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Ficha de Exercícios - Aula 6

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6 SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ
SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ 7
EXERCÍCIOS 
1. (Enem PPL 2020) Uma civilização é a entidade 
cultural mais ampla. As aldeias, as regiões, as 
etnias, as nacionalidades, os segmentos religiosos, 
todos têm culturas distintas em diferentes níveis de 
heterogeneidade cultural. A cultura de um vilarejo 
no sul da Itália pode ser diferente da de um vilarejo 
no norte da Itália, mas ambos compartilharam uma 
cultura italiana comum que os distingue de vilarejos 
alemães. As comunidades europeias, por sua vez, 
compartilharão aspectos culturais que as distinguem 
das comunidades chinesas ou hindus.
HUNTINGTON, S. P. O choque de civilizações. Rio de Janeiro: 
Objetiva,1997.
De acordo com esse entendimento, a civilização é 
uma construção cultural que se baseia na
a) atemporalidade dos valores universais.
b) globalização do mundo contemporâneo.
c) fragmentação das ações políticas.
d) centralização do poder estatal.
e) identidade dos grupos sociais.
2. (Enem PPL 2017) 
TEXTO I
Frantz Fanon publicou pela primeira vez, em 1952, 
seu estudo sobre colonialismo e racismo, Pele negra, 
máscaras brancas. Ao dizer que “para o negro, há 
somente um destino” e que esse destino é branco, 
Fanon revelou que as aspirações de muitos povos 
colonizados foram formadas pelo pensamento 
colonial predominante.
BUCKINGHAM, W. et al. O livro da filosofia. São Paulo: Globo, 2011 
(adaptado).
TEXTO II
Mesmo que não queiramos cobrar desses 
estabelecimentos (salões de beleza) uma eficácia 
política nos moldes tradicionais da militância, uma 
vez que são estabelecimentos comerciais e não 
entidades do movimento negro, o fato é que, ao se 
autodenominarem “étnicos” e se apregoarem como 
divulgadores de uma autoimagem positiva do negro 
em uma sociedade racista, os salões se colocam no 
cerne de uma luta política e ideológica.
GOMES, N. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. 
Disponível em: www.rizoma.ufsc.br. Acesso em: 13 fev. 2013.
Os textos apresentam uma mudança relevante na 
constituição identitária frente à discriminação racial. 
No Brasil, o desdobramento dessa mudança revela o(a)
a) valorização de traços culturais.
b) utilização de resistência violenta.
c) fortalecimento da organização partidária. 
d) enfraquecimento dos vínculos comunitários. 
e) aceitação de estruturas de submissão social. 
3. (Unioeste 2012) Quando falamos em identidade, 
logo pensamos em quem somos. A construção de 
identidades como: “ser brasileiro”, “ser português”, “ser 
cigano”, “ser gremista”, “ser homem”, “ser mulher” é um 
processo sociocultural pelo qual se marca as fronteiras 
de pertencimento social e/ou cultural. Tendo por base o 
anúncio transcrito acima, é correto afirmar que 
a) as identidades são estáticas, é algo natural, ela nos 
acompanha por toda a vida. 
b) as identidades são construídas nas relações sociais, 
são situacionais, relacionais e constroem-se na relação 
entre o “nós” e os “outros”, cria um nós coletivo. 
c) identidades surgem através de um determinismo 
geográfico que molda o nosso modo de ser e agir. 
d) identidades são produtos de marketing e geram 
vínculos entre os indivíduos. 
e) identidades são heranças genéticas.
4. (Uel 2011) No dia 16 de junho de 2010, o Senado 
brasileiro aprovou o Estatuto da Igualdade Racial.
Os senadores [...] suprimiram do texto o termo 
“fortalecer a identidade negra”, sob o argumento de 
que não existe no país uma identidade negra [...]. 
“O que existe é uma identidade brasileira. Apesar 
de existentes, o preconceito e a discriminação não 
serviram para impedir a formação de uma sociedade 
plural, diversa e miscigenada”, defende o relatório de 
Demóstenes Torres.
(Folha.com. Cotidiano, 16 jun. 2010. Disponível em: <http://www1.folha.
uol.com.br/cotidiano/751897-sem-cotas-estatuto-da-igualdaderacial-e-
aprovado-na-ccj-do-senado.shtml>. Acesso em: 16 jun. 2010.)
Com base no texto e nos conhecimentos atuais sobre 
a questão da identidade, é correto afirmar: 
a) A identidade nacional brasileira é fruto de um 
processo histórico de realização da harmonia das 
relações sociais entre diferentes raças/etnias, por 
meio da miscigenação. 
