Buscar

Hanseníase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Hanseníase 1
📄
Hanseníase
Também conhecida como mal de Hansen- MH (lepra, leprosy, lèpre), é uma 
doença infecciosa crônica, granulomatosa, causada pelo Mycobacterium 
leprae. 
Esta é uma doença que afeta a pele, o sistema nervoso periférico e, 
ocasionalmente, outros órgãos e sistemas. A maioria dos indivíduos oferece 
resistência ao M. leprae, não desenvolvendo a doença após o contato.
Ainda que o termo lepra (leprosy) seja adotado na maioria dos países, no 
Brasil, pelo seu teor estigmatizante, foi substituído por hanseníase.
Etiologia
O Mycobacterium leprae é um bacilo Gram-positivo e álcool-acidorresistente 
BAAR. Foi descrito por Armauer Hansen, em Bergen, na Noruega, em 1873.
A sua coloração é obtida pelo método de Ziehl-Neelsen, por meio desse 
método se identifica os bacilos de Hansen como aqueles que se coram 
uniformemente em vermelho, quando estiverem íntegros ou viáveis.
*Coloração de Ziehl-Neelsen. Bacilos álcool-acidorresistentes, isolados, agrupados e em 
globias. Bastonetes corados uniformemente correspondem a bacilos íntegros (viáveis); já as 
falhas de coloração no corpo bacilar estão relacionadas a bacilos fragmentados ou 
granulosos (inviáveis).
Hanseníase 2
Os bacilos de Hansen são vistos isoladamente ou em aglomerados 
chamados globias no citoplasma dos macrófagos (células de Virchow). 
Nas globias, os bacilos estão unidos entre si por uma substância 
chamada gléia. A formação de globias é exclusiva da hanseníase virchowiana, 
não sendo observada, por exemplo, na tuberculose ou em micobacterioses 
atípicas.
O contágio ocorre principalmente de indivíduo para indivíduo. As vias de 
eliminação dos bacilos são especialmente as aéreas superiores e as áreas da 
pele e/ou mucosas erosadas. Os bacilos também podem ser eliminados na 
urina, nas fezes, no suor, no leite materno, nas
secreções vaginais e no esperma.
*Coloração Kinyoun de biópsia de pele, 
mostrando Mycobacterium leprae.
*Coloração de Ziehl-Neelsen 
Mycobacterium leprae)
Hanseníase 3
Epidemiologia
É uma doença que atinge pessoas de todas as idades, sendo menos 
frequentes em crianças e sem predileção por gênero. Tem como fator de risco 
os conglomerados habitacionais, por ser uma doença respiratória. Assim, 
pessoas em condições socioeconômicas desfavoráveis fazem parte do 
grupo de risco. Não há evidências de que fatores raciais influenciem. Há um 
predomínio da forma lepromatosa (virchowiana) nos homens, e isso pode ter 
alguma relação com fatores hormonais
O maior risco está relacionado à convivência domiciliar com 
doente bacilífero sem tratamento. Quanto mais íntimo e 
prolongado for o contato, maior será a possibilidade de 
adquirir a infecção
Brasil é o segundo país em número de casos no mundo. 
Doença de notificação compulsória e com tratamento garantido pelo SUS.
Hanseníase 4
Classificações da hanseníase
No Congresso de Madri, em 1953, a hanseníase passou a ser dividida em dois 
tipos polares:
� Estáveis sob o aspecto imunológico (tuberculoide e lepromatoso).
� Grupos instáveis (indeterminado e dimorfo ou borderline).
A Organização Mundial da Saúde OMS propôs, em 1985, uma classificação 
simples e fundamental para fins operacionais do controle da endemia e para a 
utilização dos medicamentos e esquemas terapêuticos. Nela, os doentes são 
divididos em:
� Paucibacilares PB – doentes com baciloscopia negativa, abrangendo 
todos os tuberculoides e
indeterminados; até 5 lesões.
� Multibacilares MB – com baciloscopia positiva, dos quais fazem parte 
todos os lepromatosos ou virchowianos e dimorfos; mais de 5 lesões.
Hanseníase indeterminada
É considerada a forma inicial da doença e, após um certo tempo, evolui para 
outra forma clínica ou para a cura. Na evolução apresenta estabilidade, 
regressão em até 40% dos casos ou evolução para outras formas.
