importante competência
intelectual. Freud viveu entre 1856 e 1939.
Lacan, por sua vez, viveu entre 1901 e 1981. A psicanálise lacaniana em parte se diferencia da
psicanálise freudiana, mas foi a partir do estudo da obra de Freud que Lacan a reinterpretou, criando
seus próprios conceitos até fundar a corrente lacaniana.
Nesta aula, o objetivo é conhecer um pouco da história de vida e dos estilos de pensamentos
que influenciaram a obra dessas duas grandes referências para a psicanálise. A título de introdução,
vamos propor algumas delimitações conceituais das suas principais contribuições teóricas.
TEMA 1 – A VIDA DE SIGMUND FREUD
A vida de Freud pode ser investigada por diversos caminhos. Sugerimos que vocês assistam
produções sobre a sua obra, a exemplo dos que se seguem.
O Clássico filme Freud Além da Alma, do diretor John Huston, EUA, 1962, 140 min. Disponível
em: <https://vimeo.com/142402784>. Acesso em: 3 fev. 2022.
https://vimeo.com/142402784
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Documentários. Um deles é O Jovem Dr. Freud. Disponível em: <https://www.youtube.com/watc
h?v=KLaDMl7rz28>. Acesso em: 3 fev. 2022.
Existem também séries recentes produzidas sobre a sua vida e obra, apesar de alguns excessos
impressionistas, característicos das obras de ficção, que são importantes disparadores para
discussões interativas sobre a vida e a obra de Freud. Nesta aula, nos fundamentamos nas biografias
do autor publicadas por dois historiadores.
Peter Gay, historiador com formação psicanalista, é autor do livro Freud: uma vida para nosso
tempo (2012), no qual fornece uma biografia da vida e da obra de Freud, com fatos encadeados
cronologicamente, com uma escrita muito envolvente.
Elisabeth Roudinesco, historiadora e psicanalista, também escreveu uma biografia de Freud,
Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo (2016).
Amália e Jacob, pais de Sigmund Freud, tiveram 8 filhos. Sigmund era o mais velho. Suas
biografias destacam a relação respeitosa e próxima de Freud, tanto com sua família de origem
quanto com a família que constituiu com Martha, sua esposa, com quem teve seis filhos: Mathilde,
Martin, Olivier, Ernst, Sophie e Anna. A caçula Anna Freud se tornou psicanalista.
Na primeira foto, a seguir, Freud é retratado por volta dos 30 anos de idade; na segunda, por
volta dos 53 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=KLaDMl7rz28
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Crédito: Everett Collection/Shutterstock.
Na foto a seguir, vemos Freud com sua mãe, Amália, em 1925. A mãe de Freud faleceu em 1930,
aos 95 anos.
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Crédito: Everett Collection/Shutterstock.
Além do grande apego aos membros de sua extensa família, Freud considerava que faziam parte
dela dois cachorros, que o acompanhavam inclusive durante os atendimentos clínicos.
Além disso, uma marca na vida de Freud foi o contexto de guerras e holocausto (perseguição e
extermínio aos judeus).
1ª Guerra Mundial – de 1914 a 1918
2ª Guerra Mundial e Holocausto – 1939 a 1945
No texto "Um Estudo Autobiográfico", publicado em 1925, Freud descreve uma dessas
experiências:
Quando, em 1873, ingressei na universidade, experimentei desapontamentos consideráveis. Antes
de tudo, verifiquei que se esperava que eu me sentisse inferior e estranho porque era judeu.
Recusei-me de maneira absoluta a fazer a primeira dessas coisas. Jamais fui capaz de compreender
por que devo sentir-me envergonhado da minha ascendência ou, como as pessoas começavam a
dizer, da minha ‘raça’. (Freud, 1986c, p. 19)
Entre os anos de 1933 e 1938, uma série de eventos ligados à perseguição nazista, como o
assassinato de um professor judeu em uma universidade, a invasão da editora e do apartamento de
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Freud, em busca de publicações, além da prisão de Martin e Anna pela Gestapo, foram determinantes
para que a família saísse de Viena (Gay, 2012).
