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AULA 1 - Tudo sobre o lançamento do DSM-5-TR no Brasil. →O que é um diagnóstico -O diagnóstico da saúde mental tem questões específicas diferentes das outras áreas da saúde -Objetivo primário: identificar condições específicas que acometem o paciente -Quanto mais fácil e objetivo, mais fácil será o diagnóstico -O que precisa para um diagnóstico: sinais, sintomas, história clínica, história de vida →O que é o DSM? -é o manual estatístico diagnóstico que é usado por psicólogo e psiquiatra para diagnósticas transtornos mentais -3 componentes do DSM 1)classificação diagnóstica 2)Conjunto de critérios diagnósticos 3)Texto descritivo de cada transtorno -Diferença da CID: o DSM é pra transtorno mental, a CID é geral (tem endócrino, cardiologia, e outras áreas) -Quem criou o dsm: Foi criado em 1952, numa força tarefa da APA -A APA que faz as revisões do DSM, sendo um manual que constantemente busca mudar (e isso é bom! principalmente quando estamos falando de ciência) utiliza diversos pesquisadores (neurociência, genética, psiquiatria, genética, ciências sociais, saúde pública e etc) de forma voluntária -Objetivo da APA ao revisar o manual: atualizar o texto para colocar novas descobertas de pesquisa →Problemas do diagnóstico na saúde mental -Qualquer classificação é problemática .Ao classificar de uma forma, pode ter diversas opções , possibilidades -O diagnóstico é essencialmente clínico, não tem marcadores biológicos específicos, muitas vezes não tem exames -Ou seja, não existe “sintomas patognomônicos”: um sintoma x é específico do diagnóstico y -Erro comum: a minha paciente ouve vozes, logo tem esquizofrenia (está errado! um sintoma não é patognomônicos na saúde mental) -O Manual de transtornos é ruim, mas é muito pior que ficar sem eles. Como você vai conduzir um tratamento sem rumo? -Sem um diagnóstico eu não consigo pensar numa condução do tratamento e na melhora clínica do paciente (não sei o que tem, nem se vai melhorar ou não) -O diagnóstico proporciona a uniformização: consigo falar com vários profissionais a mesma língua -Resumindo: DSM não é bom, mas é o melhor que temos -DSM é atualizado na medida do conhecimento científico é atualizado → Histórico do DSM DSM I (1952) - 106 diagnósticos DSM II (1968) 182 diagnósticos DSM III (1980)265 diagnósticos rompe com o modelo psicodinámico DSM III-TR(1987) 292 diagnósticos DSM IV (1994) 297 diagnósticos DSM IV-TR (2000) 300 diagnósticos DSM V (2013) +300 diagnósticos DSM V-TR (2023) +300 +1 diagnósticos (neste o CID e o DSM estão mais próximos e uniformizados, exceto para burnout) →Diferenças mais marcantes do DSM DSM I e II -Predomínio da Psicopatologia psicodinâmica: baseada na psicanálise (neurose, psicose e perversão) - Modelo hierárquico que é baseado em: neuroses → psicoses →distúrbios orgânicos (em formato de pirâmide). Cada nível superior o inferior está presente DSM III (1980) -Ruptura do modelo psicanalítico -A psicopatologia adotada foi a teoria ou descritiva -Modelo categórico: composto por Sim/não ( ou você tem ou você não tem) - perdurou até o -Retirada do h0m0sexual1smo Dsm IV - TR -Como funciona o modelo categórico: tinha sintomas excludentes (para ter um determinado transtorno não pode ter determinado sintoma) DSM V -c0mpuls4o alimentar: deixou de ser um apêndice e virou um transtorno alimentar -Transtorno disfórico pré menstrual foi adicionado -Cafeína como dependência química -Rompeu totalmente com a psicanálise DSM V - TR -Modelo híbrido: não é somente categórico, utiliza diagnóstico dimensional (como num espectro) -Modelo dimensional tenta reduzir o problema das comorbidades -traz o conceito de especificador -Alguns diagnósticos são categóricos e outros dimensionais -Sensibilidade e Especificidade -categórico é uma peneira muito fina (passa poucas coisas, é um diagnóstico muito específico, para pessoas muito graves) -Dimensional: é uma peneira mais grossa, tem maior sensibilidade, abrange mais -Foi adicionado o transtorno do luto prolongado →Considerações sobre o DSM -DSM é um manual em construção constante, passível de críticas , -se é ruim com ele, é muito pior sem ele (para dar um norte no tratamento) →Precisa dominar o DSM? -é importante dominar a psicopatologia -Artigo 4 do ato médico foi vetado, então o diagnóstico não é exclusivo do médico -1)psicólogo pode dar diagnóstico -2)quando o paciente não vem de um psiquiatra -3)saber sobre diagnóstico te possibilita entender o transtorno, o conjunto de sinais (o que o psi vê) e sintomas (o que o paciente descreve) -O tratamento é feito com base nos sinais, sintomas e do exame do estado mental -Não basta conhecer somente o dsm (ex: é preciso saber fazer o exame do estado mental) -Muitas críticas do DSM muitas vezes vem das pessoas não conhecerem o dsm →Principais mudanças do DSM 5 TR -O TR significa que é texto revisado, ou seja, pequenas mudanças no texto -70 modificações nos transtornos (mas foram pequenas, para tornar mais acessível) -luto prolongado foi para o tr4uma e outros estressores -Alguns códigos mudaram -teve um acréscimo nas questões culturais, de gênero, raclsmo -a ordem dos transtornos está de acordo com a trajetória do desenvolvimento do ciclo vital -O que é um transtorno mental: conjunto de sinais e sintomas caracterizado por uma perturbação clinicamente significativa (o paciente precisa ter um prejuízo consistente, a vida dele fica prejutificada, na cognição, regulação emocional e no comportamento) isso reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou do desenvolvimento subjacente do transtorno mental -Luto prolongado: a m*rt3 precisa acontecer pelo menos 12 meses de uma pessoa proxima, precisa ter anseio ou saudade intensa da pessoa, preocupação / lembranças. Desde o f4lecimento precisa aparecer de forma frequência, intensa e prejudicar a pessoa , precisa ocorre todos os dias pelo menos um mês 1)sentir que parte de si mesmo foi levada 2)Descrença sobre a m*rt3 3)dor emocional intensa 4)dificuldade de se reintegrar com relacionamentos com outras pessoas 5)dormência emocional (redução acentuada das emoções, não sente mais as coisas) 6)achar que a vida não ter sentido 7) solidão intensa -Autismo: mudança bem pequena, para ficar mais claro o entendimento -Transtorno bipolar: ajuste no texto para ficar mais claro -não teve mudança significativa nos transtornos -Outras pequenas mudanças: delirium, autismo, tbiolar, tept em crianças, ciclotímico, depressivo maior, transtorno alimentar restritivo evitativo, t. m. induzido por substância -Alterações nos especificadores -Não é mais d3ficiencia intelectual, agora é transtorno do desenvolvimento intelectual -transtornos conversivo virou transtorno de sintomas neurológicos funcionais →O que define um transtorno de um não trastorno -Frequência -Intensidade -Sofrimento Clinicamente significativo (prejuízo em várias áreas da vida) →Estrutura do DSM 1)nome do transtorno 2)Procedimentos para registro 3)Subtipos ou especificadores 4)Características diagnósticas 5)Características associadas, prevalências, desenvolvimento e curso, fatores de risco e prognóstico, fatores relacionados à cultura, questoes diagnositoca a sexo e genero, marcadores diagnosticos, assosiação com pensamentos ou comportamentos su1c1d*s , consequências funcionais, diagnóstico diferencial e comorbidade -se vc ja esta atualizado no 5, fique tranquilo, pq as mudanças são pequenas → Os diagnósticos vão acabar? -Os modelo trasndiagnoscios estao para somar, e não para excluir -Os diagnósticos não vão acabar -Os processos desadaptativos que estão sendo alvos de estudos, ex: 1)Desregulação emocional: presente em vários transtornos (Bipolar, TDAH …), é um sintoma 2)Déficit nas funções executivas: ex, memória de trabalho 3)Flexibilidade cognitiva: capacidade mudar ou não 4)hipervigilância: na maioria dos transtornos de ansiedade -O protocolo visa trabalhar os processos desadaptativos -O foco está nos componentes que causam desajuste, o que mantém o transtorno -compreender o que causa e o que mantém --- AULA 2 - Entendendo o