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Borreliose de Lyme simile uma doença emergente

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Recebido em 14.09.2004.
Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 25.02.2005.
* Trabalho realizado no Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Departamento de
Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Faculdade de Medicina da USP, com apoio do CNPq.
1 Livre Docente; Post Doctor - Medical and Veterinary Entomology University of Florida USA; Professor Titular de Doenças Parasitárias -Departamento 
de Epidemiologia e Saúde Pública - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (RJ).
2 Doutor em Ciências Veterinárias - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Professor Adjunto IV de Microbiologia -Departamento de 
Microbiologia do Instituto Biomédico da UFF (RJ).
3 Mestre em Dermatologia - Universidade Federal Fluminense; Professor Assistente de Dermatologia - Departamento de Medicina Clínica da Fac. de 
Medicina da UFF (RJ).
4 Mestre em Ciências Veterinárias - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Doutoranda em Ciências Veterinárias - Universidade Federal Rural do 
Rio de Janeiro (RJ).
5 Livre Docente; Post Doctor - Tufts School Of Medicine, TSM, USA; Professor Associado de Reumatologia - Faculdade de Medicina da USP São Paulo (SP).
©2005 by Anais Brasileiros de Dermatologia
Borreliose de Lyme simile: uma doença emergente
e relevante para a dermatologia no Brasil*
Lyme borreliosis simile: an emergent and
relevant disease to dermatology in Brazil*
Adivaldo Henrique da Fonseca1 Roberto de Souza Salles2 Simone de Abreu Neves Salles3
Renata Cunha Madureira4 Natalino Hajime Yoshinari5
Resumo: Neste trabalho de revisão são apresentadas doenças relacionadas com espiroquetas
do gênero Borrelia, agentes etiológicos de diferentes enfermidades comuns ao homem e a
animais. Enfatizou-se a Borrelia burgdorferi lato sensu, que inclui diferentes espécies cau-
sadoras de doenças e com envolvimento sistêmico, com interesse em várias especialidades
médicas, como dermatologia, reumatologia, cardiologia e neurologia. Considerando que exis-
tem diferenças quanto ao agente etiológico, além dos aspectos clínicos e laboratoriais, quan-
do comparada com a borreliose de Lyme causada pelas Borrelia burgdorferi, B. garinii e B.
afzelli, a infecção no Brasil deve ser referida como borreliose de Lyme simile. O eritema
migratório recidivante é a principal manifestação clínica da borreliose existente tanto no
Brasil como nos demais países. Essa lesão clássica está relacionada com a picada do carrapa-
to vetor e inicia-se como uma mácula ou pápula cutânea avermelhada, de caráter expansivo,
eventualmente surgem lesões semelhantes múltiplas a distância. A manifestação clínica da
enfermidade, em especial o envolvimento cutâneo, é o parâmetro diagnóstico mais relevante,
e os exames complementares sorológicos confirmam a suspeita clínica.
Palavras-chave: Borrelia; Doença de Lyme; Eritema migratório.
Abstract: This review article presents diseases related to spirochetes of the genus Borrelia,
which are the etiological agents of many human and animal diseases. Focus was given to the
Borrelia burgdorferi sensu lato complex, including nine different species that cause diseases
often with multisystemic involvement and raising interest to many medical specialties, such
as Dermatology, Rheumatology, Cardiology and Neurology. Due to differences concerning the
etiologic agent, clinical and laboratorial presentations, when comparing with B. burgdorferi,
B. garinii and B. afzelli, the infection must be referred as Lyme disease-like illness in Brazil.
The recurrent erythema migrans is the main clinical manifestation of borreliosis observed in
Brazil and in other countries. The classical reddish macular or papular skin lesion shows
expanding features and is tick bite related; additionally, multiple secondary similar lesions
may appear far from the original site. The clinical presentation of the disease, mainly skin
manifestation, is the main diagnostic parameter, while serologic exams only confirm the
clinical suspicion.
Keywords: Borrelia; Lyme disease; Erythema migrans.
An Bras Dermatol. 2005;80(2):171-8.
Artigo de Revisão
171
RevistaN2V80.qxd 06.05.05 11:56 Page 171
172 Fonseca AH, Salles RS, Salles SAN, Madureira RC, Yoshinari NH.
An Bras Dermatol. 2005;80(2):171-8.
