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GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Unidade 1 A gestão estratégica de pessoas Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial ALESSANDRA FERREIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria MÁRCIA VALÉRIA MARCONI 4 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 A U TO RI A Márcia Valéria Marconi Olá! Meu nome é Márcia Valéria Marconi, sou formada em Ciências Contábeis, possuo mais de 20 anos de experiência nas áreas de contabilidade, controladoria, custos, recursos humanos e educação. Passei por empresas como a Esso Brasileira de Petróleo Ltda., Sadia S.A., Econet Editora Ltda, Grupo Uninter, Universidade Positivo e FAEC. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão no início de suas carreiras. Com isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes e estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! 5GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 ÍC O N ES Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO Para o início do desenvolvimento de uma nova competência. DEFINIÇÃO Houver necessidade de apresentar um novo conceito. NOTA Quando necessárias observações ou complementações para o seu conhecimento. IMPORTANTE As observações escritas tiveram que ser priorizadas para você. EXPLICANDO MELHOR Algo precisa ser melhor explicado ou detalhado. VOCÊ SABIA? Curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias. SAIBA MAIS Textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento. ACESSE Se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast. REFLITA Se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido. RESUMINDO Quando for preciso fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens. ATIVIDADES Quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada. TESTANDO Quando uma competência for concluída e questões forem explicadas. 6 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Compreendendo o Ambiente de Gestão de Pessoas .............. 9 A evolução do Ambiente de Negócios ............................................................. 9 O grupo envolvido na implantação da Cultura Organizacional ................ 11 A gestão do clima organizacional ...................................................................15 Impactos do modelo Estratégico de Gestão de Pessoas ..... 28 Desafios da Gestão de Pessoas na empresa ................................................ 28 Os Princípios da Gestão de Pessoas ..............................................................33 Estrutura da Gestão de Pessoas .....................................................................36 Gestão Estratégica de Pessoas e os Subsistemas de Recursos Humanos .................................................................................. 42 Formas de Estratégica de Gestão de Pessoas .............................................42 Subsistemas de Gestão de Pessoas ....................................... 45 Provisão ...............................................................................................................45 Aplicação .............................................................................................................46 Manutenção ........................................................................................................46 Desenvolvimento ...............................................................................................47 Monitoração ........................................................................................................47 Remuneração, programas de incentivos e benefícios ................................ 47 SU M Á RI O 7GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 A PR ES EN TA ÇÃ O Você sabe qual é a principal responsabilidade da gestão de recursos humanos? Nessa disciplina você sanará as dúvidas mais frequentes sobre gestão de negócios. Além disso, desenvolverá a capacidade de analisar e interpretar os modelos e programas de clima nas organizações e a aptidão para realizar a estrutura da cultura da empresa. Desse modo, ao final da disciplina você estará preparado para refletir e tomar decisões sobre as práticas voltadas para a qualidade de vida nos trabalhos oriundos do real querer, que tem raízes nas crenças e nos valores da empresa. Por essa razão, abordar esse tema significa também compreender a cultura organizacional, seu conceito, papel, elementos formadores e funções sistêmicas, que tragam resultados equilibrados e positivos para a organização. Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! 8 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 O BJ ET IV O S Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Refletir junto com os alunos sobre o papel da gestão de pessoas como um recurso estratégico da organização. 2. Apontar para a importância do alinhamento das atividades de gestão de pessoas às diretrizes das organizações. 3. Apresentar o conceito de gestão por competências e discutir os seus impactos sobre a gestão de pessoas. 4. Preparar o profissional para lidar com pessoas e administrá-las para alcançar objetivos e metas. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Vamos ao trabalho! 9GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Compreendendo o Ambiente de Gestão de Pessoas OBJETIVO No final deste capítulo você será capaz de entender as principais evoluções ocorridas na área de Recursos Humanos e todo o seu ambiente. E então? Motivado para desenvolver a forma de pensar sobre as suas escolhas? Vamos lá! A gestão de pessoas envolve um contexto histórico e devemos nos atentar a estas transformações para acompanhá- las constantemente. Veremos que cultura organizacional está para a empresa assim como a personalidade está para cada um de nós. Ela é formada por um conjunto de crenças e valores que dá identidade à organização. Para compreendê-la seguiremos um importante passo para atuar na Qualidade de Vida no Trabalho. A evolução do Ambiente de Negócios O mundo está em constante mudança e a primeira delas em escala global é o surgimento de uma sociedade influenciada pela informação, que se manifesta por meio do rápido desenvolvimento tecnológico. A segunda é o processo de globalização, que quebra barreiras geográficas, removendo obstáculos para a comercialização de bens e serviços (VERGARA, 2009). Assim, quando o ambiente de negócios está inserido nesse mundo globalizado, é possível perceber que ele também se transforma constantemente. Conseguimos aplicar tecnologias advindas dos países mais distantes e conhecemos casos de sucesso de organizações de todas as partes do mundo, devido ao volume expressivo de informação disponível. 