Freud recebeu proteção política da princesa Marie Bonaparte, sobrinha-neta de Napoleão I da
França. A princesa foi paciente de Freud, tendo se tornado psicanalista na França, e teve um papel
fundamental para viabilizar a saída da família Freud de Viena quando a Áustria foi dominada pelos
nazistas. Graças a suas colaborações financeiras e influência política, todos os pertences significativos
de Freud foram levados da Áustria para a Inglaterra – móveis, o seu divã e escrivaninha, a coleção de
artes e antiguidades e também os seus escritos. Em períodos de maior perseguição aos judeus, a
princesa chegou a manter em seu poder parte da obra escrita de Freud, para evitar que fosse
destruída (Gay, 2012).
A foto a seguir mostra a casa onde Freud morou durante o último ano de sua vida com a família.
Ela abriga hoje o Museu de Freud, em Londres, aberto para visitação . Também são mantidas como
museu a residência onde Freud nasceu, em Pribor, na República Tcheca, e a casa onde viveu em
Viena, na Áustria, onde passou a maior parte de sua vida.
Crédito: Bas Photo/Shutterstock.
No museu de Londres, é possível observar o divã usado por Freud, com o posicionamento da sua
poltrona, de forma que o paciente não tivesse contato visual com o analista durante a sessão, uma
[1]
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das técnicas do método.
Crédito: STF/Allen/AP Photo/Imageplus.
Em sua vida acadêmica e profissional, Freud era ambicioso e sempre almejava fazer algo
relevante para a ciência, mas os primeiros anos de atividade profissional não foram muito
animadores. Ainda no final do século XIX, os médicos da época buscavam uma substância analgésica
para viabilizar procedimentos cirúrgicos. Nessa fase, foram testados os efeitos da cocaína.
Inicialmente, Freud viu na cocaína um analgésico e antidepressivo perfeito. Ele fez uso da droga e a
recomendou para pacientes e pessoas próximas, como a noiva Martha, mas logo a seguir presenciou
quadros psicopatológicos muito graves, decorrentes do uso da droga, e que o levaram a deixar de
recomendar o seu uso (Gurfinkel, 2008).
Alcançou relevância profissional como psicanalista. Mesmo assim, nos primeiros anos 6 (seis)
após a publicação de A Interpretação dos Sonhos (Freud, 1986a) foram vendidos apenas 351
exemplares (Gay, 2012). Podemos dizer que Freud foi consagrado primeiro pelos seus pacientes, pela
efetividade do método psicanalítico, e depois pela comunidade científica.
Tabagista de longa data, grande apreciador de charutos, Freud se submeteu a diversas
intervenções cirúrgicas para a retirada de tumores na região bucal, em um longo tratamento, até que
o câncer de laringe o vitimou fatalmente em 1939.
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TEMA 2 – AS TÓPICAS DE FREUD
Freud não inventou o inconsciente, o que ele fez foi analisar a sua manifestação e criar um
método terapêutico de tratamento.
A sua análise do funcionamento do inconsciente o levou à elaboração de duas teorias,
conhecidas como tópicas, que propõem representaras instâncias do aparelho psíquico. Essas
instâncias não são lugares físicos, não existem anatomicamente no corpo, mas se constituem como
um sistema abstrato teorizado por Freud para explicar o aparelho psíquico.
Tópica = Teoria
As teorias são chamadas de tópicas: primeira tópica e segunda tópica.
Primeira Tópica (formulada em 1900): Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente.
Segunda Tópica (formulada em 1920): Id, Ego, Superego.