INTRODUÇÃO
Muitas enfermidades transmitidas por carrapa-
tos, a exemplo da borreliose de Lyme e borreliose de
Lyme simile, podem acometer animais silvestres e
domésticos, e seres humanos. A intensa atividade
agropecuária no Brasil, o convívio do homem com
animais domésticos e a valorização de atividades ao ar
livre favorecem a disseminação de agentes infecciosos
transmitidos por carrapatos, propiciando o surgimen-
to e ressurgimento de diferentes agentes etiológicos.1 
O complexo Borrelia burgdorferi lato sensu
inclui grupo com grande número de agentes infeccio-
sos causadores de doenças capazes de comprometer
vários órgãos, razão pela qual despertam interesse em
várias especialidades médicas, como a dermatologia,
reumatologia, cardiologia, neurologia e doenças infec-
ciosas.2-4 O espectro de apresentação clínica dessa
enfermidade difere conforme as regiões geográficas,
associando-se às características antigênicas da Borrelia
spp encontradas no local, assim como a sua interação
com o ecossistema e o vetor presente na região.2 Na
América do Norte há predomínio de manifestações
cutâneas e articulares; no continente Europeu, de
manifestações cutâneas e neurológicas; e na Ásia a sin-
tomatologia é, basicamente, cutânea.4-7 Em qualquer
situação o eritema migratório recidivante (EMR) é o
mais relevante achado, permitindo a suspeita clínica.5
As espécies patogênicas do gênero Borrelia
podem acometer mamíferos silvestres e domésticos,
seres humanos, além de aves.8,9 Como membros da
ordem Spirochaetales, família Spirochaetaceae, dis-
tinguem-se morfologicamente de Leptospira e
Treponema, por serem maiores, com maior número
de flagelos periplasmáticos e menor quantidade de
espiras.10 Membros do gênero Borrelia reproduzem -
se por fissão binária transversal, são microaerófilos e
podem ser observados ao microscópio óptico usan-
do-se a técnica de impregnação por nitrato de prata e
através da visualização em microscopia óptica de
campo escuro ou contraste de fase.11,12
As borrélias patogênicas conhecidas determi-
nam cinco grupos de enfermidades distintas: 
(a) febre recurrente epidêmica humana, causa-
da pela B. recurrentis, e febre recurrente endêmica,
com mais de 20 espécies do gênero Borrelia, até
recentemente nominadas de acordo com o carrapato
transmissor; 
(b) borreliose aviária, a qual é determinada por
uma única espécie, a B. anserina, e causa processo
anemiante febril, apatia e altas taxas de morbidade
nas aves; 
(c) borreliose bovina, causada pela B. theileri.
Essa espécie é cosmopolita e pode determinar discre-
to processo anemiante em ruminantes e eqüinos,
sendo considerada pouco patogênica; 
(d) aborto enzoótico bovino, enfermidade que
acomete bovinos e cervídeos, determinada pela B.
coriaceae;
(e) borreliose de Lyme (ou doença de Lyme) e
borreliose de Lyme simile, as quais são causadas pelo
grupo da B. burgdorferi lato sensu7 (Quadro).
