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SIMULADO1 - Bloco 8 - Nível Intermediário - Língua Portuguesa para Concurso Nacional Unificado - 2024

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Prévia do material em texto

201) 
Língua Portuguesa para Concurso Nacional Unificado - 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3JGru
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/1813170
CESGRANRIO - ERM (ANM)/ANM/Auditoria Externa/2006
Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo
A Amazônia é cheia de superlativos. Ocupa uma área de sete milhões de quilômetros quadrados –
40% do território nacional. Seu rio principal despeja 200 mil metros cúbicos por segundo de água doce
no mar, o equivalente a um quinto do total lançado por todos os cursos de água doce no planeta. Seria
estranho se o homem só tivesse ocupado a região com a esparsa população atual. Pois, do século XIX
até hoje, foram encontrados mais de 400 sítios arqueológicos – desses, 180 só na última década – com
datação de até nove mil anos.
 
Os povos da floresta do passado e do presente se confundem na Amazônia. Sob as 80 casas da
comunidade de Nossa Senhora das Graças, às margens do Rio Solimões, há um grande sítio
arqueológico. De acordo com um arqueólogo da Ufam e pesquisador do Projeto Piatam, quase todos os
povoados existentes atualmente na Amazônia estão assentados em solos habitados nos tempos pré-
colombianos.
 
Os caboclos, diz ele, começaram a compreender os vestígios do passado em suas terras depois de
projetos de arqueologia.
 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3JGru
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1813170
— Eles, às vezes, têm medo do que pode representar o passado. Não identificam restos de urnas e de
outras peças com seus próprios hábitos e, por isso, pensam que os objetos estão associados a rituais
macabros. Como a comunidade trabalha muito com a enxada na agricultura, encontra com freqüência
material arqueológico no solo.
 
O passado debaixo da terra é tão rico quanto a cultura da comunidade ali instalada atualmente. O
pescador Sebastião Mendonça, um dos moradores de Nossa Senhora das Graças, até viu vestígios de
outros povos quando trabalhava com enxada, mas está mais preocupado com os oito filhos, que dormem
na rede de sua casa.
 
[...] Dia desses, passou a receber, de um gerador, uma hora de energia elétrica, por dia. Comprou
televisão, diz o pescador, “para saber do mundo, mas as crianças gostam é da tal novela”. [...]
 
Um pesquisador da Ufam explica a estratégia de sobrevivência dessas populações:
 
— Todo ano,eles plantam na seca do rio e pescam na cheia. [...]
 
O pesquisador diz que o que define a qualidade de vida e o status do morador na comunidade é a
propriedade de um barco e a energia elétrica em casa. Sebastião tem duas embarcações e é dono de
uma das oito casas com uma hora de luz por dia na comunidade. Portanto, pode ser considerado uma
pessoa bem-sucedida.
 
O pescador conta que já lhe ofereceram na cidade grande — leia-se Manacapuru — o cartão de crédito
de um banco local:
 
— Recebi uns anúncios de viagem pelo cartão. Eu e minha esposa íamos dar uma volta por aí, mas
depois que eu vi furacão no noticiário (referindo-se ao fenômeno que atingiu Nova Orleans), prefiro ficar
por aqui mesmo. Esse rio eu já conheço.
202) 
 
BRANDÃO, Túlio. Revista O Globo. 11 dez. 2005. (com adaptações).
 
“A Amazônia é cheia de superlativos.” O termo superlativos se justifica pelo(a):
a) indisfarçável ufanismo do autor do texto.
b) fato de os dados sobre a região estarem superestimados.
c) uso dos adjetivos do 1o parágrafo, que estão no grau superlativo.
d) grandiosidade dos números relativos à região.
e) riqueza cultural das comunidades locais.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2663902
CESGRANRIO - Aux Adm (FENIG)/FENIG/2005
Língua Portuguesa (Português) - Adjetivo
Texto II
 
Pobreza causa um tsunami a cada 5 dias, diz ONU: Organização pede ação global contra
mortes decorrentes da miséria
 
Doenças evitáveis relacionadas à pobreza matam, a cada cinco dias, tantas pessoas quanto o desastre da
tsunami na Ásia. A cada ano, o total de mortes equivale a 68 tsunamis, de acordo com um relatório da
Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado para o lançamento de uma estratégia global de
combate à pobreza, sua prioridade em 2005.
 
A estratégia, estabelecida pelo Projeto Milênio da ONU, um grupo consultor independente chefiado pelo
economista Jeffrey Sachs, diz que as Metas de Desenvolvimento para o Milênio, adotadas pelos países
membros da ONU em 2000 com o objetivo de cortar pela metade a pobreza do mundo na próxima
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2663902
década, são “extremamente atingíveis” com uma assistência equivalente a 0,5% da renda dos países
ricos. Entretanto, sem ação urgente em 2005, muitos países que poderiam alcançar as metas “estarão
fadados ao fracasso”, disse o relatório.
 
Tal fracasso poderia aumentar o risco de conflitos, adverte o relatório. Alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio não é só uma questão de direitos humanos e justiça, mas também “vital à
estabilidade e segurança nacional e internacional”, diz o texto.
 
Enquanto isso, as agências internacionais ainda estão avaliando o tamanho do golpe que o desastre da
tsunami de 26 de dezembro desferiu sobre os esforços de redução de pobreza na região. A devastação
infligida pelas ondas levou milhões de pessoas à pobreza mais profunda, destruiu empregos e modos de
vida, rompeu sistemas de educação em algumas áreas e causou danos ambientais que levarão anos para
serem recuperados, observaram funcionários da ONU.
 
Eles expressaram preocupação que as enormes somas que os governos prometeram para a assistência
das vítimas da tsunami asiática sejam retiradas dos fundos existentes para ajuda e afetem os programas
de redução de pobreza em outros países em desenvolvimento.
 
Entretanto, a ONU vem fazendo esforços para conseguir a simpatia e o apoio internacional às vítimas da
tsunami a longo prazo, contra agentes igualmente mortíferos, como a fome e a doença.
 
O relatório, chamado “Investindo no Desenvolvimento”, é o primeiro exercício de cálculo detalhado de
custos desse tipo. Ele diz que os remédios eficazes requerem um grande aumento nos fundos
arrecadados internamente pelos próprios países em desenvolvimento.
 
“Estamos em uma posição de acabar com a pobreza extrema em nossa geração”, disse Sachs na
divulgação do relatório. “Não apenas cortar a pobreza ao meio. Se quisermos eliminar a extrema
pobreza, podemos fazer isso até 2025.
203) 
 
Nick Cumming-Bruce. Tradução: Deborah Weinberg. International Herald Tribune, 18 jan.2005(adaptado).
 
Apenas uma opção apresenta expressões em que as palavras destacadas são adjetivos. Assinale-a.
a) Doenças evitáveis; enormes somas.
b) Pessoas morrem; poderia aumentar.
c) Muito baixa; freqüentemente inconsistente.
d) Principal razão; relatório sugere.
e) Enquanto isso; esta iniciativa.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399403
CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
 
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do DOC e da
TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai resistir a esses
novos tempos?
 
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é uma
pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas, em detrimento
do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos. O Pix tem tudo para
ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399403
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da semana e
os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que escoram a circulação de
papel-moeda no Brasil é a informalidade.
 
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para receber o
auxílioemergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há tempos: a enorme
quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco de dinheiro que entra no
orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para subsistência.
 
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o time dos
“sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
 
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você conheça
alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos com cédulas
simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa turma, dinheiro vivo é
dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o dia virar para o boleto ser
compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila da lotérica.
 
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava ficando
para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa lacuna.
 
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e feriados.
 
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois implica
envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
 
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito exclusivo de
acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o papelmoeda, mas para
fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
 
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua rotina, o
uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá ser descontinuado,
mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não “morreu” com a chegada do
cartão.
 
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de circulação,
mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que esse cenário se
torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a pouca familiaridade
com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o país que o próprio comércio
incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
 
ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.
 
O verbo implicar assume diferentes sentidos, dependendo de sua regência.
 