As máculas podem ser hipocrômicas ou eritêmato-hipocrômicas com eritema 
marginal, de pequeno número e qualquer local, com presença de alteração da 
*Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase por 100 mil habitantes segundo 
região de residência. Brasil, 2012 a 2021
Hanseníase 5
sensibilidade ou apenas áreas de diminuição da sensibilidade na pele, tendo 
frequentemente apenas a alteração da sensibilidade da temperatura. Há o 
comprometimento de apenas ramos pequenos de nervos cutâneos.
� Teste de Mitsuda: positivo ou negativo
� Baciloscopia: negativa
Histopatologia
Há infiltrado perianexial inespecífico ou pequeno infiltrado de células 
mononucleares em torno de filetes nervosos, invadindo-os e, muitas vezes, 
delaminando-os. Em algumas ocasiões, é possível observar bacilos em 
pequeno número no interior desses filetes
*Hanseníase indeterminada. Máculas 
hipocrômicas, mal delimitadas. *Hanseníase indeterminada. Prova da 
histamina. Tríplice reação de Lewis (eritema 
primário,
eritema secundário e pápula urticariforme) 
na pele normal; na mancha, prova 
incompleta (falta o eritema secundário) – 
primeira manifestação da ramusculite 
neural cutânea pelo BH.
Hanseníase 6
Hanseníase tuberculoide
A hanseníase tuberculoide se caracteriza pela forma clínica onde há a 
contenção da multiplicação bacilar, dentro do espectro da doença. 
Caracteriza-se por placas bem delimitadas, cor róseo-eritematosa, ou 
eritêmato-acastanhada, contornos regulares ou irregulares formando lesões 
circulares, anulares, circinadas ou geográficas. São, em geral, únicas ou em 
pequeno número com distribuição assimétrica. Limites externos sempre 
nítidos e bem definidos. 
De forma geral, as lesões não passam de 10 cm de diâmetro, contudo o dano 
neural ocorre de forma rápida, intensa, precoce e assimétrica. Às vezes, 
existem espessamentos neurais cutâneo-superficiais. Leva para mudanças 
de hipoestesia e anestesia em superfície com pele seca, quase sem pelo ou 
sem pelos. Perto das lesões cutâneas há envolvimento dos troncos nervosos, 
tendo maior predileção pelos nervos cubital, mediano, radial, tibial posterior, 
auricular e supraorbitário. 
� Teste de Mitsuda: fortemente positivo
� Baciloscopia: negativa
Hanseníase 7
Pequenos nervos espessados parecem emergir das placas e constituem o 
que se denomina “lesões tuberculoides em raqueteˮ
Manifestação neural sem presença da manifestação cutânea → forma 
tuberculoide neural pura. 
Histopatologia
*Hanseníase tuberculoide. Placa 
eritematopapulosa, circinada e bem 
delimitada e nódulo na anti-hélice da 
orelha.
*Hanseníase tuberculoide com lesão em
forma de raquete de tênis. Intenso 
espessamento de ramos cutâneos 
superficiais do nervo sural emergindo da 
placa eritematopapulosa bem delimitada
*Lesões cutâneas formadas por máculas 
hipopigmentadas com parestesia 
sobrejacente decorrente de lesão neural.
*Hanseníase tuberculoide. Placa bem‐
delimitada por pápulas eritematosas e 
centro hipocrômico.
Hanseníase 8
Há presença de granuloma com halo linfocitário e de forma bem definida, 
podendo invadir até a epiderme e comprometer os nervos e anexos cutâneos, 
à exemplo das glândulas sudoríparas e do aparelho pilo sebáceo.
Hanseníase dimorfa (borderline) 
Esta forma está caracterizada por instabilidade imunológica, se apresenta 
entre os polos tuberculoide e virchowiano. Compreende a maior parte dos 
pacientes com hanseníase, geralmente em pacientes com estado imunitário 
instável.
 Dentro da multiplicidade de aspectos das lesões cutâneas, podemos observar 
desde máculas, eritematosas, em pele clara, a hipocrômicas, em pele escura, 
que assume, por vezes, tonalidade acobreada, sendo comum também a 
presença de pápulas, tubérculos, nódulos e placas. À proximidade ao polo 
*Hanseníase tuberculoide. Granuloma 
epitelioide, bem organizado com halo 
periférico denso composto principalmente 
por linfócitos.