8 SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ
b) A ideia de identidade nacional é um recurso 
discursivo desenraizado do terreno da cultura e da 
política, sendo sua base de preocupação a realização 
de interesses individuais e privados. 
c) Lutas identitárias são problemas típicos de países 
coloniais e de tradição escravista, motivo da sua ausência 
em países desenvolvidos como a Alemanha e a França. 
d) Embora pautadas na ação coletiva, as lutas identitárias, 
a exemplo dos partidos políticos, colocam em segundo 
plano o indivíduo e suas demandas imediatas. 
e) As identidades nacionais são construídas 
socialmente, com base nas relações de força 
desenvolvidas entre os grupos, com a tendência 
comum de eleger, como universais, as características 
dos dominantes. 
5.(Enem 2013) O sociólogo espanhol Manuel 
Castells sustenta que “a comunicação de valores e a 
mobilização em torno do sentido são fundamentais. Os 
movimentos culturais (entendidos como movimentos 
que têm como objetivo defender ou propor modos 
próprios de vida e sentido) constroem-se em torno de 
sistemas de comunicação – essencialmente a internet 
e os meios de comunicação – porque esta é a principal 
via que esses movimentos encontram para chegar 
àquelas pessoas que podem eventualmente partilhar 
os seus valores, e a partir daqui atuar na consciência 
da sociedade no seu conjunto”.
(Disponível em: www.compolitica.org. Acesso em: 2 mar. 2012).
Em 2011, após uma forte mobilização popular via redes 
sociais, houve a queda do governo de Hosni Mubarak, 
no Egito. Esse evento ratifica o argumento de que
a) a internet atribui verdadeiros valores culturais aos 
seus usuários.
b) a consciência das sociedades foi estabelecida com o 
advento da internet.
c) a revolução tecnológica tem como principal objetivo 
a deposição de governantes antidemocráticos.
d) os recursos tecnológicos estão a serviço dos 
opressores e do fortalecimento de suas práticas 
políticas.
e) os sistemas de comunicação são mecanismos 
importantes de adesão e compartilhamento de 
valores sociais.
6. (Enem 2013) A recuperação da herança cultural 
africana deve levar em conta o que é próprio do 
processo cultural: seu movimento, pluralidade e 
complexidade. Não se trata, portanto, do resgate 
ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, 
mas de procurar perceber o próprio rosto cultural 
brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para 
melhor compreendê-lo historicamente.
(MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas 
Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.)
Com base no texto, a análise de manifestações 
culturais de origem africana, como a capoeira ou o 
candomblé, deve considerar que elas
a) permanecem como reprodução dos valores e 
costumes africanos.
b) perderam a relação com o seu passado histórico.
c) derivam da interação entre valores africanos e a 
experiência histórica brasileira.
d) contribuem para o distanciamento cultural entre 
negros e brancos no Brasil atual.
e) demonstram a maior complexidade cultural dos 
africanos em relação aos europeus.
7. (Enem 2013) A África também já serviu como ponto 
de partida para comédias bem vulgares, mas de muito 
sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace Ventura: 
um maluco na África; em ambas, a África parece um lugar 
cheio de tribos doidas e rituais de desenho animado. A 
animação O rei Leão, da Disney, o mais bem-sucedido 
filme americano ambientado na África, não chegava a 
contar com elenco de seres humanos.
LEIBOWITZ, E. “Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê”. 
Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010.
A produção cinematográfica referida no texto 
contribui para a constituição de uma memória sobre 
a África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e 
negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos 
do continente africano:
a) A história ea natureza.
b) O exotismo e as culturas.
c) A sociedade e a economia.
d) O comércio e o ambiente.
e) A diversidade e a política.
8. (Enem 2013) Própria dos festejos juninos, a quadrilha 
nasceu como dança aristocrática, oriunda dos salões 
franceses, depois difundida por toda a Europa.
No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por 
sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. 
SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ 9
Para sua ocorrência, é importante a presença de 
um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem 
determina as figurações diversas que os dançadores 
desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes 
marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, 
“Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, 
“Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, 
“Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta 
transformações: surgem novas figurações, o francês 
aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui 
a música ao vivo, além do aspecto de competição, que 
sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por 
órgãos de turismo.
CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: 
Melhoramentos, 1976.
As diversas formas de dança são demonstrações 
da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a 
quadrilha é considerada uma dança folclórica por
a) possuir como característica principal os atributos 
divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação 
ou região.
b) abordar as tradições e costumes de determinados 
povos ou regiões distintas de uma mesma nação.
c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, 
sendo, também, considerada dança-espetáculo.
d) necessitar de vestuário específico para a sua 
prática, o qual define seu país de origem.
e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por 
diversos gêneros musicais.
