Logo Passei Direto
Buscar

11 11 - Revisão Unesp e Unicamp - 2019

User badge image
Rebeca Balos

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor
a. Machado de Assis.
b. José de Alencar.
c. Manuel Antônio de Almeida.
d. Aluísio Azevedo.
e. Euclides da Cunha.

Tal comentário refere-se ao seguinte movimento literário brasileiro
a) Romantismo.
b) Classicismo.
c) Naturalismo.
d) Barroco.
e) Arcadismo.

Constituem termos que reforçam o tom pessimista do poema:

a) “noite”, “vazio” e “fim”.
b) “dia”, “pele” e “cor”.
c) “coisas”, “vácuo” e “imaginação”.
d) “lâmpada”, “céu” e “escuridão”.
e) “ordem”, “povoações” e “espírito”.

A expressão programa genético, mencionada no trecho anterior, é
a) uma alegoria, pois sintetiza os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento dos genes e dos cromossomos no contexto ficcional de um programa de computador.
b) uma analogia, pois diferencia os mecanismos moleculares subjacentes ao código genético e ao funcionamento dos cromossomos dos códigos de um programa de computador.
c) uma metáfora, pois iguala toda a informação genética e os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento e expressão dos genes com as instruções e os comandos de um programa.
d) uma analogia, pois contrasta os mecanismos moleculares dos genes nos cromossomos e das doenças causadas por eles com as linhas de comando de um programa de computador.

O título do romance Caminhos cruzados, de Érico Veríssimo,
a) alude às dificuldades vividas pelas personagens mais representativas da elite urbana, além de sugerir que nenhum homem é uma ilha.
b) sugere que a vida social das personagens é constituída pelo conjunto de relações econômicas e psicológicas dos indivíduos.
c) remete à técnica narrativa do romance, no qual várias histórias são relacionadas, sem o estabelecimento de um protagonista principal.
d) simboliza as relações de poder da classe burguesa emergente e o seu desejo de controlar a conduta ética da sociedade.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor
a. Machado de Assis.
b. José de Alencar.
c. Manuel Antônio de Almeida.
d. Aluísio Azevedo.
e. Euclides da Cunha.

Tal comentário refere-se ao seguinte movimento literário brasileiro
a) Romantismo.
b) Classicismo.
c) Naturalismo.
d) Barroco.
e) Arcadismo.

Constituem termos que reforçam o tom pessimista do poema:

a) “noite”, “vazio” e “fim”.
b) “dia”, “pele” e “cor”.
c) “coisas”, “vácuo” e “imaginação”.
d) “lâmpada”, “céu” e “escuridão”.
e) “ordem”, “povoações” e “espírito”.

A expressão programa genético, mencionada no trecho anterior, é
a) uma alegoria, pois sintetiza os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento dos genes e dos cromossomos no contexto ficcional de um programa de computador.
b) uma analogia, pois diferencia os mecanismos moleculares subjacentes ao código genético e ao funcionamento dos cromossomos dos códigos de um programa de computador.
c) uma metáfora, pois iguala toda a informação genética e os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento e expressão dos genes com as instruções e os comandos de um programa.
d) uma analogia, pois contrasta os mecanismos moleculares dos genes nos cromossomos e das doenças causadas por eles com as linhas de comando de um programa de computador.

O título do romance Caminhos cruzados, de Érico Veríssimo,
a) alude às dificuldades vividas pelas personagens mais representativas da elite urbana, além de sugerir que nenhum homem é uma ilha.
b) sugere que a vida social das personagens é constituída pelo conjunto de relações econômicas e psicológicas dos indivíduos.
c) remete à técnica narrativa do romance, no qual várias histórias são relacionadas, sem o estabelecimento de um protagonista principal.
d) simboliza as relações de poder da classe burguesa emergente e o seu desejo de controlar a conduta ética da sociedade.

Prévia do material em texto

Profª. Cristiane 
 Literatura 
 
Página 1 de 5 
 
Revisão UNESP 
1. Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-1580) 
para responder às próximas três questões. 
 
Sete anos de pastor Jacob servia 
Labão, pai de Raquel, serrana bela; 
mas não servia ao pai, servia a ela, 
e a ela só por prêmio pretendia. 
 