No trecho “Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato”, o seu sentido é
a) acarretar
b) comprometer
c) hostilizar
d) importunar
e) requerer
204) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1755985
CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Privacidade digital: quais são os limites
 
Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros usuários de internet, representando cerca de
69,8% da população com 10 anos ou mais. Ao redor do mundo, cerca de 4 bilhões de pessoas usam a
rede mundial, sendo que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo smartphone.
 
Nesse cenário, pensar em privacidade digital é (quase) utópico. Uma vez na rede, a informação está
registrada para sempre: deixamos rastros que podem ser descobertos a qualquer momento.
 
Ainda assim, mesmo diante de tamanha exposição, essa é uma discussão que precisa ser feita. Ela é
importante, inclusive, para trazer mais clareza e consciência para os usuários. Vale lembrar, por exemplo,
que não são apenas as redes sociais que expõem as pessoas. Infelizmente, basta ter um endereço de e-
mail para ser rastreado por diferentes empresas e provedores.
 
A questão central não se resume somente à política de privacidade das plataformas X ou Y, mas, sim, ao
modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política de proteção de dados.
 
A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo de empresa.
Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes, as organizações têm um
universo de dados institucionais que precisam ser salvaguardados.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1755985
Estamos diante de uma realidade já configurada: a coleta de informações da internet não para, e esse é
um caminho sem volta. Agora, a questão é: nós, clientes, estamos prontos e dispostos a definir o limite
da privacidade digital? O interesse maior é nosso! Esse limite poderia ser dado pelo próprio consumidor,
se ele assim quiser? O conteúdo é realmente do usuário?
 
Se considerarmos a atmosfera das redes sociais, muito possivelmente não. Isso porque, embora muitas
pessoas não saibam, a maioria das redes sociais prevê que, a partir do momento em que um conteúdo é
postado, ele faz parte da rede e não é mais do usuário.
 
Daí a importância da conscientização. É preciso que tanto clientes como empresas busquem mais
informação e conteúdo técnico sobre o tema. Às organizações, cabe o desafio de orientar seus clientes,
já que, na maioria das vezes, eles não sabem quais são os limites da privacidade digital.
 
Vivemos em uma época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer. Nesse contexto, a
informação deixou de ser algo confiável
e cabe a cada um de nós aprender a ler isso e se proteger. Precisamos de consciência, senso crítico,
responsabilidade e cuidado para levar a internet a um outro nível. É fato que ela não é segura, a
questão, então, é como usá-la de maneira mais inteligente e contribuir para fortalecer a privacidade
digital? Essa é uma causa comum a todos os usuários da rede.
 
Disponível em: <https://digitalks.com.br/artigos/privacidade-digital
-quais-sao-os-limites>. 7/04/2019. Acesso em: 3 fev. 2021.
Adaptado.
 
No trecho “Esse limite poderia ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser?” (parágrafo 6), a
forma verbal destacada expressa a noção de
a) dever
b) certeza
205) 
c) hipótese
d) obrigação
e) necessidade
www.tecconcursos.com.br/questoes/834903
CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto II
 
O amor é valente
 
Mesmo que mil tipos
De ódio o mal invente,
O amor, mesmo sozinho,
Será sempre mais valente.
 
Valente, forte, profundo
Capaz de mudar o mundo
Acalmar qualquer dor
Vivemos nesse conflito.
Mas confio e acredito
Na valentia do amor.
 
BESSA, Bráulio. Poesia com rapadura. Fortaleza: Editora CENE, 2017.
 
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/834903
206) 
No trecho do Texto II “O amor, mesmo sozinho, / Será sempre mais valente”, o verbo destacado está no
tempo futuro.
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, se ele estivesse no tempo presente, como ficaria o
trecho?
a) “O amor, mesmo sozinho, / Seria sempre mais valente”
b) “O amor, mesmo sozinho, / É sempre mais valente”
c) “O amor, mesmo sozinho, / Foi sempre mais valente”
d) “O amor, mesmo sozinho, / Fosse sempre mais valente”
e) “O amor, mesmo sozinho, / Era sempre mais valente”
www.tecconcursos.com.br/questoes/835082
CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/Operador de Gás I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Carta aos meus filhos adolescentes
 
Nossa relação mudará, não se assustem, continuo amando absurdamente cada um de vocês. Estarei
sempre de plantão, para o que der e vier. Do mesmo jeito, com a mesma vontade de ajudar.
 
É uma fase necessária: uma aparência de indiferença recairá em nossos laços, uma casca de tédio
grudará em nossos olhares.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/835082
 
Mas não durará a vida inteira, posso garantir.Nossa comunicação não será tão fácil como antes. A adolescência altera a percepção dos pais, tornei-me
o chato daqui por diante.
 
Eu me preparei para a desimportância, guardei estoque de cartõezinhos e cartas de vocês pequenos,
colecionei na memória as declarações de “eu te amo” da última década, ciente de que não ouvirei
nenhuma jura por um longo tempo.
 
A vida será mais árida, mais constrangedora, mais lacônica. É um período de estranheza, porém
essencial e corajoso. Todos experimentam isso, em qualquer família, não tem como adiar ou fugir.
 
Serei obrigado agora a bater no quarto de vocês e aguardar uma licença. Existe uma casa chaveada no
interior de nossa casa. Não desfruto de chave, senha, passaporte. Não posso aparecer abrindo a porta
de repente. Às vezes mandarei um WhatsApp apenas para saber onde estão, mesmo quando estiverem
dentro do apartamento. Passarei essa vergonha.
 
Perguntarei como estão e ganharei monossílabos de presente. Talvez um ok. Talvez a sorte de um tudo
bem. As confissões não acontecerão espontaneamente.
 
“Me deixe em paz” despontará como refrão diante de qualquer cobrança.
 
Precisarei ser mais persuasivo. Nem alcanço alguma ideia de como, para mim também é uma experiência
nova, tampouco sei agir. Os namoros e os amigos assumirão as suas prioridades.
 
Verei vocês somente saindo ou chegando, desprovido de convergência para um abraço demorado.
 
207) 
Já não me acharão um máximo, já não sou grande coisa. Perceberam os meus pontos fracos, decoraram
os meus defeitos, não acreditam mais em minhas histórias, não sou a única versão de vocês. Qualquer
informação que digo, vão checar no Google.
 
Mas vamos sobreviver: o meu amor é imenso para resistir ao teste da diferença de idade e de geração.
Espero vocês do outro lado da ternura, quando tiverem a minha idade.
 
CARPINEJAR, F. Carta aos meus filhos adolescentes. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-
carpinejar/post/carta-aos-meus-fi lhos-adolescentes.html>. Acesso em: 10 jul. 2018. Adaptado.
 
A frase em que o verbo em destaque está empregado em consonância com a norma-padrão é:
a) Não mido esforços para a educação de meus filhos.
b) Um dia, eles quererão ajuda com seus próprios bebês.
c) Aqueles pais poram muita esperança no futuro de seus filhos.
d) Os pais sempre proviram os recursos para a sobrevivência de sua família.
e) Ah, se os pais cabessem na vida dos filhos adolescentes assim como os namoros e os amigos!
www.tecconcursos.com.br/questoes/835090
CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/Operador de Gás I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/835090
Carta aos meus filhos adolescentes
 
Nossa relação mudará, não se assustem, continuo amando absurdamente cada um de vocês. Estarei
sempre de plantão, para o que der e vier. Do mesmo jeito, com a mesma vontade de ajudar.
 
É uma fase necessária: uma aparência de indiferença recairá em nossos laços, uma casca de tédio
grudará em nossos olhares.
 
Mas não durará a vida inteira, posso garantir.
 
Nossa comunicação não será tão fácil como antes. A adolescência altera a percepção dos pais, tornei-me
o chato daqui por diante.
 
Eu me preparei para a desimportância, guardei estoque de cartõezinhos e cartas de vocês pequenos,
colecionei na memória as declarações de “eu te amo” da última década, ciente de que não ouvirei
nenhuma jura por um longo tempo.
 