Considerando as diferenças etiológicas e os
aspectos clínicos e laboratoriais, quando comparada
com a borreliose de Lyme norte-americana ou euro-
péia, a infecção no Brasil deve ser referida como bor-
reliose de Lyme simile,13 tendo sido os primeiros casos
publicados no início da década de 1990.14,15 O agente
etiológico no Brasil não foi isolado até a presente
data,13,16 e os prováveis carrapatos responsáveis pelo
ciclo silvestre pertencem aos gêneros Ixodes enquan-
to o gênero Amblyomma estaria implicado na trans-
missão a animais domésticos e seres humanos.7,13,16
O aspecto dermatológico nas borreliose Lyme e
borreliose de Lyme simile
O EMR é a principal manifestação da borreliose
de Lyme.13,17,18 A lesão de pele, embora patognomôni-
ca, não está presente em todos os pacientes, ocorren-
doem percentual que varia de 60% a 80% dos pacien-
tes portadores de B. burgdorferi stricto sensu nos
Estados Unidos da América (EUA), sendo menos fre-
qüentemente associado a B. garinii ou B. afzelii,
espécies encontradas na Europa.5,19
A lesão clássica inicia-se em média oito a nove
dias após a picada, no sítio de inoculação da Borrelia
spp. Observa-se uma mácula ou pápula avermelhada,
expandindo-se de forma centrífuga, que classicamente
atinge diâmetro superior a 5cm (Figura 1). No Brasil,
os dados disponíveis indicam que o EMR aparece em
média 30 dias após a picada do carrapato, perdurando
por período que varia de poucos dias a meses.20 O eri-
tema é geralmente uniforme em sua fase inicial, resul-
tando em uma placa avermelhada em expansão com
diferentes intensidades dessa cor, podendo surgir
uma pápula no centro, correspondendo ao local da
picada do carrapato.21 Podem ocorrer lesões edemato-
sas urticariformes, em alguns casos.18
O EMR assim constituído, consiste em lesão
avermelhada muitas vezes em forma de anel, medindo
inicialmente entre meio e dois centímetros, relaciona-
da com a picada de carrapatos. Esse eritema tende a
progredir pela expansão periférica de suas bordas
com clareamento da região central (Figura 2).22 Na
maioria das vezes assume aspecto circular, podendo
apresentar variações morfológicas, como a forma
triangular, ovalada ou alongada.5,19 O tamanho e forma
do EMR são variáveis, demonstrando crescimento cen-
trífugo e lento, embora possa expandir-se rapidamen-
te, assumindo aspecto de placa, em curto espaço de
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Borreliose de Lyme simile: uma doença emergente... 173
Doenças Agentes etiológicos Vetores Hospedeiros Distribuição 
geográfica
Febre recurrente epidêmica B. recurrentis Pediculus humanus Homem Cosmopolita
Febre recurrente endêmica Borrelia spp* Ornithodoros spp Roedores e homem Cosmopolita
Borreliose aviária B. anserina Argas spp Aves e pássaros Cosmopolita
Borreliose bovina B. theileri Boophilus spp Bovinos, ovinos Cosmopolita
e eqüinos
Aborto epizoótico bovino B. coriaceae O. coriaceus Bovinos e América do
cervídeos Norte
Borreliose de Lyme B. burgdorferi Ixodes sp Animais silvestres América do
e domésticos, Norte e Europa
e homem
B. garinii Ixodes sp Idem Europa e Ásia
B. afzelii Ixodes sp Idem Europa e Ásia
Borreliose de Lyme simile B. andersoni Ixodes sp Idem América do 
nos Estados Unidos Norte
B. lonestari Amblyomma Idem América do 
americanum Norte
B. barburi A. americanum Idem América do 
Norte
B. bissettii Ixodes sp Idem América do 
Norte
Borreliose de Lyme simile B. valaisiana Ixodes sp Idem Europa
na Europa e Ásia
B. lusitaniae Ixodes sp Idem Europa
B. turdii Ixodes sp Idem Ásia
B. tanukii Ixodes sp Idem Ásia
B miyamotoi Ixodes sp Idem Ásia
B. japonica Ixodes sp Idem Ásia
Borreliose de Lyme simile Borrelia sp Amblyomma Idem Brasil
no Brasil cajennense
QUADRO: Grupos de borrelioses: espécie(s) envolvida(s), vetor(es), hospedeiro(s) e distribuição
* São reconhecidas cerca de 25 espécies do gênero Borrelia, ainda nominadas de acordo com a espécie do carrapato do gênero
Ornithodoros transmissor.
