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eBook Completo - Pedagogia Organizacional Social e Hospitalar_SER (Versão Digital)

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PEDAGOGIA 
ORGANIZACIONAL:
SOCIAL E HOSPITALAR
PEDAGOGIA 
ORGANIZACIONAL:
SOCIAL E HOSPITALAR
Pedagogia Organizacional: Social e Hospitalar
Ludmila Dayana Barreto da Silva NevesLudmila Dayana Barreto da Silva Neves
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
Sem dúvida, esta disciplina é de extrema importância para a sua formação acadêmica 
e ampliará sua visão sobre a atuação do(a) pedagogo(a) em ambientes não escolares, 
sejam eles organizacionais, sociais ou hospitalares. 
É possível compreender que um(a) pro� ssional que lida diretamente com a aprendiza-
gem e seus processos, promovendo o desenvolvimento em seus diferentes aspectos, 
pode atuar nos mais diversos lugares, contribuindo diretamente no âmbito das habi-
lidades e competências dos indivíduos. 
Ao longo desta disciplina, abordaremos conceitos relevantes para melhor compreen-
são do exercício da pro� ssão em ambientes formais e não formais, como o per� l do(a) 
pedagogo(a) social e sua atuação junto às minorias excluídas socialmente. A proposta 
é provocar re� exões sobre estratégias e per� l pro� ssional em diferentes espaços, 
tais como hospitais, em que o objetivo é acompanhar crianças ou adolescentes com 
necessidades educativas especí� cas, além das leis que regem esse segmento. 
Abordaremos também questões como multiculturalismo, diversidade cultural, cida-
dania, além de questões relacionadas à ética pro� ssional e projetos organizacionais, 
sociais e hospitalares. Ao � nal desta jornada, será possível ter uma visão mais amplia-
da da atuação do(a) pedagogo(a), bem como suas intervenções e contribuições nos 
diferentes espaços sociais.
SER_PEDA_PEOSH_UNID1 CAPA.indd 1,3 26/04/2021 13:07:51
© Ser Educacional 2021
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo 
artigo 184 do Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Ludmila Dayana Barreto da Silva Neves 
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_PEDA_PEOSH_UNID1.indd 2 26/04/2021 12:04:50
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
SER_PEDA_PEOSH_UNID1.indd 3 26/04/2021 12:04:50
Unidade 1 - Pedagogia organizacional, social e hospitalar: os fundamentos nos 
espaços não escolares
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 12
Fundamentos da Pedagogia organizacional, social e hospitalar: breve histórico ..... 13
Pedagogia organizacional: aspectos gerais ............................................................... 15
O(a) pedagogo(a) social como educador(a) social ................................................... 17
A atuação do(a) pedagogo(a) hospitalar ..................................................................... 20
Ética nas organizações: comportamento humano nas organizações e relações ....... 22
Ética e moral: conceitos e definições .......................................................................... 23
A Pedagogia e a ética corporativa ............................................................................... 26
A ética nas relações de trabalho .................................................................................. 28
A Pedagogia organizacional e as práticas pedagógicas dentro das empresas ...... 30
Ações pedagógicas e integração na empresa .......................................................... 32
Treinamento e desenvolvimento .................................................................................. 34
O(a) pedagogo(a) organizacional e a resolução de problemas .............................. 36
Sintetizando ........................................................................................................................... 39
Referências bibliográficas ................................................................................................. 40
Sumário
SER_PEDA_PEOSH_UNID1.indd 4 26/04/2021 12:04:50
Sumário
Unidade 2 – A Pedagogia Social e seus aspectos: a atuação do pedagogo nos 
espaços socioeducativos
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 44
O pedagogo e o contexto sociocultural: multiculturalismo, diversidade cultural e 
cidadania ............................................................................................................................... 45
A Pedagogia Social e os seus diferentes contextos ................................................. 48
Multiculturalismo e diversidade cultural ..................................................................... 50
Multiculturalismo e diversidade cultural na escola .................................................. 52
A Pedagogia Social na perspectiva do multiculturalismo e da diversidade 
cultural ..............................................................................................................................53
A cidadania e a Pedagogia Social ................................................................................ 55
Pedagogia Social e movimentos sociais na educação ................................................ 57
O pedagogo social, suas ações e intervenções nos movimentos sociais .....................59
Pedagogia Social e o movimento negro ...................................................................... 60
Os grupos indígenas, os movimentos populares e a educação prisional ................. 63
Novas tecnologias e Pedagogia Social ....................................................................... 68
Sintetizando ........................................................................................................................... 70
Referências bibliográficas ................................................................................................. 71
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Sumário
Unidade 3 - A Pedagogia hospitalar, o cenário hospitalar e suas práticas pedagógicas
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 75
A Política Nacional de Educação Especial: Pedagogia hospitalar e suas bases legais 76
A relação entre Pedagogia hospitalar, atendimento pedagógico domiciliar e 
Educação Especial...........................................................................................................80
Abordagem histórica da Pedagogia hospitalar no Brasil ......................................... 82
O atendimento pedagógico domiciliar:conceitos e aspectos ................................ 86
A ética dentro do hospital: características e particularidades da intervenção pedagógica 
adequada nos diversos ambientes e condições existentes no ambiente hospitalar ........ 89
O perfil do pedagogo hospitalar: atribuições e conceitos da atuação ...................... 92
A prática pedagógica em ambientes hospitalares .................................................... 94
Aspectos e características no leito hospitalar, na sala de recreação/classe hospitalar, 
no acompanhamento escolar/hospitalar e na orientação à família.................................96
O pedagogo hospitalar e a família do educando ..................................................................98
Ações e intervenções do pedagogo no espaço hospitalar .................................... 100
Sintetizando ......................................................................................................................... 103
Referências bibliográficas ............................................................................................... 104
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Sumário
Unidade 4 - O pedagogo organizacional e suas práticas: aspectos e conceitos nas 
organizações
Objetivos da unidade ......................................................................................................... 110
Conhecimentos necessários ao pedagogo organizacional ....................................... 111
O pedagogo organizacional, o diagnóstico, a cultura e as mudanças no 
cenário organizacional................................................................................................112
Treinamento e seleção: dinâmicas, jogos e simulações ........................................ 116
Educação corporativa: administração do conhecimento ...................................... 120
Intervenções sociais e práticas do pedagogo social ................................................. 121
O pedagogo social e suas práticas.................................................................................. 123
Ações e intervenções sociais .................................................................................... 125
Elaborando projetos organizacionais, sociais e hospitalares .................................. 128
Projeto organizacional ..............................................................................................................129
Projeto social ................................................................................................................. 132
Projeto hospitalar .......................................................................................................... 133
Sintetizando ......................................................................................................................... 136
Referências bibliográficas ............................................................................................... 137
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Olá! Seja bem-vindo(a) à disciplina Pedagogia Organizacional: Social e Hospitalar. 
Sem dúvida, esta disciplina é de extrema importância para a sua formação 
acadêmica e ampliará sua visão sobre a atuação do(a) pedagogo(a) em ambien-
tes não escolares, sejam eles organizacionais, sociais ou hospitalares. 
É possível compreender que um(a) profi ssional que lida diretamente com 
a aprendizagem e seus processos, promovendo o desenvolvimento em seus 
diferentes aspectos, pode atuar nos mais diversos lugares, contribuindo dire-
tamente no âmbito das habilidades e competências dos indivíduos. 
Ao longo desta disciplina, abordaremos conceitos relevantes para melhor 
compreensão do exercício da profi ssão em ambientes formais e não formais, 
como o perfi l do(a) pedagogo(a) social e sua atuação junto às minorias excluí-
das socialmente. A proposta é provocar refl exões sobre estratégias e perfi l 
profi ssional em diferentes espaços, tais como hospitais, em que o objetivo é 
acompanhar crianças ou adolescentes com necessidades educativas específi -
cas, além das leis que regem esse segmento. 
Abordaremos também questões como multiculturalismo, diversidade cul-
tural, cidadania, além de questões relacionadas à ética profi ssional e projetos 
organizacionais, sociais e hospitalares. Ao fi nal desta jornada, será possível ter 
uma visão mais ampliada da atuação do(a) pedagogo(a), bem como suas inter-
venções e contribuições nos diferentes espaços sociais.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 9
Apresentação
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Dedico este trabalho a Deus, dono da vida e de todo saber. Dedico à minha 
família, em gratidão por todo amor e apoio. Quero dedicar também a 
cada aluno em seus diferentes contextos e etapas. Que cada conceito seja 
transformador e norteador para um novo tempo em cada história de vida.
