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PPT_Extensão_Penal Econômico e Compliance

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damasio.com.br/atualização-e-pratica
Direito Penal Econômico 
e Criminal Compliance
CURSO DE EXTENSÃO
Profa. Ma. Anne Ávila
damasio.com.br/atualização-e-pratica
Roteiro
 * Conceitos iniciais e aspectos importantes
1) Direito Penal Econômico 
 * Tipos penais
 * Conceitos e princípios
2) Criminal Compliance
 * Compliance na legislação e outros aspectos
3) Atuação ética e responsável no âmbito do Direito Penal Econômico e 
Criminal Compliance
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Direito Penal Econômico
• Surge da necessidade de regulamentar novas demandas sociais, a partir da 
ampliação da importância das atividades econômicas;
• Difícil precisar um conceito de Direito Penal Econômico, pois protege 
distintos bens jurídicos e tipifica inúmeros comportamentos, como:
✓ Crimes contra a ordem econômica e tributária; 
✓Crimes contra o sistema financeiro nacional e previdenciário; 
✓ Crimes contra as relações de consumo;
✓ Crimes de lavagem de capitais;
✓ Crimes de contrabando e descaminho;
✓ Crimes de licitação;
✓Crime organizado.
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Direito Penal Econômico
• Luiz Regis Prado: “(...) visa à proteção da atividade econômica 
presente e desenvolvida na economia de livre mercado.”
• Manoel Pedro Pimentel: “(...) é um sistema de norma que defende a 
política econômica do Estado permitindo que esta encontre os meios 
para a sua realização. Além do patrimônio de indefinido número de 
pessoas, são também objeto de proteção legal o patrimônio público, 
o comércio geral, a troca de moedas, a fé pública, a administração 
pública, em certo sentido.”
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Direito Penal Econômico
• Não é autônomo, não possuindo regras e princípios próprios;
• Deve ser interpretado à luz dos princípios gerais do Direito Penal;
• Deve respeitar: 
- Ultima ratio, 
- Subsidiariedade,
- Fragmentariedade, 
- Legalidade e taxatividade,
- Responsabilidade penal subjetiva, 
- Proporcionalidade, etc.
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Legislação sobre Direito Penal Econômico
• Lei n°. 6.385/1976 (mercado de valores mobiliários e cria a Comissão 
de Valores Mobiliários); 
• Lei n°. 7.492/1986 (crimes contra o Sistema Financeiro Nacional); 
• Lei n°. 8.078/1990 (proteção do consumidor); 
• Lei n°. 8.137/1990 (crimes contra a Ordem Tributária, Econômica e 
contra as relações de consumo); 
• Lei n°. 8.666/1990 e Lei n°. 14.133/2021 (crimes praticados no 
âmbito de processos licitatórios); 
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Legislação sobre Direito Penal Econômico
• Lei n°. 9.279/1996 (crimes contra a propriedade intelectual); 
• Lei n°. 9.613/1998 (crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos 
e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os 
ilícitos desta lei; cria o Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras); 
• Lei n°. 12.850/2013 (organização criminosa). 
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Aspectos importantes sobre DP Econômico
• Normas em desacordo com o princípio da legalidade/taxatividade;
• Normas Penais em branco;
• Responsabilização pela prática de crimes econômicos;
• Autoria mediata e imediata.
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DP Econômico e a segurança jurídica
• LEGALIDADE: Art. 5°, XXXIX, CF e art. 1°, CP;
• Normas que violam o princípio da legalidade/taxatividade
 - Ex.: Lei n. 7.492/86 – art. 4°: “Gerir fraudulentamente instituição 
 financeira. (...). Parágrafo único. Se a gestão é temerária.
 Pena – reclusão , de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. ” 
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DP Econômico e a segurança jurídica
• NORMAS PENAL EM BRANCO: art. 22, I, CF (delimitação do permitido 
e proibido não sendo feita por lei ordinária)
- Ex.: Lei n. 6.385/76- art. 27-D: “Utilizar informação relevante* de 
que tenha conhecimento, ainda não divulgada ao mercado, que 
seja capaz de propiciar, para si ou para outrem, vantagem indevida 
, mediante negociação, em nome próprio ou de terceiros , de 
valores mobiliários: Pena – reclusão, de 1 a 5 anos, e multa de até 
3 vezes o montante da vantagem ilícita obtida em decorrência do 
crime”.