Com base nas duas tópicas, Freud explica as instâncias que compõem o aparelho psíquico a
partir de três pontos de vista:
Perspectiva tópica: como elas se delimitam
Perspectiva dinâmica: como as instâncias se relacionam
Perspectiva econômica: quanto de libido é destinado para cada local
2.1 PERSPECTIVA TÓPICA
A partir de um ponto de vista tópico, Freud explica como as instâncias da primeira tópica se
delimitam, ou seja, onde está cada uma. Para isso, usamos a metáfora do iceberg. Assim como
ilustrado na imagem, a parte inconsciente do aparelho psíquico está submersa (difícil acesso); o pré-
consciente está mais próximo da superfície, mas ainda não disponível; e a consciência é a parte
exposta do aparelho psíquico, em relação direta com o mundo externo.
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Crédito: Crystal Eye Studio/Shutterstock.
Estabelecendo uma relação entre as instâncias da primeira e da segunda tópica, o inconsciente é
a parte mais primitiva do aparelho psíquico (id); o ego tem parte consciente, pré-consciente e uma
parte inconsciente, mas não é uma instância tão primitiva; e o superego atua no aparelho psíquico,
sendo em parte conhecido/consciente e em parte inconsciente.
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2.2 PERSPECTIVA DINÂMICA
Sob o ponto de vista dinâmico, Freud explica como as instâncias se relacionam, o que forma a
psicodinâmica, pois o aparelho psíquico não é fixo como parece no ponto de vista tópico, mas sim
em movimento. O superego com a ajuda da repressão se opõe ao id, enquanto o ego tenta mediar a
dinâmica com a ajuda dos mecanismos de defesa. Dessa disputa resultam os sintomas, as
manifestações do inconsciente. Do ponto de vista dinâmico, o ego representa o polo defensivo da
personalidade. Ele põe em jogo uma série de mecanismos de defesa sempre que percebe um afeto
desagradável (sinal de angústia).
2.3 PERSPECTIVA ECONÔMICA
Sob o ponto de vista econômico, é importante analisar quanta libido é usada para evitar
sintomas, o que marca a nossa resiliência, a tolerância à frustração. Em última análise, o aparelho
psíquico tende à homeostase, e assim prefere economizar energia libidinal. Quando há conflito,
quando o jogo de forças está muito intenso, gasta-se muita energia, e ficamos com a sensação de
"esgotamento nervoso", tensão e estresse. Se não há reequilíbrio, podem ser produzidos sintomas ou
até lesões orgânicas. 
O id constitui o pólo pulsional da personalidade. Os seus conteúdos, expressão psíquica das
pulsões, são inconscientes, por um lado hereditários e inatos e, recalcados e adquiridos. Do ponto
de vista econômico, o id é, para Freud, o reservatório inicial da energia psíquica; do ponto de
vista dinâmico, entra em conflito com o ego e o superego que, do ponto de vista genético, são as
suas diferenciações. (Laplanche; Pontalis, 2001, p. 219)
O esquema a seguir traz a representação da psicodinâmica do aparelho. O conteúdo reprimido é
inconsciente e a barra do recalque regula o conteúdo que sobe à consciência. Quando a repressão
falha, o conteúdo sai em forma de sintoma, sonho, ato falho, chiste e lapso, fenômenos que abrem
caminho para o conteúdo inconsciente.
Figura 1 – Psicodinâmica do aparelho psíquico
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O aparelho psíquico trabalha pela supressão do mal-estar.
Em análise, o conteúdo que o paciente leva ao analista é um conteúdo manifesto, aquilo que o
paciente lembra e conta. Com as intervenções do analista, ocorre a aproximação com conteúdos
latentes:
Conteúdo Latente: conjunto de significações a que chega a análise de uma produção do
inconsciente, particularmente do sonho. Uma vez decifrado, o sonho deixa de aparecer com uma
narrativa em imagens para se tornar uma organização de pensamentos, um discurso, que exprime
um ou vários desejos. (Laplanche; Pontalis, 2001, p. 99)
A sede, a instância onde o conflito se dá, é o ego. Ele é o mediador das pressões do id (princípio
do prazer) e das pressões do superego (princípio da realidade). Está entre interesses opostos, e sua
função é negociar, mediar, regular, gerenciar.