A vida será mais árida, mais constrangedora, mais lacônica. É um período de estranheza, porém
essencial e corajoso. Todos experimentam isso, em qualquer família, não tem como adiar ou fugir.
 
Serei obrigado agora a bater no quarto de vocês e aguardar uma licença. Existe uma casa chaveada no
interior de nossa casa. Não desfruto de chave, senha, passaporte. Não posso aparecer abrindo a porta
de repente. Às vezes mandarei um WhatsApp apenas para saber onde estão, mesmo quando estiverem
dentro do apartamento. Passarei essa vergonha.
 
Perguntarei como estão e ganharei monossílabos de presente. Talvez um ok. Talvez a sorte de um tudo
bem. As confissões não acontecerão espontaneamente.
 
“Me deixe em paz” despontará como refrão diante de qualquer cobrança.
 
Precisarei ser mais persuasivo. Nem alcanço alguma ideia de como, para mim também é uma experiência
nova, tampouco sei agir. Os namoros e os amigos assumirão as suas prioridades.
 
Verei vocês somente saindo ou chegando, desprovido de convergência para um abraço demorado.
 
Já não me acharão um máximo, já não sou grande coisa. Perceberam os meus pontos fracos, decoraram
os meus defeitos, não acreditam mais em minhas histórias, não sou a única versão de vocês. Qualquer
informação que digo, vão checar no Google.
 
Mas vamos sobreviver: o meu amor é imenso para resistir ao teste da diferença de idade e de geração.
Espero vocês do outro lado da ternura, quando tiverem a minha idade.
 
CARPINEJAR, F. Carta aos meus filhos adolescentes. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-
carpinejar/post/carta-aos-meus-fi lhos-adolescentes.html>. Acesso em: 10 jul. 2018. Adaptado.
 
A frase cujo verbo sublinhado é considerado regular é:
a) Eu sempre digo que é difícil conviver em família.
b) Quero que descubra como convencer seus pais.
c) Sempre faremos o que é preciso pela saúde de nossas crianças e jovens.
d) Estou de acordo quando se trata da segurança de meus filhos.
e) Os pais sempre esperam que os jovens os comuniquem acerca de para onde vão.
 
208) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/835164
CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
 
A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7 bilhões de pessoas. Desse total, parte
cada vez maior vive nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% dos habitantes do planeta,
e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população mundial será urbana.
 
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. É preciso,
então, que questões de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser discutidas.
 
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje, como resultado, os
moradores de grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com congestionamentos
insuportáveis, que causam enormes perdas. Isso, sem falar no alto índice de mortes em vias urbanas do
país. Depreendemos daí que a dependência do automóvel como meio de transporte é um fator que
impede a mobilidade urbana.
 
É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais eficazes e adequados de
ônibus. Ao mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis, onde a maior parte dos
serviços esteja próxima às moradias e haja opções de transporte não motorizado para nos
locomovermos.
 
BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/2419/mobilidade-acessibilidade- e-deficiencias-fisicas.html>. Acesso em: 9 jul.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/835164
209) 
2018. Adaptado.
 
Glossário:
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de uma cidade.
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida,
 
 
 
No trecho “é um fator que impede a mobilidade urbana” , o verbo que expressa o sentido contrário ao
da palavra destacada é
a) fechar
b) prender
c) facilitar
d) atrapalhar
e) interromper
www.tecconcursos.com.br/questoes/834963
CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/834963
Texto I
 
Gente Humilde
 
Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assimtodo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver sem me notar
 
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
 
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
 
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar.
 
SARDINHA, A.A. (Garoto); HOLLANDA, C.B.; MORAES, V. Gente humilde. Intérprete: Chico Buarque. In: C.B.
Hollanda nº 4. Direção de produção: Manoel Barebein. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira de Discos, p1970. 1
disco sonoro. Lado 1, faixa 4.
 
210) 
A forma verbal em destaque está empregada de acordo com a norma-padrão em:
a) Coado há pouco, o café perfumava todo o subúrbio às quatro da tarde.
b) O trem tinha chego às onze horas e não sairia mais da estação.
c) Eu soube que ela havia trago flores singelas para enfeitar as varandas.
d) Eu tinha falo com Deus e pedido por minha gente.
e) Todas as tardes, nós temos abrido as cadeiras na calçada, para uma boa conversa entre vizinhos.
 
www.tecconcursos.com.br/questoes/834971
CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto I
 
Gente Humilde
 
Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver sem me notar
 
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Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
 
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
 
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar.
 
SARDINHA, A.A. (Garoto); HOLLANDA, C.B.; MORAES, V. Gente humilde. Intérprete: Chico Buarque. In: C.B.
Hollanda nº 4. Direção de produção: Manoel Barebein. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira de Discos, p1970. 1
disco sonoro. Lado 1, faixa 4.
 
 
Considere o emprego do verbo destacado no seguinte trecho do Texto I: “Que vai em frente sem nem
ter com quem contar” .
 
O verbo destacado tem o mesmo sentido em:
a) O filho do barbeiro tem três anos e já sabe contar.
b) Meu filho só consegue dormir depois de eu lhe contar uma história.
211) 
c) Hoje em dia temos que contar com a sorte.
d) Esses anos contam como tempo de serviço?
e) Minha cidade natal já conta duzentos anos.
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CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
O ano da esperança
 
O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos desempregados. E pedidos de empréstimos. Um
atrás do outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações de amizade. Como afirmou Shakespeare, perde-
se o dinheiro e o amigo. Nos primeiros pedidos, eu ajudava, com a consciência de que era uma doação.
A situação foi piorando. Os argumentos também. No início era para pagar a escola do filho. Depois
vieram as mães e avós doentes. Lamentavelmente, aprendi a não ser generoso. Ajudava um rapaz, que
não conheço pessoalmente. Mas que sofreu um acidente e não tinha como pagar a fisioterapia. Comecei
pagando a físio. Vieram sucessivas internações, remédios. A situação piorando, eu já estava
encomendando missa de sétimo dia. Falei com um amigo médico, no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o
caso gratuitamente. Surpresa! O doente não aparecia para a consulta. Até que o coloquei contra a
parede. Ou se consultava ou eu não ajudava mais.
 
Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita de suplementos para ficar com o corpo atlético.
Nunca conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter caído na história. Só que esse rapaz havia
perdido o emprego após o suposto acidente. Foi por isso que me deixei enganar. Mas, ao perder salário,
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muita gente perde também a vergonha. Pior ainda. A violência aumenta. As pessoas buscam vagas nos
mercados em expansão. Se a indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar.
 
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos aguarda é mais descrédito? Novos candidatos vão
surgir. Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça de velhos? Todos pedem que a gente tenha
uma nova consciência para votar. Como? Num mundo em que as notícias são plantadas pela internet, em
que muitos sites servem a qualquer mentira. Digo por mim. Já contaram cada história a meu respeito
que nem sei o que dizer. Já inventaram casos de amor, tramas nas novelas que escrevo. Pior. Depois todo
mundo me pergunta por que isso ou aquilo não aconteceu na novela. Se mudei a trama. Respondo:
 
— Nunca foi para acontecer. Era mentira da internet.
 
Duvidam. Acham que estou mentindo.
 
CARRASCO, W. O ano da esperança.
Época, 25 dez. 2017, p.97. Adaptado.
 
 
Considere o trecho “Depois vieram as mães e avós doentes.”
 
A frase em que se emprega uma flexão do verbo destacado, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, é:
a) Não sei o que fazer depois que vinherem as mães e avós doentes.
b) Depois que as mães e avós doentes virem, faremos alguma coisa.
c) Depois que eu vim, as mães e avós doentes ficaram curadas.
212) 
d) Depois, as mães e avós doentes tiveram vindo até aqui.
e) Talvez seja melhor ir depois de vierem as mães e avós doentes.
 