*Hanseníase tuberculoide. Granuloma 
epitelioide com célula gigante 
multinucleada de tipo Langhans (seta).
Hanseníase 9
tuberculoide observa-se lesões mais delimitadas, anestésicas e de superfície 
seca, a pesquisa aponta raridade ou ausência debacilos. Por outro lado, à 
proximidade ao polo virchowiano podemos observar lesões mais numerosas, 
brilhantes, com menor definição de limites, cuja perda de sensibilidade não é 
tão intensa, e a pesquisa mostra presença de maior número de bacilos.
Na forma boderline, as lesões podem ter alguns aspectos como: anulares, 
circulares ou foveolares. 
Anulares → presença de um anel eritemacobreado de forma mais delimitada e 
com diminuição da sensibilidade. 
Foveolares → lesões de queijo suíço, tem presença de placas eritematosas 
com limites mal definidos e um eritema que vai clareando, de forma gradativa, 
para a direção externa, criando um contraste com a parte interna.
Nessa forma clínica são relevantes, também, a frequência e gravidade dos 
danos neurais, responsáveis por incapacidades e deformidades na 
hanseníase.
� Teste de Mitsuda: geralmente, negativo
� Baciloscopia: positiva
MH dimorfa ou borderline. Pápulas ou papulonódulos, placas bem ou mal delimitadas 
externamente, centro das lesões mais deprimido (lesões foveolares), róseo-eritematosos, 
disseminados no tegumento
Hanseníase 10
Histopatologia
À microscopia temos lesões com aspecto histológico intermediário entre os 
polos TT e VV, em geral apresentam granulomas mais frouxos, extensos e 
confluentes com a presença de bacilos em quantidades variáveis nas 
terminações nervosas e nas células epitelioides.
*Hanseníase dimorfa – tuberculoide. Placa eritemato‐endurada, foveolar, bordas internas e 
externas nítidas.
*A, Hanseníase dimorfa. Placas e pápulas 
eritemato‐edematosas bem delimitadas. 
B, Hanseníase dimorfa‐virchowiana. 
Placas eritematosas, centro hipocrômico 
bem‐delimitado e bordas externas 
imprecisas.
*MH DT. Extensa placa 
eritêmatohipocrônica, bem delimitada 
externamente, com o centro (região para-
axilar) menos espessado, às vezes, 
papuloso e papulocrostosa, na região 
mamária e
anterolateral do braço. Nota-se, na região 
medial do outro braço, o resultado positivo 
do teste de Mitsuda.
Hanseníase 11
Hanseníase virchowiana (ˮlepromatosaˮ)
A hanseníase virchowiana consiste na forma clínica de susceptibilidade ao 
bacilo, onde acontece a multiplicação e disseminação da doença. Geralmente, 
é uma forma clínica que leva anos para evoluir e envolve a pele, nervos e 
outros órgão até que os sintomas se apresentem. 
Apresenta polimorfismo muito grande de lesões. Inicialmente, são manchas 
muito discretas, eritêmato-hipocrômicas, múltiplas e de limites imprecisos, 
com distribuição mais ou menos simétrica, às vezes observáveis somente em 
diferentes incidências de luz
Progressivamente as manchas tornam-se eritematosas, eritematopigmentadas, 
vinhosas, eritematocúpricas, ferruginosas e espessadas. Podem surgir lesões 
sólidas – papulosas, papulonodulares, nodulares, placas isoladas, agrupadas 
e/ou confluentes, simetricamente distribuídas, em geral, poupando regiões 
axilares, inguinais, perineais e coluna vertebral. 
Em virtude da infiltração perianexial, ocorre progressiva alopecia de cílios e 
supercílios, caracterizando a “madaroseˮ e a alopecia parcial ou total nos 
antebraços, nas pernas e
nas coxas
Com a evolução da doença, múltiplos troncos nervosos são comprometidos 
simetricamente, tornam-se espessados, fibrosos e endurecidos, 
acompanhados da perda sensitiva e a motora, levando à perda da função, 
atrofia muscular, paralisias, deformidades e contraturas. 