Os dias, na esperança de um só dia, 
passava, contentando-se com vê-la; 
porém o pai, usando de cautela, 
em lugar de Raquel lhe dava Lia. 
 
Vendo o triste pastor que com enganos 
lhe fora assim negada a sua pastora, 
como se a não tivera merecida, 
 
começa de servir outros sete anos, 
dizendo: “Mais servira, se não fora 
para tão longo amor tão curta a vida”. 
 
(Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) 
De acordo com a história narrada pelo soneto, 
a. Labão engana Jacob, entregando-lhe a filha Lia, em vez de 
Raquel. 
b. Labão aceita ceder Lia a Jacob, se este lhe entregar 
Raquel. 
c. Labão obriga Jacob a trabalhar mais sete anos para obter 
o amor de Lia. 
d. Jacob descumpre o acordo feito com Labão, negando-lhe 
a filha Raquel. 
e. Jacob morre antes de completar os sete anos de trabalho, 
não obtendo o amor de Raquel. 
 
2. Uma das principais figuras exploradas por Camões em sua 
poesia é a antítese. Neste soneto, tal figura ocorre no verso: 
 
a. “mas não servia ao pai, servia a ela,” 
b. “passava, contentando-se com vê-la;” 
c. “para tão longo amor tão curta a vida.” 
d. “porém o pai, usando de cautela,” 
e. “lhe fora assi negada a sua pastora,” 
 
3. Do ponto de vista formal, o tipo de verso e o esquema de 
rimas que caracterizam este soneto camoniano são, 
respectivamente, 
a. dodecassílabo e ABAB ABAB ABC ABC. 
b. decassílabo e ABAB ABAB CDC DCD. 
c. heptassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 
d. decassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 
e. dodecassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 
 
4. Assinale a alternativa na qual se pode detectar nos versos 
do poeta português Manuel Maria de Barbosa du Bocage 
(1765-1805) uma ruptura com a convenção arcádica do locus 
amoenus (“lugar aprazível”). 
 
a. “Olha, Marília, as flautas dos pastores 
Que bem que soam, como estão cadentes! 
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes 
Os Zéfiros brincar por entre flores?” 
 
b. “O ledo passarinho que gorjeia 
Da alma exprimindo a cândida ternura, 
O rio transparente, que murmura, 
E por entre pedrinhas serpenteia:” 
 
c. “Se é doce no recente, ameno Estio 
Ver tocar-se a manhã de etéreas flores, 
E, lambendo as areias e os verdores, 
Mole e queixoso deslizar-se o rio;” 
 
d. “A loira Fílis na estação das flores, 
Comigo passeou por este prado 
Mil vezes; por sinal, trazia ao lado 
As Graças, os Prazeres e os Amores.” 
 
e. “Já sobre o coche de ébano estrelado, 
Deu meio giro a Noite escura e feia; 
Que profundo silêncio me rodeia 
Neste deserto bosque, à luz vedado!” 
5. 
 
 
 
 
 
 
 
A conhecida pintura de Pedro Américo (1840-1905) remete a 
um fato histórico relacionado à seguinte escola literária 
brasileira: 
 
a. Barroco. b. Arcadismo. c. Naturalismo. 
d. Realismo. e. Romantismo. 
 
6.(2016) O que primeiro chama a atenção do crítico na ficção 
deste escritor é a despreocupação com as modas 
dominantes e o aparente arcaísmo da técnica. Num 
momento em que Gustave Flaubert sistematizara a teoria do 
“romance que narra a si próprio”, apagando o narrador atrás 
da objetividade da narrativa; num momento em que Émile 
Zola preconizava o inventário maciço da realidade, 
observada nos menores detalhes, ele cultivou livremente o 
elíptico, o incompleto, o fragmentário, intervindo na narrativa 
com bisbilhotice saborosa. A sua técnica consiste 
essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da 
maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou 
em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos 
fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob 
aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e 
anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua 
modernidade, apesar do seu arcaísmo de superfície. 
(Antonio Candido. Vários escritos, 2004. Adaptado.) 
O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor 
a. Machado de Assis. b. José de Alencar. 
c. Manuel Antônio de Almeida. d. Aluísio Azevedo. 
e. Euclides da Cunha. 
 