A professora Ludmila Dayana Bar-
reto da Silva Neves é especialista em 
Educação Tecnológica pelo CEFET/RJ 
- Centro Federal de Educação Tecnoló-
gica Celso Suckow da Fonseca (2020). 
Possui graduação em Pedagogia com 
habilitação em Educação Infantil, ma-
gistério nas séries iniciais do Ensino 
Fundamental, Educação de Jovens e 
Adultos e Gestão em Sistemas Educa-
cionais pela UERJ, Universidade do Es-
tado do Rio de Janeiro (2009).
Atua como designer instrucional na pro-
dução de materiais didáticos e como 
professora conteudista em diferentes 
instituições educacionais em disciplinas 
relacionadas à Educação e Tecnologia.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4369077966419328
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 10
A autora
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PEDAGOGIA 
ORGANIZACIONAL, 
SOCIAL E HOSPITALAR: 
OS FUNDAMENTOS 
NOS ESPAÇOS NÃO 
ESCOLARES
1
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Apresentar os fundamentos da Pedagogia organizacional nos diferentes 
espaços a partir de um breve histórico;
 Abordar aspectos da ética nas organizações a partir das relações humanas;
 Conceituar a Pedagogia organizacional e as práticas pedagógicas nos 
ambientes corporativos.
 Fundamentos da Pedagogia or-
ganizacional, social e hospitalar: 
breve histórico
 Pedagogia organizacional: 
aspectos gerais
 O(a) pedagogo(a) social como 
educador(a) social
 A atuação do(a) pedagogo(a) 
hospitalar
 Ética nas organizações: com-
portamento humano nas organi-
zações e relações
 Ética e moral: conceitos e defi-
nições
 A Pedagogia e a ética corporativa
 A ética nas relações de trabalho
 A Pedagogia organizacional e 
as práticas pedagógicas dentro 
das empresas
 Ações pedagógicas e integra-
ção na empresa
 Treinamento e desenvolvi-
mento 
 O(a) pedagogo(a) organizacio-
nal e a resolução de problemas
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 12
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Fundamentos da Pedagogia organizacional, social e 
hospitalar: breve histórico
Ao longo da história dos cursos de Pedagogia, questiona-se em quais espa-
ços o(a) pedagogo(a) poderia atuar e quais seriam suas respectivas atribuições 
e contribuições dentro da sua área de estudo nesses espaços. 
Nos primeiros anos de existência das instituições que tinham o curso de 
Pedagogia, o principal cenário de atuação era o ambiente escolar, no qual o(a) 
profi ssional lidava diretamente com crianças e adolescentes. Contudo, com o 
passar dos anos, a escola deixou de ser o único espaço para o(a) pedagogo(a), 
profi ssional que lida com a educação e seus processos, dentre outros conceitos 
relacionados à formação do indivíduo em seus diferentes aspectos. 
A palavra pedagogia tem sua origem na palavra grega paidagogía, estando 
relacionada aos métodos e práticas de ensino. Na Grécia Antiga, os paidagogos 
eram escravos que acompanhavam e educavam os fi lhos de seus senhores. A 
partir daí, podemoster uma ideia de onde vem o conceito de identidade cons-
truída para o(a) pedagogo(a).
CONTEXTUALIZANDO
É muito importante saber sobre a sua formação acadêmi-
ca e como se deram as mudanças até o presente momen-
to. O curso de Pedagogia no Brasil, por exemplo, iniciou 
ofi cialmente em 1939. Contudo, desde sua implantação, 
muitas mudanças aconteceram. O artigo “Curso de Peda-
gogia no Brasil: história e formação com pedagogos pri-
mordiais” traz informações importantes sobre o assunto. 
Agora que abordamos brevemente o conceito histórico do 
profi ssional de Pedagogia, precisamos compreender como se 
deu essa ampliação de seu campo de atuação. Contudo, antes 
disso, por mais óbvias que estas defi nições pos-
sam parecer nesse primeiro momento, precisa-
mos compreender a que se refere cada área 
de atuação descrita: Pedagogia organizacio-
nal, Pedagogia social e Pedagogia hospitalar. 
Observe o Quadro 1.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 13
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Pedagogia organizacional Pedagogia social Pedagogia hospitalar
Atuação em organizações e 
espaços não escolares. Na 
maioria das vezes, empresas 
de diferentes portes.
Atuação em ONGs, igrejas e 
em diferentes movimentos 
sociais. 
Atuação em hospitais.
QUADRO 1. ÁREAS DE ATUAÇÃO DO(A) PEDAGOGO(A) NAS ORGANIZAÇÕES
A atuação do(a) pedagogo(a) nesses espaços não escolares está relacionada 
a diferentes atribuições a partir do contexto de cada organização. E como se 
deu essa migração para os novos espaços de trabalho? A resposta está rela-
cionada diretamente com o papel do(a) pedagogo(a) e seu objeto de estudo: a 
educação. Partindo de uma perspectiva na qual há a possibilidade e a necessi-
dade de processos educacionais, o(a) pedagogo(a) pode atuar. 
A partir da Revolução Industrial no século XVIII, uma nova percepção sobre 
o trabalho e o seu desenvolvimento foi criada. É neste cenário que os proces-
sos de aprendizagem começaram a ser cabíveis nas organizações, uma vez que 
as relações de trabalho passaram por inúmeras mudanças e transformações, 
com pessoas passando a desempenhar funções dentro de uma esteira de pro-
dução com etapas e processos. Nesse sentido, foi preciso transmitir essas no-
vas formas de atuação para que cumprissem o papel necessário na produção. 
Desta forma, os colaboradores precisaram aprender a desenvolver o seu tra-
balho nas organizações.
A Revolução Industrial influenciou diretamente a organização social e eco-
nômica do fluxo de trabalho desde a organização do processo de produção 
artesanal para a manufatura, que data o início de tais mudanças, em que ocor-
reram as montagens em série e os novos processos de trabalho. Naquele mo-
mento surgiu a hierarquia, a necessidade do controle de produção e as novas 
formas de desenvolvimento industrial. 
Do século XVIII, com o marco da Revolução Industrial, até o século XXI, muitas 
mudanças aconteceram. Podemos compreender que a forma como se deu a re-
lação do trabalho e como aprender a desenvolver o trabalho proporcionou o de-
sencadeamento para os novos processos nas organizações. O trabalho foi frag-
mentado e cada trabalhador passou a atuar em uma etapa ou área específica 
com determinadas funções dentro de um fluxo estabelecido pela organização.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 14
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Sobre a Pedagogia social, seu surgimento se deu com a ideia de que é pos-
sível infl uenciar questões sociais a partir da educação. Com início na Europa, 
diante de uma crise econômica, industrial e social provocada pela Primeira 
Guerra Mundial, pedagogos se propuseram a atender necessidades socioedu-
cacionais de grupos sociais prejudicados.
Por fi m, quanto à Pedagogia hospitalar, seu início ocorreu na França, em 
1935, quando Henri Sellier desenvolveu a primeira escola voltada para crianças 
com necessidades específi cas. Em um curto espaço de tempo, alguns países 
começaram a investir também neste ramo, visando alcançar crianças com limi-
tações devido ao seu estado de saúde.
Pedagogia organizacional: aspectos gerais
Quando um(a) profi ssional de Pedagogia decide atuar em uma organização, 
é necessário compreender que sua área de atuação está relacionada direta-
mente com o segmento de gestão de pessoas. 
Por mais que ainda se tenha uma ideia de que toda e qualquer relação de 
estudo e trabalho em organizações esteja ligado ao estudo da Administração, 
vale lembrar que cada vez mais as empresas têm investido em profi ssionais 
de Pedagogia e Psicologia nos ambientes corporativos. É importante saber se-
parar e conhecer as devidas atribuições de cada profi ssional dentro de seus 
respectivos processos e áreas de atuação nos cenários empresariais. 
É importante lembrar de que o conceito de gestão de pessoas é algo já con-
siderável há alguns anos, e novas formações e profi ssões estão sendo criadas 
dentro dessa perspectiva, como o profi ssional de recursos humanos. No que 
diz respeito às atribuições do(a) pedagogo(a) nas organizações, precisamos 
compreender que suas atribuições estão voltadas para os processos educacio-
nais no âmbito corporativo.