O ego se defende e equilibra as forças contraditórias. Ele ainda negocia, por meio de uma
avaliação constante da realidade, as pulsões que é melhor atender. Para conseguir esse equilíbrio,
utiliza-se de vários mecanismos de defesa, sempre que sente um sinal de angústia. Podemos pensar
no ego como adaptação. Ele fará uma avaliação constante para saber se determinado desejo cabe ou
é suportado no contexto. Se não for, ele tentará negociar tanto com o contexto quanto com o desejo,
de modo a viabilizar uma forma de satisfação. O ego age com a ajuda de mecanismos de defesa. As
defesas do ego são, em grande parte, inconscientes. Não nos damos conta de que estamos usando
um mecanismo de defesa.
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No texto: “Psicopatologia da vida cotidiana” (Freud, 1986b), Freud escreve sobre o modo como o
inconsciente se manifesta, não apenas nos sonhos, mas também quando estamos acordados, por
meio de chistes, que são trocadilhos, piadinhas, memes, brincadeiras e outras expressões que não
poderiam ser ditas de outra forma, apenas em uma piada. Existe uma expressão popular sobre isso:
“É brincando que se diz as coisas”.
TEMA 3 – A VIDA DE JACQUES LACAN
Jacques Marie Émile Lacan nasceu e viveu em Paris (França) entre os anos de 1901 e 1981. Filho
mais velho do casal Alfred e Émile, a sua família era comerciante. Viviam em condição econômica
bastante confortável, com hábitos conservadores, de religião católica. Contrariando seu pai, Lacan
não seguiu o ofício de comerciante, mas formou-se em medicina e psiquiatria. A historiadora e
psicanalista Elisabeth Roudinesco escreveu o livro Lacan a despeito de tudo e de todos, onde oferece a
descrição de um homem inteligente, intenso, polêmico, excêntrico:
Tudo o interessava: a nova literatura, a obra de James Joyce, o estilo de Maurras, as imprecações
desesperadas de Léon Bloy, a libertinagem, as experiências radicais, a filosofia de Nietzsche. E tinha
horror às suas origens familiares: uma mãe carola, um pai representante comercial, esmagado pela
onipotência do próprio pai, antepassados comerciantes de vinagre. De certa forma, rejeitava a
França profunda e chauvinista da qual se originava. Daí sua atração pelas elites intelectuais
parisienses, pelos movimentos de vanguarda - o Dadaísmo e o Surrealismo -, pelas roupas
excêntricas, pelas comidas raras, pelos focos da cultura europeia (Londres e Roma), e, finalmente,
pelas mulheres, que nunca se pareceriam com sua mãe, que nunca seriam "maternais". Com as
mulheres que apreciava, Lacan mostrava-se sempre de extrema generosidade. (Roudinesco, 2011, p.
19-20)
Lacan foi um grande estudioso e conhecedor da obra de Freud. Apesar de não haver registro de
um encontro entre eles, o autor mais citado nos Escritos de Lacan é Freud (Iannini, 2013, p. 33). Lacan
se distanciou de Freud ao reinterpretar a psicanálise a seu próprio modo, relacionando a teoria
psicanalítica com a filosofia, com a linguística e, em parte, modificando o método, a exemplo de algo
bastante polêmico que ainda divide opiniões, que é a interrupção das sessões, sem necessariamente
cumprir os 50 minutos da clínica freudiana.
No documentário Um encontro com Lacan, podemos acompanhar entrevistas com alguns de
seus pacientes, que relatam como foi a experiência com Lacan, o que também possibilitaconhecer
um pouco da rotina contada por sua filha Judith .[2]
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Jacques Lacan se casou em 1934 com Marie-Louise Blondin, com quem teve três filhos: Caroline,
Thibaut e Sibylle. Três anos depois de seu casamento, se apaixonou por Sylvia Bataille, atriz de
cinema, com quem teve a filha Judith.