 Profª. Cristiane 
 Literatura 
 
Página 2 de 5 
7. O Simbolismo é, antes de tudo, antipositivista, 
antinaturalista e anticientificista. Com esse movimento, nota-
se o despontar de uma poesia nova, que ressuscitava o culto 
do vago em substituição ao culto da forma e do descritivo. 
 (Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1994. Adaptado.) 
 
Considerando esta breve caracterização, assinale a 
alternativa em que se verifica o trecho de um poema 
simbolista. 
a. “É um velho paredão, todo gretado, 
Roto e negro, a que o tempo uma oferenda 
Deixou num cacto em flor ensanguentado 
E num pouco de musgo em cada fenda.” 
 
b. “Erguido em negro mármor luzidio, 
Portas fechadas, num mistério enorme, 
Numa terra de reis, mudo e sombrio, 
Sono de lendas um palácio dorme.” 
 
c. “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, 
Casualmente, uma vez, de um perfumado 
Contador sobre o mármor luzidio, 
Entre um leque e o começo de um bordado.” 
 
d. “Sobre um trono de mármore sombrio, 
Num templo escuro e ermo e abandonado, 
Triste como o silêncio e inda mais frio, 
Um ídolo de gesso está sentado.” 
 
e. “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras 
De luares, de neves, de neblinas!... 
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... 
Incensos dos turíbulos das aras...” 
 
8.Predomina neste movimento uma tônica mais cosmopolita, 
intimamente ligada às modas literárias da Europa, desejando 
pertencer ao mesmo passado cultural e seguir os mesmos 
modelos, o que permitiu incorporar os produtos intelectuais 
da colônia inculta ao universo das formas superiores de 
expressão. Ao lado disso, tal movimento continuou os 
esboços particularistas que vinham do passado local, dando 
importância relevante tanto ao índio e ao contato de culturas, 
quanto à descrição da natureza, mesmo que fosse em 
termos clássicos. 
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.) 
 
Tal comentário refere-se ao seguinte movimento literário 
brasileiro: 
 
a) Romantismo. b) Classicismo. c) Naturalismo. 
d) Barroco. e) Arcadismo. 
 
9.Leia um trecho do “Manifesto do Futurismo” publicado por 
Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944) no ano de 1909. 
Nós cantaremos as grandes multidões movimentadas pelo 
trabalho, pelo prazer ou pela revolta; as marés multicoloridas 
e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; a 
vibração noturna dos arsenais e dos estaleiros sob suas luas 
elétricas; as estações glutonas comedoras de serpentes que 
fumam; as usinas suspensas nas nuvens pelos barbantes de 
suas fumaças; os navios aventureiros farejando o horizonte; 
as locomotivas de grande peito, que escoucinham os trilhos, 
como enormes cavalos de aço freados por longos tubos, e o 
voo deslizante dos aeroplanos, cuja hélice tem os estalos da 
bandeira e os aplausos da multidão entusiasta. 
 
(Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia e modernismo 
brasileiro, 1992. Adaptado.) 
Em consonância com este preceito do Futurismo estão os 
seguintes versos, extraídos da produção poética de 
Fernando Pessoa (1888- 1935): 
 
a) Nas cidades a vida é mais pequena 
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. 
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, 
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para 
longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos 
tiram o que os nossos olhos nos podem [dar, 
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 
b) Ontem à tarde um homem das cidades 
 Falava à porta da estalagem. 
 Falava comigo também. 
 Falava da justiça e da luta para haver justiça 
 E dos operários que sofrem, 
 E do trabalhoconstante, e dos que têm fome, 
 E dos ricos, que só têm costas para isso. 
 E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos 
 E sorriu com agrado, julgando que eu sentia 
 O ódio que ele sentia, e a compaixão 
 Que ele dizia que sentia. 
c) Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, 
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, 
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro 
Ouvindo correr o rio e vendo-o. 
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as 
No colo, e que o seu perfume suavize o momento 
– Este momento em que sossegadamente não cremos em 
nada, 
Pagãos inocentes da decadência. 
 
d) Levando a bordo El-Rei dom Sebastião, 
 E erguendo, como um nome, alto o pendão 
 Do Império, 
 Foi-se a última nau, ao sol aziago 
 Erma, e entre choros de ânsia e de pressago 
 Mistério. Não voltou mais. 
 A que ilha indescoberta 
 Aportou? Voltará da sorte incerta 
 Que teve? 
 
e) Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera. 
 Amo-vos carnivoramente, 
 Pervertidamente e enroscando a minha vista 
 Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis, 
 Ó coisas todas modernas, 
 Ó minhas contemporâneas, forma atual e próxima 
Do sistema imediato do Universo! 
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus! 
 