10 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Observe a imagem a representação da imagem a seguir sobre evolução das pessoas. Figura 1 – Globalização e evolução nos negócios Plano conjunto colorido com pessoas tentando alcançar objetivos Fonte: freepik Com as novas tecnologias, a internet por exemplo, podemos comprar produtos da China com a mesma facilidade que os adquirimos em nossas cidades. A competição é global, ou seja, os concorrentes não são apenas as empresas do mesmo bairro ou vizinhança: podem ser companhias que se encontram em lugares geograficamente distantes. Quem se mantiver estático e preso aos processos e políticas de outrora, ficará para trás. Assim, é preciso que as empresas contem com estratégias bem definidas e de conhecimento de todos os envolvidos para que possam ser executadas. Nesse sentido, a comunicação é uma aliada para que a empresa se mantenha competitiva,uma vez que todos precisam estar cientes dos rumos que a organização pretende 11GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 tomar. Além disso, é imprescindível que os colaboradores tenham qualificações profissionais adequadas, de modo a permitir que a organização desenvolva suas atividades, sempre da melhor forma possível, no intuito de cumprir seus objetivos organizacionais. Essa situação leva ao aumento da exigência de maior valor agregado dos produtos e/ou serviços oferecidos, ou seja, o valor percebido pelo cliente/consumidor, considerando preço versus benefício em comparação com a concorrência. O valor não representa o preço agregado do produto ou serviço, mas sim um diferencial, que, na visão do cliente, justifica a escolha de determinado produto/serviço, em vez de outros similares ofertados no mercado. A entrega rápida, o atendimento personalizado, a garantia estendida, os serviços de pós-venda e uma marca renomada são exemplos de atributos que agregam valor. Para a organização ser competitiva e agregar valor aos seus produtos e serviços, é preciso que se mantenha sempre atualizada, dando a devida atenção para o desenvolvimento das pessoas e dos processos e, principalmente, buscando sempre o melhor e mais adequado modelo de gestão. Por esse motivo, nesta seção, estudaremos como essas transformações impactam as organizações. O grupo envolvido na implantação da Cultura Organizacional O que é cultura organizacional? De que forma ela se manifesta? Para responder a contento a essas perguntas, nos pautaremos nos conceitos enunciados por Lacombe (2004). Para o autor citado, cultura organizacional é: 12 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 DEFINIÇÃO 1. Conjunto de valores em vigor em uma empresa, suas relações e sua hierarquia, definindo padrões de comportamento e de atitudes que governam as ações e decisões mais importantes da administração. 2. Crenças em relação ao que é importante na vida de uma empresa e expectativas sobre o comportamento de seus membros. 3. Conjunto de crenças, costumes, sistemas de valores, normas de comportamento e formas de fazer negócios, peculiares a cada empresa, que definem um padrão geral para as suas atividades, decisões e ações e descrevem os padrões explícitos e implícitos de comportamento que caracterizam a vida nelas. 4. Conjunto de crenças da organização em relação a: importância das pessoas; disponibilidade dos administradores; aceitação do não conformismo; clareza dos padrões; empenho em relação ao treinamento e desenvolvimento das pessoas; intimidade; valores éticos e morais; competição interna; e capacidade de ação e adaptação às mudanças. (LACOMBE, 2004, p. 87, grifo nosso ) Ao observarmos com atenção os grifos apresentados na citação acima, o que salta aos olhos é o fato de que a cultura organizacional é constituída por elementos formais, observáveis, a exemplo de estrutura organizacional, normas, procedimentos, mas, sobretudo, os subjetivos, intangíveis e informais. Um dos estudiosos que mais tem contribuído para a compreensão da cultura organizacional é Edgar Schein . Segundo ele, trata- se de um padrão de suposições e valores básicos gerados ou desenvolvidos por determinado grupo à medida que aprende a lidar com seus desafios de adaptação externa e integração interna. Funcionam suficientemente bem para ser considerados 13GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 válidos e, portanto, para ser ensinados aos novos membros como modo correto de perceber, pensar e sentir em relação a esses desafios (LACOMBE, 2004). NOTA O professor e escritor Edgar Schein nasceu nos Estados Unidos em 1928. É PhD em Psicologia Social pela Harvard University e lecionou na Sloan School of Management, no MIT, por cerca de 40 anos. Contribuiu significativamente com suas pesquisas e análises na área do desenvolvimento organizacional. Figura 2: Níveis da cultura organizacional segundo o Modelo de Schein Assunções básicas Normas e valores Artefatos, comportamentos e produtos • Representam as crenças e os valores, elementos profundamente enraizados na mente e na programação dos indivíduos; em sua maior parte, inconscientes, constituem a essência da cultura • São manifestas pelas hierarquias de valores na cultura e seus códigos de conduta. Trata-se das formas pelas quais os membros da cultura representam-na tanto para si quanto para outros. Estão presentes por meio de filosofias oficiais da cultura e de declarações públicas da identidade do grupo • São os elementos observáveis da cultura, como vestuário, linguagem, rituais, comemorações, piadas, e outros exemplos de artefatos visíveis por todos no comportamento dos membros de uma cultura Fonte: Adaptado de RECIPRHOCAL (2020). 14 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 IMPORTANTE O autor do modelo, Edgar Schein (LACOMBE, 2004), propõe uma interessante analogia entre a cultura organizacional e o iceberg. Sabemos que o que pode ser visto de um iceberg é uma pequena ponta de um grande bloco de gelo que se encontra submerso. Assim é a cultura organizacional. A figura a seguir ilustra a comparação, bem como os tópicos que aparecem na sequência descrevem os elementos tangíveis e os intangíveis. Figura 3 - O iceberg da cultura organizacional ARTEFATOS NORMAS E VALORES ASSUNÇÕES BÁSICAS Ilustração de paisagem iceberg Fonte: freepik 15GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Os elementos tangíveis da cultura organizacional: são caracterizados pelos aspectos formais da cultura organizacional, a exemplo de: estrutura; títulos e descrições de cargos; objetivos e estratégias; tecnologia e práticas operacionais; políticas e diretrizes de pessoal; métodos e procedimentos; medidas de produtividade física e financeira. E por que são considerados tangíveis? Porque são visíveis a todos os membros da empresa. Em outras palavras, todos têm acesso, são dados objetivos; quem olhar se deparará com a mesma informação. Elementos intangíveis da cultura organizacional: são os aspectos informais e subjetivos, que ficam “submersos”, ou seja, não são visíveis, mas estão presentes e apresentam elevada influência no comportamento dos membros da organização, nas tomadas de decisões, nas estratégias, entre outros. Eles são compostos por: padrões de influência; por percepções e atitudes das pessoas; sentimentos e normas do grupo; crenças, valores e expectativas; padrões de integração informais; normas do grupo; relações afetivas; e outros. ACESSE O que é cultura organizacional? E quais as formas de fortalecer a cultura da empresa. Recomendamos a leitura do artigo disponível aqui. A gestão do clima organizacional O clima organizacional é um poderoso indicador do grau de satisfação dos colaboradores e gestores na percepção em relação a diversos aspectos da empresa. Desde políticas de RH, estilo de gestão, processos de comunicação, oportunidade de participação, possibilidade de melhora por meio de feedback, satisfação com o salário e com a qualidade de vida no trabalho. https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/cultura-organizacional-o-que-e-como-se-forma-e-meios-de-fortalecer,bcc3e6def171e510VgnVCM1000004c00210aRCRD 16 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Através do clima organizacional sinaliza os pontos fortes