An Bras Dermatol. 2005;80(2):171-8.
tempo. Entre oito e 14 dias após a picada do carrapa-
to a lesão pode atingir diâmetro superior a 15cm.18
Embora o EMR seja normalmente visto como
lesão solitária, múltiplas lesões podem ocorrer e sig-
nificam a disseminação do microrganismos através
dos vasos sangüíneos ou linfáticos, recebendo a
denominação de lesões anulares secundárias, porém
menos expansivas do que o EMR.18,22,23
As alterações da pele no EMR
No local da picada do carrapato pode-se obser-
var processo inflamatório dérmico com infiltrado cen-
tral constituído por macrófagos, mastócitos, neutrófi-
los, além de plasmócitos e linfócitos, usualmente com
pequeno número de eosinófilos.17,21,24
Os principais achados histopatológicos
incluem a proliferação e dilatação dos vasos sangüí-
neos, e a vasculite exibe infiltrado primário de linfó-
citos associados às células plasmáticas. Com o progre-
dir da lesão ocorrem diminuição do processo inflama-
tório e pronunciada atrofia de epiderme e derme.25,26
No estudo histopatológico de biópsias do cen-
tro das lesões do EMR, Steere et al.19 verificaram infil-
trado dérmico em forma de manguito, constituído
por linfócitos, histiócitos, células plasmáticas e mastó-
citos. Berger22 observou na derme superior e profun-
da infiltrado perivascular e intersticial composto prin-
cipalmente de linfócitos, plasmócitos e/ou eosinófi-
los. O autor observou por meio de biópsias da perife-
ria da lesão a predominância de plasmócitos e, no
centro da lesão, a predominância de eosinófilos. Em
38,23% verificou na derme superficial e profunda
infiltrados linfo-histiocitários.
Nas biópsias da pele de 31 pacientes proceden-
tes de Manaus, Melo et al.27 detectaram espongioses
em 15 pacientes (44,12%). Ao examinarem a derme,
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174 Fonseca AH, Salles RS, Salles SAN, Madureira RC, Yoshinari NH.
FIGURA 1: Eritema migratório crônico em paciente com Doença de
Lyme símile primário, contraído na região de Campinas, Estado de
São Paulo após picada de carrapato. 
FIGURA 2:
Eritema anular
recorrente em
paciente com
Doença de
Lyme símile
em estágio
secundário,
com lesões
frequente-
mente múlti-
plas em tronco
e membros.
An Bras Dermatol. 2005;80(2):171-8.
encontraram em oito pacientes (15,69%) infiltrado
constituído por linfócitos, histiócitos e eosinófilos.
Em nove pacientes (29,04%), observaram infiltrado
em torno de vasos, com disposição em manguito.
Borrelia spp. foi detectada em um caso (3,22%).27
Essas biópsias foram relevantes para confirmação
diagnóstica de EMR. 
Quando o EMR ocorre isoladamente ou acom-
panhado de sintomas discretos é considerado forma
localizada e quando apresenta múltiplos eritemas
acompanhados de sintomatologia de maior intensida-
de, é considerado EMR disseminado22 (Figura 3). A
distinção entre as duas situações é relevante, uma vez
que, nos indivíduos com a lesão localizada, usual-
mente a resposta à antibioticoterapia é favorável, ao
passo que, em pacientes com doença disseminada, o
tratamento é prolongado e necessita freqüentemente
de repetição terapêutica, com prognóstico reservado
em relação à cura definitiva.22,23
A acrodermatite crônica atrofiante2,6,18 é a forma
típica que ocorre na fase crônica da borreliose de
Lyme clássica européia. Observa-se inicialmente lesão
edematosa vermelho-azulada, em geral nos pés ou
parte baixa das pernas de pessoas idosas.2 Ocorre sig-
nificativa variação na intensidade do eritema e edema
presentes. Com a evolução, a pele no local torna-se
atrófica com aparência enrugada, deixando transpare-
cerem os vasos subcutâneos.17
Manifestações extracutâneas na borreliose de
Lyme e borreliose de Lyme simile
Na borreliose de Lyme, segundo Berger,18 os
mais freqüentes sintomas gerais extracutâneos foram:
febre (55%), cansaço (48%), desconforto musculoes-
quelético (47%) e cefaléia (38%). Dores articulares e
sintomas neurológicos também foram observados.