modelopsicopatológico atual no diagnóstico de transtornos mentais. →Pq é importante estudar a psicopatologia e a semiologia dos transtornos mentais? -A semiologia é importante pois contempla a entrevista clínica, auxilia o profissional a ter um diagnóstico mais assertivo -Na psicopatologia não tem marcadores biológicos, exames de sangue ou algo do tipo para fazer diagnóstico no transtorno mental -é preciso compreender os sinais e sintomas possíveis dos transtornos, para conseguir fazer um entrevista clínica e fazer um exame de estado mental -Um sinal x não significa um transtorno -Só é possível fazer um diagnóstico se eu souber da existência daquele diagnóstico →Os 3 eixos da psicopatologia Fenomenológica -Não tem diagnóstico -Não classifica, ela observa o fenômeno Psicodinâmica -Utiliza 3 categorias (neurose,psicose, perversão) -Usa o modelo hierárquico -Trabalha conflitos do inconsciente Descritiva/ Ateórica: -não pressupõe uma teoria explicativa de base, é um modelo descritivo baseado na descrição dos sinais e dos sintomas -Criador: kraepelin →O que é transtorno mental? -conjunto de sinais e sintomas caracterizado por uma perturbação clinicamente significativa -o paciente precisa ter um prejuízo consistente, a vida dele fica prejutificada, na cognição, regulação emocional e no comportamento -isso reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou do desenvolvimento subjacente do transtorno mental -Tem intensidade, frequência e causa prejuízo na pessoa -Frequentemente associado ao sofrimento -Afeta as atividades sociais, afetivas, no trabalho e etc -Obs: perder alguém e ficar triste não é um transtorno mental, é congruente a situação. o problema quando o se estende a muito tempo , →Histórico do transtorno mental - Gall - Frenologia: a medida do cérebro diz sobre a pessoa -Pinel: libertou pacientes de um hospital psiquiátrico e inaugura a psiquiatria. não como desviante, mas uma pessoa doente que requer cuidados -Wundt: primeiro laboratório de psicologia experimental, tirou a psicologia da filosofia -Freud: mudou a história da psicoterapia, primeiro teórico que sistematizou como funciona uma psicoterapia -kraepelin: todas as doenças mentais têm uma base biológica. Pai da psicopatologia ateórica -Reforma psiquiátrica: diagnósticos foram questionados, os tratamentos também. Com poucas informações uma pessoa pode ser internada. Contribuição da Farmacologia, com os antipsicóticos →Doença, transtorno ou síndrome? -Doença mental é um termo incorreto -Síndrome: não conhece o curso, a etiologia e o prognóstico (ou seja, não sei a origem, como o paciente vai evoluir e o que vai acontecer com o paciente no futuro) -Transtorno: Conheço o curso e o prognóstico, mas não conheço a etiologia (sei como o paciente evolui e o que esperar do paciente no futuro/ com ou sem tratamento) -Doença: conheço a etiologia, curso e prognóstico →Qual a causa dos transtornos? -é multifatorial (genética, ambiente, familiar, personalidade, fator biológico) -Correlação é diferente da causalidade: o fal3ciento de alguém não é garantia de depr3ssão -Existem fatores predisponentes, mas eles não são a causa -Ex: no tept, o que ocorreu não é a causa, é o fator desencadeante, é o gatilh0 →teoria da tripla vulnerabilidade -Questão Genética: o que é herdado pelos pais -Vulnerabilidade psicológica (aspecto da personalidade) -Componente específico (Ambiental) - trauma, abuso -Criador: Barlow -a soma das 3 vulnerabilidades ajuda a contribuir um transtorno, não é só um ponto específico →Genética e ambiente têm pesos diferentes? -Exemplo da esquiz0frenia: com estudos de gêmeos idênticos foi identificado que a chance é muito maior de ter esse transtorno. Ter parentes com ele tem mais chances de desenvolver -Genes são responsáveis, neste caso, a tornar as pessoas mais vulneráveis a esse transtorno. Não é um gene específico, mas a combinação deles →Existe cura para o transtorno mental? -Não falamos em cura quando se trata de transtorno mental. -Existe remissão parcial ou remissão total - não existe cura, pois é