Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS FACULDADE EVANGÉLICA DO MEIO NORTE – FAEME CURSO: ENFERMAGEM BACHARELADO DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA E PERFIL SÓCIO SANITÁRIO EM SAÚDE DOCENTE: Enf.ª WIBYANNA ARAÚJO DA SILVA Coroatá 2024 DESDE 1948 . . . • OMS (1948): ➢ “Saúde: Completo estado de bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.” ➢ Saúde é o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o seu meio ambiente (Aurélio). M A S, A F I N A L , O Q U E É B E M E S TA R ? EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA E OS MODELOS EXPLICATIVOS MODELOS UNICAUSAIS. • Postulados de Koch (1843 - 1910). • Tentativa de estabelecimento de padrões para a prova de causalidade nas doenças infecciosas: 1) Que o microrganismo seja isolado em todos os casos da doença. 2) Que o microrganismo não seja encontrado em pacientes com outras doenças. 3) Que ele seja capaz de infectar animais de laboratório e reproduzir neles os mesmos processos patológicos. 4) Que ele possa ser recuperado nos tecidos e secreções desses animais Período pré-patogênico • Fase de suscetibilidade • Fase pré-clínica Período Patogênico • Fase clínica • Fase de incapacidade residual Fases da História Natural da Doença • 2 períodos • 4 fases ❑ Período pré-patogênico ▪ Fase de suscetibilidade ▪ Antes do adoecimento. ▪ Presença de condições que favorecem o aparecimento da doença. ▪ Fatores de risco não se distribuem equitativamente entre as pessoas. ▪ Genéticos, fatores pré-natais, condições de vida, estilo de vida, fatores do ambiente físico, etc. ❑ Período pré-patogênico ▪ Fase pré-clínica ▪ Ainda não há sintomas e sinais, embora já existam alterações patológicas ▪ Pode evoluir para a cura ou para a fase seguinte. ▪ Exemplos: hipertensão arterial assintomática, hipercolesterolemia, período de incubação para doenças infecciosas, etc. ❑ Período patogênico Fase clínica: ▪ Aparecimento de sinais e sintomas. ▪ Gravidade variável. ▪ Limiar clínico depende da doença, das características do paciente, da capacidade do observador e da tecnologia empregada. ▪ Dos afetados que apresentam sinais e sintomas clínicos, somente uma proporção procura o sistema formal de atenção à saúde. ▪ Pode evoluir para a cura total sem sequelas, para o óbito ou para a fase seguinte. ❑Período patogênico ▪ Fase de incapacidade residual: ▪ Recuperação com persistência de sequelas ou incapacidades ❑ Prevenção primária ▪ Ações dirigidas à manutenção da saúde. ▪ Medidas adotadas no período pré-patogênico (Fases de suscetibilidade e pré-clínica). ▪ Trata-se da prevenção da ocorrência do “período patogênico”, ou seja, de evitar a ocorrência de doença. ❑ Prevenção secundária Ações orientadas ao período patogênico, enquanto a doença está em curso. Visam a “prevenção da evolução” do processo patológico, na tentativa de fazê-lo regredir (cura) ou estabilizar (controle). Prevenção da reincidência da doença, de suas complicações e sequelas, e do óbito. ❑Prevenção terciária ▪ Ações dirigidas à fase final do processo. ▪ Visam a desenvolver a capacidade residual do indivíduo, cujo potencial funcional foi reduzido pela doença. ▪ Prevenção da incapacidade, ajustamento do indivíduo às limitações decorrentes do processo patológico. ▪ Conjunto de fatores relativos ao agente etiológico, ao hospedeiro e ao meio ambiente, que influi na ocorrência natural de uma doença em uma comunidade. ▪ A dinâmica do processo infeccioso está vinculada à forma particular de interação desses fatores ESTRUTURA EPIDEMIOLÓGICA Agente etiológico • Infectividade • Patogenicidade • Virulência • Resistência ao meio ambiente Hospedeiro • Susceptibilidade • Imunidade (natural ou artificial) • Sexo, raça,situação sócio econômica,hábitos alimentares e culturais,comportamentais Agente etiológico e hospedeiro História natural da doença – período inicial da patogênese ou de incubação,período prodrômico,período manifestação clínicas e evolução (cura,cronicidade) Meio ambiente Temperatura. Umidade. Pluviosidade. Altitude. Zona rural/urbana. Mudanças provocadas pelo homem, fronteiras agrícolas, desmatamento. Saneamento Dinâmica das doenças infecciosas e estrutura epidemiológica É muito conhecido, no