Manifestações gerais outras, como mal-estar, rigidez
de nuca, fotossensibilidade, conjuntivite, linfoadeno-
patias, são descritas e podem durar várias semanas ou
mais, na ausência de tratamento.28
Manifestações secundárias da borreliose de
Lyme incluem manifestações neurológicas, articulares
ou cardíacas. Semanas ou meses após o início do EMR,
podem surgir manifestações neurológicas precoces,
como meningite asséptica, neurites de pares crania-
nos, ataxia cerebelar, radiculoneurite motora ou sensi-
tiva, mielite e encefalite.29,30 Essas manifestações
podem ser recorrentes e durar meses ou tornar-se crô-
nicas.29,30 A literatura registra possibilidade de subluxa-
ções de pequenas articulações nas mãos e pés, associa-
das à neuropatia sensorial periférica.28,31,32 Distúrbios
cardíacos também podem aparecer após poucas sema-
nas do EMR, como bloqueio atrioventricular, miocardi-
te aguda ou aumento da área cardíaca.33 Artrites degrandes articulações, em especial do joelho, surgem
semanas ou meses após o estágio inicial, durando a
princípio poucos dias ou semanas, porém podem reci-
divar e evoluir para quadro reumatológico poliarticu-
lar, semelhante ao da artrite reumatóide.13,15
Aproximadamente 60% dos doentes não trata-
dos nos EUA no prazo de dois anos desenvolvem artri-
te, que costuma ser de início súbito, oligoarticular ou
monoarticular, atingindo grandes articulações, alter-
nando períodos de remissão ou atividade.3 Fadiga e
febre discretas podem acompanhar essa fase. Quando
não tratado, o quadro articular pode regredir esponta-
neamente, porém 10% dos pacientes evoluem para
artrite crônica erosiva com proliferação sinovial e não
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Borreliose de Lyme simile: uma doença emergente... 175
FIGURA 3:
Eritema
migratório
crônico em
fase cicatricial
localizado na
coxa em 
menino que
contraiu a 
borreliose de
Lyme símile no
litoral do
Estado de São
Paulo, após 
freqüentar
Mata Atlântica e 
constatar 
presença de
carrapatos nas 
vestimentas.
An Bras Dermatol. 2005;80(2):171-8.
respondem mais à antibioticoterapia.31 Antígenos de
espiroquetas, bem como estruturas semelhantes a B.
burgdorferi, podem ser demonstrados em localizações
perivasculares e sinóvia usando-se a técnica de impreg-
nação pela prata ou anticorpos monoclonais. A presen-
ça de componentes bacterianos nas articulações tem
sido demonstrada nas formas crônicas, utilizando-se a
técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR).29,34
O acometimento neurológico da borreliose de
Lyme varia clinicamente conforme a fase da doença.
Quinze por cento dos pacientes não tratados no está-
gio primário evoluíram com alterações neurológicas
central ou periférica, com potencial para produção de
seqüelas irreversíveis.9 Assim, nas fases iniciais, regis-
tram-se queixas como cefaléia, irritabilidade e distúr-
bios do sono. Geralmente, esses sintomas desapare-
cem com a remissão da doença.9,28 Em sua fase laten-
te, podem ser encontradas várias anormalidades,
sendo as mais freqüentes a neuropatia craniana, em
especial a paralisia facial, a neuropatia periférica, sen-
sitiva ou motora, e a meningite. Esta última se apre-
senta com intensa cefaléia, dor e contratura da nuca,
fotofobia, náuseas, vômitos e irritabilidade.9,28
Aproximadamente 8% dos pacientes não trata-
dos, após semanas ou meses da infecção primária,
apresentaram evolução para um quadro cardíaco,
consistindo em graus variáveis de bloqueio atrioven-
tricular.19 A lesão cardíaca é reversível e geralmente
não necessita de marca-passo. Existem alguns raros
relatados de óbitos, conseqüência de miocardite com
presença de borrélias no tecido cardíaco.35
Existem relatos da transmissão de B. burgdor-
feri lato sensu pela via transplacentária, podendo
haver complicações neonatais relacionadas com a
infecção materna durante o primeiro trimestre de
gestação.36,37
Borreliose de Lyme simile em humanos no Brasil
Em 1989, foi publicado o primeiro artigo de
revisão sobre borreliose na literatura médica brasilei-
ra, alertando a classe médica sobre a possibilidade da
existência dessa enfermidade no Brasil.38 Naquele ano
reuniu-se na Universidade de São Paulo uma equipe