possível você ter de novo(mesmo se a chance for pequena). -Remissão significa o retorno a funcionalidade -Remissão total: 70% da funcionalidade -Remissão: 50/60% -transtornos crônicos podem estar em remissão →4 Grupos dos transtornos 1.Transtorno episódico -Exemplo: transtorno depr3ssivo - existe um episódio de depr3ssão, são mais prováveis de ter remissão 2.Transtorno crônico -Exemplo: esquiz0frenia, transtorno de personalidade, bip0lar - o paciente vai ter para a vida toda , de difícil remissão 3. Transtorno do Neurodesenvolvimento -Ex: TDAH, TEA - já nasce com, irreversível, difícil de ter remissão 4.Transtorno degenerativo -Ex: Alzheimer - quando iniciado ele não regride(é possível estagnar, mas não melhora), difícil de ter remissão -Sinais: postura corporal, vestimentas, cabelo penteado, expressões faciais, o que posso observar -sintomas: a vivência subjetiva do paciente, as queixas, as narrativas -Egossintônico: o paciente sente o sintoma como parte de si mesmo (comum no transtorno de personalidade) “esse é meu jeito” -Egodistônico: paciente percebe esse sintoma como algo estranho “antes não era assim” (pode ocorrer na depressão) identifica um antes e depois -Nenhum manual exclui uma boa avaliação clínica →Modelos alternativos ao dsm -HITOP: totalmente dimensional, do bem leve ao grave, é uma taxonomia hierárquica, que traz a ideia da dimensionalidade, se dialoga com o big five. AULA 3 - Desmistificando os 3 principais mitos envolvendo o diagnóstico em saúde mental. →Diagnosticar é rotular? -A pessoa tem um diagnóstico, ela não “é” um diagnóstico. -”Ter” e “ser” tem uma grande diferença -Diagnóstico muitas vezes são vistos como algo moral -O diagnóstico serve para adotar ações terapêuticas e medidas preventivas. -Diagnóstico favorece a comunicação entre profissionais. Diagnóstico é ciência -Estigma: proceso social complexo que rotula, atribuiu estereótipos, perda de estereótipos, discrImInação. Que envolve a definição da pessoa a partir desse rótulo -é necessário entender que tem um ser humano além →Benefícios do diagnóstico -O diagnóstico precoce favorece o prognóstico -Quando tenho um diagnósti co eu sei o que esperar do tratamento, quais as chances de atenuar, quando tempo vai demorar →Vivemos uma epidemia dos transtornos mentais? -a cid teve um aumento de mais de 1000% de diagnósticos (em todas as áreas) -em outras áreas não é questionado esse aumento, porém na área da psicologia sim -O aumento crescente mostra o avanço da ciência na identificação de outros transtornos -Uso cosmético da medicação: quando a pessoa não tem o transtorno mas usa um medicamento para aumentar a performance -Psicopatologia está cada vez mais popular -quem tem transtorno é a minoria -muitos sinais e sintomas de transtornos faz parte do nosso dia a dia. então, precisa entender o modelo dimensional -Problema dos falsos positivos: quanto mais superficial seu conhecimento, mais você diagnostica. muitas vezes não considera o grau de disfuncionalidade, o sofrimento, o exame de estado mental (para saber qual função psíquica está alterada), avaliação longitudinal (e não a transversal, que é somente daquele momento) -Muitas vezes a pessoa tem traços(regulação emocional, flexibilidade cognitiva… ) ou tem algum problema Modelo dimensional -podemos entender por meio de dimensões. exemplo: no traço de personalidade, existem determinados padrões que estão em vários graus e frequência durante a vida do sujeito -Apresenta uma continuidade que o indivíduo pode variar -Leva em conta a curva normal -é mais flexível do que o categórico -muito útil para quadros leves ou que não preenche todos os critérios -os pacientes se beneficiam, pq consegue ter o tratamento mais precoce Obs: a observação e avaliação clínica são soberanas a utilização de qualquer manual → O psicólogo pode dar diagnóstico? -Sim, pode. -Lei 12842: foi vetado a parte que diz que o diagnóstico é exclusivo do médico -não existe diagnóstico psicológico, não existe um diagnósticodiferente só pq é da psicologia - É preciso aplicar testes