da gestão e, sobretudo, as oportunidades de melhorias que a organização pode implementar para favorecer tanto o atendimento das necessidades e anseios dos colaboradores quanto a manutenção dos talentos. Essa postura determina diretamente o comprometimento do quadro funcional, a produtividade e a competitividade organizacional. VOCÊ SABIA? O que significa clima organizacional? “Clima organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e influencia o seu comportamento” (GEORGE apud LUZ, 2003, p. 10). Um olhar acurado ao clima organizacionalidentifica três elementos-chave: a percepção dos colaboradores em relação à organização; a satisfação dos colaboradores; e a cultura organizacional. • Percepção: as percepções são subjetivas, o que equivale afirmar que cada indivíduo tem a própria interpretação acerca dos fatos e eventos. A forma como ele os enxerga está diretamente atrelada ao seu modelo mental e a seu patrimônio de referência, composto por crenças, valores, conhecimentos etc. Por ser subjetiva, a percepção é tão passível de inexatidão. RANGÉ (1995, p. 37) explica que “dependendo das interpretações específicas e momentâneas que um indivíduo faz de cada situação, o afeto e comportamento que apresenta são diferentes”. Nesse sentido, vale lembrar as palavras de Epitectus, um filósofo do século I: “O que perturba o indivíduo não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos” (NÚCLEO PSICO, [S.d.]). 17GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 REFLITA “o clima organizacional reflete o comportamento organizacional, isto é, atributos específicos de uma organização, seus valores, atitudes que afetam a maneira pela qual os grupos se relacionam no ambiente de trabalho” (CHAMPION apud LUZ, 2003, p. 10). • Satisfação: o clima organizacional reflete o grau em que os colaboradores apreciam o trabalho dela, o estilo de liderança, a estrutura física, o ambiente psicológico e outros aspectos. • Cultura organizacional: o clima organizacional resulta da interação dos elementos da cultura organizacional. Uma boa metáfora que nos ajuda a compreender a relação entre cultura organizacional e clima é proposta por Souza (1978) apud Luz (2003, p. 10): “O clima é mais perceptível que suas fontes causais (a cultura organizacional), comparando-se a um perfume, pois se percebe o seu efeito sem conhecer os ingredientes”. Assim o clima organizacional reflete tanto o moral, o estado de ânimo quanto a satisfação dos colaboradores num dado recorte de tempo. SAIBA MAIS Aprenda como avaliar o Clima Organizacional. Recomendamos a leitura do artigo disponível aqui. De que forma uma organização pode avaliar o clima organizacional? Existem estratégias para fazer isso, entendidas como meios mediante os quais ela conhecerá de forma objetiva o clima. Luz (2003) apresenta uma gama de possibilidades que estão sintetizadas no quadro que segue. https://branch.io/resources/case-study/olx-creates-the-web-to-app-experience-users-deserve/ 18 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 4: Formas para avaliar o clima organizacional Pesquisa de Clima Sistemas de Sugestões Sistemas de Ouvidoria ReuniõesEntrevista de Desligamento Fonte: Elaborado pela autora. a) Pesquisa de clima Permite que a organização identifique pontos fortes e oportunidades de melhorias. b) Entrevista de desligamento Oferecem feedback à organização. Colaboradores que estão sendo desligados de forma compulsória ou voluntária podem expor problemas e situações que até então não eram apresentadas sob receio de algum tipo de consequência. c) Sistemas de atendimento a queixas e reclamações São programas que dão oportunidade a colaboradores de exporem seus problemas a profissionais de níveis hierárquicos superiores que podem atuar na solução. Um exemplo é um funcionário que presta uma queixa do chefe ao superior hierárquico deste. d) Contato direto entre gestores e colaboradores Oferece aos dirigentes da organização informações que possibilitam identificar potenciais situações e problemas que influenciam a qualidade do clima organizacional. e) Linha direta com o presidente Canal aberto aos colaboradores, mantido pelo presidente ou diretor do RH, para que apontem problemas e sugestões que possam contribuir com a implementação de melhorias na organização. 19GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 f) Café com o presidente, diretores e gestores Encontros que permitam aos executivos perceberem determinados problemas ocultos aos olhos da alta administração. g) Programas de sugestões São iniciativas cujo objetivo é receber ideias que possam atender às expectativas e às necessidades dos colaboradores. h) Ombudsman / ouvidoria Especialista de alto nível em uma organização a quem compete receber e investigar, de forma objetiva, reclamações e sugestões de clientes internos e externos, encaminhá-las aos responsáveis, junto do seu parecer e de suas recomendações para a resolução do caso. i) Reuniões da equipe de relações trabalhistas e sindicais Encontros com profissionais capacitados os quais buscam contribuir para a harmonia nas relações entre empregadores e empregados, evitando conflitos coletivos de trabalhos manifestos por meio de greves, desperdício de materiais, destruição de máquinas e equipamentos e redução do ritmo e eficiência do trabalho. Por que mensurar o clima organizacional? A palavra porque já remete a uma busca por razões e justificativas que sustentem um comportamento ou um evento. Ela nos oferece a chave da reflexão que vamos fazer: Qual a razão da mensuração do clima organizacional? Qual é o propósito dela? 20 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 EXPLICANDO MELHOR O que pode ser medido pode ser melhorado. Quando uma organização olha para os indicadores e detecta um resultado (estado atual) que não é o esperado, isso é um sinalizador de que algum ponto precisa ser modificado (estado desejado). Um resultado indesejado é visto pelo gestor com todo o peso e carga negativa atribuídos à palavra erro (de gestão ou de processos). Contudo, o erro tem um papel muito importante no desenvolvimento organizacional: informar que algo precisa ser feito de forma diferente da próxima vez. Mensurar o clima apontará a necessidade da mudança, bem como identificar quais mudanças especificamente devem ser empreendidas. A figura a seguir representa o estado atual, os resultados “fotografados” no recorte de tempo presente, ou seja, onde a organização está, e o estado desejado, que é a projeção de onde deseja chegar. O resultado da mudança será determinado por um conjunto de fatores, como sensibilização, engajamento e comprometimento dos envolvidos. E qual é a gênese da mudança? Este ponto é crucial! Toda mudança nasce do real querer, e um bom exercício para despertar esse sentimento é a avaliação de ganhos e perdas. Uma organização precisa querer melhorar o clima e a qualidade de vida no trabalho para propor e sustentar ações que promoverão resultados diferentes dos obtidos pela empresa até então. A avaliação de ganhos e perdas permite a ela desenhar cenários futuros e avaliar o reflexo das mudanças ou da ausência delas em diversos aspectos tais como satisfação do colaborador, qualidade de vida no trabalho, processos, relações interpessoais, produtividade e competitividade e outros. 21GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Para avaliar ganhos e perdas, o exercício é transitar pelas seguintes perguntas: • Por que avaliar o clima organizacional? • O que uma organização pode ganhar em qualidade de ambiente de trabalho, produtividade e competitividade caso decida implementar mudanças? • O que uma organização pode perder no curto, médio e longo prazos se não realizar nenhuma intervenção e deixar as coisas como estão? Quanto mais aprimorada for a investigação, maior serão os espaços para a transformação. No momento em que existe o convencimento da necessidade de mudar, o desejo de fazê-lo está muito próximo. Assim, quando se estabelecem razões e propósitos para as mudanças, o engajamento e o comprometimento para elas se tornam muito mais fortalecidos. Mas, afinal, quais os possíveis ganhos da melhoria no clima organizacional? Dentre tantos, destacamos alguns: elevação no nível de satisfação no trabalho; fortalecimento da relação de confiança entre os membros da companhia; melhoria na comunicação e alinhamento das informações; melhoria na saúde e qualidade de vida do colaborador; detecção de situações e adoção demedidas preventivas; engajamento; comprometimento; retenção de talentos; integração entre setores; e outros. Quais as variáveis ou temas que uma pesquisa de clima aborda? Ela se propõe a investigar a percepção dos colaboradores acerca de diversos aspectos, que envolvem trabalho, relacionamento, remuneração, reconhecimento, ambiente, comunicação e outros. 22 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 5: Pesquisa de Clima Organizacional Trabalho, condições físicas e segurança do Trabalho Envolvimento, Planejamento, Estrutura, Objetivos, Disciplina, entre outros. Integração, Liderança e Treinamento Feedback e Relacionameto Interpessoal Salários e Benefícios Fonte: Luz, 2003 (Adaptado). Luz (2003) explica que as organizações tendem a conhecer a opinião dos colaboradores acerca das seguintes variáveis: • Trabalho: investiga a satisfação do colaborador em relação aos diversos aspectos do trabalho, como carga e volume, justa distribuição das tarefas, se o número de funcionários no quadro é suficiente e se as tarefas são desafiadoras e relevantes. • Condições físicas de trabalho: verifica a qualidade e o conforto das instalações, postos de trabalho e recursos colocados à disposição dos colaboradores para a realização das atividades. • Segurança do trabalho: investiga a percepção e a satisfação do colaborador em relação à prevenção e ao controle de riscos de acidentes e doenças laborais como a Lesão por Esforços Repetitivos (LER) e o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). • Salário: investiga a percepção dos colaboradores a respeito da compatibilidade entre as funções realizadas e a remuneração recebida, a influência do salário na atração e manutenção deles na organização e a clareza quanto aos critérios do plano de cargos e salários adotados. O salário é uma das variáveis de maior influência na satisfação ou insatisfação dos funcionários. 23GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 • Benefícios: investiga a satisfação em relação aos benefícios ofertados pela organização, assim como se estes de fato atendem às expectativas e às demandas do colaborador. • Comunicação: investiga o grau de satisfação quanto à divulgação dos fatos relevantes da organização, bem como à forma e aos canais de comunicação e clareza nas mensagens e comandos. • Feedback: investiga o grau de satisfação em relação ao retorno sobre o desempenho que o colaborador recebe, e se ele identifica nesse instrumento oportunidades para melhorias de performance; investiga se na percepção do funcionário o feedback é oferecido com respeito e assertividade e na frequência adequada. • Valorização do colaborador: investiga o quanto o colaborador se sente valorizado na organização e a sua percepção em relação aos investimentos que ela faz em recursos humanos. • Relacionamento interpessoal: investiga a qualidade das relações entre os pares, chefias e organização, bem como a existência e a intensidade de conflitos. • Trabalho em equipe: investiga a percepção do colaborador a respeito de quanto a organização estimula e valoriza o trabalho em grupo na busca de oportunidades, aprimoramento de processos e inovação de produtos e serviços. • Integração entre departamentos: investiga o grau de relacionamento entre os departamentos e a percepção da cadeia de cliente interno; busca identificar a existência de cooperação e conflitos interdepartamentais. 24 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 • Supervisão/ liderança/ estilo gerencial: investiga o grau de satisfação dos colaboradores em relação aos superiores hierárquicos, a qualidade da supervisão, a percepção quanto às competências técnicas e comportamentais do gestor, à natureza e à qualidade do feedback e do tratamento oferecido à equipe. Essa variável também é uma das mais relevantes na promoção da satisfação ou insatisfação do funcionário. • Treinamento/ desenvolvimento/ carreira: investiga a percepção dos colaboradores acerca das oportunidades que a organização oferece para que possam se capacitar, se atualizar, se aperfeiçoar e se desenvolver, e o quanto os programas oferecidos são de fato eficazes e satisfatórios para a melhoria no trabalho. • Possibilidade de progresso e realização profissional: investiga o grau de satisfação dos colaboradores quanto às possibilidades de promoção e ascensão na organização e a participação deles em atividades geradoras de valor para a empregabilidade. • Envolvimento e comprometimento: investiga o quanto os colaboradores se sentem envolvidos e comprometidos com os objetivos e resultados organizacionais. • Estabilidade de emprego: investiga o quanto os colaboradores se sentem seguros e se se veem trabalhando na organização em médio e longo prazos. • Direção e estratégia: investiga a satisfação dos colaboradores em relação à direção da organização e à qualidade da condução dos negócios. • Processo decisório: investiga a percepção do colaborador sobre a qualidade do processo decisório, 25GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 sobre o quão ágil é a organização, se ela abre espaço à participação dos colaboradores. • Objetivos: investiga o quanto os colaboradores percebem como claros os objetivos da organização e os de seu setor e área de atuação e o quanto se sentem seguros para orientar-se rumo à busca dos resultados. • Planejamento e organização: investiga o quanto a empresa é percebida pelos colaboradores como organizada e planejada e o quanto é clara em relação aos objetivos estratégicos, táticos e operacionais. • Estrutura: investiga a percepção dos colaboradores em relação à eficiência da estrutura organizacional, o quanto esta agiliza ou torna moroso o processo de tomada de decisão, a qualidade da comunicação e a resolução de problemas. • Orientação para resultados: investiga o quanto os colaboradores consideram a organização focada na consecução de seus resultados. • Orientação para os clientes e imagem externa: investiga a percepção do colaborador sobre a imagem externa da organização (mercado, clientes, fornecedores e comunidade) e o quanto ele a percebe como sensível às necessidades do cliente. • Relacionamento com sindicatos e colaboradores: investiga a percepção do colaborador na tratativa de problemas trabalhistas e o grau de satisfação em relação ao cumprimento das obrigações por força de acordos coletivos ou convenções coletivas de trabalho. Avalia como os funcionários enxergam a forma como a organização trata as reclamações deles, sejam as formais, sejam as informais. 