multidisciplinar voltada para a investigação dessa
doença, tendo sido estruturado um laboratório espe-
cífico para o diagnóstico, objetivando a realização de
exames sorológicos e cultivo de B. burgdorferi em
meio Barbour-Stoenner-Kelly (BSK). No início da
década de 1990, casos clínicos de borreliose de Lyme
simile haviam sido registrados no Rio de Janeiro,14,39
Manaus,40,41 São Paulo42 e Mato Grosso,15,43 com mani-
festações predominantemente cutâneas. Igual situa-
ção foi observada na Argentina.44
O perfil da borreliose de Lyme simile foi carac-
terizado, com o registro da ocorrência de 30 casos
humanos, tendo sido discutidos a clínica, o diagnós-
tico sorológico, o tratamento e a epidemiologia com
o envolvimento de caninos, bovinos, animais silves-
tres e carrapatos.28
Pacientes com acometimento cutâneo e sorolo-
gia positiva que permaneceram em áreas suburbanas
ou rurais em contato com pequenos e/ou grandes ani-
mais no Estado do Rio de Janeiro apresentaram reação
sorológica positiva para B. burgdorferi, com predomí-
nio de manifestações cutâneas e alguns poucos casos
de alterações articulares e cardiovasculares.45
Estudos realizados por Yoshinari13 permitiram
concluir que no Brasil ocorre uma forma de borreliose
de Lyme com características clínicas e epidemiológicas
diferentes das observadas na Europa e América do
Norte. Manifestações cutâneas foram as mais freqüen-
tes e presentes em diferentes formas de apresentação.
Comprometimento articular, neurológico e cardíaco
em freqüências semelhantes aos observados em outros
continentes também foram relatados, chamando a
atenção o caráter recorrente da enfermidade no país.20
Borreliose de Lyme em animais
Subseqüentemente à identificação dessa doen-
ça em humanos, a borreliose de Lyme tem sido reco-
nhecida como capaz de infectar animais silvestres e
domésticos. No nordeste dos Estados Unidos, o agen-
te está amplamente disseminado em roedores e cerví-
deos,46 os quais são reservatórios naturais.47 Os ani-
mais domésticos, como caninos, eqüinos e bovinos,
comportam-se como agentes transportadores de veto-
res aos domicílios.47-50 Em contraste com a infecção
inaparente nos animais silvestres, esse agente pode
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176 Fonseca AH, Salles RS, Salles SAN, Madureira RC, Yoshinari NH.
AGRADECIMENTO
Trabalho realizado com apoio financeiro
do CNPq e FAPERJ.
An Bras Dermatol. 2005;80(2):171-8.
causar doença clínica nos animais domésticos.48,51,52
Salles et al.53 observaram que eqüinos portadores
de alta infestação por carrapatos apresentaram maior
prevalência de soropositividade nos ensaios Elisa indire-
to e Western blotting para B. burgdorferi, contrastando
com aqueles submetidos a rigoroso controle de carrapa-
tos. Segundo esses autores, a resposta humoral dos eqüi-
nos estudados apresentou bom reconhecimento antigê-
nico para B. burgdorferi cepa G39/40 em ambos os testes
utilizados, e a freqüência de soropositivos reforça a hipó-
tese da ocorrência de uma borreliose semelhante à da
borreliose de Lyme em eqüinos no Brasil.
O encontro de Borrelia sp foi registrado no
sangue periférico e urina de marsupiais.54,55 Barboza
et al.54 detectaram gambás naturalmente infectados,
após imunossupressão com ciclofosfamida. Os ani-
mais domésticos e silvestres apresentam maior risco
em adquirir o agente etiológico porque são parasita-
dos por grande número de carrapatos. Em áreas
endêmicas B. burgdorferi lato sensu tem sido encon-
trado em animais assintomáticos, os quais podem ser-
vir de reservatório para o homem.33 Considerando
ainda o potencial da transmissão do agente etiológico
pela urina do hospedeiro, a borreliose de Lyme deve
ser considerada sério problema de saúde pública.7
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico de Borrelia spp pode ser feito por
meio de esfregaços de sangue periférico, principal-
mente quando a espiroquetemia é elevada.8,10
Esfregaços podem ser realizados a partir de fragmentos
de tecidos do carrapato como intestino, glândula sali-
var e hemolinfa, corados pelo Giemsa, como foi origi-
nalmente descoberto B. burgdorferi.56,57 Essa técnica
tem sido muito utilizada no estudo de B. anserina e B.