* IN n° 358/2002 CVM – Revogada pela Resolução 44, 2021 (*art. 2°).
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DP Econômico e a segurança jurídica
Instrução Normativa CVM 358/2002 Resolução CVM 44/2021
DEFINIÇÃO DE ATO OU FATO RELEVANTE
Art. 2o Considera-se relevante, para os efeitos 
desta Instrução, qualquer decisão de acionista 
controlador, deliberação da assembléia geral 
ou dos órgãos de administração da companhia 
aberta, ou qualquer outro ato ou fato de 
caráter político-administrativo, técnico, 
negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou 
relacionado aos seus negócios que possa influir 
de modo ponderável:
CAPÍTULO II – DEFINIÇÃO DE ATO OU FATO 
RELEVANTE
Art. 2º Considera-se relevante, para os efeitos 
desta Resolução, qualquer decisão de acionista 
controlador, deliberação da assembleia geral 
ou dos órgãos de administração da companhia 
aberta, ou qualquer outro ato ou fato de 
caráter político-administrativo, técnico, 
negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou 
relacionado aos seus negócios que possa influir 
de modo ponderável:
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Responsabilização em crimes empresariais
• Art. 5°, XLV, CF: “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado”.
• Art. 13, CP: “O resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa” 
• Por serem praticados em estruturas empresariais dificulta a definição 
do responsável;
• As pessoas jurídicas que normalmente são as maiores beneficiárias 
dos crimes econômicos não podem ser responsabilizadas, exceto em 
crimes ambientais (Art. 225, § 3°, CF).
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Responsabilização em crimes empresariais
• A responsabilidade é subjetiva (pessoal), não pode ser presumida;
• Ser proprietário ou diretor de uma empresa não o torna responsável 
por todos os fatos que ocorrerem na dinâmica da empresa, isso 
ensejaria uma responsabilização objetiva;
• Mas na prática é muito comum, em crime econômico, denúncias 
contra proprietário ou diretor em razão da sua posição formal na 
empresa – é vedado pela jurisprudência.
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Responsabilização em crimes empresariais
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EM HABEAS CORPUS. CONTRA A 
ORDEM TRIBUTÁRIA. OMISSÃO NO RECOLHIMENTO DE ICMS, POR 11 VEZES, 
EM CONTINUIDADE DELITIVA (LEI 8.137/1990, ART. 2º, II; CP, ART. 71, 
CAPUT). INÉPCIA DA DENÚNCIA E AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. PRINCÍPIO DA 
INSIGNIFICÂNCIA. NÃO VERIFICAÇÃO DE ILEGALIDADES. AGRAVO 
DESPROVIDO.
1. Não é possível acolher a tese de inexistência de indícios de autoria quando 
há narrativa congruente na denúncia no sentido de que a ré era a 
administradora da empresa sonegadora dos tributos, conforme cláusula 
expressa prevista no contrato social. A alegação de que a responsabilidade 
era do administrador do grupo econômico deve ser analisada e perquirida 
durante a instrução processual, pois depende, invariavelmente, do exame de 
matéria fático-probatória. Precedentes. (...)
(STJ. AgRg no RHC n. 176.669/SC, relator Ministro Ribeiro Dantas, 
Quinta Turma, julgado em 22/5/2023, DJe de 26/5/2023.)
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Responsabilização em crimes empresariais
E M E N T A: “HABEAS CORPUS” - DELITO SOCIETÁRIO - CRIME CONTRA O 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - LEI Nº 7.492/86 - RESPONSABILIDADE 
PENAL DOS SÓCIOS QUOTISTAS - SUPOSTA INÉPCIA DA DENÚNCIA - 
INOCORRÊNCIA - PEÇA ACUSATÓRIA QUE ATRIBUI AO PACIENTE (SÓCIO) 
COMPORTAMENTO ESPECÍFICO E INDIVIDUALIZADO QUE O VINCULA, COM 
APOIO EM DADOS PROBATÓRIOS MÍNIMOS, AO EVENTO DELITUOSO - 
OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS FIXADOS PELO ART. 41 DO CPP - ALEGADA 
OMISSÃO DE CIRCUNSTÂNCIAS ESSENCIAIS DO FATO CRIMINOSO - 
CONTROVÉRSIA QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E 
CONFRONTO ANALÍTICO DE MATÉRIA ESSENCIALMENTE PROBATÓRIA -INVIABILIDADE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” - PEDIDO 
INDEFERIDO.