Seu casamento repousava num malentendido. Marie-Louise Blondin julgara casar-se com um
homem perfeito, cuja fidelidade conjugal corresponderia a seus sonhos de felicidade. Ora, Lacan
não era esse homem, e nunca viria a sê-lo. Dessa união, nasceram três filhos: Caroline, Thibaut e
Sibylle. Em 1937, Lacan apaixonou-se por Sylvia Bataille, atriz de Um dia no Campo, já separada de
Georges Bataille. Em setembro de 1940, viu-se numa situação insustentável, obrigado a comunicar
à sua mulher legítima, grávida de oito meses dele, que sua companheira também esperava um
filho. Judia de origem romena, Sylvia refugiara-se em zona livre para escapar da deportação. Na
sequência, Lacan omitiu para os outros filhos a existência da filha Judith, nascida com o sobrenome
Bataille, e à qual só pôde transmitir seu patronímico em 1964. Foi nesse terreno fértil que elaborou
a teoria do Nomedo-Pai, esboçada em 1953 e estabelecida três anos mais tarde, para designar o
significante da função paterna. Sendo a encarnação do significante porque nomeia o filho com seu
nome, o pai intervém junto a este como confiscador da mãe. (Roudinesco, 2011, p. 41)
Lacan não era uma unanimidade. Desde a década de 30, dedicava-se à clínica, tendo fundado a
sua própria escola de psicanálise, mas foi a partir dos anos 1950 que os seminários que proferia
publicamente em uma pequena sala, para poucas pessoas, passaram a receber um grande volume de
ouvintes, de diversas áreas do saber: psiquiatras, filósofos, sociólogos, matemáticos, historiadores,
economistas, além das pessoas leigas que o admiravam. Seu trabalho continuou assim por cerca de
25 anos.
Lacan ensinava pela palavra, pelo discurso, em seus seminários, que foram transcritos
posteriormente por seus discípulos, alguns deles por Jacques-Alain Miller, também psicanalista e
marido de Judith. Sua obra foi traduzida para diversos idiomas, reunidos na coleção "Os Seminários
de Lacan (1953 – 1963)".
Uma das características mais marcantes do ensino de Lacan é que a clínica nunca é convocada para
“ilustrar” a teoria. Casos clínicos são raramente abordados, à exceção dos casos de Freud e de
alguma casuística pós-freudiana fundamental. No entanto, a clínica atravessa de ponta a ponta a
escrita de Lacan. Em certo sentido, ela está presente no próprio tratamento do texto. (Iannini, G.
2013, p. 33)
Lacan faleceu em Paris, onde viveu, aos 80 anos, em decorrência de um câncer no cólon.
TEMA 4 – PSICANÁLISE LACANIANA
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Lacan fundamentou a sua teoria compreendendo a mente humana a partir da trilogia dos
elementos imaginário, simbólico e real. Não cabe uma comparação, mas didaticamente podemos
dizer que na psicanálise freudiana seria o equivalente a id, ego e superego. Lacan utilizava matemas
para exprimir aquilo que as palavras não dão conta de explicar. O Dicionário de Psicanálise define
matema: “Termo criado por Jacques Lacan, em 1971, para designar uma escrita algébrica capaz de
expor cientificamente os conceitos da psicanálise, e que permite transmiti-los em termos estruturais,
como se tratasse da própria linguagem da psicose” (Roudinesco; Plon, 1998. p. 502).
Nos matemas, são utilizadas letras e relações entre elas. Tal representação se articula a um
discurso, por exemplo:
Onde se lê: Sujeito barrado ($) entre dois significantes (S1, S2), em que resta o objeto a.
Lacan fez ainda uma analogia com o "nó borromeano", e assim passou a utilizar essa
representação para traduzir a trilogia do simbólico, do real e do imaginário, unidos de forma que, se
um deles é cortado, todos se separam. O nó borromeano da teoria psicanalítica pode ser definido da
seguinte forma:
Expressão introduzida por Jacques Lacan, em 1972, para designar as figuras topológicas (ou nós
trançados) destinadas a traduzir a trilogia do simbólico, do imaginário e do real, repensada em
termos de real/simbólico/imaginário (R.S.I.) e, portanto, em função da primazia do real (isto é, da
psicose) em relação aos outros dois elementos. (Roudinesco; Plon, 1998, p. 541)
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Crédito: Morphart Creation/Shutterstock.
