Buscar

Arritmias

Prévia do material em texto

Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Arritmia + comum; 
 Fatores de risco: cardiopatia 
hipertensiva/reumática; ↑ idade; tireotoxicose; 
 HAS → ventrículo E precisa bombear contra uma 
resistência vascular elevada → esforço excessivo 
do VE → falência de VE → sobrecarga do AE; 
 Estenose da valva mitral → valva tem dificuldade 
em abrir → AE não consegue bombear totalmente 
o sangue para VE → sobrecarga do AE; 
 Perda do caminho fisiológico (nodo sinusal → nodo 
atrioventricular) → circuitos de reentrada no átrio 
→ ritmo irregular; 
 Álcool → pode ser fator desencadeante; 
 
Critérios diagnósticos 
 Ausência de onda P; 
 Irregularidade dos intervalos RR; 
Classificação 
 Paroxística: cessa em até 7d sem tratamento; 
 Persistente: duração >7d; 
 
Clínica 
 Assintomática em 25%; 
 Palpitação, fadiga, dispneia, intolerância aos 
esforços, lipotimia; 
 Exame físico: pulso irregular / ausência de B4; 
 
Complicação 
 Sangue que deveria ir para VE, fica “parado” no 
átrio e coagula → Doença tromboembólica → 
AVE isquêmico; embolia arterial periférica; 
o Pulso arrítmico + dor abdominal intensa → 
embolia mesentérica; 
o Pulso arrítmico + déficit neurológico focal → 
AVCi; 
Tratamento 
1º Controle do ritmo 
 Indicações cardioversão: 
o Instabilidade hemodinâmica → hipotensão, sinais 
de choque, dor torácica isquêmica, IC aguda; 
o FA recém-diagnosticada (<1 ano) e sintomática 
→ principalmente <60 anos; 
 Cardioversão: 
o Elétrica → PREFERENCIAL → 120 a 200 J → 
choque sincronizado com a onda R; 
o Farmacológica → ALTERNATIVA → 
amiodarona IV, propafenona VO; 
Risco de trombo 
 FA <48h duração ou instável → cardioverter SEM 
anticoagular; 
 FA ≥ 48h: 
o Anticoagular por 3 semana antes da cardioversão; 
OU 
o Excluir presença de trombo com ECO-TE; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Após cardioversão: anticoagular mais 4 semanas e 
manter por tempo indefinido se ↑ risco pelo escore 
CHA2DS2VASC; 
PACIENTE INSTÁVEL → CARDIOVERSÃO!!!!! 
2º Avaliar anticoagulação 
CHA2DS2VASc 
C Insuficiência cardíaca 1 ponto 
H Hipertensão 1 ponto 
A Idade ≥ 75 anos 2 pontos 
D Diabetes 1 ponto 
 
S 
AVE (“stroke”) / AIT / 
tromboembolismo 
 
2 pontos 
V Doença vascular → IAM; Doença 
arterial; placa aórtica 
1 ponto 
A Idade 65-74 anos 1 ponto 
S Sexo feminino 1 ponto 
ANTICOAGULAR → ≥ 2 (H) ou ≥ 3 (M) 
 
 Anticoagulação: 
o NOAC → rivaroxabana, apixabana, dabigratana; 
o Warfarin → FA valva; ClCr <30 → manter INR 
2-3; 
Valva metálica → TEM que anticoagular!!! 
3º Controle da FC 
 Indicações: evitar sintomas e evolução para 
taquicardiomiopatia; 
 Inibidores do nodo AV: 
o β-bloqueadores → metoprolol, atenolol, esmolol, 
propranolol; 
o Antagonistas dos canais de cálcio → verapamil; 
diltiazem; 
o Digoxina → 2ª linha; 
 Tto farmacológico refratário → ablação de novo 
AV + MP definitivo; 
Critérios diagnósticos 
 Ondas F em dente de serra → 300 bpm; 
 FC em torno de 150 bpm; 
 RR regular / QRS estreito; 
 
 
Clínica 
 Maioria sintomática → palpitações, tontura; 
cansaço, dispneia, angina; 
 Geralmente transitório → reversão espontânea ou 
para FA; 
 Predispõe TROMBOEMBOLISMO; 
Tratamento 
 Controle do ritmo: 
o Sintomas agudos / instabilidade: cardioversão 
elétrica → 50 a 100 J; 
o Se refratário → ablação por radiofrequência; 
 Controle FC: 
o Β-bloqueadores; BCC; 
Critérios diagnóstico 
 Onda P sinusal; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 FC entre 100-180 bpm → se RR <3 quadrados → 
TAQUICARDIA; 
Etiologias 
 Resposta fisiológica a exercícios; estresse 
emocional; 
 Febre, desidratação, anemia, tireotoxicose; ICC; 
IAM; 
Tratamento 
 Tratar condições de base; 
 
Critérios diagnósticos 
 Onda P NÃO sinusal → negativa; bifásica; 
 QRS estreito; 
 FC entre 100-250 bpm; 
 