EXPLICANDO
A gestão de pessoas pode ser defi nida como o conjunto de políticas e 
práticas indispensáveis para conduzir os aspectos da posição gerencial 
relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recruta-
mento, seleção, capacitação, recompensas e análise de desempenho.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 15
SER_PEDA_PEOSH_UNID1.indd 15 26/04/2021 12:05:07
Diante da perspectiva de que precisamos ampliar nossa visão acerca dos es-
tudos da Pedagogia e seus novos espaços de atuação, no âmbito empresarial, por 
exemplo, o(a) pedagogo(a) surge como o profissional que utiliza ferramentas pe-
dagógicas com o objetivo de promover a aprendizagem dos colaboradores. 
Talvez você esteja se perguntando: o que é necessário aprender em uma empresa? 
Seria apenas o trabalho a ser desenvolvido? A resposta está na proposta e na polí-
tica de cada organização e na relação desta com os seus colaboradores.
No contexto dos aspectos gerais da Pedagogia organizacional e tratando-se 
especificamente da Pedagogia empresarial, podemos considerar que a Pedago-
gia exercida ultrapassa os conceitos pré-estabelecidos historicamente nos espa-
ços escolares, mas alcança novos objetos, métodos e técnicas também voltadas 
para aprendizagem, contudo em um espaço voltado para o exercício do trabalho.
Libâneo, em Pedagogia e pedagogos, para quê, publicado em 2018, expõe o 
seguinte: 
Há uma ideia de senso comum, inclusive de muitos pedagogos, de que 
a Pedagogia é o modo como se ensina, o modo de ensinar a matéria, 
o uso de técnicas de ensino [...] trata-se de uma ideia simplista e re-
ducionista. A Pedagogia organizacional nos vem como uma evolução 
natural da Pedagogia, visto que ela se manifesta em todos os espaços, 
quer sejam escolares, não escolares e organizacionais (p. 29).
A chamada evolução natural da Pedagogia impacta não somente as atribuições 
dos(as) pedagogos(as) que atuam nos cenários corporativos, como também nos di-
ferentes contextos de exercício da Pedagogia. Nessa perspectiva, cabe a cada profis-
sional que lida com processos educacionais rever suas práticas, métodos e técnicas, 
considerando que essa evolução se dá a partir da própria evolução do ser humano 
em seus diferentes contextos. Permanecer com a mesma metodologia apenas por-
que ela “tem dado certo”, por exemplo, sem considerar as mudanças e transforma-
ções dos últimos tempos é um fato que precisa ser revisto na esfera educacional.
Assim como na Pedagogia escolar, que possui componentes específicos da 
realidade das instituições educacionais, a Pedagogia organizacional como Pe-
dagogia empresarial apresenta componentes que exigem uma constante aná-
lise de seus processos em seus diferentes âmbitos. Observe, no Diagrama 1, 
alguns desses componentesque influenciam nos processos educacionais de-
senvolvidos no âmbito corporativo.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 16
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DIAGRAMA 1. ALGUNS COMPONENTES DO CENÁRIO CORPORATIVO QUE 
INFLUENCIAM A PEDAGOGIA EMPRESARIAL
Pedagogia empresarial
Fluxo de produção Globalização 
Inovações tecnológicasRealidade do mercadoe identidade do consumidor
O(a) pedagogo(a) social como educador(a) social
A Pedagogia social dá espaço para atuação do(a) profi ssional de Pedagogia 
fora do contexto escolar. Dados históricos respaldam seu surgimento em dife-
rentes momentos, mas sempre a partir de uma ótica do(a) pedagogo(a) como 
um agente de transformação social a partir da educação. 
Ao longo da história da Pedagogia, podemos compreender que Froebel e 
Pestalozzi foram teóricos que acreditavam em uma educação voltada para 
questões humanitárias e fi losófi cas com o objetivo de ressignifi car indivíduos 
socialmente a partir de ferramentas educacionais. Contudo, o conceito de pe-
dagogia social foi consolidado somente após a Segunda Revolução Industrial, 
em que, devido ao cenário pós-guerra e aos inúmeros excluídos socialmente, 
Alemanha e Espanha passaram a investir em programas sociais visando a in-
clusão a partir de práticas educativas. 
O(a) pedagogo(a) social é o(a) profi ssional que atua em espaços não escolares, 
mas em outros espaços com pessoas socialmente excluídas ou em processos 
de inserção social. Podemos considerar as seguintes atividades e espaços para 
atuar: projetos sociais em instituições privadas, presídios, igrejas, ONGs, asilos, 
projetos sociais voltados para qualifi cação profi ssional, dentre outros. 
Um dos questionamentos que podem surgir sobre a presença 
do(a) pedagogo(a) em tais espaços, é como as suas práti-
cas pedagógicas contribuirão para a reinserção social de 
indivíduos em situação de exclusão ou de necessidade 
de amparo e acolhimento e qual seria o objeto de es-
tudo desse profi ssional.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 17
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Caliman, em “Pedagogia social: 
contribuições para a evolução de um 
conceito”, publicado em 2011, define 
a Pedagogia social como “uma ciência 
prática, social e educativa e não for-
mal que justifica e abrange em termos 
mais amplos a tarefa da socialização 
de indivíduos e, em modo particular, a 
prevenção e a recuperação no âmbito 
das deficiências da socialização e da falta de satisfação das necessidades”.
É importante lembrar que o(a) pedagogo(a) social possui atribuições distin-
tas do(a) assistente social. Um(a) pedagogo(a) em projetos sociais, por exemplo, 
sugere diálogos e análises voltados para a educação como estratégia de inter-
venção, enquanto o(a) assistente social possui atribuições voltadas diretamen-
te a questões sociais e diferentes contextos de pessoas com práticas relaciona-
das a outras intervenções (judiciais, governamentais etc). 
Quem é o(a) educador(a) social?
O(a) educador(a) social atua promovendo a integração entre o indivíduo e 
a sociedade por meio da educação. Sua área de atuação alcança pessoas que 
estão em condições de vulnerabilidade, exclusão social ou com alguma neces-
sidade física específica. 
CURIOSIDADE
Você sabia que o curso de Pedagogia não é a única 
formação que possibilita a atuação como educador(a) 
social? Para o exercício da função, o(a) profissional 
poderá ser graduado em outros diferentes cursos, mas 
deverá possuir algumas características específicas que 
o cargo pede. Para saber um pouco mais sobre alguns 
conceitos para a formação do Educador social, leia o 
artigo “Educador social: conceitos fundamentais para 
sua formação”, publicado em 2009.
Além disso, é importante abordar alguns conceitos históricos da profissão 
no Brasil. Existem duas premissas que envolvem a identidade do(a) educa-
dor(a) social: a Pedagogia social e a educação popular. Observe o Quadro 2 
com a definição de cada uma.
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL: SOCIAL E HOSPITALAR 18
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Pedagogia social Educação popular
Estudo social de práticas educativas; Não é institucionalizada;
Base teórica para as práticas de educação 
popular, sociocomunitária e educação social; Ocorre em grupos populares;
Visa melhorar as relações sociais e humanas; É determinada pela realidade e perspectiva histórica;
Se baseia em intervenções educativas 
intencionais e não formais.
É instituída com o objetivo de se opor ao 
projeto educacional dominante;
Adotada em movimentos sociais, em 
diferentes contextos.
QUADRO 2. DEFINIÇÕES DE PEDAGOGIA SOCIAL E EDUCAÇÃO POPULAR
Há uma relação entre a Pedagogia social e a educação popular. Ambas es-
tão articuladas, e podemos afirmar que a Pedagogia social se torna base para 
o desenvolvimento da educação popular. Enquanto a Pedagogia social volta-se 
para uma formação do indivíduo a partir de uma educação que fornece ferra-
mentas para incluí-lo socialmente, a educação popular possui uma identidade 
política que educa o sujeito dentro do contexto político educacional que se 
opõe à realidade capitalista. 
Como exemplo, podemos citar Paulo Freire: educador reconhecido entre 
muitos pesquisadores de Pedagogia social. Paulo Freire foi autor de vários li-
vros que problematizam questões sociais a partir de um discurso que fazia da 
educação uma “espada” para combater o sistema vigente. 
Freire acreditava que a transformação social aconteceria por meio de práti-
cas educativas e da mudança que a educação poderia fazer na vida das pessoas. 
De fato, as influências de Freire até hoje marcam o campo da Pedagogia social.
Segundo Paulo Freire, o conceito de educação popular é político, ou seja, 
não há neutralidade no educar e, consequentemente, uma educação voltada 
para resolução de problemas sociais pode promover mudança e transforma-
ção. É importante citar que diversos países no mundo também defendem tal 
ótica e valorizam as ideias de Paulo Freire, bem como seus conceitos relaciona-
dos à Pedagogia social e à educação popular.