para fazer diagnóstico? não. pois não é obrigatório, pq se não o diagnóstico seria exclusivo do psicólogo -psicólogo pode fazer todos diagnóstico do dsm e da categoria F do CID -Psicodiagnóstico e avaliação psicológica é algo mais amplo, pode usar testagem, observação de comportamento, posso usar processos grupais, diagnóstico →Escalas -Como encontrar: são de livre acesso (exceto a do beck), colocando no google, por meio de um artigo, no final tem uma escala e como corrigir -Bipolar: MDQ (Mood Disorder Questionnaire) -Mania: YMRS (Young Mania Rating Scale) -D3pr3ssivos e estados mistos: BDRS (Bipolar Depression Rating Scale) -TOC: BABS (Brown Assessment of Beliefs Scale) capacidade do insight do paciente, OCIR(Obsessional Compulsive Inventory) e YBOCS (Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale) -D3pr3ssao: Escala hamilton -Ansiedade social: LSAS (Liebowitz social anxiety scale) e SPS-6 -TAG: hamilton para ansiedade, BAI (escala beck) -Pacientes internados: HADS Outras -escala wechsler: funções compostas (ex: inteligência) -FDT: velocidade de processamento e atenção -Teste de trilhas coloridas: avalia atenção -Stroop test: atenção seletiva e funções executivas -RAVLT: memória Obs: é uma auxiliar, uma ajuda. não substituiu a entrevista e a avaliação clínica → psicólogo pode dar laudo, atestado e relatório? -sim. afastamento de psicólogo vale, tem valor legal Obs: a melhor prática é a prática baseada em evidências, para minimizar erros na nossa atuação https://www.ohsu.edu/sites/default/files/2019-06/cms-quality-bipolar_disorder_mdq_screener.pdf https://dcf.psychiatry.ufl.edu/files/2011/05/Young-Mania-Rating-Scale-Measure-with-background.pdf https://www.barwonhealth.org.au/images/downloads/Research_Clinical_Trials/BDRS/BDRS.pdf https://www.lifespan.org/sites/default/files/lifespan-files/documents/centers/body-dysmorphic/babs-adult_0.pdf https://novopsych.com.au/assessments/diagnosis/obsessional-compulsive-inventory-revised-oci-r/ https://www.ufrgs.br/toc/_files/view.php/download/pasta/19/6183e1f54aeab.pdf https://www.ufrgs.br/toc/_files/view.php/download/pasta/19/6183e1f54aeab.pdf https://www.google.com/search?sxsrf=APwXEdcqVrfP7Gbeu7qvRiJvPhIzCXR8eA:1681345751405&q=escala+depressao+hamilton&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwjo44aCzaX-AhV3q5UCHf0NC8MQkeECKAB6BAgIEAE https://en.wikipedia.org/wiki/Liebowitz_social_anxiety_scale AULA 4 - Quais os principais desafios e como fazer um diagnóstico com segurança na clínica? -Psicólogo que pode fazer diagnóstico é aquele que sabe fazer diagnóstico -Quanto mais você entende de diagnóstico, menos você diagnostica. Fechar diagnóstico não é simples -Hipótese diagnóstica: qualquer profissional pode, é um sinal que o quadro está inconclusivo -O paciente não “é” o diagnóstico, ele não “é” um transtorno. o paciente tem sua individualidade →Forma e conteúdo dos sintomas -Forma do sintoma: é a estrutura básica. Ex: delírlo -Conteúdo do sintoma: é aquilo que preenche. Ex: conteúdo de culpa dentro do delírlo -Patogênese: processo de como diferentes sintomas se formam e estrutura (é a forma) -Patoplastia: contornos específicos dos sintomas,é a história singular e a cultura do paciente. (conteúdo) →Qual a base do diagnóstico? -A entrevista clínica -Você pode usar testes e escalas. mas não é obrigatório para fechar diagnóstico →1)Não temos marcadores biológicos dos transtornos mentais -O que isso significa: a avaliação é subjetiva, que depende do contato com o paciente, com a entrevista. vai além de fazer perguntas -Fazer diagnóstico não é dar check nos sintomas do DSM (se não, qualquer pessoa iria conseguir fazer) -O que perguntar: história de vida, sinais, sintomas (até o dsm tem entrevistas estruturadas -squid ) -Como perguntar: dependendo da situação é melhor ir pelas beiradas, não precisa ser muito direto e incisivo (você se sente triste? sente a quanto tempo? Você tem planos para os próximos meses? já passou vontade de não estar mais aqui?) -Saber interpretar as resposta: observar o comportamento