(STF. HC 93864, Relator(a): CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 
19/05/2009, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-093 DIVULG 16-05-2013 PUBLIC 17-
05-2013)
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Autoria
• Imediata ou direta: quem realiza a conduta típica (domínio da ação);
• Mediata ou indireta: autor intelectual do delito, aquele que dá a 
ordem, se utiliza de terceiro para execução (domínio do fato);
• Técnicas de investigação que podem apoiar na identificação dos 
autores: interceptação telefônica, quebra de sigilo fiscal, quebra de 
sigilo bancário, cooperação internacional, agente infiltrado, escuta 
ambiental, ação controlada e colaboração premiada.
• Art. 13, § 2°, CP: cada vez mais utilizado e muitas vezes sem 
observância das regras mínimas de verificação [comissivos por 
omissão ou omissivos impróprios];
• Ampliação excessiva da figura do garante (que deve agir para evitar a 
prática delitiva.
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Tipos penais
• O Direito Penal Econômico abrange muitas leis e tipos de crimes 
diversos;
• Necessidade de delimitação do objeto de estudo;
• Seleção de alguns tipos penais com relevância prática.
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Tipos penais – Código Penal
Apropriação indébita previdenciária 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à 
previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, 
a terceiros ou arrecadada do público; 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado 
despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de 
serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já 
tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. 
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Tipos penais – Código Penal
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o 
pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente 
for primário e de bons antecedentes, desde que: 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o 
pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de 
contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
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Tipos penais – Código Penal
Sonegação de contribuição previdenciária 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer 
acessório, mediante as seguintes condutas:
 I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de 
informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, 
empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado 
que lhe prestem serviços; 
 II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da 
empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou 
pelo tomador de serviços; 
 III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações 
pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais 
previdenciárias: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
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Tipos penais – Código Penal
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da 
ação fiscal. 
 § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa 
se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
 I – (VETADO) 
 II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior 
àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o 
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal 
não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a 
pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. 
 § 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas 
datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. 
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Tipos penais – Código Penal
Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido 
pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem: 
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; 
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; 
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou 
importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no 
território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; (Redação 
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
damasio.com.br/atualização-e-pratica
Tipos penais – Código Penal
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, 
desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que 
sabe serem falsos. 
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer 
forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive 
o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em 
transporte aéreo, marítimo ou fluvial. 
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Tipos penais – Lei 8.137/90 
Crimes Contra a Ordem Tributária
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, 
ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou 
omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido 
pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou 
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
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Tipos penais – Lei 8.137/90 
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva 
saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente 
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 
(dez) dias, quepoderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor 
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, 
caracteriza a infração prevista no inciso V.
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Tipos penais – Lei 8.137/90 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar 
outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado 
ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres 
públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer 
percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como 
incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas 
de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, 
fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
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Tipos penais – Lei 8.137/90 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no 
Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo 
I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a 
guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, 
acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, 
vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou 
cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 
3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração 
fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 
(um) a 4 (quatro) anos, e multa.
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Criminal compliance – Conceitos 
• Compliance: “ato voltado ao cumprimento de normas reguladoras de 
determinado setor.” (Badaró e Bottini);
• Compliance: “... é feito de normas de direcionamento direto ou 
indireto da organização da atividade econômica e de normas 
sancionadoras pelo descumprimento dessa premissa, pela atuação 
coercitiva do Estado.” (Maurício Tamer).
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Criminal compliance
• Surgiu como uma ferramenta no âmbito empresarial para evitar a 
responsabilização jurídica das próprias empresas (Conrado Gontijo);
• O primeiro objetivo era proteger as empresas, mas derivou em 
redução substancial na prática de delitos;
• Após, começam a surgir normas que passam a obrigar a adoção de 
programas de compliance;
• É possível falar em “privatização do controle da criminalidade”, ou 
seja, o Estado delegado aos particulares a obrigação de prevenir e 
combater ilícitos (Conrado Gontijo).