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As práticas socioeducativas podem ser defi nidas basicamente como prá-
ticas educativas que se relacionam com práticas sociais. Pode parecer redun-
dante, mas é exatamente o conceito para a relação da educação com o âmbito 
social e de como as práticas educativas e a necessidade do amparo social se 
relacionam. No Brasil, o(a) educador(a) social, na maioria das vezes, faz um tra-
balho social e possui formações diversas e, em alguns casos, além de eventual-
mente não possuir ensino superior. 
Considerando a prática do(a) educador(a) social e a necessidade do co-
nhecimento das práticas pedagógicas para o exercício das práticas socioe-
ducativas, podemos considerar que a formação no âmbito da Pedagogia 
torna-se essencial para o bom exercício das atribuições designadas para 
esse(a) profi ssional.
A atuação do(a) pedagogo(a) hospitalar
O conceito de Pedagogia hospitalar pode parecer desconhecido para quem 
opta pela formação em Pedagogia. Antes de abordarmos pontos importantes 
deste campo de atuação, é importante destacar que a formação acadêmica 
para atuação o é imprescindível.
Durante muitos anos, crianças e adolescentes tiveram sua vida acadêmica 
interrompida devido ao seu estado de saúde e a necessidade de internação 
hospitalar. Por mais simples que essa intervenção pareça, todo o contexto de 
vida de um indivíduo é afetado quando, por motivo de doença, sua rotina é 
alterada, impossibilitando-o de praticar suas atividades. 
Tratando-se de crianças e adolescentes, esse processo pode ser ainda mais 
delicado. Com o objetivo de contribuir para que este(a) estudante não seja pre-
judicado nos estudos, o(a) pedagogo(a) hospitalar entra em cena. Este(a) pro-
fi ssional atua diretamente no hospital ou na residênciado(a) paciente caso este 
esteja impossibilitado de ir à escola. 
O espaço de atuação pode ser uma sala no hospital com estrutura para 
intervenções pedagógicas. O(a) pedagogo(a) hospitalar atua a partir de 
ações estratégicas relacionadas ao processo de ensino, aprendizagem e 
avaliação de jovens em idade escolar a partir das possibilidades existentes 
dentro de cada realidade.
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A Pedagogia hospitalar pode ser exercida em unidades de internação ou em 
alas de recreação do hospital. O ensino de jovens hospitalizados está respaldado 
pela Resolução n. 41, de 13 de outubro de 1995, emitida pelo Conselho Nacional 
dos Direitos da Criança e do Adolescente, e considera, dentre outras coisas, o 
direito de “desfrutar de alguma recreação, programas de educação para a saúde 
e acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. 
O processo de recuperação do(a) aluno(a) na condição de paciente tam-
bém é acompanhado de perto pelo(a) pedagogo(a) hospitalar, que faz parte 
da equipe e precisa ter informações sobre seu estado de saúde, uma vez que 
ele influencia diretamente nos processos de aprendizagem. Dessa forma, o(a) 
pedagogo(a) precisa acompanhar cada etapa em prol da recuperação.
O Diagrama 2 apresenta algumas das principais atribuições do(a) pedago-
go(a) em ambientes hospitalares. 
DIAGRAMA 2. ATRIBUIÇÕES DO(A) PEDAGOGO(A) HOSPITALAR
Fazer o acompanhamento do
progresso acadêmico da 
criança ou adolescente, mes-
mo depois da alta hospitalar, 
para avaliar a efetividade 
das atividades pedagógicas. 
Selecionar e organizar os ma-
teriais didáticos utilizados nos 
atendimentos pedagógicos. 
Promover a integração dos
professores hospitalares.
Comunicar à família sobre o
atendimento pedagógico ao(à)
paciente-aluno(a). 
Aplicar métodos de avaliação 
e verificar o progresso acadê-
mico do(a) paciente-aluno(a). 
Acompanhar, com o médico 
responsável, o estado de 
saúde dos alunos para 
confirmar se o paciente está 
apto a receber atendimento
pedagógico. 
Pedagogo
hospitalar
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/12/2020. 
No Brasil, a Pedagogia hospitalar foi instituída a partir da década de 1990, 
no momento em que órgãos públicos perceberam a necessidade de inserir o 
serviço no contexto da educação especial no País.
A Pedagogia hospitalar é reconhecida oficialmente nas Diretrizes Nacionais 
para a Educação Especial na Educação Básica no artigo 13 da resolução n. 2 de 
2001, respaldando a atuação do(a) pedagogo(a) nos ambientes hospitalares. 
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O(a) pedagogo(a) hospitalar deve se atentar à realidade dos(as) alunos(as) 
e conduzi-los(as) a uma aprendizagem a partir de estratégias pedagógicas e 
métodos adaptados. Para as crianças, é importante lembrar sobre a relação 
entre ludicidade e aprendizagem mesmo nos ambientes hospitalares, além 
da criatividade e da utilização dos espaços disponibilizados. 
Cada aluno(a) possui um histórico e necessidades especí-
fi cas dentro do processo de ensino-aprendizagem. Sendo 
assim, o(a) pedagogo(a) hospitalar precisa estar atento às 
necessidades e utilizar técnicas e métodos que atendam 
às necessidades físicas, psíquicas e muitas vezes emocionais 
dos(as) alunos(as).
Ética nas organizações: comportamento humano nas 
organizações e relações
O conceito de ética no âmbito corporativo pode ser considerado um dos 
temas mais importantes para um bom exercício das profi ssões neste cenário. 
A defi nição de ética pode ser dada a partir de um segmento da Filosofi a que 
se destina a analisar as formas de agir do ser humano, organizando tais ações 
em “certo” ou “errado”. As normas de conduta que se encaixam socialmente às 
regras sociais referem-se ao conceito de ética.
Nas organizações, a ética diz respeito ao conjunto de normas e regras, es-
tabelecidas pelas empresas, que o(a) profi ssional precisa cumprir para um bom 
desenvolvimento do seu trabalho e para um bom relacionamento com os de-
mais colaboradores no ambiente corporativo. 
Assim como nos demais espaços sociais, as relações humanas também in-
fl uenciam na dinâmica e no funcionamento das organizações. É importante 
lembrar que o comportamento humano dentro do contexto corporativo preci-
sa se adequar às normas estabelecidas e tais normas devem fi car claras já em 
sua admissão. 
Podemos conceituar a ética no âmbito corporativo como ética profi ssional 
e compreendê-la como o conjunto de regras estabelecidas pela empresa com 
o objetivo de proporcionar uma boa conduta nos mais diferentes níveis hierár-
quicos para todos.
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Ética e moral: conceitos e definições
O estudo da ética está relacionado com as abordagens do comportamento 
humano e das regras sociais que precisam ser cumpridas para uma boa convi-
vência e para o bem de todos. A partir da ética, defi ne-se o que é certo e errado, 
estabelecendo um padrão de conduta para as pessoas conviverem socialmente. 
Para Cortella, em Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão, 
liderança e ética, publicado em 2009, a ética é: 
o que marca a fronteira da nossa convivência. [...] é aquela perspec-
tiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para 
existirmos juntos [...] é o conjunto de seus princípios e valores que 
orientam a minha conduta (p. 102).
Há inúmeras questões que envolvem a ética no cotidiano. Como exemplo 
podemos citar o ato de furar uma fi la, sem considerar as pessoas que che-
garam com antecedência. Diante desse exemplo, podemos compreender uma 
atitude que burla uma conduta de ética estabelecida, que consiste em respei-
tar determinada ordem de chegada para ser atendido(a). 
A ética apresenta alguns princípios básicos diante do comportamento das 
pessoas e como estes comportamentos infl uenciam na sociedade. O utilitaris-
mo, os direitos individuais e a justiça são alguns desses princípios. Todos eles 
estão explicados no Quadro 3.
Utilitarismo: defesa de um ponto de vista no qual a ética é melhor aplicada quando 
benefi cia o maior número de pessoas, maximizando ou minimizando as consequências 
de nossas ações.
Direitos individuais: proteção de direitos essenciais como o direito à informação, ao 
processo legal para sua defesa, à privacidade, à liberdade de consciência etc.
Justiça: justiça social e oportunidade, com equidade, na busca de signifi cados e 
felicidade na vida, com tratamento igual para pessoas iguais.