A forma virchoviana avançada, acomete o trato respiratório superior 
ocasionando congestão, edema, obstrução, coriza mucopurulenta, epistaxe, 
anosmia, podendo culminar com a perfuração septal e desabamento da asa do 
nariz. Pode-se observar tecido friável e com ulcerações em palato, língua, 
orofaringe e laringe. 
� Teste de Mitsuda: negativo
� Baciloscopia: muito positiva
Hanseníase 12
Histopatologia
À microscopia apresenta-se com multiplicação intracitoplasmática dos bacilos 
em macrófagos. A epiderme, em geral, se apresenta atrófica e retificada, 
temos também uma zona de Grenz, que consiste em uma faixa de derme 
desprovida de infiltrado inflamatório; na derme encontramos agrupamentos de 
macrófagos com citoplasma abundante e vacuolado onde temos muitos bacilos 
se multiplicando. Além disso, nas formas de hanseníase virchowiana podemos 
encontrar o fenômeno de Lúcio, que consiste em uma vasculite com 
*Fácies leonina com 
infiltração da face, 
madarose e nariz alado.
*H. virchowiana bastante 
evoluída. Espessamento 
difuso, associado a 
lesões papulonodulares 
isoladas e confluentes; 
madarose parcial ciliar e 
superciliar, alopecia 
parcial no bigode
*Hanseníase virchowiana. 
Enduração eritemato‐
ferruginosa difusa, 
entremeada por máculas e 
pápulas poupando a região 
da coluna e axila e 
predominando nos 
cotovelos.
*Lesões cutâneas formadas por nódulos 
simétricos e espessamento da pele. As 
sobrancelhas estão ausentes.
*H. virchowiana inicial. Espessamento 
difuso; madarose total bilateral. 
Desabamento da pirâmide nasal
Hanseníase 13
proliferação endotelial, obstrução da luz e trombose de vasos de médio calibre 
da derme e da hipoderme necrose isquêmica, infartos hemorrágicos e 
ulcerações.
Hanseníase histoide
Variante da apresentação virchowiana, é entidade única e incomum. É uma 
forma rara de hanseníase multibacilar, caracterizada pela presença de 
pápulas, placas ou nódulos de aspecto queloide, da cor da pele ou 
eritematosos. 
*Hanseníase virchowiana. A, Denso 
infiltrado celular dérmico composto 
por macrófagos de citoplasma 
vacuolizado. Hematoxilina & eosina, 
400 B, Numerosos bacilos álcool‐
ácido resistentes isolados e em 
formação de globias. Faraco, 
1000.
*Hanseníase virchowiana. A, Epiderme 
retificada e separada do denso infiltrado dérmico 
por faixa colágena. Hematoxilina & eosina, 40
Hanseníase 14
Histopatologia
As células fusiformes são a principal característica histopatológica.
*Pápulas de aspecto queloidiformes, 
eritematosas e grande tumoração no 
tornozelo.
Hanseníase históide. A, Pápulas 
eritemato‐ferruginosas bem‐delimitadas 
dispersas pelo membro. B, Proliferação de 
macrófagos fusiformes com citoplasma 
finamente vacuolizado.
*Presença de inúmeros bacilos ácido‐álcool resistentes à coloração de Fite‐Faraco, 1000.
Hanseníase 15
Estados reacionais
A hanseníase é moléstia de evolução crônica, mas pode ser interrompida em 
algumas ocasiões, por fenômenos agudos ou subagudos, denominados 
“reações .ˮ 
Há dois tipos de reações: 
� Tipo 1 ou reversas Ocorrem em pacientes com algum grau de imunidade 
celular, como os tuberculoides e dimorfos;
� Tipo 2 Mediadas por imunocomplexos (anticorpo, antígeno e 
complemento), que ocorrem nos virchowianos e dimorfos, com bacilos 
fragmentados ou granulosos. Também
é denominada 
“eritema nodoso hansênico .ˮ
Hanseníase 16
Reação tipo I
Ocorre durante, antes ou após o tratamento. Trata-se de reação de 
hipersensibilidade de tipo tardio, em que há aumento da imunidade celular 
correspondendo à reação do tipo IV de Gell e Coombs.
Ocorre aumento de citocinas IL2, IL12, INFγ e TNFα sugerindo resposta 
predominantemente TH1
São fatores precipitantes das reações tipo 1 gravidez, infecções 
intercorrentes, vacinações, intervenções cirúrgicas e até condições de 
estresse psicológico.