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CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto I
 
Exagerado
 
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
 
Paixão cruel, desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
 
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
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Adoro um amor inventado
 
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
 
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
 
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
 
E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
 
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
 
Jogado aos teus pés
213) 
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado
 
ARAÚJO NETO, Agenor de Miranda (Cazuza); SIQUEIRA JR, Carlos Leoni Rodrigues. Exagerado. In:
CAZUZA. Exagerado. Rio de Janeiro: Sigla/Som Livre, 1985. Lado A, faixa 1.
 
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, se fosse substituído o pronome eu pelo pronome
nós, no trecho do Texto I “Eu sou mesmo exagerado”, como ficaria o verbo destacado?
a) “Nós é mesmo exagerados”.
b) “Nós somos mesmo exagerados”.
c) “Nós era mesmo exagerados”.
d) “Nós sereis mesmo exagerados”.
e) “Nós sois mesmo exagerados”.
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CESGRANRIO - ProV (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Júnior/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
A forma verbal em destaque está em DESACORDO com o que prevê a norma-padrão da língua
em:
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214) 
a) Se a literatura condissesse com a realidade, não seria literatura.
b) A imprensa medeia adialética que se estabelece entre ficção e realidade.
c) Espera-se que as crianças adiram às propostas dos livros infanto-juvenis.
d) Quando estava na escola, sempre punha um livro na mochila para ler no trajeto.
e) Se requiséssemos novos livros, os alunos teriam uma biblioteca mais atualizada.
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CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto II
 
O amor é valente
 
Mesmo que mil tipos
De ódio o mal invente,
O amor, mesmo sozinho,
Será sempre mais valente.
 
Valente, forte, profundo
Capaz de mudar o mundo
Acalmar qualquer dor
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Vivemos nesse conflito.
Mas confio e acredito
Na valentia do amor.
 
BESSA, Bráulio. Poesia com rapadura. Fortaleza: Editora CENE, 2017.
 
 
No trecho do Texto II “Mas confio e acredito / Na valentia do amor ” , os verbos destacados
encontram-se no tempo presente.
 
De acordo com a norma-padrão, se esses verbos destacados estivessem no tempo futuro, como ficaria o
trecho?
a) “Mas confiarei e acreditarei / Na valentia do amor”
b) “Mas confiei e acreditei / Na valentia do amor”
c) “Mas tenho confiado e acreditado / Na valentia do amor”
d) “Mas confiara e acreditara / Na valentia do amor”
e) “Mas confiando e acreditando / Na valentia do amor”
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CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
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215) Texto I
 
Exagerado
 
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
 
Paixão cruel, desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
 
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
 
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
 
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
 
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
 
E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
 
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
 
Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado
 
ARAÚJO NETO, Agenor de Miranda (Cazuza); SIQUEIRA JR, Carlos Leoni Rodrigues. Exagerado. In:
CAZUZA. Exagerado. Rio de Janeiro: Sigla/Som Livre, 1985. Lado A, faixa 1.
 
 
Se a palavra ontem fosse acrescentada ao trecho do Texto I “por você eu largo tudo”, como ficaria a
frase, mantendo-se a norma-padrão?
a) “por você eu larguei tudo ontem.”
216) 
b) “por você eu largarei tudo ontem.”
c) “por você eu largo tudo ontem.”
d) “por você eu largue tudo ontem.”
e) “por você eu hei de largar tudo ontem.”
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CESGRANRIO - Trad ILS (UNIRIO)/UNIRIO/2016
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto III
Quando eu for bem velhinho — continuação 2
O tempo do carnaval era obrigatório. A despeito de todas as mudanças, ele continua sendo a pausa que
dá sentido e razão ao tempo como uma majestade humana. Este imperador sem rivais que diz que passa
quando, de fato, quem passa somos nós.
Uma lenda escandinava, traduzida à luz da análise pelo sábio das línguas e costumes euro- -europeus
Georges Dumézil, conta a história de um camponês que, sem querer, libertou o diabo de um caixote que
ele transportava para um padre na sua carroça. Livre e solto, o diabo — que está sempre fazendo
alguma coisa — começou a surrar o seu involuntário libertador, perguntando ansiosamente: “O que devo
fazer?” O camponês mandou que ele construísse uma ponte de pedra e, em instantes, ela ficou pronta. E
logo o diabo perguntou novamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que o diabo juntasse
todos os excrementos de cavalo do reino da Dinamarca e, num instante, a tarefa estava cumprida.
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Aterrorizado porque ia apanhar novamente, o camponês teve a feliz ideia de mandar que o diabo
recuperasse o tempo. Sabendo que o tempo era precioso, o diabo saiu em sua busca, mas não conseguia
alcançá-lo. Trouxe dele pedaços, mas não o tempo inteiro como ordenara o camponês. Não tendo
observado a tarefa, o diabo voltou para a caixa.
O tempo como potência impossível de ser apanhada foi brilhantemente descrito por Frei Antônio das
Chagas num poema escrito nos mil seiscentos e tanto:
Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta.
Mas como dar, sem tempo, tanta conta
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta,
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, o não ter tempo...
Afinal, somos nós que brincamos o carnaval ou é o carnaval que brinca conosco o tempo todo?
217) 
DAMATTA, R. O Globo, Rio de Janeiro, 10 fev. 2016. Primeiro Caderno, p. 13. Adaptado.
 
No final do primeiro parágrafo do Texto III, o autor compara o tempo a um imperador sem rivais, pois é
o tempo “que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós”.
O presente do indicativo, empregado três vezes nessa passagem, produz o seguinte efeito de sentido:
a) atribui validade permanente a uma afirmação.
b) confere atualidade a uma ação ocorrida no passado.
c) retrata algo ocorrido no momento da fala do imperador.
d) indica um fato próximo, cuja realização é dada como certa.
e) infere à cena apresentada uma descrição do momento vivido.
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CESGRANRIO - Psico (UNIRIO)/UNIRIO/Clínica/2016
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
O suor e a lágrima
 
Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o
mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o vôo estava
atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem
nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.
 
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Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o
trono de um rei desolado de um reino desolante.
 
O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo
italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando
posso estou sempre de tênis.
 
Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a
testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor,
que era abundante.
 
Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a
todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.
 
E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato
adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente
suados.
 
Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado,
retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.
 
Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos
assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meussapatos e tive
vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.
 
CONY, C. H. In: NESTROVSKI, A. (Org.). Figuras do Brasil – 80
autores em 80 anos de Folha. São Paulo: Publifolha. 2001. p. 319.
 
218) 
Em “Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41.”, o uso do pretérito imperfeito do indicativo
busca
a) estabelecer uma relação de causa e efeito.
b) contextualizar o tempo da narrativa.
c) introduzir uma ambiência de suspense.
d) banalizar o calor que fazia no Rio.
e) projetar uma possibilidade.
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CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Banhos de mar
 
Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz
quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.
 
Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes de o sol nascer. Como
explicar o que eu sentia de presente prodigioso em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio
que nos levaria para Olinda ainda na escuridão?
 
De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu
acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Nós nos vestíamos depressa
e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.
 
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Saímos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até
que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco, e
minha felicidade começava . Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde
mesmo o tempo começava a clarear, e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o
mundo.
 
Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe, um
porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras da
minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe, um porco de verdade.”
 
Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me
serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me
agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária.
 
LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo. São Paulo: Rocco, 1999, p. 175. Adaptado.
 
O emprego dos verbos destacados no trecho “‘Eu me sentava bem na ponta do banco, e minha
felicidade começava.” mostra as lembranças da narradora sobre um fato que ocorreu com ela
repetidas vezes no passado.
 
