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GERENCIAMENTO DA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO 
Me. Fagner Severo 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 
 
 
1 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. INTRODUÇÃO À DISTRIBUIÇÃO 
 
Objetivo: 
Destacar a relevância da distribuição de mercadorias para o cliente final e a logística. 
 
Introdução: 
A distribuição é uma vertente logística e se caracteriza em atividades como: 
estocagem e escoamento de mercadorias, enfatizando principalmente os aspectos 
operacionais e estratégicos de cada operação, objetivando fazer com que o produto chegue 
ao cliente no local e no prazo correto, ao menor custo possível. 
 
Dessa forma, a distribuição é parte essencial das operações logísticas e para que 
essas ações sejam bem-sucedidas, é preciso que haja engajamento dos profissionais e 
gestores, diante da necessidade de observação dos objetivos e princípios, como forma de 
garantir uma boa distribuição dos itens negociados. 
 
Assim, torna-se essencial entender como as organizações contemporâneas 
compreendem e adaptam seus objetivos aos serviços empresariais que oferecem e à 
relação destes com a logística. 
 
Vamos entender o que é distribuição? 
 
1.1 Distribuição 
Distribuição é o processo de alocar e transportar produtos para vários locais. 
Também pode ser classificada como a parte da cadeia de abastecimento responsável pela 
movimentação de produtos entre clientes e fornecedores (SHIGUNOV NETO e GOMES, 
2016). 
 
Diante das ponderações dos autores, compreende-se 
que a distribuição assume papel relevante nas operações 
logísticas, em especial, naquelas que se relacionam com o 
atendimento ao consumidor, uma vez que se apresenta como 
a parte da logística que mais se aproxima do cliente. 
 
 
 
2 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Essa proximidade das organizações com o cliente se torna essencial no mundo 
globalizado, uma vez que essa relação auxilia em larga escala, em oportunidade da 
formação de opinião sobre as prestações de serviços e as decisões comerciais que se 
atrelam à essas escolhas. Logo, a logística de distribuição exige planejamentos claros, 
estratégias inteligentes, total atenção aos procedimentos, zelo e constante busca pela 
satisfação dos clientes. 
 
Consequentemente, a logística de distribuição se torna um procedimento singular 
quando se trata da gestão das mercadorias, enfatizando cada uma das etapas dos 
processos, que vão desde a saída dos itens das fábricas, passando pelas montagens, até 
finalmente chegarem aos consumidores finais. 
 
 
 
Brasil e Pansonato (2018) destacam que a distribuição se responsabiliza pela 
realização e interligação entre os processos das empresas envolvidas, de forma 
harmônica, fundamental para atendimento ao cliente final. Esse proceder 
compreende também atividades como movimentação, transporte e controle 
e se responsabiliza pela manutenção íntegra das características dos produtos 
armazenados e distribuídos. 
 
 
1.2 Objetivos da Distribuição 
A distribuição é uma atividade logística, dessa forma, seus objetivos também 
precisam estar em sintonia com o que é promulgado por esse processo de planejamento e 
execução. Portanto, Brasil e Pansonato (2018) informam quais são os objetivos gerais da 
distribuição: 
 
Atender a necessidade 
dos clientes 
Esse atendimento deve contemplar os clientes 
internos (abastecimento das linhas de produção) e os 
externos (cliente final, consumidor), relacionando as 
expectativas desses clientes no que se refere a tempo, 
custo, local de entrega e manutenção das características 
dos produtos. 
Estar presente e 
disponível aos clientes 
Estar presente em diferentes áreas relaciona-se com 
o conceito de Market Share, definido pelo Marketing e 
 