26 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 • Ética e responsabilidade social: investiga a percepção do colaborador em relação à ética da organização no relacionamento com parceiros comerciais (clientes, fornecedores), clientes internos (funcionários), comunidade e Estado. • Disciplina: investiga a percepção dos colaboradores em relação à rigidez das regras impostas pela organização e o quanto veem como justa a aplicação das punições. • Fatores promotores de satisfação: investiga as variáveis que geram satisfação no trabalho, busca conhecer o que na percepção do colaborador são os pontos fortes da organização. • Fatores promotores de insatisfação: investiga as variáveis promotoras de insatisfação. A pesquisa de clima permite que a organização identifique a percepção do colaborador em relação ao trabalho e ao atendimento de suas necessidades básicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização. Além disso, torna possível que ela tenha clareza dos fatores que promovem a satisfação com o trabalho e especialmente os que geram a insatisfação. Uma vez detectados tais pontos, a empresa estará municiada de elementos para interferir no clima, a fim de neutralizar pontos desfavoráveis e trabalhar para elevar a satisfação do colaborador com o trabalho, melhorar a qualidade de produtos, serviços e relações, elevara produtividade e identificar oportunidades de mudanças por meio de adoção de políticas internas. 27GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 RESUMINDO Neste tópico, vimos que existem processos de gestão estratégica de pessoas em contrapartida com a parte comportamental nas empresas: ambiente de negócio, cultura e clima organizacional e como é importante o papel da gestão de pessoas como um recurso estratégico da organização. Vimos que o mundo está em constante mudança e a primeira delas é a necessidade de acompanhar essas transformações. Assim, destacamos que o clima organizacional auxilia no comprometimento do quadro funcional, na produtividade e na competividade no contexto empresarial. 28 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Impactos do modelo Estratégico de Gestão de Pessoas OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de compreender as mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho e das organizações, bem como os reflexos na gestão de pessoas e para o trabalhador. E então? Motivado para desenvolver a forma de pensar sobre as suas escolhas? Vamos lá! Identificaremos a necessidade da aplicação de novos modelos de gestão diante dos desafios da contemporaneidade. Essas transformações levam as organizações a adotarem um modelo mais estratégico que abre espaço para os Recursos Humanos. Desafios da Gestão de Pessoas na empresa De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), qualidade de vida é a “percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais ele vive em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (OMS, 1995). Podemos observar que esse conceito considera fatores objetivos e subjetivos, a seguir: Fatores objetivos: são determinados pelas condições de vida do indivíduo; estão relacionados ao desenvolvimento econômico e social, a exemplo de renda, escolaridade, moradia e outros. Fatores subjetivos: estão atrelados ao estilo de vida do indivíduo, influenciados por hábitos que podem ser saudáveis 29GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 ou não (alimentação, tabagismo, atividade física, sono etc.) e que impactam diretamente o bem-estar dele. Embora a percepção de qualidade de vida possa ser relativa a objetivos e expectativas do indivíduo e variar de acordo com a cultura, será que existem dimensões universais, presentes em diferentes países e culturas e que a determinam? A resposta é sim! Essas dimensões universais são a física, a emocional, a social, a profissional, a intelectual e a espiritual, e englobam o bem-estar físico, psicológico, relações sociais, ambiente, nível de independência e as crenças pessoais. Um breve olhar para cada uma delas nos permite identificar que o conceito de qualidade de vida se encontra alicerçado no enfoque biopsicossocial. Para compreender a abrangência do tema, tomamos emprestado de Silva (1999) a explicação sobre essas categorias, denominadas domínios ou dimensões, a saber: Dimensão física: compreende o quadro clínico do indivíduo (presença/ausência, gravidade/intensidade de doença orgânica demonstrável); a adoção de hábitos saudáveis, a exemplo de alimentação balanceada, respeito às horas de sono, prática de atividades físicas; e as medidas preventivas da manutenção da saúde. O controle da dor e a forma como o indivíduo reage a ela influenciam diretamente a qualidade de vida dele. Por essa razão, aspectos relativos à dor/ desconforto, energia/fadiga e sono/repouso compõem essa dimensão. Dimensão emocional: diz respeito à autoestima do indivíduo, sua capacidade cognitiva, a habilidade no gerenciamento de tensões, o nível de entusiasmo em face dos desafios da vida e outros. Sentimentos positivos e negativos, autoestima, imagem corporal e aparência integram tal dimensão. Dimensão social: refere-se à qualidade dos relacionamentos, à medida que o indivíduo sente a companhia, 30 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 o amor e o apoio que deseja das pessoas próximas a ele. Além disso, a percepção com o compromisso, a aprovação, a disponibilidade de familiares e amigos, o compartilhamento de responsabilidades e o apoio em momentos de crise. A expressão e a satisfação sexual também fazem parte dessa dimensão. Dimensão profissional: engloba a satisfação do indivíduo com o trabalho e o desenvolvimento profissional. O reconhecimento acerca de seu trabalho e a oportunidade de adquirir novas informações e desenvolver outras habilidades também se incluem nessa dimensão. Dimensão intelectual: significa utilizar a capacidade criativa sempre que possível, expandir os conhecimentos permanentemente e partilhar o potencial interno com os outros. Pensamento, aprendizagem, memória e concentração compõem essa dimensão. Dimensão espiritual: é o propósito de vida baseado em valores e ética, associado a pensamentos positivos e otimistas; sobretudo é a percepção do indivíduo sobre a existência de um ponto de apoio que o permita ultrapassar os desafios e as dificuldades, fonte de consolo, bem-estar, segurança e sentido sobre a vida. A qualidade de vida pode ser concebida por meio de seu enfoque multidimensional e pela relação com as dimensões biológicas, psicológicas e sociais, em uma dinâmica constante na qual uma delas afeta e é diretamente afetada pelas outras No quadro a seguir, elas estão descritas e caracterizadas. 31GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 6: Dimensões dos desafios em gerir pessoas Dimensão Espiritual Dimensão Intelectual Dimensão Profissional Dimensão Social Dimensão Emocional Dimensão Física Fonte: Elaborado pela autora. O desafio de gestão de pessoas: O que é possível fazer para melhorar o clima organizacional e a qualidade de vida no trabalho com base nos elementos e recursos que dispomos na empresa? E como podemos colocar isso em prática? 32 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 7: Desafios da Gestão de Pessoas Apresentação no conceito de reunião de equipe Fonte: freepik Em primeiro lugar, é importante conhecer o estado atual da organização e criar a visão do estado desejado. Assim será possível traçar em seguida uma estratégia que promoverá a mudança. Mas você pode se perguntar: “Como fazer isso?”