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse um fato que ocorreu com ela uma única vez no
passado, os verbos adequados seriam os que se destacam em:
a) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha felicidade começaria.
b) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha felicidade começou.
c) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha felicidade começaria.
219) 
d) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha felicidade comece.
e) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha felicidade estava começando.
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CESGRANRIO - Seg Of (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Náutica/2016
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
O velho olhando o mar
Meu carro para numa esquina da praia de Copacabana às 9h30 e vejo um velho vestido de branco numa
cadeira de rodas olhando o mar a distância. Por ele passam pernas portentosas, reluzentes cabeleiras
adolescentes e os bíceps de jovens surfistas. Mas ele permanece sentado olhando o mar a distância. [...]
O carro continua parado, o sinal fechado e o estupendo calor da vida batia de frente sobre mim. Tudo em
torno era uma ávida solicitação dos sentidos. Por isso, paradoxalmente, fixei-me por um instante naquele
corpo que parecia ancorado do outro lado das coisas. E sem fazer qualquer esforço comecei a imaginá-
lo quando jovem. É um exercício estranho esse de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar
movimento e desejo nos seus músculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.
A gente tem a leviandade de achar que os velhos nasceram velhos, que estão ali apenas para assistir ao
nosso crescimento. Me lembro que, menino, ao ver um velho parente relatar fatos de sua juventude,
tinha sempre a sensação de que ele estava inventando uma estória para me convencer de alguma coisa.
No entanto, aquele velho que vejo na esquina da praia de Copacabana deve ter sido jovem algum dia,
em alguma outra praia, nos braços de algum amor, bebendo e farreando irresponsavelmente e achando
que o estoque da vida era ilimitado.
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Teria ele algum desejo ao olhar as coxas das banhistas que passam? Olhando alguma delas teria se
posto a lembrar de outros corpos que conheceu? Os que por ele passam poderiam supor que ele fazia
maravilhas na cama ou nas pistas de dança? [...]
Ele está ali, eu no meu carro, e me dou conta de que um número crescente de amigos e conhecidos tem
me pronunciado a palavra “aposentadoria” ultimamente. Isso é uma síndrome grave. Em breve estarei
cercado de aposentados e forçosamente me aposentarão. Então, imagino, vou passear de short branco e
boné pelo calçadão da praia, fingindo ser um almirante aposentado, aproveitando o sol mais ameno das
9h30 até cair sentado numa cadeira e ficar olhando o mar. [...]
Meu carro, no entanto, continua parado no sinal da praia de Copacabana. O carro apenas, porque a
imaginação, entre o sinal vermelho e o verde, viajou intensamente. Vou ter de deixar ali o velho e sua
acompanhante olhando o mar por mim. Vou viver a vida por ele, me iludir de que no escritório
transformo o mundo com telefonemas, projetos e papéis. Um dia talvez esteja naquela cadeira olhando o
mar a distância, a vida distante.
Mas que ao olhar para dentro eu tenha muito que rever e contemplar. Nesse caso não me importarei que
o moço que estiver no seu carro parado no sinal imagine coisas sobre mim. Estarei olhando o mar, o mar
interior, e terei navegantes alegrias que nenhum passante compreenderá.
SANT’ANNA, A. R. Coleção melhores crônicas –
Affonso Romano de Sant’Anna. Seleção e prefácio: Letícia Malard. São Paulo: Global, 2003.
 
O verbo ver apresenta irregularidade na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, como se vê no 
texto: “vejo um velho”.
Um outro verbo que apresenta irregularidade nessas circunstâncias é:
220) 
a) viver
b) bater
c) imaginar
d) fazer
e) olhar
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CESGRANRIO - Seg Of (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Náutica/2016
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
O velho olhando o mar
Meu carro para numa esquina da praia de Copacabana às 9h30 e vejo um velho vestido de branco numa
cadeira de rodas olhando o mar a distância. Por ele passam pernas portentosas, reluzentes cabeleiras
adolescentes e os bíceps de jovens surfistas. Mas ele permanece sentado olhando o mar a distância. [...]
O carro continua parado, o sinal fechado e o estupendo calor da vida batia de frente sobre mim. Tudo em
torno era uma ávida solicitação dos sentidos. Por isso, paradoxalmente, fixei-me por um instante naquele
corpo que parecia ancorado do outro lado das coisas. E sem fazer qualquer esforço comecei a imaginá-
lo quando jovem. É um exercício estranho esse de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar
movimento e desejo nos seus músculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.
A gente tem a leviandade de achar que os velhos nasceram velhos, que estão ali apenas para assistir ao
nosso crescimento. Me lembro que, menino, ao ver um velho parente relatar fatos de sua juventude,
tinha sempre a sensação de que ele estava inventando uma estória para me convencer de alguma coisa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/465845No entanto, aquele velho que vejo na esquina da praia de Copacabana deve ter sido jovem algum dia,
em alguma outra praia, nos braços de algum amor, bebendo e farreando irresponsavelmente e achando
que o estoque da vida era ilimitado.
Teria ele algum desejo ao olhar as coxas das banhistas que passam? Olhando alguma delas teria se
posto a lembrar de outros corpos que conheceu? Os que por ele passam poderiam supor que ele fazia
maravilhas na cama ou nas pistas de dança? [...]
Ele está ali, eu no meu carro, e me dou conta de que um número crescente de amigos e conhecidos tem
me pronunciado a palavra “aposentadoria” ultimamente. Isso é uma síndrome grave. Em breve estarei
cercado de aposentados e forçosamente me aposentarão. Então, imagino, vou passear de short branco e
boné pelo calçadão da praia, fingindo ser um almirante aposentado, aproveitando o sol mais ameno das
9h30 até cair sentado numa cadeira e ficar olhando o mar. [...]
Meu carro, no entanto, continua parado no sinal da praia de Copacabana. O carro apenas, porque a
imaginação, entre o sinal vermelho e o verde, viajou intensamente. Vou ter de deixar ali o velho e sua
acompanhante olhando o mar por mim. Vou viver a vida por ele, me iludir de que no escritório
transformo o mundo com telefonemas, projetos e papéis. Um dia talvez esteja naquela cadeira olhando o
mar a distância, a vida distante.
Mas que ao olhar para dentro eu tenha muito que rever e contemplar. Nesse caso não me importarei que
o moço que estiver no seu carro parado no sinal imagine coisas sobre mim. Estarei olhando o mar, o mar
interior, e terei navegantes alegrias que nenhum passante compreenderá.
SANT’ANNA, A. R. Coleção melhores crônicas –
Affonso Romano de Sant’Anna. Seleção e prefácio: Letícia Malard. São Paulo: Global, 2003.
 
221) 
O distanciamento do autor em relação à história narrada para destacar um ponto de vista seu sobre a
temática em foco é marcado pelo uso do verbo ser, no período “É um exercício estranho esse de
começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar movimento e desejo nos seus músculos, acelerando
nele, de novo, a avareza de viver cada instante.”
Caso o enunciador queira conferir ao trecho um caráter de possibilidade, a reescritura adequada à
norma-padrão e ao contexto empregará o verbo ser da seguinte forma:
a) Fosse
b) Seria
c) Foi
d) Era
e) Fora
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CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto
 
Do fogo às lâmpadas de LED
 
Ao longo de nossa evolução, desenvolvemos uma forma muito eficiente de detectar a luz: nosso olho.
Esse órgão nos permite enxergar formas e cores de maneira ímpar. O que denominamos luz no cotidiano
é, de fato, uma onda eletromagnética que não é muito diferente, por exemplo, das ondas de rádio ou
micro-ondas, usadas em comunicação via celular, ou dos raios X, empregados em exames médicos.
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Para que pudesse enxergar seu caminho à noite, o homem buscou o desenvolvimento de fontes de
iluminação artificial. Os primeiros humanos recolhiam restos de queimadas naturais, mantendo as
chamas em fogueiras. Posteriormente, descobriu-se que o fogo poderia ser produzido ao se atritarem
pedras ou madeiras, dando o primeiro passo rumo à tecnologia de iluminação artificial.
 
A necessidade de transporte e manutenção do fogo levou ao desenvolvimento de dispositivos de
iluminação mais compactos e de maior durabilidade. Assim, há cerca de 50 mil anos, surgiram as
primeiras lâmpadas a óleo, feitas a partir de rochas e conchas, tendo, como pavio, fibras vegetais que
queimavam em óleo animal ou vegetal. Mais tarde, a eficiência desses dispositivos foi aumentada, com o
uso de óleo de tecidos gordurosos de animais marinhos, como baleias e focas.
 