10.Nesta obra, o autor optou por uma situação narrativa que 
se define pelo movimento de aproximação e distanciamento 
da substância sensível da realidade retratada, como forma 
de solidarizar-se com seus personagens e, ao mesmo tempo, 
sustentar uma posição crítica rigorosa ante a “desgraça 
irremediável que os açoita”. Relativiza, assim, a onisciência 
da terceira pessoa e reconstitui, pela via literária, o hiato 
entre seu saber de intelectual e a indigência dos retirantes – 
alteridade que buscou compreender pelo exercício artístico 
da palavra enxuta e medida. Com a cautela de quem não se 
permite explicitar significados ou avançar conclusões, o 
narrador condiciona a narração à expectativa dos 
personagens, através do uso intensivo do discurso indireto 
livre, que dá forma à sondagem interior pretendida e 
singulariza os destinos representados. 
 
(Wander Melo Miranda. “Texto introdutório”. In: Silviano 
Santiago (org). Intérpretes do Brasil, vol 2, 2000. Adaptado.) 
 
 Profª. Cristiane 
 Literatura 
 
Página 3 de 5 
 Tal comentário aplica-se à obra 
a) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. 
b) Os sertões, de Euclides da Cunha. 
c) Vidas secas, de Graciliano Ramos. 
d) Capitães da Areia, de Jorge Amado. 
e) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. 
 
Para responder às próximas três questões, leia o poema 
“Dissolução”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), 
que integra o livro Claro enigma, publicado originalmente em 
1951. 
 
Escurece, e não me seduz 
tatear sequer uma lâmpada. 
Pois que aprouve ao dia findar, 
aceito a noite. 
 
E com ela aceito que brote 
uma ordem outra de seres 
e coisas não figuradas. 
Braços cruzados. 
 
Vazio de quanto amávamos, 
mais vasto é o céu. Povoações 
surgem do vácuo. 
Habito alguma? 
 
E nem destaco minha pele 
da confluente escuridão. 
Um fim unânime concentra-se 
e pousa no ar. Hesitando. 
 
E aquele agressivo espírito 
que o dia carreia consigo, 
já não oprime. 
Assim a paz, destroçada. 
 
Vai durar mil anos, ou 
extinguir-se na cor do galo? 
Esta rosa é definitiva, 
ainda que pobre. 
 
Imaginação, falsa demente, 
já te desprezo. E tu, palavra. 
No mundo, perene trânsito, calamo-nos. 
E sem alma, corpo, és suave. 
 
(Claro enigma, 2012.) 
 
11. Constituem termos que reforçam o tom pessimista do 
poema: 
 
a) “noite”, “vazio” e “fim”. 
b) “dia”, “pele” e “cor”. 
c) “coisas”, “vácuo” e “imaginação”. 
d) “lâmpada”, “céu” e “escuridão”. 
e) “ordem”, “povoações” e “espírito”. 
12. Personificação: recurso expressivo que consiste em 
atribuir propriedades humanas a uma coisa, a um ser 
inanimado ou abstrato. 
 
(Dicionário Porto Editora da Língua Portuguesa. 
www.infopedia.pt. Adaptado.) 
 