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Criminal compliance
• Evita a criminalidade empresarial;
• Com um conjunto de medidas adotados pela iniciativa privada 
cumpre as exigências impostas por lei e os regulamentos relativos 
atividade desenvolvida;
• Institui a observância da ética e da integridade corporativa.
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Criminal compliance – princípios 
Princípios considerados fundamentais (não existe lista definitiva):
• Comprometimento da Alta Direção: a liderança deve demonstrar 
comprometimento em relação à implementação do programa de 
Criminal Compliance;
• Avaliação de Riscos: é necessário realizar uma avaliação completa 
dos riscos associados às atividades da empresa é essencial;
• Código de Conduta e Políticas: desenvolver um Código de Conduta 
claro e abrangente, assim como políticas internas que definem as 
expectativas da empresa em relação ao comportamento ético dos 
colaboradores e fornecedores.
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Criminal compliance – princípios 
• Treinamento e Conscientização: capacitar os colaboradores em 
relação às políticas de Criminal Compliance, oferecendo treinamentos 
periódicos e programas de conscientização para que todos entendam 
suas responsabilidades em relação à compliance com as leis;
• Canais de Denúncia: estabelecer canais seguros e eficazes para que 
os colaboradores possam relatar suspeitas de atividades criminosas 
sem medo de represálias;
• Due Diligence em Terceiros: analisar de forma criteriosa e contínua as 
empresas e indivíduos com os quais a empresa se relaciona, incluindo 
fornecedores, parceiros de negócios e clientes, a fim de garantir que 
eles também adotem práticas de compliance.
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Criminal compliance – princípios 
• Monitoramento e Auditoria: implementar sistemas de 
monitoramento e auditoria para identificar qualquer desvio das 
políticas de Criminal Compliance e tomar medidas corretivas 
adequadas;
• Resposta a Incidentes: desenvolver planos de resposta a incidentes 
para lidar com qualquer ocorrência de atividade criminosa ou 
irregularidade dentro da empresa, incluindo a investigação e a 
comunicação adequada às autoridades, quando necessário;
• Aperfeiçoamento Contínuo: o programa de Criminal Compliance 
deve ser constantemente revisado e atualizado para garantir 
que esteja atento às mudanças na legislação e com as 
novas ameaças emergentes.
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Criminal compliance
• O compliance é previsto pela Lei n. 9.613/1998 (lavagem de capitais) e pela 
Lei n. 12.846/2013 (responsabilização administrativa e civil de pessoas 
jurídicas pela prática de atos da administração pública);
• Brasil: Lei n. 12.846/2013 (Lei da Integridade Empresarial, Lei 
Anticorrupção ou Lei da Empresa Limpa) – grande marco normativo 
anticorrupção;
• A Lei veio para suprir as lacunas quanto ao cumprimento das Convenções:
- Convenção Interamericana contra a Corrupção da Organização dos 
Estados Americanos;
- Convenção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico, sobre o Combate à Corrupção de Funcionários Públicos 
Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais;
- Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção.
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Criminal compliance
• Quanto à privatização do controle da criminalidade, abordada por 
autores como Bottini e Silva Sanchez, no Brasil, alguns dispositivos 
são característicos, como:
 - Art. 11 da Lei n. 9.613/98;
 - Art. 7° da Lei n. 12.846/2013.
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Criminal compliance
• A Lei n. 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Capitais) estabelece no art. 9° e 
seguintes (Capítulo V – Das pessoas sujeitas aos mecanismos de controle) 
um controle administrativo em matéria de lavagem de dinheiro atribuído 
às entidades fiscalizadoras do Sistema Financeiro Nacional (SFN);
• Partindo da ideia de que o Estado não pode fiscalizar tudo, a lei impõe aos 
particulares essa tarefa (sistema de Compliance);
• As pessoas do art. do art. 9° estão obrigadas a: identificação dos clientes, 
vigilância, manutenção, registros e comunicação de operações suspeitas;
• O art. 11 relaciona o dever de vigilância das pessoas previstas no art. 9° da 
Lei em estudo.
