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F R E N T E 1 101 97 Mackenzie No sistema a seguir, de fio e polia ideais, o corpo C1, de massa 5,0 kg, sobe 50 cm desde o ponto A até o ponto B, com velocidade constante. 30° B A C 2 C 1 O trabalho realizado pela força de atrito existente en- tre o corpo C2, de massa 20 kg, e o plano inclinado, neste intervalo, foi: Dado: g = 10 m/s2 a –15 J b 20 J c –25 J d 40 J e –50 J 98 Um pêndulo é constituído de uma pequena esfera de massa m presa por meio de um fio ideal de compri- mento L a um ponto fixo O. A esfera é abandonada do repouso do ponto A, com o fio inclinado de um ângulo α com a vertical. Depois de passar algumas vezes pelo ponto C, a esfera para instantaneamente no ponto B, com o fio inclinado de um ângulo β com a vertical. Considerando senα = 0,9, cos α = 0,4, sen β = 0,6 e cos β = 0,8, a energia mecânica dissipada, desde o iní cio das oscilações até a parada instantânea no ponto B, foi igual a a 0,8 · m · g · L b 0,4 · m · g · L c 0,2 · m · g · L d 0,5 · m · g · L e 0,6 · m · g · L Montanhas russas e o princípio de conservação de energia As montanhas-russas são uma das maiores atrações dos parques de diversões Originadas no século XVII como estruturas cobertas de gelo, na região de São Petersburgo, na Rússia, as montanhas-russas só ga- nharam rodas em 1784. Montanhas-russas típicas funcionam somente sob a ação da gravidade, um motor só fornece energia inicial para levar os vagões até o topo. Em uma sucessão de quedas, curvas e loops, essas grandes estruturas planejadas estão sujeitas a um dos princípios fundamentais da Física, o princípio de conservação de energia. Em um sistema isolado, a energia total deve permanecer constante. Energia não pode ser criada espontaneamente ou destruída, ela pode converter-se de uma forma qualquer em outra. Ao sair da plataforma, o vagão de uma montanha-russa percorre o trilho empurrado por um motor elétrico até o ponto mais alto do circuito, adquirindo energia potencial ao longo do trajeto. A partir daí, o vagão começa a descer, acelerado pela ação da gravidade, e a energia potencial armazenada durante a subida é transforma- da em energia cinética. Durante a queda, a velocidade do vagão aumenta e, consequentemente, sua energia cinética. Ao subir a próxima colina, a energia cinética do vagão é transformada em energia potencial novamente. Essa transformação é sucessiva, a velocidade obtida em uma descida é usada para superar a próxima subida. Em circuitos com inversões, como os loops, a velocidade adquirida na transformação de energia potencial em cinética per- mite que haja resultante centrípeta capaz de manter o passageiro no assento. Em uma montanha-russa ideal, a energia mecânica seria conservada, garantindo um passeio infinito. Em montanhas-russas reais, a energia mecânica não é totalmente conservada, há dissipação de energia em forma de calor, devido ao atrito das peças, rodas e trilhos. Assim, se Texto complementar mais energia não é fornecida ao sistema, os picos devem ser cada vez mais baixos até o final do trajeto. Na verdade, em muitos brinquedos, a velocidade adquirida duran- te a queda acaba sendo muito alta e um sistema de freios deve ser acionado, dissipando energia, para que o vagão possa continuar percorrendo o circuito. A energia do sistema também pode ser utilizada para abastecer geradores, fornecendo energia elétrica às lâmpadas que iluminam o brinquedo. Atualmente, as montanhas-russas são projetadas e testadas por meio de modelos computacionais sofisticados. Em um dos circuitos mais rápidos do mundo, os vagões podem atingir velocidades de cerca de 240 km/h. Circuitos mais elaborados utilizam-se de propulsão eletromagnética para impulsionar os vagões em curvas, loops e “parafusos” © A N T H O N Y A N E E S E T O T A H J R | D R E A M S T IM E .C O M FÍSICA Capítulo 10 Trabalho, potência e energia102 Estudamos, neste capítulo, o conceito de trabalho O trabalho (W) de uma força constante F que atua sobre uma partícula, formando um ângulo θ com o vetor deslocamento d dessa partícula, é calculado como: W F d= ⋅ ⋅ cos Já o trabalho de uma força variável é igual, numericamente, à área do gráfico F × s, em que F é o módulo do vetor F projetado na direção do deslo