As lâmpadas a óleo não eram adequadas para que áreas maiores (ruas, praças etc.) fossem iluminadas,
o que motivou o surgimento das lâmpadas a gás obtido por meio da destilação do carvão mineral. Esse
gás poderia ser transportado por tubulações ao local de consumo e inflamado para produzir luz.
 
O domínio da tecnologia de geração de energia elétrica e o entendimento de efeitos associados à
passagem de corrente elétrica em materiais viabilizaram o desenvolvimento de novas tecnologias de
iluminação: lâmpadas incandescentes, com filamentos de bambu carbonizado, que garantem
durabilidade de cerca de 1,2 mil horas à sua lâmpada; e as lâmpadas halógenas, com maior vida útil e
luz com maior intensidade e mais parecida com a luz solar.
 
AZEVEDO, E. R.; NUNES, L. A. O. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. n. 327, julho 2015,
p. 38-40. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2015/327/ do-fogo-as-lampadas-led>. Acesso
em: 4 ago. 2015. Adaptado.
 
A frase em que a palavra destacada está flexionada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa
é:
222) 
a) Se você ver águas paradas, tome uma providência para evitar a proliferação do mosquito.
b) Para comunicar a seus acionistas o resultado financeiro semestral, o relatório abrangeu os
aspectos principais relacionados à produção da empresa.
c) Se os moradores obterem lâmpadas modernas para iluminar suas casas, farão economia de
eletricidade.
d) Quando o Congresso propor que as lâmpadas incandescentes não sejam mais vendidas no país,
a população terá de se acostumar ao novo padrão.
e) O governo interviu na fabricação de lâmpadas quando decidiu que novos modelos deveriam
tornar-se obrigatórios no nosso país.
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CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Medicina do Trabalho/2015
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador
A medicina do trabalho, enquanto especialidade médica, surge na Inglaterra, na primeira metade do
século XIX, com a Revolução Industrial.
Naquele momento, o consumo da força de trabalho, resultante da submissão dos trabalhadores a um
processo acelerado e desumano de produção, exigiu uma intervenção, sob pena de tornar inviável a
sobrevivência e a reprodução do próprio processo.
Quando Robert Dernham, proprietário de uma fábrica têxtil, preocupado com o fato de que seus
operários não dispunham de nenhum cuidado médico a não ser aquele propiciado por instituições
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filantrópicas, procurou o Dr. Robert Baker, seu médico, pedindo que indicasse qual a maneira pela qual
ele, como empresário, poderia resolver tal situação. Baker respondeu-lhe:
“Coloque no interior da sua fábrica o seu próprio médico, que servirá de intermediário entre você, os
seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fábrica, sala por sala, sempre que existam pessoas
trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. E se ele verificar
que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele
competirá fazer tal prevenção. Dessa forma você poderá dizer: meu médico é a minha defesa, pois a ele
dei toda a minha autoridade no que diz respeito à proteção da saúde e das condições físicas dos meus
operários; se algum deles vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que deve ser
responsabilizado”.
A resposta do empregador foi a de contratar Baker para trabalhar na sua fábrica, surgindo, assim, em
1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho.
Na verdade, despontam, na resposta do fundador do primeiro serviço médico de empresa, os elementos
básicos da expectativa do capital quanto às finalidades de tais serviços:
- deveriam ser serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do empresário e que se dispusessem a
defendê-lo;
- deveriam ser serviços centrados na figura do médico;
- a prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente
médica;
- a responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficavatransferida ao médico.
A implantação de serviços baseados nesse modelo rapidamente expandiu-se por outros países,
paralelamente ao processo de industrialização e, posteriormente, aos países periféricos, com a
transnacionalização da economia. A inexistência ou fragilidade dos sistemas de assistência à saúde, quer
como expressão do seguro social, quer diretamente providos pelo Estado, via serviços de saúde pública,
fez com que os serviços médicos de empresa passassem a exercer um papel vicariante, consolidando, ao
mesmo tempo, sua vocação enquanto instrumento de criar e manter a dependência do trabalhador (e
frequentemente também de seus familiares), ao lado do exercício direto do controle da força de trabalho.
MENDES, R; DIAS, E.C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública, S.Paulo, 25: 341-9,
1991. Disponível em: <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/ imagem/2977.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2015.
Adaptado.
 
No 4º parágrafo, insere-se no texto a voz do Dr. Robert Baker, médico que ensina ao empresário Robert
Dernham o que fazer com a saúde de seus trabalhadores.
Tal fala apresenta um tom de aconselhamento, o que se exemplifica por meio do uso de
a) verbos no modo imperativo
b) linguagem informal
c) coordenação sintática
d) pontuação exagerada
e) palavras repetidas
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223) 
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Cartilha orienta consumidor
Lançada pelo SindilojasRio e pelo CDL-Rio,
em parceria com o Procon-RJ, guia destaca os principais
pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC),
selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais
comuns recebidas pelas duas entidades
O Sindicato de Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) e o Clube de Diretores Lojistas do
Rio de Janeiro (CDL-Rio) lançaram ontem uma cartilha para orientar lojistas e consumidores sobre seus
direitos e deveres. Com o objetivo de dar mais transparência e melhorar as relações de consumo, a
cartilha tem apoio também da Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon)/
Procon-RJ.
Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prático de direitos e deveres para lojistas e
consumidores, a publicação destaca os principais pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC),
selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebidas, tanto pelo SindilojasRio e CDL-
Rio, como pelo Procon-RJ.
“A partir da conscientização de consumidores e lojistas sobre seus direitos e deveres, queremos
contribuir para o crescimento sustentável das empresas, tendo como base a ética, a qualidade dos
produtos e a boa prestação de serviços ao consumidor”, explicou o presidente do SindilojasRio e do CDL-
Rio, Aldo Gonçalves.
Gonçalves destacou que as duas entidades estão comprometidas em promover mudanças que propiciem
o avanço das relações de consumo, além do desenvolvimento do varejo carioca.
224) 
“O consumidor é o nosso foco. É importante informá-lo dos seus direitos”, disse o empresário,
ressaltando que conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus
fornecedores.
Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 08 abr. 2014, A-9. Adaptado.
 
O emprego do verbo destacado no trecho “‘queremos contribuir para o crescimento sustentável das
empresas’” contribui para indicar uma pretensão do presidente do Sindicato dos Lojistas, que começa no
presente e se estende no futuro.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase indicasse uma pretensão que começasse no passado e se
estendesse no tempo, o verbo adequado seria o que se destaca em:
a) quisemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
b) quisermos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
c) quiséssemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
d) quereremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
e) quisera poder contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
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CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2015
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Donos do próprio dinheiro
 
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Quando pensamos em bancos, imaginamos grandes empresas com agências elegantes, equipadas com
caixas eletrônicos e funcionários engravatados, muita burocracia e mil procedimentos de segurança. Mas
dezenas de pequenas instituições financeiras estão mudando a relação que milhares de brasileiros têm
com o próprio dinheiro. São os bancos comunitários, que contam com moeda e sistema de crédito
próprios e desenvolvem as economias locais.
 
Todas as agências são geridas e fiscalizadas pela comunidade. Hoje já existem 104 dessas instituições no
país, e elas estão proliferando. De 2006 a 2012, o número de bancos comunitários aumentou dez vezes,
de nove para 98 agências. Diferentemente das agências convencionais, essas instituições não consultam
o nome do cliente no Serasa ou no Serviço de Proteção ao Crédito antes de abrir uma conta. Consultam
a comunidade.
 
Uma das condições para a criação de um banco comunitário, como o próprio nome já dá a entender, é o
envolvimento da comunidade. Isso porque o objetivo final não é o lucro, e sim o desenvolvimento da
economia do entorno. Para tanto é criada uma moeda própria, que circula apenas na comunidade. O
dinheiro para iniciar os bancos comunitários também vem do local, seja de rifas, seja de vaquinhas ou de
eventos de arrecadação de fundos.
 
Os moradores podem pegar dois tipos de empréstimo: um para produção, como reforma de uma loja ou
compra de estoque, em reais, e outro para consumo, compra de alimentos e outros produtos, na moeda
do banco.
 