meio da saúde, o termo “ponta de iceberg” para referir-se a uma característica desses dados, ou seja, ambos (especialmente a mortalidade) representam apenas uma parcela da população (a “ponta de iceberg”): a que morre ou a que chega ao serviço de saúde e tem o seu diagnóstico feito e registrado corretamente. DEFINIÇÕES E CONCEITOS FUNDAMENTAIS • Agentes ou Fatores Etiológicos: são os causadores das doenças • Hospedeiro: Ser vivo que oferece, em condições naturais, subsistência ou alojamento a um agente infeccioso. • Meio ambiente: Conjunto de instâncias e processos que mantêm relações interativas com o agente etiológico e o suscetível, sem se confundir com os mesmos. Reservatório,Vetores eVeículos. • Endemia: É a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente as populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período, (temporalmente ilimitada), e que mantém uma incidência relativamente constante, permitindo variações cíclicas e sazonais. • Epidemia: É a ocorrência em uma comunidade ou região de casos de natureza semelhante, claramente excessiva em relação ao esperado. • Epidemiologia: “é a ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos problemas de saúde (fenômenos e processos associados) em populações humanas” .Tem interesse específico pelo COLETIVO humano. • Incidência - A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a ideia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. • Prevalência - A prevalência refere-se ao número de casos de uma doença em uma população, durante um período específico de tempo. Deste modo, ela determina o número total de casos de uma doença em uma dada população e o impacto que isso tem na sociedade, levando em consideração casos antigos e novos. Alguns conceitos básicos em epidemiologia das doenças transmissíveis PERÍODO DE INCUBAÇÃO • Intervalo de tempo que decorre entre a exposição a um agente infeccioso e o aparecimento de sinais e sintomas da doença. PERÍODO DE INCUBAÇÃO EXTRÍNSECO (EM UMVETOR): • Período entre a entrada do agente infeccioso no vetor e o momento em que ele se torna infectante. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE • Período durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou indiretamente, de uma pessoa infectada a outra,ou: • de um animal infectado ao homem,ou: • de um homem infectado a um animal, inclusive artrópodes. DINÂMICA DO PROCESSO INFECCIOSO INFECTIVIDADE • Capacidade dos agentes infecciosos de penetrar e se desenvolver ou de se multiplicar em um novo hospedeiro provocando infecção. PATOGENICIDADE • É a qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do homem ou de outros animais, produzir sintomas, em maior ou menor proporção, dentre os hospedeiros infectados. Patogenicidade = Casos de doença X 100Total de infecções PROPRIEDADES DOS AGENTES INFECCIOSOS VIRULÊNCIA • É a capacidade de um agente infeccioso de produzir casos graves ou fatais. • Virulência = Casos graves ou fatais X 100Total de casos • Taxa de letalidade indicador de virulência. ❑Período de Latência - desde a exposição → até torna-se infeccioso. ❑Período de Incubação – desde a exposição → até desenvolver sintomas. ❑Período de Transmissibilidade – PERÍODO DE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Imunidade - é o estado de resistência, frequentemente associado à presença de anticorposque possuem ação específica sobre o microrganismo responsável por determinada doença infecciosa ou suas toxinas. Pode ser: Natural ou artificial Passiva ou ativa Imunidade de rebanho (“herd immunity”) Relações entre hospedeiro e agente infecioso A DOENÇA É RESULTADO DOS DETERMINANTES SOCIAIS REFERÊNCIAS Gordis L. Epidemiologia. 4ª ed. Rio de Janeiro, Revinter, 2010. Lilienfeld DE. Stolley PD. Foundations of Epidemiology. 3ª ed. New York, Oxford University Press, 1994. Pereira MG. Epidemiologia. Teoria e prática. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 1995. EMAIL: WIBYANNA.ARAUJO@GMAIL.COM WHATSAPP: (99) 991524342 mailto:WIBYANNA.ARAUJO@GMAIL.COM Slide 1: História Natural das doenças Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32: DEFINIÇÕES E CONCEITOS FUNDAMENTAIS Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43
Compartilhar