9. (Enem 2012) As mulheres quebradeiras de coco-babaçu 
dos Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, na 
sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão 
e subalternidade. O termo quebradeira de coco assume 
o caráter de identidade coletiva na medida em que as 
mulheres que sobrevivem dessa atividade e reconhecem 
sua posição e condição desvalorizada pela lógica da 
dominação, se organizam em movimentos de resistência 
e de luta pela conquista da terra, pela libertação dos 
babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Pas-
sam a atribuir significados ao seu trabalho e as suas 
experiências, tendo como principal referência sua condição 
preexistente de acesso e uso dos recursos naturais.
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babaçu, pela 
libertação do coco preso e pela posse da terra. In: Anais do VII Congresso 
Latino-Americano de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado).
A organização do movimento das quebradeiras de 
coco de babaçu é resultante da
a) constante violência nos babaçuais na confluência 
de terras maranhenses, piauienses, paraenses e 
tocantinenses, região com elevado índice de homicídios.
b) falta de identidade coletiva das trabalhadoras, 
migrantes das cidades e com pouco vínculo histórico 
com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará, 
Maranhão e Piauí.
c) escassez de água nas regiões de veredas, ambientes 
naturais dos babaçus, causada pela construção de 
açudes particulares, impedindo o amplo acesso 
público aos recursos hídricos.
d) progressiva devastação das matas dos cocais, em 
função do avanço da sojicultura nos chapadões do 
Meio-Norte brasileiro.
e) dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros 
10. (Enem 2011) Um volume imenso de pesquisas 
tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos 
programas de televisão. A maioria desses estudos diz 
respeito a crianças – o que é bastante compreensível 
pela quantidade de tempo que elas passam em 
frente ao aparelho e pelas possíveis implicações 
desse comportamento para a socialização. Dois dos 
tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão 
no âmbito do crime e da violência e a natureza das 
notícias exibidas na televisão.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
O texto indica que existe uma significava produção 
científica sobre os impactos socioculturais da televisão 
na vida do ser humano. E as crianças, em particular, 
são as mais vulneráveis a essas influências, porque
a) codificam informações transmitidas nos programas 
infantis por meio da observação.
b) adquirem conhecimentos variados que incentivam 
o processo de interação social.
c) interiorizam padrões de comportamento e papéis 
sociais com menor visão crítica.
d) observam formas de convivência social baseadas 
na tolerância e no respeito.
e) apreendem modelos de sociedade pautados na 
observância das leis.
11 UPB) Os movimentos separatistas - regionais, 
religiosos e étnico-nacionais - são marcas que reor-
denam os territórios pertencentes a diversas sociedades 
10 SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ
mundiais. Em alguns países, grupos étnico-nacionais 
diferentes convivem tranquilamente, enquanto que, 
em outros, há sérios conflitos e movimentos sociais 
que acabam redefinindo os territórios. Um exemplo 
é a África do Sul, que, ao longo dos anos de 1980 e de 
1990, com a questão do Apartheid, teve vários conceitos 
associados a essa barreira ideológica. 
Nesse sentido, associe cada termo citado na 1ª coluna 
ao respectivo significado descrito na 2ª coluna:
(1) Muro Anti-imigração
(2) Comunidade
(3) Identidade étnico-cultural
(4) Etnia
(5) Sociedade
( ) É contrário(a) ao espírito de cooperação, contraponto 
da relação bilateral em seu conjunto, e prevalece para 
garantir a segurança na fronteira, gerando um clima 
de tensão entre as comunidades fronteiriças.
( ) Está associado(a) a determinadas formas de 
organização social que surgem e se desenvolvem 
através da experiência de grupos humanos 
identificados por crenças, normas, idiomas e técnicas, 
aprovadas pela Declaração Universal dos Direitos 
Humanos.
( ) É constituído(a) por comunidades diferenciadas 
pela cor da pele, por uma cultura específica e pela 
origem em uma dada população nacional.
A sequência correta é:
a) 1, 3, 4
b) 1, 2, 3
c) 2, 3, 5
d) 1, 2, 4
12. (UFF) Leia o fragmento que se segue da entrevista 
concedida pelo intelectual palestino Edward Said, 
comentando os problemas atuais no Oriente Médio.
Entrevistador: O senhor não gosta da expressão 
“choque de civilizações”. Por quê?