QUADRO 3. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ÉTICA
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A palavra ética tem a origem na palavra grega éthos e significa caráter moral, 
sendo comumente utilizada para descrever o conjunto de hábitos ou crenças 
estabelecidos socialmente. 
Desse modo, uma vez que a ética é o padrão socialmente estabelecido para 
definir o que é certo ou errado, a forma em como o indivíduo lida com tais 
normas e regras na sociedade também influencia as relações sociais. Para com-
preendermos essa relação entre as normas estabelecidas e a forma como indi-
víduos lidam elas, precisamos abordar o conceito de moral.
O conceito de moral está estritamente relacionado à ética, já que consiste 
no modo como lidamos com as normas e regras de conduta estabelecidas. 
Podemos exemplificar basicamente na seguinte expressão: ética é a regra do 
jogo e moral é o fato de decidir cumpri-las ou não a partir do que conside-
ramos a respeito do que é certo ou errado. Existem outras definições para 
moral, mas em um sentido mais individualizado. Ainda, a moral de cada indi-
víduo é construída a partir de vivências, experiências e influências. Por fim, 
vale pontuar que questões culturais também influenciam na construção da 
moralde cada indivíduo. 
A visão dos indivíduos quanto às regras e normas sociais estabelecidas pela 
ética passam pelo “julgamento” da sua própria moral, já que esta é considerada 
o padrão, construído a partir de diferentes fatores. 
A moral também pode ser considerada o conjunto de regras e valores não 
somente de um indivíduo, mas de um grupo social específico. Para cada grupo 
ou campo, há uma determinada moral. 
Podemos, ainda, compreender que a ética atua como uma reflexão sobre 
a moral dos indivíduos, já que é a partir da leitura de vários contextos que o 
padrão pode ser estabelecido como aquilo que seria justo e correto para todos. 
Marcos históricos também influenciam na moral dos indivíduos, considerando 
que várias reflexões de diferentes questões são revistas ao longo dos anos.
Os papéis sociais exercem influências na construção da moral de deter-
minados grupos ou indivíduos. Por exemplo: a partir de um governo e seu 
discurso, um determinado grupo social pode ser influenciado e desenvolver 
novas posturas e condutas morais. Ou, ainda, diante de um professor com 
determinados aspectos morais, indivíduos podem desenvolver uma moral 
influenciada por ele. 
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A moral pode ser considerada algo que se aprende de forma natural, trans-
mitida a partir do exemplo e dos discursos nas mais diferentes esferas: fami-
liar, religiosa, acadêmica etc. Os meios de comunicação também contribuem na 
construção da moral. Exemplos como respeitar os mais velhos e não se apro-
priar do que não é seu são aprendizados que podem ser considerados espon-
tâneos a partir de uma educação familiar dentro de uma determinada moral 
estabelecida socialmente dentro da família.
Podemos considerar que existe uma moral predominante, ou seja, a que 
podemos encontrar nos mais diferentes grupos sociais e influencia a maioria 
dos indivíduos, nas mais diferentes formas de pensar e agir diante de diver-
sos temas e assuntos no âmbito social. Por mais que a moral influencie dire-
tamente o indivíduo e os diferentes grupos sociais, vale ressaltar que a ética 
é a responsável em “reger” as regras e normas nas esferas sociais, visando o 
bem-estar de todos.
Relação entre a moral e a ética
A ética e a moral estão relacionadas nos mais diferentes contextos cultu-
rais e a melhor forma de conduzir essa relação é se atentar aos significados 
sociais e culturais estabelecidos ao longo dos anos nos mais diferentes mo-
mentos históricos. 
Há valores que foram estabelecidos e são historicamente demarcados, 
como em alguns grupos sociais, a relação da mulher e a sociedade, dentre ou-
tros. Por muitos anos (e em alguns grupos sociais até hoje), a mulher não podia 
votar. Muito se discute sobre este período que não teve apenas interferências 
políticas, mas ideológicas. Quem foi “a mulher” neste período histórico? E quem 
é a mulher atualmente? Aspectos morais mudaram com o passar dos anos e 
refletiram nas mais diferentes esferas sociais. E vale lembrar que os valores 
morais mudam, mas deixam consequências históricas e até mesmo sociais.
Em suma, podemos considerar que a moral influencia o código 
de ética, visto que existem aspectos morais que podem ser con-
siderados dominantes. A ética, por sua vez, também 
influencia nos mais diferentes pensamentos morais 
e tem por objetivo estabelecer uma conduta pa-
drão que estabeleça o certo e o errado a partir de 
regras sociais.
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A Pedagogia e a ética corporativa
Ao longo da história do trabalho, 
muitas mudanças aconteceram. Des-
de os primeiros dados históricos, 
passando pela Revolução Industrial, 
podemos perceber que tais mudan-
ças refl etiram diretamente na vida das 
pessoas e na sociedade. A forma como 
as pessoas lidam com o trabalho nas 
diferentes épocas traz infl uências que 
constroem a identidade e o signifi cado 
do trabalho no âmbito social. 
Socialmente, “ter” um trabalho, 
ou seja, uma ocupação de qualquer 
nível, é considerado uma boa atitu-
de socialmente. O fato de estar in-
serido na esfera corporativa possui 
significado social.
Além do valor de ser colaborador ou funcionário de uma determinada em-
presa, é importante ressaltar que existem normas e regras também no âmbito 
corporativo. Normas e regras estabelecidas para que o trabalho seja organiza-
do e cumprido da melhor forma possível. 
A ética corporativa baseia-se nos valores da empresa estabelecidos e 
transmitidos aos colaboradores. Tais valores norteiam as normas e regras para 
o exercício do trabalho e o funcionamento da organização nos mais diferentes 
níveis hierárquicos. A Pedagogia, por sua vez, por meio de métodos e técnicas, 
permite que os indivíduos sejam inseridos no contexto de uma aprendizagem, 
em que o(a) pedagogo(a), como profi ssional que atua em tais processos, é o(a) 
condutor(a) nesse contexto. 
As ações pedagógicas nos contextos corporativos visam desde a atua-
ção do funcionário na sua individualidade diante das suas funções no es-
paço corporativo até as ações em conjunto de aperfeiçoamento das rela-
ções de trabalho.
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A Pedagogia nos espaços corporativos foi inserida a partir da necessidade de 
capacitar os funcionários com as ferramentas educacionais adequadas e dese-
nhadas para o cenário corporativo. Ela tem por objetivo desenvolver os funcio-
nários por meio do conhecimento específico para o aprimoramento da profis-
são, além de promover uma integração que contribua para o êxito da empresa.
Para Ribeiro, em Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa, 
publicado em 2010,
A Pedagogia na empresa caracteriza-se como uma das possibilida-
des de formação e atuação do pedagogo bastante recente, especial-
mente no contexto brasileiro. Tem seu surgimento vinculado a ideia 
da necessidade de formação ou preparação dos recursos humanos 
nas empresas. Nem sempre, no entanto, as empresas preocupam-
-se com o desenvolvimento de seus recursos humanos, entendidos 
como fator principal do êxito empresarial (p. 9).
É importante considerar que a inserção do(a) pedagogo(a) nos espaços 
corporativos tem sido cada vez mais comum, principalmente no âmbito dos 
recursos humanos. Além de elaborar estratégias de integração das pessoas 
no ambiente de trabalho, ele(a) também atua na identificação de competên-
cias dos profissionais que podem ser aprimoradas ou reconhecidas. Suas 
ações contribuem para o desenvolvimento dos colaboradores no aspecto in-
dividual e coletivo.
A Pedagogia e a ética corporativa se encontram conforme a empresa utiliza 
métodos e ferramentas pedagógicas visando propagar seus valores, normas e 
regras entre colaboradores. As normas éticas de uma empresa expressam sua 
própria identidade e é importante que colaboradores reconheçam essa identi-
dade e cumpram as normas que fazem parte da organização. 
Compliance
Você já ouviu falar no termo compliance? A palavra traduzida para o portu-
guês significa conformidade e está relacionada a questões de uniformidade 
de informações e integridade das organizações. Em suma, refere-se às me-
didas que visam o cumprimento de normas para que a empresa se atente a 
qualquer situação ou fato que ocasione atos de corrupção. Tais medidas de-
vem sinalizar irregularidades nos mais diferentes aspectos, além de impedir 
que estas ocorram. 
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Compliance é considerado também uma boa estratégia para boa condução 
dos negócios não só para seus clientes, mas para todos, se referindo também 
à imagem da empresa com relação a sua integridade.