 
3 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
operacionalizado pela distribuição. Assim, quanto maior for 
a presença da empresa no mercado em questão, maior 
valor ela possui em relação aos concorrentes e maior será 
a probabilidade de ela se tornar líder de mercado. 
Garantir nível de serviço 
aos clientes 
Disponibilizar o produto correto, no local correto, no 
prazo correto e ao menor custo possível para a empresa 
são exigências que determinam a eficácia da logística. 
Quando elas são atendidas, o comprador fica satisfeito e o 
nível de serviço é atendido. 
Intensificar potencial de 
comercialização 
Essa ação está diretamente ligada com os canais de 
distribuição. É por meio da boa localização e do 
abastecimento adequado dos canais de distribuição que se 
torna possível explorar ao máximo cada ponto de 
comercialização. Assim, cada um desses pontos deve ser 
utilizado em sua plenitude de forma a maximizar os 
resultados. 
Alimentar o fluxo de 
informações 
A rastreabilidade da distribuição é um dos pontos 
com maior relevância para o cliente final e a empresa. O 
cliente final passa a ter informações sobre seu produto e a 
previsão de entrega, enquanto a empresa, em posse 
dessas informações, acompanha a execução do serviço e 
pode interferir caso algo fora do previsto aconteça. Para que 
essa rastreabilidade seja possível, é fundamental que as 
informações lançadas no sistema sejam confiáveis, 
precisas e com divulgação em tempo real. 
Otimizar recursos para 
redução de custos 
Para reduzir os custos operacionais é fundamental 
que o produto (características, vulnerabilidade, fragilidade 
etc.) e o cliente (suas expectativas) sejam bem conhecidos. 
 
 
 
Market Share é a fatia de mercado que uma empresa, produto ou serviço 
possui, dentro de um determinado período de tempo. Ele é calculado a partir 
do total das vendas daquele segmento (DICIONÁRIO FINANCEIRO, 2021, ON 
LINE). 
 
 
4 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.3 Princípios da Distribuição 
Os princípios da distribuição são temáticas que precisam ser abordadas nessa etapa 
da sua aprendizagem. Nesse contexto, atente para as ponderações de Brasil e Pansonato 
(2018) quando destacam os seguintes princípios: 
 
Princípio norteador e sem ele, as atividades se tornam 
desordenadas. 
 
Divide-se em duas possibilidades, o controle da 
atividade atual e manutenção do histórico e ambas estão 
relacionadas ao gerenciamento de informações e precisam ser confiáveis. 
 
Podem ser implantadas em dois momentos: no processo 
e na diferenciação. As melhorias de processos estão 
diretamente relacionadas à análise do histórico, que identifica os pontos a serem 
aprimorados. As melhorias de diferenciação estão relacionadas às atividades que podem 
ser realizadas pela distribuição e que agregam valor ao produto. 
 
 Planejar, controlar e implantar melhorias são princípios que norteiam a 
distribuição, logo, precisam ser constantemente observados, buscados e implantados, 
como forma de assegurar boas operações e a satisfação dos clientes. 
 
1.4 Distribuição e Atividades Logísticas 
Conforme você já viu, a distribuição é parte integrante das operações logísticas, por 
intermédio da ação de movimentar um determinado produto para que este chegue ao 
freguês. Todavia, é preciso destacar que esse cliente nem sempre é o consumidor final, 
mas em alguns casos, quem assume essa função são os distribuidores, os atacadistas e/ou 
varejistas que são em sua grande maioria os principais responsáveis por comercializar os 
produtos. 
 
Nesse sentido, a logística de distribuição se apresenta como uma atividade que 
merece atenção e investimentos por parte da gestão. Essas ações são necessárias para 
que a logística seja beneficiada por meio de planejamentos e controles operacionais que 
irão impactar diretamente na rentabilidade da organização. 
Planejamento: 
Controle: 
Melhorias: 
 
 
5 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília- Educação a Distância 
Em vista disso, para que a distribuição logística seja um modelo de desenvolvimento 
nas organizações, algumas ações precisam de atenção dobrada, como é o caso da: gestão 
das frotas e controle de fretes, checagem das cargas e estoques, roteirizações vantajosas 
e acompanhamento constantes dos indicadores de desempenho da organização. 
 