camento e s é a posição escalar ao longo da trajetória. Calculamos o trabalho de algumas importantes forças: Trabalho da força peso: WP = -(mgh2 mgh1) Trabalho da força elástica: W kx kx F El = - - 1 2 1 2 2 2 1 2 Estudamos também os conceitos de potência média, potência instantânea e rendimento. A potência média de uma força F que realiza um trabalho W em um intervalo de tempo ∆t é calculada como: P W t m = ∆ Quando a força for constante, a potência média também pode ser escrita como: P F v m m = ⋅ ⋅ cosθ A potência instantânea de uma força F que realiza um trabalho W pode ser calculada como: P P P W tt m t = lim lim ∆ ∆ ∆→ → ⇒ = 0 0 Quando a força for constante, a potência instantânea também pode ser escrita como: P F v= ⋅ ⋅ cosθ O rendimento (η) de uma máquina pode ser definido como a razão entre a potência utilizada e a potência recebida, ou como a razão entre o trabalho realizado e o trabalho recebido: η = = P P W W U T U T Estudamos o conceito de energia e vimos as definições de algumas formas de energia. A energia cinética é a energia associada ao movimento de um corpo de massa m e velocidade de módulo v. E mv C = 1 2 2 A energia potencial gravitacional é a energia associada à posição de um corpo de massa m, sujeito a um campo gravitacional de módulo g, estando o corpo a uma altura h em relação a um referencial escolhido: EPG = mgh A energia potencial elástica é a energia associada à posição de uma mola de constante elástica k que se encontra deformada de x: E kx PEl = 1 2 2 A energia mecânica é a soma das energias cinética e potencial: EM = EC + EP Quando atuam sobre um sistema somente forças conservativas, que são aquelas cujos trabalhos entre dois pontos dados independem da trajetória, a energia mecânica do sistema se conserva: EM = constante Vimos também algumas importantes relações entre trabalho e energia. O teorema da energia cinética nos diz que o trabalho da resultante de forças sobre um sistema é igual à variação da energia cinética desse sistema: WF R = ∆EC Aprendemos também que o trabalho das forças dissipativas sobre um sistema é igual à variação da energia mecânica desse sistema: WF d = ∆EM N W = A F s0 Resumindo F R E N T E 1 103 Exercícios complementares Considere, quando necessário, g = 10 m/s2. 1 UFRGS 2018 A figura mostra três trajetórias, 1, 2 e 3, através das quais um corpo de massa m, no campo gravitacional terrestre, é levado da posição inicial i para a posição final f, mais abaixo. Sejam W1, W2 e W3, respectivamente, os trabalhos reali- zados pela força gravitacional nas trajetórias mostradas. Assinale a alternativa que correlaciona corretamente os trabalhos realizados. A W1 < W2 < W3 W1 < W2 = W3 C W1 = W2 = W3 W1 = W2 > W3 W1 > W2 > W3 2 Uma partícula de 8,0 kg de massa parte do repouso de um ponto A pertencente a um plano horizontal sem atrito, deslocando-se para um ponto B sob a ação de uma força constante. Sua posição sobre o plano é re- gistrada em relação a um referencial cartesiano Oxy, de modo que as coordenadas x e y variem com o tem- po, conforme os gráficos a seguir. 2,0 4,0 t (s)0 2,0 4,0 6,0 8,0 10 x (m) 2,0 4,0 t (s) 2,0 4,0 6,0 8,0 10 0 y (m) Sabendo que a partícula parte de A no instante t1 = 2,0 s e que atinge B no instante t2 = 4,0 s: a) esboce, em um diagrama y versus x, o deslocamen- to vetorial da partícula desde A até B, destacando o seu módulo. b) calcule o trabalho total realizado sobre a partícula, bem como a intensidade da força que a deslocou desde A até B. 3 UFRJ Um plano está inclinado, em relação à horizontal, de um ângulo θ, cujo seno é igual a 0,6 (o ângulo é menor do que45o). Um bloco de massa m sobe nesse plano inclinado sob a ação de uma força horizontal F, de módulo exata- mente igual ao módulo de seu peso, como indica a gura a seguir. θ F| | = mg m a) Supondo que não haja atrito entre o bloco e o plano inclinado, calcule o módulo da aceleração do bloco. b) Calcule a razão entre o trabalho WF da força F e o trabalho WP do peso do bloco, ambos em um des- locamento no qual o bloco percorre uma distância d ao longo da rampa. 4 UFG Faz-se um objeto de massa M elevar-se de uma mesma altura H utilizando um dos três mecanismos mostrados na figura. As forças são ajustadas para vencer a gravidade sem transferir energia cinética ao corpo. O atrito e a inércia das polias são desprezíveis. 