. A palavra-chave é: pesquisa! Ela levanta informações que, quando transformadas em dados, permitem que os gestores identifiquem os fatores críticos e tracem estratégias de melhorias que fatalmente tendem a refletir na satisfação do colaborador, em sua produtividade e em vantagem competitiva para a organização. 33GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Os Princípios da Gestão de Pessoas Segundo Eboli (2004), para obter sucesso, deve se orientar por sete princípios, como segue: • Competitividade: O desenvolvimento do capital intelectual da empresa (gestão do conhecimento) baseado na educação que transforma esse capital em fator de diferenciação dos concorrentes, elevando assim a competitividade da organização. Fator de alta importância em uma sociedade do conhecimento como a que vivemos atualmente. • Perpetuidade: Educação como forma de transmissão da herança cultural da organização (gestão cultural). Disseminar a cultura nos programas, responsabilizar os líderes para que sejam bons exemplos. Coerência entre cultura declarada e cultura praticada da/pela organização. É necessário que a prática seja qualificada pelo princípio, é a prática que educa – “Walk the Talk ”. SAIBA MAIS Vale a pena ler a obra Walking the Talk: a cultura através do exemplo, escrita por Carolyn Taylor (2014). A autora é especialista em cultura organizacional, ressalta a importância da prática dos valores estabelecidos na estratégia da empresa. Embora a natureza das organizações, venha a sofrer mudanças no futuro, os desafios de criar, construir, manter e mudar a cultura permanecem os mesmos, e essas responsabilidades são dos líderes. • Conectividade: Ação visando ampliara rede de relacionamentos com públicos, tanto internos quanto 34 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 externos, que significa criar alianças, promover o diálogo. • Disponibilidade: Diversidade de recursos instrucionais – tanto presenciais quanto em ambientes virtuais –, de forma que a aprendizagem possa ocorrer em qualquer hora e em qualquer lugar. • Cidadania: Formação de atores sociais, com capacidade para uma reflexão crítica sobre a organização, para construir e modificar a realidade, com ética e responsabilidade social. • Parceria: Construção de parcerias internas (gestores e líderes) e externas (consultorias) para realização de uma tarefa complexa. • Sustentabilidade: Gera resultados para a empresa, agrega valor ao negócio e busca alternativas de recursos que viabilizem a autossustentação. Os princípios apresentados estão pautados na continuidade e na interação da cultura, na tecnologia, nos processos, no modelo de gestão e nas escolhas pessoais, ressaltando a educação corporativa como uma ação e um processo compartilhado entre as pessoas e a organização. 35GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 8: Princípios da Gestão de Pessoas Princípio 1 COMPETITIVIDADE valorizar a educação como forma de desenvolver os colaboradores, se diferenciar dos concorrentes e ampliar a capacidade de competir. Princípio 2 PERPETUIDADE entender a educação como uma forma de transmitir a herança cultural da empresa. Princípio 3 CONECTIVIDADE privilegiar a construção a construção do a construção social do conhecimento, por meio de interação e redes de relacionamento entre o público interno e externo. Princípio 4 DISPONIBILIDADE oferecer e disponibilizar atividades e recursos educacionais de fácil acesso, propiciando condições favoráveis para os colaboradores realizarem a aprendizagem qualquer hora e lugar. Princípio 5 CIDADANIA estimular o exercício da cidadania individual e corporativa, formando atores sociais, sujeitos capazes de refletir criticamente sobre a realidade organizacional, de construí-la é modificá-la pautado em questões éticas e socialmente responsável. Princípios 6 PARCERIA entender que desenvolver continuamente as competências é uma tarefa complexa e exige parcerias internas (líderes e gestores) e externas (instituições de alto nível e credibilidade). Princípio 7 EFETIVIDADE ser um centro gerador de resultado para a empresa, buscando sempre agregar valor ao negócio. Fonte: EBOLI, 2004, p. 53. (Adaptado). 36 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 As estratégias da empresa e o desempenho de seus profissionais, por meio da abordagem do modelo de competências, fortalecendo as pessoas e aumentando a competitividade organizacional. Estrutura da Gestão de Pessoas Como vimos, a área de Gestão Tradicional de Pessoas é responsável pelas práticas de administração, entre elas a remuneração das pessoas, com o objetivo de recompensar, dar benefícios e incentivos. Todos esses processos são executados pelas empresas de acordo com a sua realidade interna e externa e o gestor de pessoas deve obter a melhor compatibilização entre eles. Além disso, devem funcionar como um sistema aberto e interativo e, portanto, é tratado como um modelo diagnóstico para o gerenciamento nas organizações. 37GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 9 – Processo de Recompensa Influências Ambientes Externas • Leis e regulamentos legais • Sindicatos • Condições econômicas • Competividade • Condições sociais e culturais Proces- sos de Agregar Pessoas • Recru- tamento • Seleção Proces- so de Aplicar Pessoas • Dese- nho de Cargos • Avalia- ção do Desem- penho Resultados Finais Desejáveis • Práticas éticas e socialmente responsáveis • Produtos e serviços competitivos e de alta qualidade • Qualidade de vida no trabalho Processos de Recom- pensar Pessoas • Remune- ração • Bene- fícios e Serviços Processo de De- senvolver Pessoas • Treina- mento • Mudanças • Comuni- cações Processos de Manter Pessoas • Disciplinas • Higiene, Segurança e Qualidade de Vida • Relações com Sindicatos Processos de Monito- rar Pessoas • Banco de Dados • Sistemas de Infor- mações Gerenciais Influências Organizacionais Internas • Missão organizacional • Visão, objetivos e estratégia • Cultura organizacional • Natureza das tarefas • Estilo de liderança Processos de RH Fonte: Chiavenato, 2009 p. 17. As pessoas buscam nas empresas, além de retribuição monetária, o seu reconhecimento e a sua autorrealização, pois ninguém trabalha “a troco de nada”, certo? Mas ninguém se esforça para receber, exclusivamente, o seu salário limpo e seco 38 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 no final do mês, concorda? Por esse motivo é que os sistemas de recompensas devem contemplar tanto aspectos financeiros, como não financeiros e devem vincular tanto os interesses organizacionais, como às expectativas de seus colaboradores. Esse é o tema que abordaremos nesta unidade. Chiavenato (2009, p. 312) declara que, cada vez mais, as organizações têm adotado programas de remuneração flexíveis e variados capazes de “incentivar e mexer com o brio das pessoas”. Vamos começar destacando que Chiavenato (2009) afirma que as recompensas estão divididas em dois grupos: • Financeiras, as quais podem ser diretas (quando o pagamento ocorre na forma de salários, bônus, comissões etc.) e indiretas (quando é decorrente de cláusula da convenção coletiva do trabalho e do plano de benefícios e serviços sociais oferecidos pela organização, tais como férias, 13º salário entre outros). • Não financeiras, que correspondem às oportunidades de desenvolvimento, ao reconhecimento e autoestima, à liberdade e autonomia no trabalho, à qualidade de vida, entre outros. Vimos que existem formas financeiras e não financeiras de pagar os funcionários pelo trabalho realizado. Juntas, essas formas constituem os programas de remuneração das empresas. 39GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 10: Fortalecimento das pessoas Aperto de mão firme Fonte: freepik O dinheiro pode ser um poderoso motivador nas organizações. Se as pessoas acreditarem na ligação direta ou indireta entre desempenho e consequente aumento de remuneração terão maior produtividade dentro da empresa? Pense nisso! Antes de começarmos a discussão sobre esse assunto, é fundamental definir o termo salário. Com o apoio de Marras (2009), a Figura 11 apresenta alguns conceitos: 40 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Figura 11 – Definições de salário Fonte: Marras (2009, p. 92). Na prática, os conceitos de salário e de remuneração se confundem e, a fim de desfazer as similaridades entre eles, usaremos a acepção de Chiavenato (2009), que se refere ao salário como remuneração básica, ou seja, o pagamento em dinheiro. Dentro do composto da remuneração total, o salário é o principal elemento, segundo Chiavenato (2009), seguido dos programas desenhados para recompensar os colaboradores pelo seu bom desempenho (prêmios e bonificações) e, por último, os benefícios concedidos pelas empresas. 41GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Mas será que o dinheiro é o único fator que motiva os colaboradores? Não! Um pacote de remuneração deve contemplar, além do dinheiro, incentivos salariais e benefícios sociais. RESUMINDO Neste tópico, vimos como é importante conhecermos os princípios da gestão de pessoas: conectividade, perpetuidade, disponibilidade, competitividade, cidadania, parceria e sustentabilidade. 42 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Gestão Estratégica de Pessoas e os Subsistemas de Recursos Humanos OBJETIVO No final deste capítulo você será capaz de entender que para a construção e a manutenção do clima organizacional e da satisfação do trabalho é fundamental que olhemos para a gestão de pessoas (ouadministração de recursos humanos). E então? Motivado para desenvolver a forma de pensar sobre as suas escolhas? Vamos lá! Ela é análoga a um sistema, que é um conjunto de partes interdependentes, e se compõe de cinco subsistemas: provisão, aplicação, manutenção, desenvolvimento e monitoração. Cada um apresenta contribuição e influência na qualidade de vida no trabalho e no clima organizacional. Formas de Estratégica de Gestão de Pessoas A chave para a mudança, é pensar globalmente e agir localmente! O que isso significa? Significa que pensar globalmente é estar atento a todas as transformações de ordem tecnológica, social, cultural, política que ocorrem no mundo; agir localmente é criar estratégias para modificar a realidade em que se vive. Você sabia que a Qualidade de Vida no Trabalho é tão importante que anualmente a revista Exame faz uma pesquisa a respeito das melhores empresas para se trabalhar? O levantamento é alicerçado na metodologia proposta por Robert Levering, que avalia as organizações sob dois aspectos: o ambiente de trabalho e o perfil da empresa. 43GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 • Ambiente de trabalho: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem. • Perfil da organização: benefícios, remuneração, ética e cidadania, desenvolvimento profissional e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. A Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho busca construir estratégias que atendam às dimensões biológica, psicológica, social e organizacional. Mas como especificamente a empresa pode atuar em cada uma dessas dimensões? Vamos conferir alguns exemplos a seguir: Figura 12: Dimensões Estratégicas de Pessoas Dimensão Biológica Dimensão Psicológica Dimensão Social Dimensão Organizacional Fonte: Elaborado pela autora. • Dimensão biológica: Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPATs); controle de riscos ambientais e ergonômicos; oferta de ginástica laboral; qualidade nutricional das refeições oferecidas pela organização; qualidade de atendimento no ambulatório; campanhas em prol de prática de atividades físicas; e outros. • Dimensão psicológica: credibilidade em processos de recrutamento, seleção e movimentação interna; 44 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 adequada e eficaz avaliação de desempenho; feedback apreciativo; apoio psicológico; clima de cooperação e respeito; satisfação com o salário; oportunidade de ascensão e desenvolvimento de carreira; relação saudável entre o trabalho e as demais áreas da vida. • Dimensão social: convênios com supermercados, farmácias, salões de beleza, academia; oportunidades de entretenimento tais como futebol, área de lazer, excursões; benefícios extensivos a filhos e familiares como creche, escola; oferta de seguros de previdência privada; financiamento para cursos externos, como universitários, cursos de idiomas, cursos técnicos e profissionalizantes; ações de responsabilidade social e filantrópicas. • Dimensão organizacional: atenção ao ambiente físico e psicológico do trabalho; políticas de desenvolvimento de pessoas; políticas de responsabilidade social; plano de cargos e salários; treinamento dos gestores em competências comportamentais e de liderança; programas de benefícios; e outros. Todos os fatores acima apresentados constituem estratégias inteligentes para captação e retenção de talentos na organização. RESUMINDO Neste tópico, vimos a importância da organização e os dois aspectos, que são o ambiente de trabalho e o perfil da empresa. Aprendemos, também, que devemos desenvolver as dimensões: psicológica, social e organizacional. 45GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Subsistemas de Gestão de Pessoas OBJETIVO No final deste capítulo você será capaz de entender que na gestão de pessoas cada um dos subsistemas gera um conjunto de processos que permitem atrair, selecionar, recompensar e desenvolver pessoas. E então? Motivado para desenvolver a forma de pensar sobre as suas escolhas? Vamos lá! O q ue são e o que fazem tais processos? Confira o quadro abaixo, que os apresenta detalhadamente. No quadro a seguir, eles estão descritos e caracterizados. Figura 13: Subsistemas para gerir pessoas Fonte: Elaborado pela autora. Provisão Agregar pessoas: incluir pessoas na organização; englobar pesquisa de mercado para o RH (fontes de recrutamento e onde recrutar), o recrutamento, a seleção e a integração. 46 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Coloca a pessoa certa no lugar certo, alinha as características pessoais e as condições de trabalho; promove a ambientação e a sintonia entre os valores da empresa e do colaborador; minimiza o impacto de estressores relativos às demandas do cargo e as habilidades do trabalhador. Aplicação Aplicar pessoas: identifica o que deve ser realizado na organização e quem deve fazê-lo; engloba o planejamento e a alocação de recursos humanos ao desenho de cargos, avalia o desempenho, o plano de carreira, descrição e análise deles e outras tarefas. Possibilita a orientação e acompanhamento do desempenho, a oferta de feedback, a definição-limite da atuação de cada colaborador; clarifica a área de atuação do funcionário, minimizando o impacto do estresse relativo à organização do trabalho e ao papel do indivíduo na empresa. Manutenção Recompensar pessoas: criar ações de incentivo a fim de elevar a satisfação do colaborador; engloba a administração de salários, plano de benefícios sociais, higiene e segurança no trabalho e relações sindicais. Promove os fatores higiênicos, asseguram a qualidade do ambiente e os fatores intrínsecos do trabalho e recompensas financeiras e não financeiras, assim como estrutura e o clima organizacional. 47GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 Desenvolvimento Desenvolver pessoas: tem por finalidade desenvolver as competências; inclui treinamentos que podem ser técnicos, comportamentais ou técnico-comportamentais, e também programas de capacitação, aperfeiçoamento e qualificação; treinamento e desenvolvimento organizacional. Diagnostica o desempenho real e potencial e investe em ações de desenvolvimento do pessoal que abram oportunidades de evolução na carreira. Monitoração Monitorar pessoas: tem por finalidade identificar se o colaborador está de fato realizando aquilo pelo qual foi contratado; acompanha e controla as atividades das pessoas com o objetivo de verificar resultados. Oportuniza o constante olhar crítico para os critérios de avaliação e adequação permanentes das políticas e dos procedimentos de recursos humanos. Remuneração, programas de incentivos e benefícios Sabemos que o RH busca aumentar a produtividade dos funcionários. O RH utiliza vários recursos, um dos principais é a motivação através de remuneração adequada, programas de incentivos e benefícios. Dessa forma, a gestão de pessoas pode aumentar a competitividade da empresa. Toda empresa possui funcionários conhecidos como pessoas chave, que são os indivíduos ideais para a referida vaga. Esses funcionários são procurados de forma permanente pelas 48 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 empresas e o maior atrativo para conseguir esses funcionários é a boa remuneração. Atualmente as empresas usam bons salários como atrativo e como forma de competitividade. Quando consideramos o comportamento humano dentro de uma empresa, existe a necessidade de mencionarmos incentivos operantes no ambiente empresarial. Esses incentivos podem ser formais ou informais, positivos ou negativos. Incentivos Formais Positivos - dinheiro, bonificação, promoções, recomendações formais, privilégios sociais, escolha do roteiro ou tabela de trabalho. Incentivos Formais Negativos - ações indisciplinares, rebaixamento, suspensões temporárias, dispensas, impedimento ou cancelamento dos privilégios. Incentivos Informais Positivos - elogio, estímulo, atitudes amistosas de terceiros, aceitação pelogrupo, supervisão mínima, respeito da administração e dos colegas de trabalho. Incentivos Informais Negativos - censura e rejeição de terceiros, crítica, indicação para uma ocupação mais árdua, falta de cooperação no trabalho por parte dos companheiros, perseguição dos supervisores e dos colegas de trabalho. Não podemos deixar de esclarecer que a remuneração total que um funcionário pode receber é composta por três partes: remuneração fixa, que seria o salário mensal, férias, 13º salário, seguro de acidente de trabalho e outros; remuneração variável: prêmios, participação no lucro, programa de ações e outros; e os benefícios que são o plano de saúde, auxílio-alimentação, empréstimos, previdência privada e outros. Já os programas de incentivo a longo prazo, existem no Brasil desde a década de 70 e objetivam dar a oportunidade aos 49GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 funcionários de comprarem ações com preço abaixo do mercado, das empresas em que trabalham. DEFINIÇÃO Stock options (opções de estoque): é uma oportunidade que as empresas oferecem aos funcionários de comprarem ações, da própria empresa, com valores abaixo do mercado. Com o Stock options, as empresas oferecem a possibilidade de, em determinado momento, o funcionário conquistar sua independência financeira. As empresas possuem diversos programas ou formas de bonificação de seus empregados, vamos juntos conhecer outros programas? Vamos!! Podemos mencionar o Valor Econômico Agregado (EVA ), que é atividade reveladora de produtividade e fatores utilizados pela empresa para desenvolver suas atividades. O custo da atividade sempre será considerado por todos que tomem decisões na empresa. O EVA apresenta uma metodologia em que supostamente o sucesso da organização está relacionado a geração de valor econômico, que é calculada quando subtraímos os resultados operacionais dos custos financeiros e dos ativos utilizados na geração desta receita. É a diferença entre a rentabilidade dos ativos da organização e o custo do financiamento ou do capital usado para promover o resultado. Existe também o Programa de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), neste, os funcionários recebem remuneração variável que é calculada a partir dos lucros da empresa após o encerramento do não fiscal. Não podemos esquecer que a PLR não está condicionada ao resultado positivo desempenhado por cada funcionário, ou 50 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 seja, independente do desempenho do funcionário na empresa, todo e qualquer funcionário terá direito de recebimento da PLR. RESUMINDO Neste tópico, vimos como é importante os subsistemas de gestão de pessoas. Por isso, o administrador precisa conhecer como planejar a estratégia e analisar os riscos e custo-benefício do negócio. Para poder estar alinhado ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes analisar seu planejamento estratégico para verificar se está tendo um grande retorno do investimento. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a modelo de gestão estratégica de pessoas tem suas particularidades. Caro estudante, você chegou ao fim desta aula, parabéns! Nela, você aprendeu sobre análise sobre avaliação de desempenho de cargos. Para complementar seu aprendizado, não deixe de realizar as atividades que acompanham esta aula. Até a próxima! 51GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS U ni da de 1 RE FE RÊ N CI A S CHIAVENATO, I. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal: como agregar talentos à empresa. 7 ed., Barueri, SP.: Manole, 2009. EBOLI, M. Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades. São Paulo: Gente, 2004. LACOMBE, F. Dicionário de Administração. São Paulo: Saraiva, 2004. LUZ, R. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 13. ed. São Paulo: Futura, 2009. RANGÉ, B. (Org.). Terapia comportamental e cognitiva de transtornos psiquiátricos. Campinas: Psy, 1995. TAYLOR, C. Walking the Talk: a cultura através do exemplo. São Paulo: Publit, 2014. VERGARA, S. C. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2009. Compreendendo o Ambiente de Gestão de Pessoas A evolução do Ambiente de Negócios O grupo envolvido na implantação da Cultura Organizacional A gestão do clima organizacional Impactos do modelo Estratégico de Gestão de Pessoas Desafios da Gestão de Pessoas na empresa Os Princípios da Gestão de Pessoas Estrutura da Gestão de Pessoas Gestão Estratégica de Pessoas e os Subsistemas de Recursos Humanos Formas de Estratégica de Gestão de Pessoas Subsistemas de Gestão de Pessoas Provisão Aplicação Manutenção Desenvolvimento Monitoração Remuneração, programas de incentivos e benefícios
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