Dessa forma, artigos como alimentos, roupas, sapatos e até serviços de beleza ou aulas são consumidos
na comunidade, nas lojas que aceitam a nova moeda, fazendo com que o dinheiro não deixe a região e
sirva para desenvolver a economia local.
 
VELOSO, L. Revista Planeta. n. 504, novembro 2014. Adaptado.
 
225) 
A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão em:
a) Quando as pessoas fazerem compras nas lojas locais, poderão usar o cartão de crédito
comunitário.
b) Os consumidores preocupados com os gastos tinham trago pouco dinheiro para as suas compras.
c) Os financiamentos serão ampliados quando os bancos estarem com os juros baixos.
d) O ideal seria que os clientes dos bancos comunitários pudessem aumentar sua renda mensal.
e) Se os bancos darem mais crédito aos moradores, aumentará a construção de casas na
comunidade.
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CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2015
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto II
Sobe e desce
Ascensorista é uma das profissões que desapareceram no mundo moderno. Era certamente a mais
tediosa das profissões, e não apenas porque o ascensorista estava condenado a passar o dia ouvindo
histórias pela metade, anedotas sem desenlace, brigas sem resolução, só nacos e vislumbres da vida dos
passageiros.
Pode-se imaginar que muitos ascensoristas tenham tentado combater o tédio, variando a sua própria
fala.
Dizendo “ascende”, em vez de “sobe”, por exemplo.
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Ou “Eleva-se”.
Ou “Para cima”.
— Para o alto.
— Escalando.
Quando perguntassem “Sobe ou desce?”, responderia “A primeira alternativa”. Ou diria “Descendente”,
“Ruma para baixo”. “Cai controladamente”.
E se justificaria dizendo:
— Gosto de improvisar.
Mas, como toda arte tende para o excesso, o ascensorista entediado chegaria fatalmente ao preciosismo.
Quando perguntassem “Sobe?”, responderia “É o que veremos...” Ou então, “Como a Virgem Maria”.
Ou recorreria a trocadilhos:
— Desce?
— Dei.
Nem todo mundo o compreenderia, mas alguns o instigariam.
Quando comentassem quedevia ser uma chatice trabalhar em elevador, ele não responderia “tem altos e
baixos”, como esperavam. Responderia, “cripticamente”, que era melhor do que trabalhar em escada.
Ou que não se importava, embora seu sonho fosse, um dia, comandar alguma coisa que também
andasse para os lados...
E quando ele perdesse o emprego porque substituíssem o elevador antigo por um moderno, daqueles
com música ambiental, diria:
— Era só me pedirem. Eu também canto!
Mas, enquanto não o despedissem, continuaria inovando.
— Sobe?
— A ideia é essa.
— Desce?
— Se ainda não revogaram a lei da gravidade, sim.
— Sobe?
— Faremos o possível.
— Desce?
— Pode acreditar.
226) 
VERISSIMO, L. F. Jornal O Globo, p. 15, 28 jun. 2015.
 
O verbo em destaque está conjugado de acordo com a norma-padrão em:
a) Pegue o outro elevador, por favor.
b) É preciso que você esteje atento a situações de perigo.
c) Será muito bom se você propor um outro acesso aos passageiros.
d) Seje sempre bem-humorado com os passageiros.
e) Gostaríamos de que você vesse esse filme.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador
A medicina do trabalho, enquanto especialidade médica, surge na Inglaterra, na primeira metade do
século XIX, com a Revolução Industrial.
Naquele momento, o consumo da força de trabalho, resultante da submissão dos trabalhadores a um
processo acelerado e desumano de produção, exigiu uma intervenção, sob pena de tornar inviável a
sobrevivência e a reprodução do próprio processo.
Quando Robert Dernham, proprietário de uma fábrica têxtil, preocupado com o fato de que seus
operários não dispunham de nenhum cuidado médico a não ser aquele propiciado por instituições
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filantrópicas, procurou o Dr. Robert Baker, seu médico, pedindo que indicasse qual a maneira pela qual
ele, como empresário, poderia resolver tal situação. Baker respondeu-lhe:
“Coloque no interior da sua fábrica o seu próprio médico, que servirá de intermediário entre você, os
seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fábrica, sala por sala, sempre que existam pessoas
trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. E se ele verificar
que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele
competirá fazer tal prevenção. Dessa forma você poderá dizer: meu médico é a minha defesa, pois a ele
dei toda a minha autoridade no que diz respeito à proteção da saúde e das condições físicas dos meus
operários; se algum deles vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que deve ser
responsabilizado”.
A resposta do empregador foi a de contratar Baker para trabalhar na sua fábrica, surgindo, assim, em
1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho.
Na verdade, despontam, na resposta do fundador do primeiro serviço médico de empresa, os elementos
básicos da expectativa do capital quanto às finalidades de tais serviços:
- deveriam ser serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do empresário e que se dispusessem a
defendê-lo;
- deveriam ser serviços centrados na figura do médico;
- a prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente
médica;
- a responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficava transferida ao médico.
A implantação de serviços baseados nesse modelo rapidamente expandiu-se por outros países,
paralelamente ao processo de industrialização e, posteriormente, aos países periféricos, com a
transnacionalização da economia. A inexistência ou fragilidade dos sistemas de assistência à saúde, quer
como expressão do seguro social, quer diretamente providos pelo Estado, via serviços de saúde pública,
fez com que os serviços médicos de empresa passassem a exercer um papel vicariante, consolidando, ao
mesmo tempo, sua vocação enquanto instrumento de criar e manter a dependência do trabalhador (e
frequentemente também de seus familiares), ao lado do exercício direto do controle da força de trabalho.
MENDES, R; DIAS, E.C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública, S.Paulo, 25: 341-9,
1991. Disponível em: <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/ imagem/2977.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2015.
Adaptado.
 
O presente do indicativo, em “A medicina do trabalho, enquanto especialidade médica, surge na
Inglaterra, na primeira metade do século XIX, com a Revolução Industrial” ( l. 1), produz o seguinte
efeito de sentido:
a) aproxima o leitor do que é narrado.
b) põe em dúvida o contexto histórico referido.
c) confere um caráter de continuidade ao que é dito.
d) dissocia a origem da medicina do trabalho e o século XIX.
e) atribui à medicina do trabalho um valor anacrônico.
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CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2015
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227) Texto II
A água do planeta vai acabar?
 
Dizem que a água do planeta Terra está diminuindo. Ela vai acabar um dia? Existe previsão de quando
isso vai acontecer? O que está sendo feito para resolver a situação?
 
O engenheiro Léo Heller, da Universidade Federal de Minas Gerais, explicou que a quantidade de água no
planeta é a mesma nos últimos milênios e não deve mudar no futuro, ou seja, a água como um todo não
vai acabar. O problema, porém, é que a quantidade de água de boa qualidade e disponível para o
consumo humano – aquela que podemos usar para beber e cozinhar – está diminuindo.
 
Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas, enchentes e outros eventos que causam
impactos nos rios e lagoas que abastecem as cidades. “Pouca coisa tem sido feita a respeito, mas é hora
de planejarmos situações de emergência e de criarmos condições para que as cidades estejam mais
preparadas para enfrentar a falta de água”, alerta Léo.
 
Se cada um fizer sua parte, o desperdício de água será cada vez menor. Pequenas atitudes como evitar
banhos muito demorados, fechar a torneira enquanto escovamos os dentes e até mesmo regar as
plantas ao amanhecer e ao entardecer já fazem uma grande diferença!
 
Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-agua- -do-planeta-vai-acabar>. Acesso em: 11 maio
2015.
 