 
 
A logística de distribuição relaciona-se diretamente com a disponibilidade das 
quantidades corretas de mercadorias, nos locais certos e nos momentos 
exatos, como forma de promover a satisfação do cliente final. Para que essas 
ações sejam bem-sucedidas, é preciso que haja a criação de um planejamento 
detalhado e bem estruturado, capaz de assegurar um bom retorno sobre cada 
empreitada e investimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. CADEIA DE SUPRIMENTOS E DISTRIBUIÇÃO 
 
Objetivo 
Definir o Supply Chain Management e destacar como essa ferramenta pode auxiliar 
na determinação das condições de competitividade e de estratégias empresariais. 
 
Introdução 
Adquirir um produto na atualidade é uma tarefa relativamente simples, pois exige 
poucos esforços e depende basicamente da participação de alguém que ofereça algo e de 
outro indivíduo que tenha interesse nessa obtenção. Todavia, o que pouco se põe em 
consideração são os diferentes agentes, as etapas e os processos necessários para que 
esse produto chegue ao cliente final. 
 
Partindo dessa prerrogativa, muitas etapas são fundamentais desde o momento em 
que uma matéria-prima é produzida até a ocasião em que esta, se transforma em um bem 
pronto a ser comercializado. Dessa forma, a gestão dessas etapas, denominada Supply 
Chain Management, ou gestão da cadeia de suprimentos, se faz necessária para que os 
objetivos propostos sejam alcançados de forma exitosa. 
 
Esse formato de gestão se tornou notório nas últimas décadas e passou a ser 
destaque nas empresas modernas, que voltaram suas atenções para a eficiência e 
manutenção das demandas do consumidor e para uma melhor relação entre os diferentes 
integrantes dessa cadeia, como: indústria, fornecedores, parceiros, varejistas e clientes 
finais. 
 
Nessa perspectiva da aplicabilidade do Supply Chain, convém destacar a 
necessidade do uso de tecnologias que sejam eficientes no auxílio das muitas operações, 
que agilizem os processos e que permitam as empresas conhecerem os detalhes de cada 
etapa operacional. 
 
Mediante essas ponderações iniciais e diante da relevância da abordagem dessa 
temática para o cenário empresarial contemporâneo, em oportunidade da sua 
aprendizagem, você poderá aprofundar seus conhecimentos e ainda compreender como o 
Supply Chain Management se relaciona com a logística tradicional. 
 
 
7 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2.1. O Supply Chain Management (SCM) 
O Supply Chain Management, também conhecido como cadeia de suprimentos, 
engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento dos pedidos 
de clientes e não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também, transportadoras, 
depósitos, varejistas e os próprios clientes (CHOPRA e MEINDL, 2003). 
 
Martins (2019) reforça que o Supply Chain compreende a união entre diversos 
intervenientes em sequência, em um processo de gestão de relacionamentos, de 
informações e de fluxos de materiais para entregar valor ao cliente final, referindo-se à 
elaboração e à implementação de práticas gerenciais avançadas e à perseguição ao 
modelo de gestão integrada nas relações entre funções e empresas. 
 
A esse respeito, Campos (2012) chama a atenção para algumas ações que devem 
ser consideradas pelos envolvidos que buscam uma SCM bem definida, organizada e 
estruturada, conforme apresenta-se na sequência: 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse sentido, torna-se relevante observar também as ponderações de Seleme e 
De Paula (2019) quando asseguram que uma cadeia de suprimentos se constitui numa 
ferramenta que se estende para além das fronteiras organizacionais, haja vista sua 
necessidade de vincular-se aos interesses dos clientes e a todas as operações que 
permitam atendimentos eficazes. 
 