do paciente, o discurso, como ele fala, o modo de falar, as expressões não verbais, -Tem que criar um bom vínculo, com calma -Observar o comportamento como um todo, →2)Grande parte do que eu vou colher das informações vai depender do relato do paciente (e dos familiares em alguns casos) E isso é um problema I. A questão do vínculo -o vínculo interfere no relato. Se a pessoa não confia em você, ele pode omitir determinadas informações II.O relato pode estar comprometido -é necessário avaliar as funções psíquicas (exame do estado mental) Esse exame ocorre ao mesmo tempo que você faz a entrevista. -O exame começa desde o primeiro contato com o paciente, pq vc precisa do conjunto, do aspecto global do paciente -Exemplos de atitudes: se a pessoa é muito teatral, se tem comportamento muito diferente da cultura, se é muito categorizada, ou atitude arrogante, confusa, deprimida, desconfiada, desinibida, dissimuladora -é preciso saber fazer entrevista, conhecer as funções psíquicas, avaliar o paciente (tanto de forma loooongitudinal como transversal) -Quando existem funções psíquicas alteradas, ai tem sinais e sintomas que indicam o adoecimento psíquico (tanto quantitativo como qualitativo) -Funções psíquicas elementares: consciência, atenção, sensopercepção, orientação, memória, inteligência , afeto (ou humor), pensamento, juízo crítico e linguagem -Funções psíquicas compostas: valorização do seu, esquema corporal e identidade, personalidade -se eu sei qual função psíquica está alterada, eu consigo fazer um tratamento adequado -Para avaliar as funções psíquicas também precisa ter um bom domínio dos transtornos III.O tempo -a investigação tem tanto longitudinal como transversal. a partir disso vai montando o quebra cabeça → Delírio -Convicção extraordinária (ex: achar que tem um chip na pele dele feito por um et) nada tira essa convicção dele. -é algo associal, não é uma ideia compartilhada entre outras pessoas na comunidade dele. -é uma alteração de juízo de realidade, a uma ruptura na vida, uma quebra →Consciência do eu -quando eu acredito que sou outra pessoa -Relacionado a orientação autopsíquica (quem eu sou) -quando tem alteração da atividade do eu, eu acho que é outra pessoa que esta me controlando -Oposição eu mundo: todo mundo sabe o que estou pensando →3)Conhecer amplamente a classificação diagnóstica e suas modificações a longo do tempo -Precisa partir do que o paciente está falando e somente aí pensar nas possibilidades de diagnóstico -qualquer classificação diagnóstica é problemática, sempre vai ter falhas, é arbitrária -O DSM é o melhor que temos, apesar de ser ruim -Muitos transtornos sao transitorios, entram em sai. e isso não é ruim, pois é comum na ciência essas mudanças -O SUS não cobre doenças, por isso alguns transtornos do DSM e do CID ainda não saíram →4)Sintomatologia compartilhada entre vários transtornos -essa é a importância do diagnóstico diferencial -ex: ouvir vozes pode ser varias coisas (pensamento, alteração na sensopercepção e etc) pode ser tudo, inclusive nada →Saber diferenciar normal e patológico -Ou saber diferenciar traços dos transtornos -o desafio é saber os diagnósticos leves, ainda no início →Como fazer um diagnóstico com segurança na clínica? -Quanto melhor você conseguir avaliar, melhor você contar os desafios 1)domina o DSM 2)Entende e sabe avaliar as funções psíquicas 3)Entende os sinais e sintomas do transtorno e sabe fazer o diagnóstico diferencial 4)Saber fazer uma boa entrevista →Como fazer uma entrevista diagnóstica -grande parte do diagnóstico sai dessa entrevista Parte técnica -Estruturada: segue as perguntas sem adicionar ou tirar algo -semiestruturada: tem perguntas básicas, mas se precisar pode tirar ou colocar outras -Aberta: sem perguntas pré montadas -Coletar dados demográficos, história da doença atual, história de vida, rotina, relacionamentos, fatores de risco na família, -Avaliar as funções psíquicas Parte humana -tem que ter a sensibilidade de oque falar e quando falar -evitar situações exageradas, comentários