A questão é: qual a relação entre este conceito e a ética corporativa? A res-
posta está novalor que a sociedade dá para as empresas que valorizam sua 
integridade e legitimamente priorizam o tipo de imagem que desejam trans-
mitir aos seus clientes e ao público em geral. Culturalmente, as empresas que 
cumprem e atestam que estão em dia com suas responsabilidades nos diferen-
tes âmbitos possuem um apreço socialmente, logo, possuem boas chances de 
ascensão entre tantas outras empresas. 
Diante dos colaboradores e funcionários também é de extrema importância 
propagar e promover essa cultura de integridade e valor. Por meio de estratégias 
pedagógicas, as empresas inserem os funcionários em um processo de aprendi-
zagem sobre a própria organização e em como as suas ações podem contribuir 
ainda mais na sua função para o crescimento e expansão da empresa. 
Um funcionário precisa se enxergar como parte de um todo, que é a organiza-
ção a qual faz parte e, além disso, ter em sua conduta expressões que legitimam a 
identidade dessa empresa. A ética corporativa e a Pedagogia atuam em conjunto 
promovendo aos funcionários a cultura da empresa e sua identidade, além de bus-
car conhecê-los, aperfeiçoá-los, motivá-los e prepará-los para o futuro da empresa.
A ética nas relações de trabalho
A ética nas empresas rege o conjunto de normas e regras que visam o bom 
funcionamento das organizações e as boas relações nos espaços corporativos. 
Nesse sentido, conforme pontuado por Painter-Morland, em Business ethics as 
practice, publicado em 2009, podemos considerar que:
A ética nas corporações diz respeito à capacidade de obtenção de 
respostas para as muitas pressões e expectativas que afetam coti-
dianamente as vidas dos indivíduos no decurso de suas participa-
ções em organizações e redes comerciais. Fornece equilíbrios em 
que o caráter, os valores e os relacionamentos se apresentam de 
maneiras signifi cativas, de modo que as pessoas sejam responsáveis 
entre si, autênticas e ajam com autonomia (p. 3-4, tradução livre). 
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Além de compreender que aspec-
tos relacionados às atividades laborais 
influenciam nos indivíduos que com-
põem o quadro de funcionários de 
uma organização, é importante com-
preender que as relações humanas 
também influenciam no trabalho e na 
cultura das empresas. Relembrando o 
conceito de “certo” e “errado”, nos es-
paços corporativos também é neces-
sário estar atento às regras que inter-
ferem nas relações existentes.
 Quando pensamos nas relações 
de trabalho sob a ótica da hierarquia, 
muitas questões podem surgir. Vamos a duas delas:
• O relacionamento com pessoas de um nível hierárquico maior pode ser o 
mesmo que temos com pessoas do mesmo nível?
• O que dizer e o que não dizer a uma pessoa na condição de chefia? Será 
que é válido puxar assunto sobre a sua vida pessoal sem qualquer vínculo além 
do ambiente de trabalho?
O(a) profissional precisa estar atento quanto às regras sociais nos es-
paços corporativos. Existem construções morais que ditam o que dizer e o 
que não dizer no ambiente de trabalho, o que vestir, como se comportar, 
dentre outros. Os princípios morais de cada sujeito estão relacionados a pa-
drões de valores estabelecidos. Contudo, dentro de uma organização, que 
é formada por pessoas diferentes, os valores individuais que um determi-
nado colaborador ou qualquer outro funcionário em um determinado nível 
hierárquico possui nem sempre será compatível com os valores dos demais 
reconhecidos dentro dos princípios éticos. E a partir das diferentes conside-
rações, surgem os conflitos. 
Um dos objetivos do(a) pedagogo(a) nas organizações, desse modo, é pro-
mover intervenções por meio de estratégias pedagógicas que desenvolvam 
reflexões sobre a postura e o cumprimento das normas e regras para uma boa 
conduta no ambiente de trabalho.
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É necessário compreender a importância de desenvolver posturas que 
promovam e possibilitem uma condição de trabalho agradável, independen-
temente das diferenças ou difi culdades no espaço corporativo. 
Atitudes como saber ouvir, saber trabalhar em equipe e relacio-
nar-se com os demais a partir do respeito são valores impor-
tantes para o desenvolvimento de boas relações de trabalho 
pautados na ética corporativa.
A Pedagogia organizacional e as práticas pedagógicas 
dentro das empresas
A atuação do(a) pedagogo(a) nas organizações está estritamente relacio-
nada com o desenvolvimento e identifi cação de competências, além de treina-
mentos e intervenções estratégicas com o objetivo de promover possibilidades 
de aprendizagem no cenário corporativo. 
Podemos, ainda, considerar que o(a) pedagogo(a) poderá atuar na área de 
recursos humanos, identifi cando competências e habilidades para alocações 
em setores específi cos. É válido ressaltar que o(a) pedagogo(a) possui como 
principal produto de seu trabalho a aprendizagem e seus processos. Sabemos 
que há diferentes campos de atuação nos mais diferentes espaços, contudo, o 
foco de sua formação é a aprendizagem dos indivíduos.  
Outra esfera de atuação para o(a) pedagogo(a) nos espaços corporativos 
pode ser vista no momento em que uma empresa está passando por mudan-
ças ou alterações organizacionais e os colaboradores precisam se 
adequar a novas realidades, aprender novas funções ou reco-
nhecer novas hierarquias estabelecidas. Quando uma empre-
sa sofre alterações na sua identidade corporativa, também é 
necessário que se apresente as mudanças ocorridas 
e suas respectivas adaptações. Desse modo, para 
que os funcionários aprendam sobre o novo mo-
mento no ambiente de trabalho, um(a) pedago-
go(a) torna-se essencial no desenvolvimento 
de novos processos e inserção dos profi ssionais 
nesse novo contexto.
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DIAGRAMA 3. PAPEL DO(A) PEDAGOGO(A) ORGANIZACIONAL 
As mudanças nos cenários corporativos são cada vez mais comuns. Como 
exemplo, podemos citar uma situação na qual uma empresa, que antes fun-
cionava presencialmente, passa, devido a um tipo de crise, a desenvolver uma 
nova forma de trabalho: o trabalho remoto.
EXPLICANDO
O trabalho remoto caracteriza-se por uma forma de trabalho em que os 
funcionários desenvolvem suas atividades à distância, ou seja, fora do 
espaço da organização a qual é funcionário ou presta serviços.
Qualquer mudança no cenário corporativo, seja nas funções a serem de-
sempenhadas ou na estrutura, precisam ser acompanhadas por um profissio-
nal que atue conduzindo os colaboradores e funcionários às novas aprendiza-
gens necessárias para o desenvolvimento de suas atribuições. 
Pedagogia
organizacional
Educação
corporativa
Desenvolvimento
de lideranças
Gestão de
talentos
Planejamento
de carreira
Recursos 
humanos
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Uma empresa que sofre mudanças organizacionais infl uencia diretamente 
seus funcionários. Dessa forma, condutas podem ser alteradas a partir de tais 
mudanças. Reuniões que aconteciam presencialmente, por exemplo, podem 
começar a acontecer virtualmente e com o auxílio de novas ferramentas, que 
passam a se tornar essenciais para o desenvolvimento do trabalho. 
Nesse sentido, uma empresa que está atenta à necessidade de instruir 
e preparar seus funcionários e colaboradores pode contar com a ajuda de 
um(a) pedagogo(a) para organizar os novos processos da melhor forma pos-
sível, visando a permanência da empresa e a aprendizagem de todos. In-
formações como qual ferramenta utilizar, ou como continuar a desenvolver 
suas atribuições precisam chegar a todos. Desse modo, um(a) pedagogo(a) 
organizacional pode planejar e organizar os processos que devem ser de-
senvolvidos para este momento.
Ações pedagógicase integração na empresa
Uma das atribuições do(a) pedagogo(a) nas organizações é promover 
ações que desenvolvam a integração dos colaboradores e funcionários. Por 
mais que o discurso sobre a importância em trabalhar em equipe seja bem 
conhecido e valorizado, é necessário que as empresas promovam ações es-
pecífi cas para desenvolver a integração de funcionários e setores que com-
põem a organização.
As ações pedagógicas que visam promover os valores voltados à impor-
tância do trabalho em equipe e a integração da empresa precisam partir do 
conceito de valor do funcionário em sua individualidade na organização. Inde-
pendentemente de sua função e seu nível hierárquico, o colaborador precisa se 
enxergar como pertencente à organização.