Com base no Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise (Zimerman, 2011), os três anéis formam
uma estrutura interdependente. Cada um está relacionado com:
Real: aquilo que é impossível de ser completamente simbolizado. É um resto. Está presente
desde o início da vida, nem que seja através de percepções primordiais, sendo composto pelos
significantes que foram foracluídos (recusados) pelo registro simbólico.
Simbólico: capacidade para fazer abstrações, formar símbolos, pensamentos. Lugar do
significante. Função paterna.
Imaginário: Campo das ilusões, da alienação e da fusão com o corpo da mãe. Imagem em
algum grau distorcida, confundindo a figura e o fundo. Engodo.
"Os registros do imaginário e do simbólico são considerados instrumentos indispensáveis para o
analista se orientar no seu trabalho analítico" (Zimerman, 2011, p. 209). A psicodinâmica da estrutura
do nó gera tensão, sentida como desprazer, o que causa mal-estar. A luta para a manutenção da
homeostase (regulação prazer-desprazer) é teorizada por Lacan pela trilogia inibição, sintoma e
angústia, que é uma reação de defesa do corpo. O paciente chega ao psicanalista trazendo essa
psicodinâmica como queixa, e durante o tratamento irá explicar (simbolizar) ao analista o que sente
(o sintoma) à sua maneira. 
Com base em Lacan, Nasio (1993, p. 13-14) sintetiza as características do sintoma:
A maneira como o paciente enuncia o seu sofrimento: os detalhes, as palavras ditas, os tropeços
no discurso.
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A teoria formulada pelo paciente para compreender o seu mal-estar: a maneira como explica,
os motivos, causas que relaciona.
O sintoma conclama e inclui a presença do psicanalista: relação transferencial que Lacan
chamou de sujeito suposto saber. Por exemplo: "Desde que comecei a vir aqui, tenho a
impressão de que tudo o que acontece comigo está relacionado com o trabalho que estou
fazendo com você." Uma mulher grávida nos diz: "Eu engravidei, mas tenho certeza de que
minha gravidez está diretamente ligada à minha análise."
Os signos e significantes contam a história cifrada, que em parte carrega mensagens
inconscientes. Por isso, Lacan diz que "O inconsciente é um saber estruturado como uma linguagem."
(Nasio, 1993, p. 24).
Não é o nosso objetivo, neste momento, explicar, mas exemplificar como se apresenta a
psicanálise lacaniana, com o intuito de aproximá-los dos fundamentos e pressupostos dessa escola
psicanalítica. Diversos são os matemas; o nó borromeano foi redesenhado por Lacan ao longo de sua
construção teórica – Lacan, assim como Freud, desenvolveu formulações teóricas ao longo de sua
obra.
TEMA 5 – COMO ESTUDAR PSICANÁLISE
Crédito: Bilal Kocabas/Shutterstock.
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Podemos começar tendo em vista que é indispensável.
Considerar o ano em que o texto foi escrito.
Sempre ler as notas de rodapé.
Preparar-se para as metáforas, pois a linguagem psicanalítica é cheia de símbolos, de modo que
não devemos entender as palavras no seu sentido denotativo ou cultural – por exemplo: falo
não é pênis, gozo não é orgasmo.
O saber que se espera não é de memorização, mas de envolvimento pessoal.
Os textos psicanalíticos estão articulados entre si. Alguns novos psicanalistas escrevem
considerando que o leitor já leu os textos dos psicanalistas anteriores,principalmente aqueles que
servem de referência. É preciso considerar que, por conta acúmulo centenário de escritos, é um
desafio, para quem pretende ser psicanalista, iniciar os seus estudos, ou o seu percurso formativo.
