Buscar

pre-natal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pré – Natal 
As consultas de pré-natal se iniciam a partir do momento que há um atraso menstrual relatado pela paciente 
e, com isso, confirmação da gravidez pelo exame de B-HCG (pedido entre pacientes de 12 a 50 anos – 
menecma). 
Com a confirmação da gravidez já se inicia o uso de ácido fólico (único medicamento que pode ajudar a evitar 
malformações) ou metilfolato (forma já convertida do ácido fólico –para pacientes com deficiência da enzima 
redutora). Ademais, deve-se sempre reavaliar a drogas em uso pela paciente que possam causar algum 
malefício para o feto (realizar suspensão ou troca de medicamento). 
ANAMNESE NO PRE-NATAL 
1. Identificação 
• Nome 
• Idade – extremamente IMPORTANTE pois os dois extremos são considerados alto risco 
• Calcular a idade gestacional – data da DUM até os dias atuais, dividido por 7 
2. Antecedentes pessoais (HAS, DM, tireoide, CA e trombofilia) 
3. Antecedentes familiares 
4. Antecedentes gineco-obstétricos/toco ginecológicos 
• Número de gestações – paridade e abortamentos. 
• GxPxAx 
• Importante identificar a via de parto, alguma complicação nas gestações e partos anteriores. 
• Abortos anteriores, questionar se foram precoces – até 12s ou tardios – até 22s 
• Em pacientes multíparas especificar os partos. 
• Em pacientes com mais de uma gestação e que realizaram troca de parceiro sexual, maior será 
o risco de pré eclâmpsia, por isso sempre questionar a paciente. 
• De acordo com as semanas da paciente, perguntas sobre os movimentos do feto. 
ACOMPANHAMENTO ADEQUADO DO PRÉ NATAL 
O ideal é que a primeira consulta ocorra antes da 17ª semana de gestação (4⁰ mês), para ser considerado um 
pré natal bem feito, deve-se apresentar no mínimo 6 consultas durante a gestação. As consultas são 
distribuídas de acordo com a idade gestacional do paciente; 
• Consultas mensais até 28ª semana 
• Consultas quinzenais da 28ª a 36ª semana 
• Consultas semanais após a 36ª semana – período de maior risco 
• NÃO EXISTE ALTA DO PRÉ NATAL ATÉ O BEBE NASCER 
• A primeira consulta no puerpério deve ocorrer até 42 dias após o nascimento – 6 semanas 
EXAME FISICO NO PRE-NATAL 
• Idade gestacional 
• Peso da paciente – o ganho de peso não deve passar 500g por semana), 
• Pressão arterial – o ideal para manter o crescimento fetal é 130/85 
• Altura uterina (a partir da sínfise púbica – geralmente, de 20 a 34 semanas, o comprimento uterino 
é fidedigno com a IG), 
• Situação – longitudinal, transversa, obliqua 
• Apresentação – cefálica, pélvica ou córmica 
• Posição – a direita ou a esquerda 
• BCF (com o sonar – normal de 120 a 180 bpm, sempre avaliando o ritmo), 
• Movimentos fetais (a percepção começa com 16/18 semanas – mínimo de 10 a 12x por dia, 
perguntar se após a refeição mexe, não pode ficar mais de 4 hrs sem movimento) 
(2)
(2)
 
EXAMES DE ROTINA – cai no OSCE 
1. Hemograma completo 
• Hemoglobina > 11 
• Hematócrito > 33% 
As gestantes apresentam uma anemia fisiológica da gravidez, 
existe uma hemodiluição do sangue da gestante, ou seja, há 
aumento de massa eritrocitária, mas o aumento de líquido 
plasmático é maior. 
2. Glicemia em jejum 
Solicitada no 1º trimestre, exame de rastreio de diabetes 
gestacional, os valores de referência são: 
• Em jejum até 92 mg/dL 
• Entre 92-125 mg/dL é diagnosticada com Diabetes 
gestacional 
• > 125 mg/dL a paciente já apresentava diabetes pré 
gestacional 
Obs: TOTG, se em 1h > 180 e/ou 2h > 153 também se firma o 
diagnóstico de DMG. 
3. Urina I e Urocultura 
As infecções urinárias são as mais comuns em gestantes, podem 
ser graduadas em bacteriúria assintomática, cistite e pielonefrite. 
• Leucócitos – pode indicar infecção urinária 
 