Respeitando-se a norma-padrão, se a palavra ele fosse substituída por nós, no trecho do Texto II “Ele
conta que as mudanças no clima do planeta geram secas”, o resultado seria:
a) Nós conta que as mudanças no clima do planeta geram secas.
b) Nós conteis que as mudanças no clima do planeta geram secas.
c) Nós contamos que as mudanças no clima do planeta geram secas.
228) 
d) Nós contas que as mudanças no clima do planeta geram secas.
e) Nós contam que as mudanças no clima do planeta geram secas.
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CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2014
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
A negação do meio ambiente
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a humanidade e as dinâmicas próprias dos
ecossistemas e da biosfera. Até o final do século 19, quando nasceu meu avô, a vida na Terra, em
qualquer que fosse o país, tinha estreitos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem
dependia de animais para a maior parte do trabalho, para locomoção e mal começava a dominar
máquinas capazes de produzir força ou velocidade. Na maioria das casas, o clima era regulado ao abrir e
fechar as janelas e, quando muito, acender lareiras, onde madeira era queimada para produzir calor.
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela tecnologia, pela mecânica, pela química e pela
eletrônica, além de todas as outras ciências que tiveram um exponencial salto desde o final doséculo 19.
Na maior parte dos escritórios das empresas que dominam a economia global, a temperatura é mantida
estável por equipamentos de ar-condicionado, as comunicações são feitas através de telefones sem fio e
satélites posicionados a milhares de quilômetros em órbita, as dores de cabeça são tratadas com
comprimidos, e as comidas vêm em embalagens com códigos de barra.
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do progresso científico, que claramente ajudou a
melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, e também deixou à margem outros bilhões, mas de
fazer uma reflexão sobre o quanto de tecnologia é realmente necessário e o que se pode e o que não se
pode resolver a partir da engenharia. As distâncias foram encurtadas e hoje é possível ir a qualquer parte
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do mundo em questão de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as distâncias não se
medem mais em quilômetros, mas sim em horas de trânsito. E isso se mostra um entrave para a
qualidade de vida.
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão com a natureza, na qual as pessoas dedicam
algum tempo para o contato com plantas, animais e ambientes naturais. Eu pessoalmente gosto e faço
caminhadas regulares em praias e trilhas. Mas não é disso que se trata quando falo na ruptura entre a
engenharia humana e as dinâmicas naturais. Há uma crença que está se generalizando de que a ciência,
a engenharia e a tecnologia são capazes de resolver qualquer problema ambiental que surja. E esse é
um engano que pode ser, em muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo econômico e
cultural das economias centrais e, principalmente, dos países que agora consideramos “emergentes”.
 
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natural e o engenho humano estão deixando fraturas
expostas. A região metropolitana de São Paulo está enfrentando uma das maiores crises de
abastecimento de água de sua história. As nascentes e áreas de preservação que deveriam proteger a
água da cidade foram desmatadas e ocupadas, no entanto a mídia e as autoridades em geral apontam a
necessidade de mais obras de infraestrutura para garantir o abastecimento, como se a produção de água
pelo ecossistema não tivesse nenhum papel a desempenhar.
No caso da energia também existe uma demanda incessante por mais eletricidade, mais combustíveis e
mais consumo. Isso exige o aumento incessante da exploração de recursos naturais e não renováveis.
Pouco ou nada se fala na elaboração de programas generalizados de eficiência energética, de modo a
economizar energia sem comprometer a qualidade de vida nas cidades.
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades. A desconexão vai além
da simples percepção, nas cidades as pessoas se recusam a mudar comportamentos negligentes como o
descarte inadequado de resíduos ou desperdícios de água e energia. Há muito a mudar.
229) 
Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são os principais atores de transformação,
mudanças desejáveis e possíveis, mas que precisam de uma reflexão de cada um sobre o papel do meio
ambiente na vida moderna.
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em:
<http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014.
Adaptado.
 
Flexionado na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, o verbo fazer assume forma irregular:
faço.
O mesmo acontece com o seguinte verbo:
a) depender
b) dominar
c) medir
d) pensar
e) dever
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CESGRANRIO - Rev Tex (CEFET RJ)/CEFET RJ/2014
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e Emprego dos Modos e
Tempos Verbais
Texto III
 
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A escrita e a oralidade em tempos de novas tecnologias da comunicação
 
Contar histórias sempre foi uma tradição de todos os povos — dos mais primitivos aos mais sofisticados.
Com essas histórias evocam-se lembranças, exercita-se e revitaliza-se a memória de pessoas e,
principalmente, a coletiva. A diferença entre os povos primitivos e sofisticados não é a importância e o
prazer de contar e narrar histórias, mas o modo como essas são registradas. Grandes poetas épicos
como Horário, Virgílio, Camões, entre outros, tinham a função de coletar essas histórias e registrá-las
para preservar a memória e o período histórico de seu povo e sua nação.
 
O homem sempre contou histórias, antes mesmo de poder escrevê-las, porém o confronto entre a
cultura oral e a cultura escrita nunca deixou de existir, principalmente devido à visão preconceituosa da
sociedade “letrada”, tanto que à época da colonização toda a produção cultural dos povos ameríndios e,
posteriormente, a dos povos africanos foram desprezadas. Uma rápida análise da história da humanidade
deixa clara a importância do registro escrito na história dos povos e em suas relações. [...]
 
A memória coletiva perpassa pelas histórias orais, que também podem ser produzidas no campo do
poder, a partir de interesses pessoais e familiares. O filme de 2003, dirigido por Eliane Caffé, Narradores
de Javé, nos mostra isso. Na possibilidade de ser submerso o pequeno vilarejo de Javé pelas águas de
uma represa, os seus moradores se organizam para tentar salvá-lo. A salvação seria construir, já que não
tinham, um patrimônio histórico, que são as narrativas orais de cada morador a respeito das origens
históricas do vilarejo. [...]
 
GARCEZ, F. F. A escrita e a oralidade em tempos de novas tecnologias da
comunicação. Língua Portuguesa, n. 45. São Paulo: Escala. Adaptado.
 
O verbo perpassar no trecho “A memória coletiva perpassa pelas histórias orais” tem o sentido de
a) reconhecer
b) roçar de leve
230) 
c) fazer correr
d) passar ao longo de
e) decorrer
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CESGRANRIO - Aux (CEFET RJ)/CEFET RJ/Administração/2014
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Texto I
 
Febre de liquidação
 
Passo em frente da vitrine. Observo um paletó quadriculado, uma calça preta e duas camisas polo,
devidamente acompanhados de um cartaz discreto anunciando a “remarcação”. Fujo apressadamente
pelos labirintos do shopping. Tarde demais, fui fisgado. Mal atinjo as escadas rolantes, inicio o caminho
de volta. O coração badala como um sino. A respiração ofegante. São os primeiros sintomas da febre por
liquidação, que me ataca cada vez que vejo uma vitrine com promessas sedutoras.
 
Atravesso as portas da loja, farejo em torno, com o mesmo entusiasmo de um leão vendo criancinhas em
um safári. No primeiro momento, tenho a impressão de que entrei numa estação de metrô. A febre já
atingiu a multidão. Os vendedores, cercados, parecem astros da Globo envoltos pelos fãs. Dou duas
cotoveladas em um dos rapazes com ar de executivos e peço o tal paletó. O funcionário explica que só
tem determinado número. Minto:
 
— Acho que é o meu.
 
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Ele me observa, incrédulo. É dois algarismos menor, mas quem sabe? Acho que emagreci 100 gramas na
última semana. Experimento. Não fecha.
 
Respiro fundo e abotoo. Assim devem ter se sentido as mulheres com espartilho. Gemo, quase sem voz:
 
— Está um pouquinho apertado.
 
— É o maior que temos — diz, cruel.
 
Decido. Vou levar, apesar da barriga encolhida.
 
O vendedor arregala os olhos. Explico:
 
— Estou fazendo regime. No ano que vem vai caber direitinho.
 
De qualquer maneira, só poderia usá-lo no próximo inverno. É de lã pesada, e está fazendo o maior calor.
Só de experimentar fiquei suando. [...]
 
Concordo que fui precipitado em comprar uma roupa para quando estiver magro, só para aproveitar o
preço. Meu regime dura oito anos, sem resultados visíveis.
 
Desabafo com uma amiga naturalista, que vive apregoando um modo de vida mais simples, sem muitas
posses. Ela me aconselha: Não compre mais nada. Resista. Aprendi muito quando passei a viver apenas
com o necessário.

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