valorativos, postura muito rígida , entrevistas prolixas, ficar de cabeça baixa o tempo todo -entrevista é paciência -é preciso estabelecer um vínculo, um ambiente acolhedor -entre no mundo do paciente -Inclua a família e acolha ela -não queira dar check -Olhe nos olhos, pense em como você gostaria de ser tratado 3 Regras de ouro -Paciente organizado mentalmente: pode ser um entrevista mais livre -Paciente desorganizado mentalmente: entrevista mais estruturada -Paciente mais ansioso, muito desconfiado: use perguntas mais neutras AULA 5 - Diagnóstico diferencial (passo a passo) nos transtornos mentais mais prevalentes. →O que é um diagnóstico -pode ser difícil diferenciar a tristeza da perda de um paciente próximo com uma depr3ssao. se é normal ou patológico (dentro de um espaço de tempo, pode considerar um transtorno) -Diagnóstico: serve para identificar uma condição, doença ou transtorno. identificar que algo não está bem. -Quanto mais preciso o diagnóstico, melhor -Modelo dimensional: colocar o diagnóstico num espectro, e não em algo categórico -é preciso se basear na gravidade dos sintomas, quanto tempo dura, de que maneira afeta a capacidade e o funcionamento da vida diária da pessoa -Como fazer um diagnóstico e como distinguir de um ou outro 1)identificar os sinais e sintomas a partir da entrevista clínica 2)Exame de estado mental (avaliação das funções psíquicas do paciente) -Sinais: o que vejo diretamente (roupa, gestos) -Sintomas: aquilo que o paciente relata (vazio, ouvir vozes…) -Não tem exames nem sintomas patognomônico →O que é uma comorbidade? -Quando tem a presença de 2 ou + transtornos ao mesmo tempo -Não tem um diagnóstico principal -O que eu trato primeiro: avaliar o nível de gravidade (ex: ldeação passa como prioridade sempre) -Especificador: é um discriminador, é o que difere um transtorno do outro, uma especificidade, uma característica a mais (Ex: T.D. em caso de pós parto). somente acontece associado a um transtorno -Especificador para determinados transtornos: tentativa de diminuir as comorbidades. -Diferença de ter um especificador ansioso ou uma comorbidade ansiosa: a diferença é a GRAVIDADE dos sintomas. ☆Se for algo grave e que preenche todos os critérios = comorbidade ☆Se não for grave, preencher alguns critérios ou não tem tanta frequência= especificador →o que é diagnóstico diferencial -Método para identificar transtornos, feito por um processo de eliminação -é a caracterização de um transtorno após a comparação dos seus sinais e sintomas com outros transtornos e por dedução, baseada em um processo de exclusão, dizer “é isso aqui e não aquilo” →Passo a passo 1)Excluir transtorno factício 2)exlcuir uso de dr0g4s e outras substâncias quimicas 3)excluir transtorno devido a condição médica geral 4)determinar o transtorno primário específico 5)estabelecer limites com a existência de um transtorno mental 1)Excluir transtorno factício -O que é: quando o paciente inventa os sintomas sem um objetivo claro 2)exlcuir uso de dr0g4s e outras substâncias químicas -Isso pode interferir significativamente no diagnóstico -não pode usar nos últimos dias -investigue substâncias naturais 3)excluir transtorno devido a condição médica geral -Determinados quadros orgânicos podem interferir -Um médico e ou endócrino pode auxiliar 4)determinar o transtorno primário específico -é a partir do que o paciente demonstra, ai sim vc vai colocar dentro dos grandes grupos do DSM 5)estabelecer limites com a existência de um transtorno mental -Precisa separar o normal, traços e transtornos -é normal ter oscilações dentro da norma, o problema é desviar da norma (para mais ou para menos) -todos os transtornos causam sofrimento significativo -A perturbação causa sofrimento significativa do ponto de vista clínico ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras areas importantes da vida do indivíduo →Transtorno bipolar -Transtorno de humor cuja a alteração tem 2 polos (depressivo e maníaco) 1)Bipolar tipo I (pelo menos 1 episódio de mania na vida) 2)Bipolar tipo