Verifica-se a ocorrência desse recurso no seguinte verso: 
 
a) “Vazio de quanto amávamos,” (3a estrofe) 
b) “E nem destaco minha pele” (4a estrofe) 
c) “Esta rosa é definitiva,” (6a estrofe) 
d) “Pois que aprouve ao dia findar,” (1a estrofe) 
e) “No mundo, perene trânsito,” (7a estrofe) 
 
13. O pronome “te”, empregado no segundo verso da última 
estrofe, refere-se a 
 
a) “imaginação”. 
b) “palavra”. 
c) “rosa”. 
d) “mundo”. 
e) “corpo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
1.A 2.C 3.D 4.E 5.B 6.A 7.E 
8.E 9.E 10.C 11.A 12.D 13. A 
 
 
 
 
 Profª. Cristiane 
 Literatura 
 
Página 4 de 5 
Revisão UNICAMP – 1ª fase 
1. “...Nas ruas e casas comerciais já se vê as faixas 
indicando os nomes dos futuros deputados. Alguns nomes já 
são conhecidos. São reincidentes que já foram preteridos 
nas urnas. Mas o povo não está interessado nas eleições, 
que é o cavalo de Troia que aparece de quatro em quatro 
anos.” 
 
(Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2014, 
p. 43.) 
 
O trecho anterior faz parte das considerações políticas que 
aparecem repetidamente em Quarto de despejo, de Carolina 
Maria de Jesus. Considerando o conjunto dessas 
observações, indique a alternativa que resume de modo 
adequado a posição da autora sobre a lógica política das 
eleições. 
a) Por meio das eleições, políticos de determinados partidos 
acabam se perpetuando no exercício do poder. 
b) Os políticos se aproximam do povo e, depois das eleições, 
se esquecem dos compromissos assumidos. 
c) Os políticos preteridos são aqueles que acabam vencendo 
as eleições, por força de sua persistência. 
d) Graças ao desinteresse do povo, os políticos se apropriam 
do Estado, contrariando a própria democracia. 
 
2. 
(...) Eu tenho uma ideia. 
 Eu não tenho a menor ideia. 
 Uma frase em cada linha. Um golpe de exercício. 
 Memórias de Copacabana. Santa Clara às três da tarde. 
 Autobiografia. Não, biografia. 
 Mulher. 
 Papai Noel e os marcianos. 
 Billy the Kid versus Drácula. 
 Drácula versus Billy the Kid. 
 Muito sentimental. 
 Agora pouco sentimental. 
 Pensa no seu amor de hoje que sempre dura menos que 
o seu 
 amor de ontem. 
 Gertrude: estas são ideias bem comuns. 
 Apresenta a jazz-band. 
 Não, toca blues com ela. 
 Esta é a minha vida. 
 Atravessa a ponte. (...) 
 
(Ana Cristina Cesar, A teus pés. São Paulo: Companhia das Letras, 
2016, p. 9.) 
 
Esse trecho do poema de abertura de A teus pés, de Ana 
Cristina Cesar, 
 
a) expressa nostalgia do passado, visto que mobiliza 
referências à cultura pop dos anos 1970. 
b) requisita a participação do leitor, já que as referências 
biográficas são fragmentárias. 
c) exclui a dimensão biográfica, pois se refere a personagens 
imaginários e de ficção. 
d) tematiza a descrença na poesia, uma vez que a poeta se 
contradiz continuamente. 
 
3. 
“DOROTÉA O senhor perdeu a cabeça? 
DULCINÉA Fazer de um cangaceiro um delegado! 
DOROTÉA Quando a oposição souber! 
DULCINÉA Que prato pra Neco Pedreira! 
ODORICO E tomara que Neco se sirva bem dele. Tomara 
que chame Zeca Diabo de cangaceiro, assassino, quanto 
mais xingar, melhor. 
DOROTÉA O senhor não acha que se excedeu? 
ODORICO Em política, dona Dorotéa, os finalmentes 
justificam os não obstantes.” 
 
 
(Dias Gomes, O bem-amado. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. p. 
69-70.) 
 
As personagens femininas do excerto anterior discordam da 
nomeação de Zeca Diabo feita por Odorico. Assinale a 
alternativa que indica a razão dessa discordância e a 
natureza da crítica às práticas políticas brasileiras presente 
na peça teatral de Dias Gomes.a) Segundo as personagens, Zeca Diabo não possui os 
atributos necessários para o cargo. Critica-se uma sociedade 
que desconsidera a meritocracia. 
b) As práticas políticas são desconhecidas pelas 
personagens. A ingenuidade do cidadão e a astúcia 
necessária dos políticos são criticadas na fala delas e de 
Odorico. 
c) Dulcinéa e Dorotéa não simpatizam com Zeca Diabo, o 
que indica que a peça faz uma crítica às relações sociais 
presididas por afetos e interesses privados. 
d) Dulcinéa e Dorotéa não admitem que alguém fora da lei 
possa cuidar da ordem da cidade. Criticam-se os atos de um 
poder executivo que se orienta por um projeto pessoal de 
poder. 
 