Freud é o pai da psicanálise, e sua produção escrita, ao longo de 50 anos de percurso
profissional, está reunida e publicada pela editora Imago, no Brasil, em uma coleção chamada “Obras
Completas de Sigmund Freud”, com 23 volumes e mais um volume com um índice, totalizando 24
volumes. Cada volume/livro traz uma coletânea de textos, artigos, prefácios de livros, apresentações
feitas em congressos, relatos de casos clínicos e outros escritos reunidos e compilados de forma
cronológica.
A versão original foi escrita em alemão, e já foi traduzida e publicada em diversos idiomas. Nesta
aula, vamos considerar a edição da editora Imago com as obras traduzidas para o português,
publicadas em 1986. Para manter a citação original e cronológica, indicamos nas referências o ano
em que o texto foi escrito, junto ao ano de publicação, que é sempre 1986.
Freud não alterava o texto original quando reformulava o entendimento de algo que já havia
explicado. Ele redigia notas para apontar que esse novo conceito estava tomando o lugar daquele,
ainda que o anterior continuasse na obra. Por isso a importância das notas de rodapé. Vocês poderão
observar inúmeras notas ao longo dos textos, e nunca devem deixar de ler esse conteúdo, pois são
fundamentais para entender como os conceitos foram delimitados teoricamente.
Outros psicanalistas desde Freud, e ainda hoje, ampliaram as contribuições teóricas no campo da
psicanálise, muitas vezes de forma divergente das ideias freudianas. Ainda assim, nunca o
desconsideram. 
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A leitura de Lacan é complexa, especialmente por conta de suas inúmeras metáforas, matemas,
letras e símbolos, que demandam contextualização para que sejam compreendidos. A sugestão é que
cada um inicie as suas leituras de forma curiosa, pois é no processo que surge compreensão,
especialmente quando a leitura puder ser compartilhada e debatida em grupos interativos.
Recomendamos ainda a leitura de livros que trazem uma introdução aos temas como uma via de
entrada à psicanálise. A leitura de Nasio (1993; 1997) é bastante didática e esclarecedora da teoria
psicanalítica. No livro Cinco lições sobre a teoria de Jacques Lacan, Nasio (1993) aborda os seguintes
temas centrais: inconsciente, gozo, objeto a, fantasia e corpo. Em Lições sobre os 7 conceitos cruciais
da psicanálise (Nasio, 1997), o autor ensina sobre os fundamentos teóricos que sustentam a clínica:
castração, foraclusão, narcisismo, falo, supereu, identificação e sublimação.
Um bom dicionário ou vocabulário de psicanálise também pode ajudar com a compreensão das
leituras clássicas. Para a leitura na íntegra dos autores clássicos, sugerimos o acesso online aos 27
Seminários de Lacan, reunidos e disponibilizados em português por Santos (2020) . Também
encontramos na internet todo o acervo de Freud, ainda que sem tradução para o português . No
Blog "Lacan em pdf" , temos acesso aos áudios de alguns dos seminários de Lacan, para que se
tenha a experiência de ouvi-lo em francês e sentir um pouco mais de sua presencialidade.
Cada um fará o seu percurso a partir do ponto que melhor servir de início. O importante é
considerar que a psicanálise foi sendo construída ao longo dos anos, e que estudar é um dos tripés
da formação, que se sustenta em conjunto com estudo + análise pessoal + supervisão da prática
clínica.
NA PRÁTICA
A psicanálise faz parte do nosso cotidiano. Podemos perceber as diferentes formas como ela se
manifesta em relação ao sofrimento no corpo das pessoas. Cada uma delas terá uma explicação para
a sua dor. Observe como as pessoas que convivem com você falam sobre o que as faz sofrer. Com o
que o sofrimento está relacionado? O que fazem para evitar o desprazer?
A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde no Brasil alertam para um aumento
expressivo de sofrimentos mentais em decorrência da pandemia covid-19. Estamos vivendo
novamente algo parecido com o que Freud e Lacan experimentaram no período de guerras, com
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desemprego e empobrecimento da população, o que acarreta condições de vida que determinam
ainda mais mal-estar.