Said: (...) são inúmeros os problemas. Para começar, 
ela trata as civilizações como se fossem entidades 
fechadas, lacradas, alheias a qualquer tipo de troca 
(...). Por fim, a ideia de choque de civilizações tem um 
aspecto caricatural muito nocivo, como se enormes 
entidades chamadas “Ocidente” e o “Islã” estivessem 
num ringue, lutando para ver qual é a melhor. 
Revista Veja, 25/06/2003
Assinale a opção que reforça a opinião emitida por Said.
a) As diferenças culturais não podem ser tratadas como 
expressão de conflitos, mas sim como particularidade 
de cada civilização no tempo e no espaço.
b) Não existem diferenças jurídico-políticas entre 
o Ocidente e o Oriente Médio, logo não faz sentido 
diferenciar essas duas civilizações.
c) O mundo muçulmano não é homogêneo assim 
como o Ocidental; portanto, apenas os conflitos 
internos devem ser considerados.
d) As trocas entre distintos conjuntos civilizacionais 
incluem mercadorias culturais: desse modo, 
padronizam as civilizações.
13. (Unioeste 2011) “Na segunda metade do século XX, 
a tendência à superação das ideias racistas permitiu que 
diferentes povos e culturas fossem percebidos a partir 
de suas especificidades. Grupos de negros pressionaram 
pela adoção de medidas legais que garantissem a eles 
igualdade de condições e combatessem a segregação 
racial. Chegamos então ao ponto em que nos 
encontramos, tendo que tirar o atraso de décadas de 
descaso por assuntos referentes à África”. 
Marina de Mello e Souza. A descoberta da África. RHBN, ano 4, n. 
38, novembro de 2008, p.72-75. 
A partir deste texto e do conhecimento da sociologia 
a respeito da questão racialem nosso país, é possível 
afirma que 
a) autores como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, 
Fernando Henrique Cardoso, Darcy Ribeiro, entre 
outros tantos autores, são importantes por chamarem 
a atenção do país para o papel dos negros na 
construção do Brasil e da brasilidade, e as formas de 
exclusão explícitas e implícitas que sofreram. 
 b) apesar de relevante a luta contra o preconceito racial, 
o estudo da África só diria respeito ao conhecimento 
do passado, do período do Descobrimento do Brasil 
até a abolição da escravidão entre nós. 
c) estudar a África só nos indicaria a captura e a 
escravidão de diferentes povos africanos, tendo em 
vista que raça e o racismo são categorias ideológicas 
as quais servem para encobrir as fortes tensões 
sociais existentes entre a imensa classe de pobres e 
o seu oposto a dos ricos. d) a autora quer dizer que 
devemos hoje operar cada vez mais com categorias 
tais como a especificidade da raça negra, da raça 
branca, da raça amarela e outras mais. 
SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ 11
14. (Unicentro 2011) 
Diga lá, menina, o que é que você quer ser quando 
crescer? Eu quero ser dona de casa atuante ou mulher de 
milionário. Dona de casa atuante ou mulher de milionário. 
(Jorge Ben Jor).
Na estrofe da letra de Jorge Ben Jor e na imagem 
acima, pode-se observar um modelo de socialização 
da mulher, em que a imitação torna-se um ótimo 
momento de interação infantil de gênero.
Sobre as relações de gênero, é correto afirmar: 
a) O conceito de gênero se refere às condições de 
origem psicológicas e biológicas. 
b) A discussão sobre a violência doméstica não deve 
entrar em pauta nas discussões sobre gênero.
c) A desigualdade entre homens e mulheres é 
historicamente construída, ou seja, não é uma 
desigualdade natural. 
d) A discussão sobre a identidade corporal e a 
sexualidade feminina não fazem parte das análises 
sobre questões de gênero. 
e) A visão feminina é constantemente romântica, e, 
por isso, deve-se ater ao direito à maternidade, mas 
não à igualdade de condições no trabalho.
15. (Uel 2011) Leia o texto a seguir, que remete ao 
debate sobre questões de gênero. A violência contra a 
mulher acontece cotidianamente e nem sempre ganha 
destaque na imprensa, afirmou a ministra da Secretaria 
de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire [...]. “Quando 
surgem casos, principalmente com pessoas famosas, 
que chegam aos jornais, é que a sociedade efetivamente 
se dá conta de que aquilo acontece cotidianamente e 
não sai nos jornais. As mulheres são violentadas, são 
subjugadas cotidianamente [...]”, afirmou a ministra. [...] 
“Eliza morreu porque contrariou um homem que achou 
que lhe deveria impor um castigo. Ela morreu como 
morrem tantas outras quando rompem relacionamentos 
violentos”, disse a ministra. 