II (nunca fez episódio de mania, só precisa ter um episódio de hipomania e depressão) 3) Transtorno ciclotímico (Não tem manina nem hipomania, num período de 2 anos não teve casos graves o suficiente para enquadrar em nenhum quadro) -mania: mais grave, pode ter quadro psicótico. pode ficar sem dormir, achar que é muito rico, poderosa -Hipomania: é uma mania mais leve, não em quadro psicótico (a diferença tá na intensidade e alguns sintomas específicos) Como saber se é mania 1)Precisou internar 2)Fez quando psicótico 3)prejuízo global no funcionamento (não consegue dormir, não consegue trabalhar) →Esquizofrenia -Pode-se confundir com bipolar tipo 1, que pode ter alucinações ou delirando -Nos quadro maníacos pode ter quadro psicóticos, assim como os esquizofrênico s -também pode ter agitação psicomotora -é preciso avaliar de forma LONGITUDINAL -Se ocorre apenas durante a alteração de humor = Bipolar tipo 1 -Se tem empobrecimento na expressão dos afetos, a incapacidade de expressar ideias de forma lógica = esquizofrenia -Esquizoafetivo: quando junta os dois, bipolar e esquizofrenia. é a ocorrência dos 2 transtornos juntos. tem sintomas psicóticos fora da alteração de humor TOC -Obsessões: são os pensamentos (algo ruim vai acontecer) -Compulsões: são os comportamentos (vou dar 3 pulos para neutralizar o pensamento obsessivo) -Ele tem crítica: sabe que aquilo não tem sentido ( já o esquizofrênico não tem crítica) -O delírio eu realmente acredito, no toc não tem isso -No toc tem o insight preservado, ele sabe da existência que aquilo não condiz com a realidade Borderline -O paciente pode ter bipolar e border -padrão estável do comportamento -está no agrupamento B (border, anti social, histriônica, narcisista) tem o padrão mais errático, emotivo, instável -Instabilidade afetos, sentimentos, impulsividade. Medo intenso de ser abandonado, esforço desesperado de ter o amor do outro. Tem reatividade destrutiva -A instabilidade do poder é secundária do medo de abandono. a instabilidade é mais voltada nos relacionamentos -No bipolar, a instabilidade é automática. no bipolar não está muito envolvido diretamente nos relacionamentos Histriônica -tem padrão mais exibicionista -se sente desconfortável quando não é o centro das atenções -é uma sedução inadequada, exagerada Depressão -pelo menos 2 semanas de humor deprimido, perda de prazer, perda ou ganha de peso significativo, insônia ou excesso de sono e fadiga -Distimia: transtorno depressivo persistente, quando o quadro é persistente, período mínimo de 2 anos T.P. Antissocial -Padrão estável de comportamento de desprezo persistente pelos direitos dos outros: desprezar as lei, mentiras repetidas, age impulsivamente, não planeja o futuro(difícil de terminar os estudos) despreza a segurança dela e dos outros, indiferença pelo sentimo dos outros -Só pode ser feito a pessoas acima de 18 anos -No transtorno de conduta: quando a criança se envolve em coisas ilegais, não têm empatia, constrangimento de suas atitudes. (a diferença do antissocial e conduta está na idade ), antes dos 10 anos -TOD: criança excessivamente questionadora, vingativa, dificuldade de se relacionar (é um mini antissocial), começa mais cedo na infância , tem menos infrações do que o transtorno de conduta, não tem problemas com as leis (tem leve, moderado e grave, ) Narcisista -visão exagerada de si mesmo, falta de empatia , necessidade de admiração -Precisa preencher 5 dos critérios 1)sensação de grandiosidade 2)preocupação com fantasias de poder, beleza, riqueza 3) se acha única e especial e precisa se relacionar com pessoas assim 4)precisa ser admirado e de merecimento (eu sou importante) 5) explora os outros 6)muitas arrogância e altivez -Narcisista não tem problemas com a lei, se preocupa muito com sua alto imagem. antisocial tem problema com a lei oii =] Esse resumo foi feito pelo Yuri e foi disponibilizado gratuitamente se quiser,você pode ajudar o estudante a comprar cursos e livros com um pix- yuri.banov@hotmail.com obrigado =) mailto:yuri.banov@hotmail.com