4. ABO/Rh/ Coombs indireto 
Extremamente importante determinar a tipagem sanguínea da 
gestante, principalmente em gestantes Rh-, já o Coombs indireto – 
pesquisa de Ac irregulares - PAI, segundo o protocolo deve ser 
solicitado para todas as gestantes. 
• Coombs indireto positivo – gestante sensibilizada, 
considerada uma gestação de alto risco 
• Coombs indireto negativo – gestante não sensibilizada, 
nesses casos deve-se administrar IG anti-D com 28 semanas 
de gestação e se o filho da gestante Rh- for Rh positivo, 
deve-se administrar uma nova dose em até 72h pós parto. 
** sulfato ferroso só é administrado no 2° trimestre, pois no 1° possui ação oxidativa, que causa pré-eclâmpsia 
e DM gestacional 
SOROLOGIAS – cai no OSCE 
1. VDRL – pesquisa 
laboratorial de doença 
venérea (ISTS) 
Nunca irá negativar para aquelas gestantes que já tiveram. 
• MHATP e FTA-Abs são exames treponêmicos para sífilis – 
específicos, e avaliam a presença de IgM e IgG. 
• IgM infecção mais recente/ IgG infecção mais antiga 
2. Teste rápido para HIV – 
3. IgM e IgG para 
toxoplasmose 
Avaliar suscetibilidade ou estado imunológico da paciente. Quando 
necessário, faz-se teste de avidez de IgG (feito com gestação até 16 
semanas – até 30% traduz baixa avidez, de 30% a 60% avidez 
indeterminada e maior que 60% traduz alta avidez) 
4. Hepatites B e C – 
5. TSH Avalia a presença de tireoideopatias 
 
MUITO IMPORTANTE! 
Entre 24-28 semanas, é OBRIGATÓRIO a solicitação dos seguintes exames: TOTG, VDRL, HIV e Urina I + 
urocultura. 
Na internação para o parto solicitar novamente o VDRL. Pedir exame de IgM de toxoplasmose se necessário 
(2)
24 a 28 semanas 
EXAMES ULTRASSONOGRÁFICOS 
• Se a diferença entre a IG calculada pelo USG e pela DUM for maior que 1s, deve-se levar em 
consideração a idade obtida pelo USG. 
• Ate 10s o primeiro ultrassom deve ser endovaginal e a partir de 10s o ultrassom deve ser abdominal. 
• É muito importante descartar gravidez ectópica, podendo impedir a rotura da tuba uterina que ocorre 
na 9ª semana, ou seja, qualquer idade gestacional a partir da 6ª semana deve-se solicitar US 
endovaginal para auscultar batimento cardio fetal e diagnosticar gravidez ectópica. 
Segundo o ministério da saúde são obrigatórios 3 ultrassons (1 por trimestre). 
 1⁰ exame de ultrassom obstétrico – deve ser solicitado o mais precocemente possível (> 12 
semanas), tem grande importância na determinação da idade gestacional. 
 2⁰ exame de ultrassom obstétrico – Entre 11-13 semanas de gestação pode-se solicitar o ultrassom 
morfológico de 1º trimestre, que permite detectar trissomias como a trissomia do 21 – síndrome de Down, 
avaliando a transluscência nucal, osso nasal e doppler de artéria uterina e ducto venoso. 
 3⁰ exame de ultrassom obstétrico – Entre 20-24 semanas costuma ter um melhor resultado, pois o 
feto já apresenta os órgãos bem formados e é o período de pico de volume do líquido amniótico em relação 
ao feto, ou seja, a proporção de líquido amniótico em relação ao tamanho do feto o que facilita a visualização 
do órgãos e outras estruturas. 
Finalidade do US morfológico: 
• Calcular a IG 
• Determinar a localização da placenta ou se há placenta previa 
• Volume de liquido amniótico – ILA tem VR de 8-18 cm 
• Medidas de colo uterino: serve para diagnóstico de incontinência/incompetência cervical e risco de 
prematuridade 
➢ O colo cervical normalmente tem 40mm, assim um colo em 24 semanas com menos de 25mm 
é um fator de risco para trabalho de parto prematuro. 
➢ Quando o orifício interno está dilatado é considerado um colo uterino incontinente 
ALTURA UTERINA X LIQUIDO AMNIOTICO 
Altura uterina acima do esperado: a primeira coisa que se deve considerar quando a AU está acima do 
esperado é o erro no cálculo da IG, caso esteja correto, considerar os casos abaixo: 
• Polidrâmnio Macrossomia 
• Gemelar 
• Mola hidatiforme – tumoração do tecido placentário 
• Miomatose 
• Obesidade 
Altura uterina abaixo do esperado: pensar no mesmo caso de erro no cálculo da IG, caso esteja correto 
considerar os pré requisitos abaixo: 
• Feto morto 
• Oligohidrâmnio 
• Restrição de crescimento fetal 
 