 
✓ Correto gerenciamento de compras, materiais e 
logística; 
✓ Entendimento sobre atividades de aquisição, 
armazenagem, processamento e movimentação de 
materiais; 
✓ Conhecimento sobre negócios internacionais e 
transporte, fornecimento global e localização; 
✓ Atendimento às necessidades dos clientes em um 
ambiente globalizado. 
 
 
8 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
Uma cadeia de suprimentos se revela como um sistema cujo objetivo principal 
consiste em administrar de forma integrada, o fluxo total dos canais de 
distribuição, que vai desde o primeiro fornecedor, até o último elemento que 
compõem essa cadeia (CAMPOS, 2012). 
 
Ainda nessa vertente, Chopra e Meindl (2003) reforçam que uma cadeia de 
suprimentos deve ser dinâmica e precisa constantemente envolver um fluxo de 
informações, produtos e dinheiro, entre diferentes estágios, ocorrendo de cada um desses 
estágios executar diferentes processos e interagir com outros estágios dessa cadeia. 
 
A esse respeito, Robles (2016) reforça que a administração da cadeia de 
suprimentos compreende diferentes atividades dentre as quais destacam-se: 
 
Assim, é possível compreender que uma cadeia de suprimentos se refere 
diretamente a uma rede de negócios que se interliga, unificando e abrangendo toda a 
operação de uma empresa, desde o armazenamento de matérias-primas até a entrega do 
produto ao consumidor final. 
 
2.2. Origem e Evolução do Supply Chain Management (SCM) 
O Supply Chain Management surgiu do aperfeiçoamento da logística, que buscando 
atender fornecedores, empresas e clientes, de maneira sistêmica e integrada, aperfeiçoou 
a cadeia de suprimentos (BITENCOURT et. al., 2015). 
✓ Negociação com fornecedores e compras; 
✓ Transporte, recebimento e armazenagem de materiais; 
✓ Produção, manutenção, instalações e equipamentos; 
✓ Armazenagem, expedição e transporte do produto; 
✓ Negociação com clientes, diretrizes de marketing e vendas; 
✓ Processamento das compras, vendas e análise de crédito; 
✓ Assistência técnica e pós-venda; 
✓ Contas a pagar e a receber. 
 
 
 
9 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O conceito de cadeia de suprimentos surgiu com a evolução da logística integrada, 
concebida em 1960 (PONTES e ALBERTIN, 2017). Entretanto, Carneiro e Araújo (2003) 
informam que essa definição só passou a ser notória no cenário das negociações, no início 
dos anos 1990. 
 
Paralelo a esse período, alguns fatos marcaram o cenário das negociações. 
Sobretudo, a abertura da economia e a globalização foram alguns desses muitos 
acontecimentos, que diretamente passaram a influenciar e impactar as atividades 
empresariais em diferentes setores, favorecendo, inclusive, as ações de compra e venda 
em níveis globais, além da distribuição de produtos entre países (ROBLES, 2016). 
 
 
 
A globalização e seus processos promoveram também o acirramento dos 
mercados, exigindo das empresas uma postura que se voltasse para a 
necessidade de diversificar e inovar suas ofertas, em especial, por intermédio 
de estratégias de marketing, reformulações de processos e qualidade 
(MARTINS, 2019). 
 
Outro fator decisivo para essa evolução é destacado por Szabo (2015) quando 
informa que em ocasião da abertura dos mercados internacionais, muitos países 
enxergaram oportunidades únicas de alavancar e tornar conhecidas suas produções, 
melhorando e consolidando de forma significativa suas economias. 
 
2.3. Elementos do Supply Chain Management (SCM) 
É fundamentalo estabelecimento de conexões e movimentações que possam 
caracterizar uma cadeia de suprimentos, por essa razão, Campos (2012) elenca quais são 
os elementos que compõem o Supply Chain. 
 
É a pessoa que decide por adquirir um 
produto oferecido no mercado, por uma 
empresa e, que consequentemente, provoca uma cadeia de eventos. 
Essa personagem é o ponto de partida de todo o processo. 
 
