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Conteúdo 1: Atendimento inicial ao politraumatizado em ambiente pré-hospitalar (XABCDE) e intra hospitalar (ABCDE) ● 3º maior causa de morte; ● Considerando a população menor que 45 anos, se torna a primeira causa de morte. A causa de morte no trauma ela é trimodal: ● 50% dos óbito ocorrem logo após o acidente, sendo o único tratamento a prevenção; ● O segundo pico, ocorre nas primeirs horas após o trauma e é decorrente de lesões fatais como, pneumotórax, hemotórax; lesões abdominais; hematomas intracranianos, etc. ● O terceiro momento ocorre dias ou meses após o trauma, geralmente por sepse e disfunções de múltiplos órgãos. A avaliação primária no local da cena tem o objetivo de tratar imediatamente as situações com risco de morte, não devendo ultrapassar de 5 a 10 min. 1. A - Via aérea e coluna cervical ● Via que mata mais rapidamente ● Não interessa se há fratura exposta de todos os membros e se o paciente está chocado; ● Pacientes que conseguem verbalizar, isto é, conversar, tem uma via aérea pérvia! ● É necessário garantir a proteção da coluna cervical! proteger mas não avaliar ainda. 2. B - Ventilação e respiração ● Uma troca adequada de gases é necessária para que seja possível a oxigenação e a eliminação de dióxido de carbono; ● O pescoço e o tórax devem ser expostos, a fim de avaliar veias jugulares, posição da traqueia e movimentos respiratórios; ● No exame físico de tórax: inpeção, ausculta e percussão ● É nessa etapa que se faz diagnósticos potencialmente letais, como pneumotórax hipertensivo, lesão de árvore traqueobrônquica, hemotórax maciço e pneumotórax aberto. Fazer os diagnósticos e tratá-los imediatamente. Após constatado o choque, é necessário buscar a fonte do sangramento, parar o sangramento e repor o volume perdido. 3. C - Circulação ● A hemorragia é a principal causa de morte pós-traumática evitável, por isso temos que identificar rapidamente um potencial sangramento, parar a hemorragia e repor o volume perdido. Possíveis fontes de sangramento no trauma? ● Tórax, abdome, pelve e retroperitônio, ossos longos e chão (meio externo). ● Avaliar o estado hemodinâmico do paciente (pressão arterial, frequência cardíaca, pulso e perfusão periférica). ● Após constatar o choque: → Buscar a fonte do sangramento; → Parar o sangramento; → Repor o volume perdido. ● Hemorragia externa deve ser tratada por compressão manual direta. Os torniquetes são efetivos na exsanguinação em lesões de extremidades, mas podem causar lesão isqueica ( ficam reservados para quando a compressão direta não é eficaz). 4. D - Avaliação neurológica ● Rápida e direcionada ● Escala de coma de Glasgow ● Pupilas: tamanho e reatividade ● Sinais de lateralização (deficits motores, parêntesis ou plegiais) ● A ECG-P varia de 1-15, pois devemos subtrair da escala original conforme os achados da reatividade Pupilar. ● Avaliação da reatividade pupilar: - (2) ambas as Pupilas não reagem ao estímulo de luz - (1) uma pupila não reage ao estímulo de luz - (0) nenhuma Pupilas fica sem reação ao estímulo de luz. Ex: se o paciente apresenta um Glasgow 8 (RM 3, rv 3 e ao 2) e não há reflexo fotômetro bilateral, iremos subtrair 2 (8-2=6). Portanto, ecg-p=2. 5. E - exposição (prevenção de hipotermia). ● Despir o paciente e examiná-lo da cabeça aos pés, buscando lesões que podem ter passado despercebidas até o momento. ● Rodar o paciente em monólogo, visando buscar lesões em dorso, nádegas e período. OBS SEMPRE GARANTIR A ESTABILIDADE DE COLUNA VERTEBRAL. ● A temperatura do ambiente deve ser controlada; o paciente precisa ser protegido com cobertores ou manta termica. Obs: a infusão deve ser feita com soro previamente aquecido a 39 graus. ● Pode ser realizado exames físicos que ainda não aconteceram, além de passar sondas. Toque retal e vaginal faz parte do exame fisico. ● No que o toque pode ajudar: - Sangramento: possibilidade de lesões de alças - Espículas ósseas: fratura de ossos pélvico Tônus do esfíncter: Hipotensão pode sugerir trauma raquimedular. Em pacientes chocados, temos que lembrar do choque neurogênico. - Altura da próstata (próstata móvel ou alta/cefalizada): pode significar lesão da uretra. No entanto, palpação da protesta não é sinal confiável de lesão prostática. ● Pode ser realizado no C, possíveis causas de choque; D, tonalidade do esfincter; e E. ● Passagem da sonda vesical: pode ser feita no C, mas não e5errado fazer no E, ou em avaliação secundária. ● Passagem de sonda gastrica: feita no E, tendo objetivo esvaziar o estômago e prevenir a aspiração do conteúdo gástrica. Não se pode passar sondas via nasal com suspeita de fratura de base de crânio: olhos de guaxinim, sinal de battle, rinorreia, ocorrerá, otorragia, rinorragia. Consequência: a sonda pode locar a sonda dentro do cérebro. 6. X - XABCDE ● EXSanguinante. ● O X refere-se a hemorragias exsanguinantes e muito severas, como sangramentos arteriais em jato ou maciços. A contenção da hemorragia externa grave deve ser realizada antes mesmo do manejo das vias aéreas. ● O controle da hemorragia externa maciça pode ser feita de duas maneiras: - Compressão direta - Torniquete ( caso o sangramento seja em membros). 6.1. Torniquete ● Útil para sangramentos importantes de membros, mas deve ficar reservado a casos excepcionais e muito graves. Não há um tempo máximo para a utilização do dispositivo, mas sabe-se que quanto maior o tempo de uso, maior o risco de perda do membro. 7. Avaliação secundária ● É um exame minucioso, da cabeça aos pés. Podemos realizar os toques reais ou vaginais e passar as sondas (vesicais ou gástricas). 7.1. História ampla A- Alergia M-Medicamentos P- Passado médico L- Líquidos e alimentos ingeridos recentemente A- Ambiente relacionado ao trauma/mecanismo de trauma 7.2. Radiografias Solicitados duas radiografias básicas para o paciente do trauma: ● RX de tórax no leito (anteroposterior - AP); ● RX de pelve no leito. ● Tenha em mente que nenhum exame ou procedimento diagnóstico pode atrasar a reanimação do paciente! Exames e procedimentos devem ser realizados na sala de trauma, com aparelhos portáteis.
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