As lesões tornam-se mais eritematoedematosas e aparecem lesões novas. 
Outro aspecto é que, quando lesão indeterminada, torna-se 
eritematoedematosa e aparecem múltiplas pápulas, nódulos e placas 
eritematosas disseminadas
Há dois tipos de reação tipo 1 
� Degradação/piora → acontece em doentes virgens de tratamento ou com 
bacilos resistentes aos medicamentos
� Melhora/reação reversa → acontece em doentes sob multidrogaterapia 
MDT regular e eficiente e, às vezes, nos virgens de tratamento ou após a 
Eritema nodoso hansênico. A, Comprometimento de lóbulos da hipoderme com focos de 
exsudação neutrofílica, macrófagos, ruptura de adipócitos e vaso sanguíneo com trombose 
(seta). B, Material antigênicode micobactéria no citoplasma de macrófagos (setas) e em 
célula endotelial (cabeça de seta) de vaso sanguíneo com trombose. Reação imuno‐
histoquímica com anticorpo anti‐BCG.
Hanseníase 17
MDT.
A resposta à corticoterapia é geralmente boa nas reações reversas e 
ausente nas recidivas
Reação tipo II
Ocorre em formas multibacilares. É uma reação mediada por anticorpos, em 
que se formam imunocomplexos (antígeno, anticorpo e complemento) 
extravasculares (reação imunológica tipo 3
Cerca de 60% dos doentes multibacilares sofrem essas reações que são 
discretas no início, aumentam progressivamente de intensidade. 
São esporádicas ou periódicas ou, eventualmente, com surtos - ocorrendo o 
chamado “mal reacional .ˮ As lesões desaparecem quando os antígenos são 
eliminados.
São placas e nódulos eritematosos, que podem ulcerar (eritema nodoso 
necrosante). Há comprometimento do estado geral, como febre, mal-estar, 
dores no corpo e aumento
doloroso de linfonodos, podendo ocorrer neurites, artralgias e artrites, irites e 
iridociclites, orquites e orquiepididimites, hepatosplenomegalias dolorosas, 
icterícia e também trombose
*MHDT em reação tipo I. Fase aguda. Placa 
bem delimitada, eritematoedematosa. 
Apresentava lacrimejamento constante por 
lesões no ramo oftálmico do nervo trigêmio
*MHD. Reação tipo 1. Fase aguda. Placas
eritematoedematosas, urticariformes, bem 
delimitadas, isoladas e confluentes
Hanseníase 18
Reação de Mitsuda
A imunidade celular, de maneira geral, está conservada na hanseníase, mas a 
imunidade celular específicaao Mycobacterium leprae pode estar alterada. 
O teste de Mitsuda é uma reação que avalia a integridade dessa imunidade 
celular, específica de um indivíduo, ao bacilo de Hansen. O teste é realizado 
rotineiramente utilizando-se o antígeno de Mitsuda integral, preparado a partir 
de lepromas triturados e filtrados, em que os bacilos são
mortos por autoclavagem. 
Esse antígeno, preparado a partir de material humano, é denominado 
antígeno H (humano), para diferenciar daquele que utiliza material de tatus 
infectados experimentalmente, chamado de antígeno A
Depois de 28 a 30 dias, pode surgir a reação de Mitsuda, que se caracteriza, 
quando positiva, pelo aparecimento, no local da injeção, de um nódulo que 
pode ulcerar ou não. A intensidade da reação positiva, conforme o tamanho do 
nódulo, é classificada, consoante à OMS, em:
Positiva  3 a 5 mm;
Positiva  5 a 10 mm;
*Reação tipo 2 na pele (eritema nodoso 
hansênico). Nódulos eritematoedematosos
isolados e confluentes, na face, no pescoço 
e no tórax.
*Reação tipo 2. Na pele, nódulos 
eritematosos, vários com centro necrótico-
ulcerativo e
crosta hemática (eritema nodoso hansênico 
necrosante).
Hanseníase 19
Positiva +++ acima de 10 mm;
Tratamento
As drogas de primeira linha no tratamento da hanseníase são a dapsona (do 
grupo das sulfonas), a clofazimina e a rifampicina.
Morgana Rodrigues Duarte- TXI

Continue navegando