Cliente 
 
 
10 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Mediante a realização de um pedido por um 
cliente, diferentes áreas de uma empresa passam a 
atuar para o estabelecimento de um plano capaz de elaborar e executar a 
produção dos itens solicitados na etapa anterior. 
 
Baseando-se numa lista de insumos pré-
estabelecida, mediante ao que foi solicitado, o 
departamento de compras emite autorizações para seleção de fornecedores 
para os itens que deverão ser entregues no local de manufatura e na data 
combinada. 
 
Quando os materiais são entregues pelos 
fornecedores, surge a necessidade de verificar: 
padrões técnicos, quantidades, qualidade, e a tolerância de medidas. 
Posteriormente esses itens são destinados ao armazém/depósito. 
 
Nessa etapa do processo, ocorre o 
deslocamento dos insumos do estoque para as áreas 
de produção, objetivando atender às solicitações dos clientes. É importante 
ressaltar que, após as operações de produção e testes, esses novos itens 
geralmente são destinados para o estoque de produtos confeccionados, até que sejam 
destinados aos clientes. 
 
Essa é a fase final do processo, em que os lotes 
de produtos acabados chegam aos 
armazéns/depósitos para que os responsáveis pelas entregas determinem 
o método mais eficiente e eficaz para o embarque desses produtos rumo ao 
cliente. Ao transportador cabe respeitar o que foi estabelecido com o cliente, em relação as 
datas e horários estabelecidos. 
 
Frente ao exposto, Chopra e Meindl (2003) chamam a atenção para o protagonismo 
do cliente nesse ciclo, quando enfatizam que nessas operações, o consumidor se torna o 
representante real do fluxo de caixa positivo na operação e o detentor de uma fonte de 
receita na cadeia de suprimentos. 
 
Planejamento 
Compras 
Inventário 
Produção 
Transporte 
 
 
11 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2.4. Estrutura do Supply Chain Management (SCM) 
Talamini et al., (2005) destacam que a estrutura de uma cadeia de suprimentos é 
composta por todas as empresas que, de alguma forma, participam do processo produtivo, 
e a dimensão dessa operação passa a ser definida pela quantidade de membros e pela 
complexidade que cada processo exige. 
 
Nesse contexto, Cooper et al., (1997) informam que uma cadeia de suprimentos é 
composta por membros que se dividem em duas categorias distintas: 
 
Membros Primários: 
Empresas ou unidades de negócios que agregam valor ao 
longo da cadeia de determinado produto e/ou serviço; 
Membros de Apoio: 
São as empresas que fornecem recursos e conhecimento 
dando suporte aos membros primários da cadeia de suprimentos, 
sem, contudo, participar diretamente do processo de agregação 
de valor. 
 
Assim, cada empresa que constitui uma cadeia de suprimentos, além de pertencer 
a outras, possui sua própria forma de gerenciar essas operações, ocorrendo, inclusive, de 
cada uma dessas cadeias apresentar uma dimensão estrutural específica (TALAMINI et al., 
2005). 
 
2.5. Objetivos do Supply Chain Management (SCM) 
Cada estágio de uma cadeia de suprimentos está conectado pelo fluxo de produtos, 
informações e fundos (CHOPRA e MEINDL, 2016). Assim, a função desses sistemas 
baseia-se na coordenação das funções do gerenciamento do fluxo de materiais e 
informações, que engloba todas as atividades, desde o recebimento dos pedidos de vendas 
até a entrega destes, aos clientes (SZABO, 2015). 
 
 
 
O principal objetivo de uma cadeia de suprimentos deve ser a maximização do 
valor geral produzido, ao passo em que esse valor deve representar a diferença 
entre o que o produto final vale para o cliente e os custos que incorrem a ela, 
ao atender à solicitação dessa clientela (CAMPOS, 2012). 
 