45° H H I M M M II III H 1 F 2 F 3 F Quer saber mais? Sites y Simulações de sistemas massa-mola Disponível em: <https://phet.colorado.edu/sims/html/masses-and springs/latest/masses-and-springs_pt_BR.html>. Acesso em: 30 out. 2020. y Conservação de energia – Parque energético para esqueitistas (simulações) Disponível em: <http://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/energy skate park>. Acesso em: 30 out. 2020. FÍSICA Capítulo 10 Trabalho, potência e energia104 Em relação a essa situação, é correto armar: A o mecanismo I é mais vantajoso, porque F 1 e o tra- balho que ela realiza são os menores. b o mecanismo II é mais vantajoso, porque F 2 realiza o menor trabalho. C o mecanismo III é mais vantajoso, porque F 3 é a me- nor força. d o trabalho de F 3 é menor do que o trabalho de F 2 . e o trabalho de F 1 é igual ao trabalho de F 3 . 5 PUC-Rio 2018 Uma força constante F0, fazendo um ângulo de 60 o com a horizontal, é utilizada para ar- rastar horizontalmente um bloco por uma distância L0 em uma superfície, realizando um trabalho W0. Se o ângulo for reduzido para 30 o , o novo trabalho W realizado pela força F0 será: Dados: sen 30 o = cos 60 o = 1 2 ; cos 30 o = sen 60 o = 3 2 A 3 0W b 2W0 C W0 d W 0 2 e W0 3 6 Uerj 2018 O gráfico a seguir indica a variação da força resultante F que atua em um objeto de massa m, em uma trajetória retilínea ao longo de um deslocamento de 12 m. F (N) d (m) 2 12 8 −1 Calcule o trabalho, em joules, realizado por F nesse deslocamento. 7 FEI Um tambor de massa 50 kg está cheio com 200 L de água. O tambor é içado por uma força F a 20 m de altura. A água escoa uniformemente através de um orifício, de modo que o tambor chegue à parte superior completa- mente vazio. Sabendo-se que a velocidade de subida é constante, determinar o trabalho da força F do solo até a altura de 20 m. A 10 000 J b 15 000 J C 20 000 J d 25 000 J e 30 000 J 8 UFRJ Um avião “A” reboca um planador “P” com velocidade constante de 60 m/s numa trajetória ho- rizontal, como ilustra a figura. O cabo utilizado para o reboque tem massa desprezível e está sob uma tensão, considerada uniforme, de 2 000 N. As forças horizontais (forças de arrasto) que o ar opõe aos mo- vimentos do avião e do planador são tais que a força de arrasto no avião é 20% maior do que no planador. P A Calcule: a) o módulo da força horizontal que o ar exerce so- bre o planador P. ) a potência mínima em kW que o motor do avião tem de desenvolver para efetuar o reboque nes sas condições. 9 Enem Com o objetivo de se testar a eficiência de fornos de micro-ondas, planejou-se o aquecimento em 10 o C de amostras de diferentes substâncias, cada uma com determinada massa, em cinco fornos de marcas distin- tas. Nesse teste, cada forno operou à potência máxima. O forno mais eciente foi aquele que: A forneceu a maior quantidade de energia às amostras. b cedeu energia à amostra de maior massa em mais tempo. C forneceu a maior quantidade de energia em menos tempo. d cedeu energia à amostra de menor calor específico mais lentamente. e forneceu a menor quantidade de energia às amos- tras em menos tempo. 10 Cefet-MG 2017 Um automóvel viaja a uma velocida de constante v = 90 km/h em uma estrada plana e retilínea. Sabendo-se que a resultante das forças de resistência ao movimento do automóvel tem uma in- tensidade de 3,0 kN, a potência desenvolvida pelo motor é de A 750 W. b 270 kW. C 75 kW. d 7,5 kW. 11 Unicamp 2018 “Gelo combustível” ou “gelo de fogo” é como são chamados os hidratos de metano que se formam a temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada. São geralmente encontrados em sedimentos do fundo do mar ou sob a camada de solo congelada dos polos. A considerável reserva de gelo combustível no planeta pode se tornar uma promissora fonte de energia alternativa ao petróleo. Considerando que a combustão completa de certa massa de gelo combustível libera uma quantidade de energia igual a E = 7,2 MJ, é correto afirmar que essa energia é capaz de manter aceso um painel de LEDs de potência P = 2 kW por um intervalo de tem- po igual a A 1 minuto. b 144 s. C 1 hora. d 1 dia.
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