4. Sobre as representações históricas da morte no Ocidente, 
Philippe Ariès e Alcir Pécora comentam: 
 
“O moribundo está deitado, cercado por seus amigos e 
familiares. Está prestes a executar os ritos que bem 
conhecemos. (...) Seres sobrenaturais invadiram o quarto e 
se comprimem na cabeceira do ‘jacente’. A grande reunião 
que nos séculos XII e XIII tinha lugar no final dos tempos se 
faz, então, a partir do século XV, no quarto do enfermo.” 
 
(Philippe Ariès, História da morte no Ocidente: da Idade Média aos 
nossos dias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012, p. 53.) 
 
“(...) essa espécie de arte de morrer de Vieira se opõe à 
tradição das artes moriendi fundadas na preparação para a 
‘última prova’ que acontece apenas no quarto do moribundo. 
Não é mais lá que se decide a salvação ou a condenação do 
cristão, mas no exato momento de suas escolhas e ações ao 
longo da vida, vale dizer, na resolução adequada a ser 
tomada hic et nunc (aqui e agora).” 
 
(Alcir Pécora, A arte de morrer, segundo Vieira, em Antonio Vieira, 
Sermões de quarta-feira de cinzas. Campinas, SP: Editora da 
Unicamp, 2016. p.51.) 
 
Com base nos excertos anteriores e na leitura dos três 
Sermões de Quarta-feira de Cinza, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) Em Ariès, a salvação ou danação ocorre no quarto do 
moribundo, mas nos sermões de Vieira é a atenção ao 
momento presente e a decisão correta que importam para o 
cristão. 
b) A afirmação de Alcir Pécora é válida somente para o 
primeiro sermão, pois os dois últimos sermões retomam o 
tema do fim dos tempos e da agonia do moribundo para a fé 
cristã. 
c) Segundo Ariès, o drama da salvação se dá na imagem do 
quarto do moribundo. Essa imagem é decisiva para a 
compreensão do terceiro sermão. 
 
 Profª. Cristiane 
 Literatura 
 
Página 5 de 5 
d) Para Alcir Pécora, o que distingue os sermões de Vieira 
dos discursos sobre a morte nesse período é a ênfase do 
padre jesuíta na ação futura. 
 
5. "A noção de programa genético (...) desempenhou um 
papel importante no lançamento do Projeto Genoma 
Humano, fazendo com que se acreditasse que a decifração 
de um genoma, à maneira de um livro com instruções de um 
longo programa, permitiria decifrar ou compreender toda a 
natureza humana ou, no mínimo, o essencial dos 
mecanismos de ocorrência das doenças. Em suma, a 
fisiopatologia poderia ser reduzida à genética, já que toda 
doença seria reduzida a um ou diversos erros de 
programação, isto é, à alteração de um ou diversos genes". 
 
(Edgar Morin, A religação dos saberes: o desafio do século XXI. 
Jornadas temáticas idealizadas e dirigidas por Edgar Morin. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil Ltda, 2012, p. 157.) 
 
A expressão programa genético, mencionada no trecho 
anterior, é 
 
a) uma alegoria, pois sintetiza os mecanismos moleculares 
subjacentes ao funcionamento dos genes e dos 
cromossomos no contexto ficcional de um programa de 
computador. 
b) uma analogia, pois diferencia os mecanismos moleculares 
subjacentes ao código genético e ao funcionamento dos 
cromossomos dos códigos de um programa de computador. 
c) uma metáfora, pois iguala toda a informação genética e os 
mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento e 
expressão dos genes com as instruções e os comandos de 
um programa. 
d) uma analogia, pois contrasta os mecanismos moleculares 
dos genes nos cromossomos e das doenças causadas por 
eles com as linhas de comando de um programa de 
computador. 
 