(“Violência contra as mulheres é diária”, diz ministra, Agência 
Brasil, Brasília, 11 jul. 2010.) 
Com base no texto e nos conhecimentos 
socioantropológicos sobre o tema, é correto afirmar: 
a) Questões de gênero são definidas a partir da 
classe social, razão pela qual são mais presentes nas 
camadas populares do que entre as elites. 
b) As identidades sociais masculina e feminina são 
configuradas a partir de características biológicas 
imutáveis presentes em cada um. 
c) As diferenças de gênero são determinadas no 
terreno econômico, daí o fato de serem produto da 
sociedade capitalista. 
d) As experiências socialistas do século XX 
demonstram que nelas as questões de gênero são 
resolvidas de modo a estabelecer a igualdade real 
entre homens e mulheres.
e) As relações de gênero são construídas socialmente 
e favorecem, nas condições históricas atuais, a 
dominação masculina.
16. (Uel 2011) No dia 16 de junho de 2010, o Senado 
brasileiro aprovou o Estatuto da Igualdade Racial. Os 
senadores [...] suprimiram do texto o termo “fortalecer 
a identidade negra”, sob o argumento de que não existe 
no país uma identidade negra [...]. “O que existe é uma 
identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito 
e a discriminação não serviram para impedir a formação 
de uma sociedade plural, diversa e miscigenada”, 
defende o relatório de Demóstenes Torres. 
(Folha.com. Cotidiano, 16 jun. 2010. Disponível em: . Acesso em: 16 
jun. 2010.) 
Com base no texto e nos conhecimentos atuais sobre 
a questão da identidade, é correto afirmar: 
a) A identidade nacional brasileira é fruto de um 
processo histórico de realização da harmonia das 
relações sociais entre diferentes raças/etnias, por 
meio da miscigenação.
b) A ideia de identidade nacional é um recurso 
discursivo desenraizado do terreno da cultura e da 
política, sendo sua base de preocupação a realização 
de interesses individuais e privados. 
c) Lutas identitárias são problemas típicos de países 
coloniais e de tradição escravista, motivo da sua 
ausência em países desenvolvidos como a Alemanha 
e a França. 
d) Embora pautadas na ação coletiva, as lutas identitárias, 
a exemplo dos partidos políticos, colocam em segundo 
plano o indivíduo e suas demandas imediatas.
e) As identidades nacionais são construídas socialmente, 
com base nas relações de força desenvolvidas entre 
os grupos, com a tendência comum de eleger, como 
universais, as características dos dominantes. 
12 SOCIOLOGIA COM VIVIANE CATOLÉ
17. (Uenp 2010) Do ponto de vista sociológico, no 
Brasil se constituiu sobre o mito da democracia 
racial principalmente depois da publicação de 
Casa grande e senzala de Gilberto Freyre (2003). De 
acordo com Florestan Fernandes (1965) o ideal de 
miscigenação fora difundido como mecanismo de 
absorção do mestiço não para a ascensão social do 
negro, mas para a hegemonia da classe dominante. 
O mito da democracia racial assentou-se sobre dois 
fundamentos: 1) o mito do bom senhor; 2) o mito do 
escravo submisso. 
Analise as afirmações: 
I. A crença no bom senhor exalta a vulgaridade das 
elites modernas, como diria Contardo Calligaris, e 
juntamente com uma espécie de pseudocordialidade 
seriam responsáveis pela manutenção e o 
aprofundamento das diferenças sociais. 
II. O mito do escravo submisso fez com que a 
sociedade de um modo geral não encarasse de frente 
a violência da escravidão, fez com que os ouvidos se 
ensurdecessem aos clamores do movimento negro, 
por direitos e por justiça.
 III. As proposições legislativas sobre a inclusão de 
negros vão desde o Projeto de Lei que reserva aos 
negros um percentual fixo de cargos da administração 
publica, aos que instituem cotas para negros nas 
universidades publicas e nos meios de comunicação. 
Assinale a alternativa correta: 
a) todas as afirmações são verdadeiras. 
b) apenas a afirmação II e verdadeira. 
c) as afirmações I e III são verdadeiras. 
d) as afirmações I e II são falsas. 
e) todas as afirmações são falsas.
Gabarito:
1.[E]; 2.[D]; 3.[B]; 4.[E]; 5.[E]; 6.[C]; 7.[B]; 8.[B]; 9.[E]; 
10.[C]; 11.[A]; 12.[A]; 13.[D]; 14.[C]; 15.[E]; 16.[E]; 
17.[A]

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