O espaço corporativo como um espaço de relações sociais pautadas na 
realização de tarefas e atribuições também é um campo para o desenvolvi-
mento de uma boa conduta a partir de valores éticos que devem ser apre-
sentados a todos que compõem a organização. Sobre a relação da educação 
e das intervenções para a integração dos colaboradores nas empresas, vale 
considerar que de acordo com Libâneo, em Pedagogia e pedagogos, para quê?, 
publicado em 2005:
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A educação, enquanto atividade intencionalizada, é uma prática 
que atua como influência do meio social sobre o desenvolvimen-
to dos indivíduos na sua relação ativa com o meio natural e so-
cial, tendo em vista, principalmente, potencializar essa ativida-
de humana para torná-la mais rica, mais produtiva, mais eficaz, 
diante das tarefas da práxis social postas num dado sistema de 
relações social (p. 82).
O(a) pedagogo(a) organizacional poderá elaborar estratégias pedagógicas 
que promovam a integração dos funcionários a partir de ações ao longo do 
ano, por meio de campanhas específicas ou intervenções que destacam valo-
res como o respeito, igualdade e importância do trabalho em equipe.
Outras ações e intervenções como testes de aptidão, reconhecimento de 
capacidades e habilidades também fazem parte das atividades diárias de um(a) 
pedagogo(a) organizacional, que sempre está em busca de novas formas de 
aprimorar o aprendizado dos funcionários e observá-los. 
A forma como se dará cada ação pode variar, indo do compartilhamento de 
textos sobre o assunto, dinâmicas à promoção de situações nas quais todos se-
jam estimulados a executarem de boas ações entre si. As intervenções podem 
ser inúmeras, desde que promovam o valor da integração e do comprometi-
mento pela boa conduta na empresa.
É importante que o(a) profissional encarregado de desenvolver tais práticas 
tenha o objetivo da integração e aplique métodos ou ferramentas cabíveis à rea-
lidade da empresa. Para que isso aconteça, é necessário elaborar planos estra-
tégicos pautados em planejamentos com dados que contribuirão para as ações. 
De acordo com Silva e Soares, no artigo “A função do pedagogo nas 
empresas” [s.d.]: 
O pedagogo que atua nos cenários corporativos precisa ter a sen-
sibilidade suficiente para perceber quais estratégias podem ser 
usadas e em que circunstâncias para que não se desperdice tem-
po demais aplicando vários métodos e, perca de vista os propó-
sitos tanto da formação, quanto da própria empresa. Ao planejar 
um programa de formação, treinamento ou seleção de métodos, 
estes devem obedecer ao princípio do desenvolvimento concomi-
tante de competências técnicas e de relacionamento social (p. 7).
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Diante da necessidade de elaborar ferramentas para uma formação de 
colaboradores, é necessário conhecer a identidade da organização e a fi na-
lidade da ação ou intervenção. Informações devem ser coletadas e estraté-
gias organizadas para que sejam aplicadas e tragam resultados. O planeja-
mento também é fundamental para as ações e devem nortear os processos. 
Quando um(a) pedagogo(a) conhece a organização em que atua e desenvol-
ve estratégias que adequam a realidade da instituição e dos colaboradores, 
os resultados são satisfatórios.
Além das informações necessárias para a aplicação de ações ou interven-
ções, é importante ter conhecimento sobre o perfi l dos colaboradores. Uma 
empresa que conhece seus funcionários pode elaborar ações e intervenções 
com objetivos mais claros e cabíveis à realidade da organização.
Treinamento e desenvolvimento 
É importante lembrar que o(a) pedagogo(a) é um profi ssional que tem em 
sua formação, dentre alguns objetivos, respaldos teóricos para atuar nos pro-
cessos de aprendizagem, com métodos e técnicas voltados para os processos 
educacionais. 
Algumas organizações possuem uma cultura corporativa baseada no in-
vestimento dos colaboradores para o crescimento da própria empresa. Uma 
organização que compreende o valor desse tipo de investimento é capaz de 
construir uma equipe com qualidade e com uma identidade corporativa que se 
destaca entre as demais.
É importante lembrar de que também é papel do(a) pedagogo(a) lidar com 
mudanças no cenário corporativo, além de colaborar na adaptação de novos 
funcionários na empresa, sendo que, para tais ações, estratégias e ferramen-
tas educacionais poderão ser utilizadas.
O(a) pedagogo(a) como especialista em assuntos relacionados à 
educação está preparado(a) para atuar nas organizações por se tratar 
de um espaço educativo no qual se busca o desenvolvimen-
to das competências exigidas pelos respectivos cargos e a 
aprendizagem contínua que é pertinente a todos, inde-
pendentemente dos níveis hierárquicos.
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 Catharino, em Treinamento do capi-
tal humano das empresas e o seu reflexo 
no processo de mudanças tecnológicas, 
econômicas e sociais. Uma avaliação do 
papel de educador do profissional de 
treinamento no âmbito das empresas 
nos últimos cinco anos, publicado em 
2002, aponta que o capital humano, 
ou seja, as pessoas que trabalham em 
uma determinada empresa, deve ter à 
sua disposição ferramentas de capacitação fornecidas pela empresa para a sua 
evolução e progresso corporativo. 
A partir dessa colocação, podemos considerar que é dever da organização 
estar atenta às tendências que o mercado demonstra. Dessa forma, quanto 
mais o(a) profissional tiver acesso ao conhecimento, maior será o domínio das 
ferramentas que a empresa disponibilizará. 
Ao(à) pedagogo(a) cabe o papel de estudar as tendências do mercado, se 
preparar, pesquisar, conhecer bem a realidade da empresa e investir em sua 
formação. Uma de suas atribuições também é interagir com os recursos hu-
manos e estar atento(a) às necessidades de treinamento e desenvolvimento 
de colaboradores. Quanto mais estiver por dentro da realidade corporativa da 
empresa e na realidade do mercado, mais preparado(a) está para desenvolver 
treinamentos e colaborar com a empresa e com os objetivos da organização.
A prática pedagógica voltada para o mercado está em constante mudança e 
atualização, já que esta é uma área que sempre passa por evoluções seguindo 
as necessidades do mundo corporativo e do mercado. 
Pedagogia tecnicista
Durante alguns anos, a Pedagogia tecnicista era considerada uma das úni-
cas práticas no ambiente corporativo em relação ao treinamento e desenvolvi-
mento dos colaboradores. O objetivo desta metodologia consistia em treinar e 
capacitar os funcionários unicamente na função que desempenhavam. Diante 
desta prática, os colaboradores da empresa se tornavam meros executores de 
funções e respectivas atividades, sem muitas vezes nem compreender o pro-
cesso completo de produção de trabalho. 
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Sobre o tecnicismo, Kuenzer e Machado, em “A pedagogiatecnicista”, publi-
cado em 1982, afi rmam que: 
Esta teoria surge tendo como preocupação central o controle do 
processo produtivo, necessidade gerada pelo desenvolvimento 
capitalista que, introduzindo novas relações de produção a par-
tir da compra e venda de força de trabalho, transfere o controle 
realizado internamente pelo produtor, a uma instância superior a 
ele: a da gerência (p. 31).
Em uma perspectiva educacional, a Pedagogia tecnicista pode apresentar 
características que indicam o quanto suas práticas podem parecer autoritárias 
e unicamente restritas a conduzir os(as) alunos(as) a repetirem os conteúdos 
transmitidos sem valorizar a contextualização em que estão inseridos. 
Diante da realidade corporativa, muitas organizações optam por práticas 
tecnicistas para o aperfeiçoamento das atribuições de colaboradores. A forma 
como as empresas lidam com os treinamentos dos funcionários diz muito so-
bre a sua cultura organizacional.
CURIOSIDADE
Você sabe qual a origem da Pedagogia tecnicista no Brasil 
e suas características mais específi cas? Muitas tendências 
pedagógicas são utilizadas nos mais diferentes espaços, 
inclusive nas empresas e conhecê-las é fundamental para a 
sua formação. Leia o artigo “Pedagogia tecnicista: um breve 
panorama” e conheça um pouco mais sobre esse assunto.
O(a) pedagogo(a) organizacional e a resolução de problemas
Além de ações e intervenções relacionadas a treinamentos e ca-
pacitações voltadas para os funcionários e colaboradores nas or-
ganizações, o(a) pedagogo(a) também atua na resolução 
de problemas. Trata-se de um perfi l profi ssional inse-
rido no contexto corporativo que também se res-
ponsabiliza em preparar a empresa para lidar com 
diferentes situações no cotidiano e em diferentes 
cenários organizacionais.