Medicar não resolve a experiência traumática, apesar de adormecer o corpo, pois guarda na
alma a emoção que não foi simbolizada. Ampliar a capacidade de oferta de serviços de atenção à
saúde mental é fundamental. Como é a oferta de atenção psicossocial na região onde você mora? O
site do Ministério da Saúde disponibiliza um mapa com os serviços de saúde mental disponíveis no
SUS da sua região :
FINALIZANDO
Nesta aula, apresentamos autores clássicos que são referência para o estudo de duas escolas de
psicanálise: o médico de origem judia Sigmund Freud (1856 – 1939) e o médico parisiense Jacques
Lacan (1901 – 1981).
Freud explicou o aparelho psíquico a partir de duas tópicas.
Primeira Tópica (1900): inconsciente, pré-consciente, consciente.
Segunda Tópica (1920): id, ego, superego.
Não se trata de algo fixo nem anatômico, mas sim de um funcionamento, pois o aparelho
psíquico está sempre em atividade. Sendo assim, ele explica essa psicodinâmica do aparelho psíquico
a partir de três pontos de vista.
Perspectiva tópica: como as partes (instâncias) se delimitam.
Perspectiva dinâmica: como as instâncias se relacionam.
Perspectiva econômica: quanto de libido (energia) é destinado para cada local.
Lacan retoma a análise do inconsciente e agrega à psicanálise as contribuições da filosofia e da
linguística para fundamentar a sua teoria. Ainda explica a mente humana fazendo uso de símbolos e
diagramas. Duas trilogias são centrais na psicanálise lacaniana.
Real, simbólico e imaginário.
Inibição, sintoma e angústia.
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A partir desses temas centrais, outros conceitos são desenvolvidos por Lacan para explicar a
psicodinâmica do funcionamento da mente humana.
REFERÊNCIAS
FREUD, S. A Interpretação dos Sonhos (1900). In: _____. Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1986a. v. V e VI.
_____. Psicopatologia da vida cotidiana (1901) In: _____. Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1986b. v. VI.
_____.  Um estudo autobiográfico (1925). In:  _____. Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1986c. v. XX.
GAY, P. Freud: uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
GURFINKEL, D. O episódio de Freud com a cocaína: o médico e o monstro.  Rev. latinoam.
psicopatol. fundam., São Paulo, v. 11,  n. 3,  p. 420-436, set.  2008.   Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid="S1415-
47142008000300006"&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 2 fev. 2022.
IANNINI, G. Estilo e verdade em Jacques Lacan. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J-B. L. Vocabulário de Psicanálise. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2001.
NASIO, J.-D. Cinco lições sobre a teoria de Jacques Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
_____. Lições sobre os sete conceitos cruciais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
1997.
ROUDINESCO, E. Lacan, a despeito de tudo e de todos Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
_____. Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
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ZIMERMAN, D. E. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536314143/>.Acesso em: 2
fev. 2022.
 Faça um tour virtual no link a seguir. Disponível em: <https://www.freud.org.uk/visit/virtual-
tour>. Acesso em: 3 fev. 2022.
 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=S-QtbFaZjmw>. Acesso em: 3 fev. 2022.
 Disponível em: <http://clinicand.com/jacques-lacan-colecao-seminarios/>. Acesso em: 3 fev.
2022.
 Disponível em: <http://staferla.free.fr/>. As “Obras Completas de Freud” estão reunidas e
disponíveis em português para download em PDF gratuito pelo site Conexões Clínicas:
<https://conexoesclinicas.com.br/obras-completas-de-freud/>. Acessados em: 3 fev. 2022.
 Disponível em: <http://lacanempdf.blogspot.com/>. Acesso em: 3 fev. 2022.
 Disponível em: <https://www.google.com/maps/d/viewer?
mid="147YqFIKG6PUhFw606aazeZbcZCEzK2Oh"&ll=-19.160760257720657%2C-
41.1978881077676&z=4>. Acesso em: 3 fev. 2022.
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