 
 
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
<
QUEIXASCOMUNS 
• Náuseas e vômitos: principalmente no 1º trimestre de gestação. O quadro de hiperêmese gravídica se 
caracteriza por um quadro de desidratação grave com alterações hidroeletrolíticas → Essas queixas 
ocorrem devido o pico de produção hormonal, ou seja, momento de encontro entre os níveis dos 
hormônios produzidos pelo corpo lúteo e os hormônios produzidos pela placenta. 
• Polaciúria: significa aumento da frequência urinária, é normal de acontecer nos extremos do período 
gestacional, inicialmente pois o útero intra pélvico comprime a bexiga ao crescer e mais tardiamente 
o útero de tamanho aumentado (crescimento no sentido ântero posterior) volta a comprimir a bexiga 
→ Muito cuidado se a gestante relatar disúria pois é sinal de uma infecção. 
• Cefaleia: investigar se a queixa existia antes da gestação, estar atento para alguns medicamentos 
contra enxaqueca que são vasoconstritores e contraindicados na gestação. 
• Edema/palpitação: as extra-sístoles podem ocorrer devido a sobrecarga cardíaca na gestação. 
QUEIXAS IMPORTANTES!! 
• Cefaleia + visão turva + epigastralgia = risco de pré-eclâmpsia; 
• Disúria + dor lombar + febre = ITU; 
• Vômitos persistentes; 
• Perda de liquido pela vagina = risco de hipóxia fetal; 
• Diminuição dos movimentos fetais = risco de sofrimento fetal; 
• Sangramentos: 
 Com dor Sem dor 
1⁰ metade da gestação ( <20 sem) Aborto e Gravidez ectópica Mola 
2⁰ metade da gestação ( >20 sem) 
Descolamento prematuro de 
placenta 
Placenta previa 
 
POLIVITAMINICOS 
• Iniciar o sulfato ferroso por volta da 15ª/16ª semana de gestação, só introduzir antes (no primeiro 
trimestre) se a paciente apresentar anemia ferropriva – hemoglobina abaixo de 11mg/dL. 
• No primeiro trimestre da gestação é de grande importância a administração de ácido fólico, pois é ele 
quem auxilia no fechamento do tubo neural, evitando malformações neste. 
• Vitamina A é contraindica 
VACINAS 
• Indicadas: vacinas com vírus morto ou atenuado, por exemplo a DTpa – difteria, tétano e coqueluche, 
influenza, hepatite B. 
• Contraindicadas: vacinas com vírus vivo, por exemplo sarampo, caxumba, rubéola, raiva e febre 
amarela. 
 
 
**Curva glicêmica – se algum desses alterar já podemos considerar como DMG 
Em jejum < 92 
Na primeira hora < 180 
Na segunda hora < 153

Outros materiais