 
12 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No que tange aos objetivos da cadeia de suprimentos, é preciso destacar outro 
ponto cabível de total atenção, a melhoria dos serviços ao consumidor final. Para o 
alcance desse propósito, é preciso a aplicabilidade de um rigoroso controle que seja 
capaz de indicar como ocorrem as entregas das mercadorias, eventuais falhas na 
operação e se as quantidades solicitadas foram entregues. 
 
A adoção dessas medidas permite relevante redução de custos na cadeia de 
abastecimento, em especial, aqueles que se relacionam à aquisição de produtos e 
matérias-primas, uma vez que, nessas ocasiões, as empresas voltam suas forças para 
a manutenção de seus estoques, permitindo operações satisfatórias antes, durante e 
depois da operação. 
 
É preciso ressaltar também a fidelização de 
consumidores, outro objetivo fundamental do Supply Chain. 
Essa ocorrência além de perpetuar as relações comerciais, 
também promove melhorias na reputação das empresas 
perante o mercado e a concorrência. 
 
Em contrapartida, existem atividades que não geram benefícios aos clientes e são 
consideradas perdas, logo, não agregam e geram custos, por isso, devem ser minimizadas 
ou eliminadas como é o caso de tempo de espera no trânsito, manuseio repetitivo e 
excessivo de produtos (PONTES E ALBERTIN, 2017). 
 
2.6. Aplicabilidade do Supply Chain Management (SCM) 
Na perspectiva de aplicabilidade do Supply Chain, é 
preciso destacar as tecnologias desenvolvidas para auxiliar 
e agilizar os muitos processos empresariais. Dentre os 
diferentes recursos disponíveis no mercado, o uso de 
softwares tornou-se comum, permitindo que as empresas 
conheçam os detalhes de suas operações. 
 
Nessa conjuntura operacional, muitas companhias passaram a adotar os processos 
de gestão associados às mais diferentes tecnologias disponíveis, objetivando assegurar 
que a cadeia de suprimentos seja o mais eficiente possível, no sentido de gerar o mais alto 
 
 
13 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
grau de satisfação para o consumidor ao mesmo tempo em que forneça em um custo mais 
baixo possível para cada situação (CAMPOS, 2012). 
 
Essas tecnologias tão necessárias no mundo dos negócios contemporâneo, 
oferecem visões amplas dos processos, promovem acompanhamentos em tempo real, 
possibilitam a identificação de possíveis entraves e reduzem erros que podem resultar em 
transtornos maiores. 
 
 
 
Em oportunidade dessa aprendizagem, não foram elencadas as tecnologias 
adotadas pelas empresas, na relação destas com o Supply Chain Management. 
Essa escolha deu-se mediante as particularidades que envolvem as atuações 
de fabricantes, fornecedores, transportadoras, depósitos, varejistas e os 
próprios clientes em suas diferentes necessidades. 
 
 
2.7. Vantagens de uma boa Gestão de Supply Chain 
A gestão de uma cadeia de suprimentos representa uma promissora fronteira para 
as organizações interessadas na obtenção de vantagens efetivas sobre a concorrência, por 
isso, esta deve ser levada em consideração, de forma estratégica e integrada (PONTES E 
ALBERTIN, 2017). 
 
Por conseguinte, é preciso compreender o 
gerenciamento da cadeia de suprimentos como a ponte 
de controle entre fabricante e distribuidor. Assim, o 
fabricante se responsabiliza pela gestão do 
reabastecimento de materiais ao distribuidor, de modo 
sincronizado, enquanto preocupa-se com a distribuição e 
envio de dados de demanda e estoque aos fabricantes 
(SZABO, 2015). 
 
A esse respeito, Robles (2016) chama a atenção para a relevância doaprofundamento de estudos sobre a cadeia de suprimentos, que além de serem oportunos, 
também podem determinar estratégias e condições de competitividade empresarial. 
 