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Criminal compliance
• Lei n. 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Capitais)
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções 
emanadas das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios 
indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de darciência de tal ato a 
qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 
24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização:
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acompanhadas da 
identificação de que trata o inciso I do mencionado artigo; e 
b) das operações referidas no inciso I; 
damasio.com.br/atualização-e-pratica
Criminal compliance
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade 
ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles 
estabelecidas, a não ocorrência de propostas, transações ou operações 
passíveis de serem comunicadas nos termos do inciso II. 
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste 
artigo, elaborarão relação de operações que, por suas características, no que 
se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos 
utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam 
configurar a hipótese nele prevista.
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não 
acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.
§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com base no inciso II 
do caput aos respectivos órgãos responsáveis pela regulação ou fiscalização 
das pessoas a que se refere o art. 9º.
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Criminal compliance
• Aqueles que são obrigados, conforme artigo 9°, em caso de 
descumprimento dos arts. 10 e 11, estarão sujeitos às sanções (art. 
12):
a) Advertência;
b) Multa pecuniária variável;
c) Inabilitação temporária, por até 10 anos, para o cargo de 
administrador das pessoas jurídicas obrigadas;
d) Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de 
atividade, operação ou funcionamento.
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Criminal compliance
• Lei n. 12.846/2013 – art. 7°: 
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções:
I - a gravidade da infração;
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
III - a consumação ou não da infração;
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão;
V - o efeito negativo produzido pela infração;
VI - a situação econômica do infrator;
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Criminal compliance
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de 
integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a 
aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa 
jurídica;
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou 
entidade pública lesados; e
X - (VETADO).
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e 
procedimentos previstos no inciso VIII do caput serão estabelecidos em 
regulamento do Poder Executivo federal.
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Criminal compliance
• Os critérios para sanções indicado pode ser dividido em três grupos:
1) Balizar o próprio ato lesivo: gravidade da infração, respectiva 
vantagem auferida ou pretendida, consumação ou não, lesão ou 
perigo provocados, efeitos negativos decorrentes e o valor dos 
contratos relacionados; 
2) Situação econômica da pessoa jurídica: Lei associa a multa ao 
faturamento do infrator – deixando a informação implícita;
3) Postura positiva da organização: relaciona-se à tarefa de 
conformidade que lhe é transferida – prévia (existência de 
programas de integridade efetivos), ou posterior à identificação das 
possíveis infrações (admissão da pessoa jurídica, sua cooperação na 
apuração e celebração de acordo de leniência).
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Criminal Compliance
• Decreto n. 11.129 de 2022: utiliza a expressão “programa de 
integridade”, que consiste no “conjunto de mecanismos e 
procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à 
denúncia de irregularidades e na aplicação efetiva de códigos de ética 
e de conduta, políticas e diretrizes, com objetivo de: 
I – prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos 
ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou 
estrangeira; e 
II – fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente 
organizacional.”
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Criminal compliance
• O Decreto mencionado regulamenta a Lei nº 12.846/2013 
(Lei Anticorrupção) em âmbito Federal;
• Na prática “Programa de Integridade” é utilizado como sinônimo de 
Programa de Compliance – Programa de Integridade está mais 
associado ao “conjunto de práticas com o objetivo de evitar desvios, 
fraudes, irregularidades e atos contra a Administração Pública” (mais 
amplo).
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Criminal compliance
• Na atualidade quais são os principais fundamentos do Compliance?
• Pensando o Compliance como um conceito em constante evolução, 
isso irá refletir nos seus contextos de verificação, através de 
fenômenos culturais e especificidades econômicas;
• Alguns dos pilares principais:
a) autorregulação regulada;
b) governança corporativa (e nela accountability; transparência; e 
enforcement); 
c) responsabilidade social;
d) ética empresarial.
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Principais pilares de cognição do Compliance
a) Autorregulação regulada: o Estado se utiliza do particular para 
auxiliá-lo na elaboração de estruturas normativas;
b) Governança corporativa (e nela accountability; transparência; e 
enforcement): baseada na necessidade de melhor gestão das 
expectativas e resultados da chamada relação de agência;
c) Responsabilidade social: organizações preocupadas com o 
desenvolvimento coletivo e que demonstram isso concretamente;
d) Ética empresarial: comportamento da organização e 
dos seus agentes, baseado em valores morais e éticos 
esperados ou desejados pela coletividade.