Taquicardia atrial multifocal 
 ≥ 3 morfologias de onda P na mesma derivação; 
 Principal etiologia: DPOC descompensada; 
 Tratamento: corrigir doença de base; Verapamil 
ou metoprolol; 
 Mecanismo de reentrada nodal (70%); OU 
 Reentrada via acessória anômala (30%) → onda P’ 
depois do QRS (onda de despolarização atrial 
retrógrada); 
Critérios diagnósticos 
 Ausência de onda P; 
 QRS estreito; 
 Intervalo RR regular; 
Figura 1 - Via acessória → onda P'. 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
Clínica 
 Predomínio em mulheres jovens; 
 Palpitações, tontura, dispneia → início e término 
súbitos (“paroxismos”) 
Tratamento 
 Instabilidade hemodinâmica → cardioversão 
elétrica (50 a 100 J); pode usar fármacos também, 
é “flex”; 
 Estável: 
1. Manobra vagal → compressão do seio carotídeo; 
manobra de valsalva; 
2. Adenosina, 6 mg IV em bolus → repetir 12mg se 
não reverter; 
3. Verapamil / Diltiazem OU β-bloq; 
 
 Presença de via acessória congênita (condução 
anterógrada) + predisposição à taquicardia; 
 ECG → padrão de “pré-excitação ventricular” 
→ PR curto e onda delta; 
Figura 2- PR encurtado (azul), QRS alargado por onda delta 
(vermelho). 
 
 Arritmia mais comum: TSVP por via acessória; 
 Terapia profilática: ablação por radiofrequência; 
 
 
 Ritmo taquicárdico originado do ventrículo; 
 ECG: QRS alargado (>120ms) e sem onda P; 
 Risco de fibrilação ventricular!! 
Tipos 
 Sustentado: >30s OU instável; 
 Monomórfica: QRS iguais; 
 Polimórfica: QRS diferentes; 
o Torsades de Pointes: QRS oscila em amplitude e 
polaridade; 
 Ritmo de base: QT longo; 
Fatores de risco para alongamento do intervalo QT 
Antiarrítmicos; hipo K/Ca/Mg; azitromicina; 
quinolonas; antidepressivos; antipsicóticos; BAVT; 
Figura 3 - Monomórfico. 
Figura 4 - Polimórfica. 
Figura 5 - Torsades de Pointes. 
Figura 6- Fibrilação ventricular. 
Tratmento 
 Instabilidade hemodinâmica → cardioversão 
elétrica (100-200J); 
 Estável: 
1. Amiodarona ou Procainamida IV; 
2. Tratar causa de base → IAM; ICC; suspender 
medicamentos; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
3. Terapia crônica → β-bloq + cardiodesfibrilador 
implantável se causa irreversível; 
 Torsades de Pointes → Sulfato de magnésio, 1-2g 
IV; 
DIAGNÓSTICO DE ARRITMIAS 
Existe taquicardia se RR <3 quadrados 
Existe onda P → é atrial ou sinusal 
Existe onda F → é flutter atrial 
QRS alargado → é VENTRICULAR!! 
QRS estreito → Flutter, taqui atrial ou 
supraventricular paroxística 
R-R regular → taquicardia supraventricular 
paroxística ou flutter 
R-R irregular → fibrilação atrial 
 
 FC <50-60 bpm; 
 Onda P positiva em DII e seguida de QRS; 
 Intervalo PR entre 120-200 ms; 
 Etiologias: vagotonia; uso de drogas 
bradicardizantes; 
 Tratamento → APENAS SINTOMÁTICOS!!! 
o Atropina 1 mg a cada 3-5min (máx 3 mg); 
o Não respondeu à atropina? 
Adrenalina/dopamina ou marca-passo; 
1º grau → não chega a bloquear completamento; 
2º grau → bloqueia às vezes; 
3º grau → SEMPRE bloqueia; 
Supra-hissiano 
 Benigno; 
 Acima do feixe de His → inervação parassimpática 
→ responde à Atropina; 
 BAV 1º grau; 
 BAV 2º grau Mobitz I; 
 
 
Figura 7 - BAV 1º grau. 
Figura 8 - BAV 2 grau - Mobitz I. 
Infra-hissiano 
 Maligno; 
 Abaixo do feixe de His → NÃO responde à 
atropina; 
 BAV 2º grau Mobtiz II → onda P com 2 corcovas, 
independente das 2 para cima, 1 pra cima e 1 pra 
baixo; 
 BAV 3º grau (BAVT) → Raminho inicial de QRS 
negativo!!! 
Figura 9 - BAV 2º grau - Mobitz II. 
Figura 10 - BAV 3º grau - Raminho inicial de QRS negativo!!! 
Tratamento 
 Supra-hissiano: 
o Atropina 1 mg a cada 3-5min (máx 3 mg); 
o Não respondeu à atropina? 
Adrenalina/dopamina ou marca-passo; 
 Infra-hissiano: 
o Marca-passo: 
 Provisório (transcutâneo/transvenoso); 
 Definitivo;

Continue navegando