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1 [URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA] – CRISE ASMÁTICA| ANNA CLARA FARIA Crise asmática DEFINIÇÃO Quadro clínico: dispneia, tosse, sibilância, sensação de opressão torácica e diminuição da função pulmonar. Fator desencadeante: exposição a aeroalérgenos e/ou infecções virais. Pcte asmático sem tratamento adequado. CONDUTA 1. Avaliação e classificação da gravidade da crise 2. Tratamento precoce da crise 3. Identificação do asmático de risco 4. Encaminhamento para atendimento especializado após a alta ASMÁTICO DE RISCO • Internação prévia com necessidade de CTI e ventilação mecânica • 3 ou + visitas a emergência ou 2 ou + hospitalizações no último ano por crise • Uso frequente de corticoide sistêmico • Uso de 2 ou + frascos de beta 2 agonistas de ação rápida ao mês • Presença de comorbidades • Baixa adesão a tratamentos prévios AVALIAÇÃO INICIAL ANAMNESE História prévia de asma, medicações de controle para asma, investigar quadros de infecção respiratória atual, tratamentos já realizados antes de chegar ao serviço EXAME FÍSICO Avaliar intensidade da dispneia, tiragens intercostais, subdiafragmáticas ou de fúrcula esternal, sinais vitais como FR e FC, presença de sibilos, dificuldade para falar, cianose, nível de consciência, saturação de O2 em AA CRISE LEVE/MODERADA Paciente não tem alteração do estado geral e nem do nível de consciência, dificuldade respiratória leve, tiragens intercostais leves, FR aumentada, sibilos localizados. Em lactentes a tosse pode ser importante sintoma, dificultando a alimentação CRISE GRAVE Pcte com sinais mais graves de desconforto respiratório, com taquidispneia, tiragens intercostais, 2 [URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA] – CRISE ASMÁTICA| ANNA CLARA FARIA de fúrcula e/ou esternocleidomastoideas, FC e FR aumentadas. ABCDE A—OXIGENOTERAPIA: - Manter SpO02 maior ou igual a 94-95%. B—BRONCODILATADOR DE CURTA DURAÇÃO: - Realizar por via inalatória, a cada 20 minutos na primeira hora. - Depois a cada 1-4 horas, de acordo com a necessidade. • Salbutamol (aerolin) spray: 2-6 jatos para menores ou igual a 5 anos; 4-10 jatos se maiores de 6 anos. • Fenoterol (berotec) 5mg/ml: 1 gota/2-3kg a cada 20 min. Dose máxima 10 gotas. Diluir em 3ml de SF0,9% (nunca em ABD), fluxo de 6-8l de oxigênio. - Ambos apresentam a mesma eficácia, entretanto, o fenoterol é mais tóxico por ser menos seletivo. C—BROMETO DE IPRATRÓPIO (ATROVENT): - Pode ser utilizado nas exarcebações moderadas/graves, a cada 20 minutos SOMENTE na primeira hora. - Deve ser administrado associado ao beta agonista de curta duração, por via inalatória. • Menores que 12 anos: 0,25mg (1ml=20 gotas) a cada 20 min, por 2-3 doses. • Maiores que 12 anos: 0,5mg (2ml=40gotas) a cada 20min, por 2-3 doses. • Crianças com menos de 10 kg: 0,125mg (0,5ml) a cada 20min, por 3 doses. • Crianças com mais que 10kg: 0,250mg (1ml) a cada 20 min, por 3 does. D—CORTICÓIDE SISTÊMICO: - Indicado na crise moderada ou grave e em pacientes que não respondem à terapia inicial com B2. - Há equivalência quando administrado VO, EV ou IM. - Deve ser mantido por 5 dias. • Prednisolona ou prednisona: 1-2mg/kg/dia, VO. • Hidrocortisona: 2-4mg/kg/dose a cada 4- 6horas, EV. E—SULFATO DE MAGNÉSIO, B2 AGONISTA ENDOVENOSO, AMINOFILINA: - Sulfato é a primeira opção para quando o paciente não responde. - Os demais são usados na UTI em pacientes que não respondem.
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