6. O título do romance Caminhos cruzados, de Érico 
Veríssimo, 
a) alude às dificuldades vividas pelas personagens mais 
representativas da elite urbana, além de sugerir que nenhum 
homem é uma ilha. 
B) sugere que a vida social das personagens é constituída 
pelo conjunto de relações econômicas e psicológicas dos 
indivíduos. 
C) remete à técnica narrativa do romance, no qual várias 
histórias são relacionadas, sem o estabelecimento de um 
protagonista principal. 
d) simboliza as relações de poder da classe burguesa 
emergente e o seu desejo de controlar a conduta ética da 
sociedade. 
 
7. “Sapo não pula por boniteza, mas porém por percisão.” 
 
(‘Provérbio capiau” citado em epígrafe no conto “ A hora e a vez de Augusto 
Matraga”, em joão Guimarães Rosa, Sagarana. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015, p.287.) 
 
Elementos textuais que antecedem a narrativa como, por 
exemplo, o provérbio citado, funcionam, em alguns autores, 
como pista para se entender o sentido das ações ficcionais. 
No excerto acima, as ideias de beleza e necessidade são 
contrapostas com vistas à produção de um sentido de ordem 
moral. Considerando-se a jornada heroica de Augusto 
Matraga, é correto afirmar que a narrativa 
a) contradiz o sentido moral do provérbio, uma vez que o 
protagonista não é fiel ao seu propósito de mudar os hábitos 
antigos. 
b) confirma o sentido moral do provérbio, uma vez que o 
protagonista realiza uma série de ações para corrigir seu 
caráter e reordenar eticamente sua vida. 
c) ratifica o sentido moral do provérbio, uma vez que o 
protagonista é seduzido pelos encantos da natureza e pelos 
prazeres da bebida e do fumo. 
d) refuta o sentido moral do provérbio, uma vez que o 
protagonista não consegue agir sem as motivações da 
beleza física e do afeto femininos. 
 
8. A fim de dar exemplos de sua teoria da “alma exterior”, o 
narrador-personagem do conto “O espelho”, de Machado de 
Assis, refere-se a uma senhora conhecida sua “que muda de 
alma exterior cinco, seis vezes por ano”. E, questionado 
sobre a identidade dessa mulher, afirma: “Essa senhora é 
parenta do diabo, e tem o mesmo nome: chama-se Legião...” 
Considerando o contexto dessa frase no conto, pode-se dizer 
que ela constitui 
 
a) uma crítica à noção de alma exterior como resultante da 
influência do mal. 
b) uma consideração cômica que ressalta o nome inusitado 
da senhora. 
c) uma condenação do comportamento moral da senhora em 
questão. 
d) uma ironia com a inconstância dos valores sociais 
associados à alma exterior. 
 
9. 
Transforma-se o amador na coisa amada, 
Por virtude do muito imaginar; 
Não tenho, logo, mais que desejar, 
Pois em mim tenho a parte desejada. 
 
Se nela está minha alma transformada, 
Que mais deseja o corpo de alcançar? 
Em si somente pode descansar, 
Pois com ele tal alma está liada. 
 
Mas esta linda e pura semideia, 
Que, como o acidente em seu sujeito, 
Assim como a alma minha se conforma, 
 
Está no pensamento como ideia; 
E o vivo e puro amor de que sou feito, 
Como a matéria simples busca a forma. 
 
(Luís de Camões, Lírica: redondilhas e sonetos, Rio de Janeiro: 
Ediouro / São Paulo: Publifolha, 1997, p. 85.) 
 
Um dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é a 
retomada renascentista de ideias do filósofo grego Platão. 
Considerando o soneto citado, pode-se dizer que o chamado 
“neoplatonismo” camoniano 
 
a) é afirmado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a 
união entre amador e pessoa amada resulta em uma alma 
única e perfeita. 
b) é confirmado nos dois últimos tercetos, uma vez que a 
beleza e a pureza reúnem-se finalmente na matéria simples 
que deseja. 
c) é negado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a 
consequência da união entre amador e coisaamada é a 
ausência de desejo. 
d) é contrariado nos dois últimos tercetos, uma vez que a 
pureza e a beleza mantêm-se em harmonia na sua condição 
de ideia. 
 
 
 
 
GABARITO: 
 
1. B 2. B 3. D 4. A 5. C 6. C 7. A 8. D 9. A