theileri nos carrapatos e hospedeiros vertebrados.10,58
O encontro do EMR é relevante como marcador
clínico cutâneo da borreliose. O exame histopatológi-
co da biópsia de pele ou o cultivo em meio BSK na
busca do agente etiológico constituem-se em impor-
tantes ferramentas para o diagnóstico, tanto específi-
co como diferencial.27
Os métodos sorológicos têm sido amplamente
utilizados para pesquisa de anticorpos anti-IgG e anti-
IgM em humanos e animais nas áreas de risco ou
enzoótica para borrelioses, servindo como suporte
tanto na confirmação de casos clínicos, como para
traçar o perfil epidemiológico dessa enfermidade.13No Brasil o teste de Elisa indireto para detecção
de Ig G anti-B. burgdorferi já foi padronizado para
bovinos,59 caninos60 e eqüinos,53 utilizando-se antígeno
sonicado total de B. burgdorferi stricto sensu cepa
G39/40. Estudos sorológicos foram realizados median-
te esse ensaio, sendo estimada em 72,51% a freqüên-
cia para anticorpos da classe IgG anti-B.burgdorferi
em bovinos assintomáticos da Região Sudeste,61 20%
em caninos da baixada fluminense60 e 9,80% de eqüi-
nos no Estado do Rio de Janeiro.53
O encontro e o cultivo do agente etiológico
proporcionam o diagnóstico definitivo.12 Até o pre-
sente momento não foi possível o cultivo do microor-
ganismo do gênero Borrelia responsável pela borre-
liose de Lyme simile em mamíferos ou carrapatos no
Brasil.13,16,34 Entretanto, os resultados das pesquisas
realizadas mostraram a existência de um agente pato-
gênico relacionado com carrapatos e que é capaz de
estimular o sistema imune do hospedeiro a produzir
anticorpos contra a cepa americana G39/40 de B.
burgdorferi stricto sensu.16,59,62,63
Para estabelecer padrão epidemiológico, o
Center for Disease Control (CDC, Atlanta, EUA) esta-
beleceu os seguintes critérios diagnósticos: 
1) em área endêmica, considera-se borreliose
de Lyme se, após exposição a carrapatos, o paciente
apresentar EMR ou, em sua ausência, ocorrer registro
de doença cardiovascular, do sistema nervoso ou
musculoesquelético; 
2) em áreas consideradas de risco por possuírem
reservatórios e vetores, consideram-se indivíduos com
borreliose de Lyme se desenvolverem EMR com sorolo-
gia positiva pelo Western blotting (presença de duas
bandas de IgM ou quatro bandas para IgG ou a conco-
mitância de uma banda de IgM com duas de IgG).
O diagnóstico clínico de EMR deve ser confirma-
do por exames sorológicos e histopatológicos, bem
como pelo cultivo em meio específico. Os pacientes
usualmente demonstram positividade à pesquisa de
anticorpos pelas técnicas de Elisa e Western Blotting,
porém a interpretação deve ser cuidadosa, devido à
existência de sorologias falso-positivas, com outras
doenças infecciosas ou doenças autoimunes.44 A inter-
pretação dos testes sorológicos deve ser cautelosa, pois
há riscos de falso-negativos e positivos, por exemplo,
doentes que recebem tratamento precoce podem apre-
sentar sorologia negativa.7,62,64 A sensibilidade dessas
provas é baixa na fase aguda, eleva-se após semanas de
enfermidade, e tende a reaparecer nas reagudizações
ou reinfecções. Tem-se verificado que uma parcela de
pacientes com doença crônica pode permanecer com
sorologia negativa.13,62 A especificidade dos testes soro-
lógicos é baixa, pois apresenta reatividade cruzada com
sífilis, leishmaniose visceral, doença reumatóide, mono-
nucleose infecciosa, endocardite bacteriana subaguda,
esclerodermia e lúpus eritematoso sistêmico.62 �
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