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É importante planejar e desenvolver estratégias para que as possíveis 
situações no ambiente de trabalho sejam encaradas da melhor forma pos-
sível, e o(a) profissional de Pedagogia tem a responsabilidade de proporcio-
nar ferramentas e metodologias para conduzir a empresa em momentos 
rotineiros ou atípicos. Para isso, é necessário compreender e analisar desde 
questões pontuais até individuais da empresa, obtendo um mapeamento de 
ações a partir de tais análises.
DIAGRAMA 4. TREINAMENTO E AVALIAÇÃO
Entrada Processo 
Retroação 
Saída 
Treinados 
Recursos 
organizacionais 
Programa de 
treinamento 
Processo de 
aprendizagem 
individual 
Avaliação 
dos resultados
Conhecimento 
Atitudes 
Habilidades 
Eficácia 
organizacional 
Fonte: CHIAVENATO, 2004, p. 499 apud OLIVEIRA JUNIOR; GUILHERME, 2014, p. 36. (Adaptado).
Uma organização pode passar por diferentes situações, desde pequenas 
mudanças administrativas até questões mais complexas, como uma grande 
mudança de gestão e reestruturação da empresa. O(a) pedagogo(a), nesse con-
texto, pode atuar conduzindo os processos da melhor forma possível. 
No âmbito da avaliação para detectar ou resolver problemas na empresa, 
é preciso atenção às ferramentas utilizadas. Quando ocorre, por exemplo, a 
aplicação de testes ou provas, para a identificar se os funcionários assimilaram 
determinado conteúdo para o melhor desenvolvimento de suas funções, ou 
ainda uma nova atribuição, é necessário que tal ação seja inserida dentro de 
um processo, e não de forma avulsa. Uma prova aplicada por si só pode não ter 
a funcionalidade desejada.
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Para Ribeiro, em Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa, 
publicado em 2010, o processo de avaliação dentro da organização acontece 
de diversas formas. Uma das formas diz respeito à reação, ou seja, em como o 
colaborador reage ao término do treinamento e como ele avalia o treinamento 
recebido. Vale considerar que um teste ou uma prova pode ser aplicada a partir 
de um treinamento ou capacitação. Além disso, os testes sobre os conteúdos 
transmitidos podem ser aplicados de diferentes maneiras e, nesse sentido, o(a) 
profissional de Pedagogia precisa conhecer as múltiplas maneiras de avaliação 
e como os resultados devem ser obtidos. 
Ao avaliar os funcionários individualmente por meio de entrevistas, pales-
tras ou observações comportamentais, é importante apontar os pontos de 
melhorias necessários para cada pessoa. Dessa forma, essas pessoas podem 
traçar planos e estratégias para melhorar esses pontos fracos.
Em suma, cada organização possui uma realidade e diferen-
tes contextos em relação aos seus funcionários e colaborado-
res. O(a) pedagogo(a) organizacional precisa estar atento a 
tais informações e utilizar as melhores ferramentas e práti-
cas pedagógicas visando o êxito e o sucesso da empresa. 
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Sintetizando
Nessa unidade, vimos que a atuação do(a) pedagogo(a) ultrapassou a sala 
de aula. A partir de uma formação que tem como base os processos educacio-
nais e a aprendizagem, novos espaços passaram a receber este perfil profissio-
nal. Compreendemos os fundamentos da Pedagogia organizacional para visua-
lizar sua atuação em espaços como empresas, ONGs e hospitais. Olhar para 
esses espaços a partir de uma ótica priorizando as possibilidades educacionais 
é perceber o valor do(a) profissional de Pedagogia. 
No âmbito social, vimos que o(a) pedagogo(a) pode atuar como educador(a) 
social e utilizar ferramentas pedagógicas para intervenções cabíveis no proces-
so de ressocialização dos indivíduos. Vale lembrar que a atuação do(a) assisten-
te social e do(a) pedagogo(a) social se encontram, mas desempenham papéis 
distintos, mesmo agindo em conjunto.
Em seguida, vimos que a atuação do(a) formado em Pedagogia também é 
demandada por hospitais. Nesse espaço, o(a) pedagogo(a) atua nos processos 
educacionais com pacientes que, por motivos de saúde, tiveram sua ida a es-
cola interrompida, possibilitando a continuidade dos estudos dessas pessoas. 
Por fim, aprendemos que o papel do(a) pedagogo(a) nas organizações está 
relacionado a atribuições voltadas para treinamentos, capacitações, desenvol-
vimento, resolução de problemas e aspectos relacionados à ética e cultura das 
organizações. As práticas pedagógicas nas organizações devem ser propostas 
a partir da identidade da organização e estrategicamente estarem alinhadas 
com os processos desenvolvidos. 
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A PEDAGOGIA
 SOCIAL E SEUS 
ASPECTOS: A ATUAÇÃO 
DO PEDAGOGO 
NOS ESPAÇOS 
SOCIOEDUCATIVOS
2
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conceituar a Pedagogia Social e elencar seus principais aspectos;
 Apresentar abordagens sobre multiculturalismo, diversidade cultural, 
cidadania e a relação delas com a Pedagogia Social;
 Abordar a Pedagogia Social a partir da perspectiva dos movimentos sociais 
na Educação. 
 O pedagogo e o contexto 
sociocultural: multiculturalismo, 
diversidade cultural e cidadania
 A Pedagogia Social e os seus 
diferentes contextos 
 Multiculturalismo e diversidade 
cultural
 Multiculturalismo e diversidade 
cultural na escola
 A Pedagogia Social na 
perspectiva do multiculturalismo e 
da diversidade cultural
 A cidadania e a Pedagogia Social
 Pedagogia Social e movimentos 
sociais na educação
 O pedagogo social, suas ações 
e intervenções nos movimentos 
sociais
 Pedagogia Social e o movimento 
negro
 Os grupos indígenas, os 
movimentos populares e a 
educação prisional
 Novas tecnologias e Pedagogia 
Social
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O pedagogo e o contexto sociocultural: multiculturalismo, 
diversidade cultural e cidadania
Quando se observa a Pedagogia Social sob uma ótica que busca seus princi-
pais aspectos, ela é considerada uma área de estudo que apresenta sua base no 
campo das Ciências da Educação e tem como espaço de atuação e área de conhe-
cimento a Educação Social, se constituindo como uma teoria geral da educação 
social e sendo um eixo norteador teórico para as ações voltadas para a Educação 
Popular, a Educação Sociocomunitária e a própria Educação Social.
Uma das principais características na Educação Social na sociedade está volta-
da à melhoria das relações humanas e sociais nos mais diferentes espaços, alcan-
çando crianças, adolescentes, adultos e idosos. O foco da Pedagogia Social está 
em intervenções educativas intencionais e não formais, diferente da educação 
formal que se desenvolve na escola. Segundo Caliman, na página 352 do artigo 
“Pedagogia Social: seu potencial crítico e transformador”, publicado em 2010 na 
Revista de Ciências da Educação – UNISAL, é possível defi nir Pedagogia Social como: 
[...] uma ciência, normativa, descritiva, que orienta a prática so-
ciopedagógica voltada para indivíduos ou grupos, que precisam de 
apoio e ajuda em suas necessidades, ajudando-os a administrarem 
seus riscos através da produção de tecnologias e metodologias so-
cioeducativas e do suporte de estruturas institucionais.
Ainda na perspectiva do autor, no Brasil há várias visões acerca da Pedagogia 
Social e, de um modo geral, ela é tida como uma pedagogia crítica que promove 
uma educação emancipadora dos sujeitos. Além disso, por meio da Pedagogia So-
cial, é possível refl etir de forma crítica, a partir de uma ótica focada na educação, 
sobre questões relacionadas ao âmbito social, como desigualdades sociais, con-
dições de vulnerabilidade, exclusão social, entre outras.
A pergunta norteadora da Pedagogia Social, diante de tais questões para a so-
ciedade, se resume a como a educação pode contribuir de maneira signifi cativa 
na vida dos indivíduos que se encontram à margem de uma “normalidade” esta-
belecida pela sociedade. Tal questionamento visa problematizar não só questões 
relacionadas à vida dos sujeitos que se encontram nos seus nichos sociais, mas 
provocar refl exões acerca do que a sociedade de um modo geral pode fazer ou 
deve fazer.
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Durante muitos anos, a Pedagogia Social esteve atrelada ao assistencialismo 
e, devido a essa realidade, algumas pessoas podem não conhecer do que se trata

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