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Criminal Compliance
• ISO 37301:2021 – trata dos Sistemas de Gestão e Compliance – foi 
incorporada pela ABNT no Brasil;
• Sistema de Gestão de Compliance “possibilita uma organização 
demonstrar que está comprometida com o cumprimento de textos 
legais relevantes, requisitos regulatórios, códigos de mercado e 
padrões organizacionais, assim como padrões de boa governança, 
melhores práticas, éticas e expectativas da comunidade”; 
• Um compliance real permeia todas as áreas da organização (cultura 
interna e relação com parceiros) – requisitos padronizados
ISO 37301:2021. 
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Requisitos padronizados no Sistema de Gestão 
e Compliance (ISO 37301:2021)
1) Mapeamento de riscos (interno/intrínseco): o sistema deve ser 
específico para a realidade da organização;
2) Comprometimento e apoio da alta administração da organização: 
líderes devem atuar com integridade e comprometimento ao 
programa;
3) Realização pela alta liderança do efetivo due diligence ou a 
verificação prévia do(s) profissional(is) ou parceiro(s) 
responsável(eis) formatação e execução do sistema, a fim de 
garantir sua idoneidade;
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Requisitos padronizados no Sistema de Gestão 
e Compliance (ISO 37301:2021)
4) imprescindível a execução de verificações prévias ou due diligences 
em relação a todos os potenciais parceiros da organização e nos casos 
de fusão ou aquisição;
5) Existência de Código de Conduta
6) Organização deve dedicar esforços à comunicação e ao treinamento 
frequente dos seus colaboradores; 
7) Criação de canais de denúncia, canais abertos com o compliance ou 
hotlines;
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Requisitos padronizados no Sistema de Gestão 
e Compliance (ISO 37301:2021)
8) Sistema de gestão seja constantemente revisitado e aprimorado;
9) Após constatação de falhas de conformidade, falhas de 
conformidade, desvios de condutas, posturas desajustadas aos 
mecanismos do programa ou irregularidades, é imprescindível que 
sejam aplicadas as sanções disciplinares e legais (civis, trabalhistas e 
criminais) cabíveis;10) Estruturação de área interna da organização vocacionada ao 
desenvolvimento dos mecanismos do sistema de gestão, em especial 
sua institucionalização e atualização, direcionamento de 
comunicação e treinamento, instauração das apurações 
necessárias, endereçamento da aplicação de sanções, se 
for o caso, etc.
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Atuação ética e responsável no âmbito do Direito 
Penal Econômico e Criminal Compliance
• Existe uma tendência à apresentação de denúncias com autoria 
embasada na posição que a pessoa ocupada na empresa;
• No Direito Penal Econômico os deveres dos administradores das 
empresas são ampliados para que atuem para evitar a ocorrência de 
práticas delitivas (responsabilização por omissão imprópria);
• Dificuldades probatórias ensejam decisões condenatórias por 
omissão imprópria (falha no exercício das obrigações de garante);
• Criar e implementar sistemas de compliance efetivos pode ajudar a 
mitigar os riscos penais.
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Atuação ética e responsável no âmbito do Direito 
Penal Econômico e Criminal Compliance
• A implementação de programas de Compliance possibilita um 
controle interno sobre a prática de infrações penais (sendo detectada 
internamente, será possível a investigação e a adoção de medidas 
internas para minimizar o dano eventualmente causado);
• Também possibilita uma maior conscientização da equipe interna e 
dos parceiros sobre a intolerância a uma política de corrupção;
• Pressuposto do Compliance: causa essencial da criminalidade 
empresarial deriva da falta de valores éticos e sociais – modificação 
na forma de gestão = forma eficaz de combater práticas criminais;
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Atuação ética e responsável no âmbito do Direito 
Penal Econômico e Criminal Compliance
• Estratégia político-criminal com a finalidade de controlar os delitos 
empresariais dentro do ambiente empresarial através da mudança de 
cultura;
• Sua importância também se apresenta em razão da ineficácia 
preventiva das normas em geral e ineficiência da persecução estatal;
• Possibilita a criação de uma cultura organizacional pautada pela ética 
e pela obediência às normas legais, ensejando prevenção de desvios 
de conduta.
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Atuação ética e responsável no âmbito do Direito 
Penal Econômico e Criminal Compliance
• Benefícios da atuação ética e responsável:
 → Prevenção de crimes;
 → Construção de confiança;
 → Respeito às leis e regulamentações;
 → Sustentabilidade empresarial.
• Adotar postura ética e preventiva demonstra comprometimento com 
a justiça e com a construção de uma sociedade mais íntegra e 
próspera, estabelecendo confiança entre parceiros e credibilidade no 
mercado.
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Atuação ética e responsável no âmbito do Direito 
Penal Econômico e Criminal Compliance
• Algumas empresas que adotam programas de Criminal Compliance:
 → Petrobrás;
 → Braskem;
 → Latam;
 → Santander.
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Obrigada!
Um abraço, profa. Anne.
	Slide 1: Direito Penal Econômico e Criminal Compliance
	Slide 2: Roteiro
	Slide 3: Direito Penal Econômico
	Slide 4: Direito Penal Econômico
	Slide 5: Direito Penal Econômico
	Slide 6: Legislação sobre Direito Penal Econômico
	Slide 7: Legislação sobre Direito Penal Econômico
	Slide 8: Aspectos importantes sobre DP Econômico
	Slide 9: DP Econômico e a segurança jurídica
	Slide 10: DP Econômico e a segurança jurídica
	Slide 11: DP Econômico e a segurança jurídica
	Slide 12: Responsabilização em crimes empresariais
	Slide 13: Responsabilização em crimes empresariais
	Slide 14: Responsabilização em crimes empresariais
	Slide 15: Responsabilização em crimes empresariais
	Slide 16: Autoria
	Slide 17: Tipos penais
	Slide 18: Tipos penais – Código Penal
	Slide 19: Tipos penais – Código Penal
	Slide 20: Tipos penais – Código Penal
	Slide 21: Tipos penais – Código Penal
	Slide 22: Tipos penais – Código Penal
	Slide 23: Tipos penais – Código Penal
	Slide 24: Tipos penais – Lei 8.137/90 
	Slide 25: Tipos penais – Lei 8.137/90 
	Slide 26: Tipos penais – Lei 8.137/90 
	Slide 27: Tipos penais – Lei 8.137/90 
	Slide 28: Criminal compliance – Conceitos 
	Slide 29: Criminal compliance
	Slide 30: Criminal compliance
	Slide 31: Criminal compliance – princípios 
	Slide 32: Criminal compliance – princípios 
	Slide 33: Criminal compliance – princípios 
	Slide 34: Criminal compliance
	Slide 35: Criminal compliance
	Slide 36: Criminal compliance
	Slide 37: Criminal compliance
	Slide 38: Criminal compliance
	Slide 39: Criminal compliance
	Slide 40: Criminal compliance
	Slide 41: Criminal compliance
	Slide 42: Criminal compliance
	Slide 43: Criminal Compliance
	Slide 44: Criminal compliance
	Slide 45: Criminal compliance
	Slide 46: Principais pilares de cognição do Compliance
	Slide 47: Criminal Compliance
	Slide 48: Requisitos padronizados no Sistema de Gestão e Compliance (ISO 37301:2021)
	Slide 49: Requisitos padronizados no Sistema de Gestão e Compliance (ISO 37301:2021)
	Slide 50: Requisitos padronizados no Sistema de Gestão e Compliance (ISO 37301:2021)
	Slide 51: Atuação ética e responsável no âmbito do Direito Penal Econômico e Criminal Compliance
	Slide 52: Atuação ética e responsável no âmbito do Direito Penal Econômico e Criminal Compliance
	Slide 53: Atuação ética e responsável no âmbito do Direito Penal Econômico e Criminal Compliance
	Slide 54: Atuação ética e responsável no âmbito do Direito Penal Econômico e Criminal Compliance
	Slide 55: Atuação ética e responsável no âmbito do Direito Penal Econômico e Criminal Compliance
	Slide 56

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