 
 
14 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Mediante essas ponderações, Leite et. al., (2017) assegura que a gestão da cadeia 
de suprimentos se tornou um processo estratégico, pois se relaciona com a previsão da 
demanda, a seleção dos fornecedores, o fluxo de materiais, os contratos, os levantamentos 
de informações e movimentações financeiras. Os autores reforçam ainda que esse formato 
de gestão aborda temáticas que se relacionam com a economia, a sociedade e o meio 
ambiente e favorece a criação de novas instalações como: fábricas, armazéns e centros de 
distribuição. 
 
Assim, quando uma gestão é sensível às necessidades e preferências dos 
envolvidos, os gestores não precisarão dispor de tempo, nem investir recursos, 
preocupando-se com a concorrência. Na verdade, serão esses oponentes que deverão 
adotar medidas para não saírem no prejuízo (GATTORNA, 2009). 
 
2.8. Cadeias Globais de Suprimento 
Devido à complexidade e a intensa concorrência dos mercados, as organizações 
estão tendo que desenvolver atividades cada vez mais globalizadas, além de iniciar e 
manter relacionamentos de longo prazo com parceiros integrantes da cadeia de 
suprimentos onde estão inseridas (SOUZA et al., 2017). 
 
As atividades comerciais globalizadas se tornaram 
comuns nos últimos anos e representam uma 
considerável parcela das negociações internacionais. A 
esse respeito, Robles (2016) informa que a realidade no 
mundo atual, em parte promovida pela globalização das 
economias, corresponde aos intercâmbios cultural e 
social, às atividades econômicas interdependentes e 
referentes ao comércio de bens e serviços (compras e 
vendas), aos fluxos de capitais e aos fluxos de trabalho 
(correntes migratórias entre países). 
 
Em se tratando dessa globalização econômica citada por Robles, é preciso apontar 
para o atual cenário mundial onde muitas empresas passaram a observar o crescimento 
populacional e o aumento progressivo de marcas e produtos, que se apresentam como 
possíveis nichos de mercado e novas oportunidades comerciais. 
 
 
 
15 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Esses acontecimentos revelam que diferentes tecnologias deverão ser adotadas 
como estratégias para assegurar a automação dos processos que ainda são manuais e 
conectar sistemas entre fábricas e centros de distribuições. A adoção dessas práticas 
servirá para que a cadeia global de suprimentos esteja cada dia mais presente nos 
ambientes empresariais e se associe aos interesses dos consumidores. 
 
Dentre as estratégias empresariais que se espera receber maior destaque nesse 
cenário, observa-se o Global Sourcing, uma ferramenta muito utilizada por empresários em 
ocasião da aquisição de bens e serviços no exterior, especialmente, aquisições em países 
onde as condições competitivas e comparativas de preços são melhores. 
 
 
 
O Global Sourcing alterou as formas de suprimentos, uma vez que as empresas 
passaram a se internacionalizar, seja na venda de produtos e serviços, seja por 
meio de acordos de participação conjunta, com ou sem participação acionária. 
Isso ocorre entre empresas localizadas em um só pais ou em mais de um e na 
relação entre matrizes e subsidiárias (ROBLES, 2016). 
 
2.9. Supply Chain Management e Logística 
Logística e cadeia de suprimentos são temáticas distintas, muito discutidas no 
mundo dos negócios e por vezes, geram muitas dúvidas pois se confundem. 
 
Logística é o processo de planejar, executar e controlar o fluxo e armazenagem de 
produtos, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Essa ferramenta visa o 
aproveitamento eficaz e eficiente do tempo e da qualidade, além dos bons custos da 
matéria-prima. Tal atividade cobre do ponto de origem ao ponto de consumo (SZABO, 
2015). 
 
Leite et. al., (2017) reforçam que a difusão da palavra 
logística se deu durante a Segunda Guerra Mundial, quando as 
ações militares demandavam uma melhor provisão e administração 
dos materiais bélicos, dos suprimentos pessoais, das instalações 
temporárias e da obtenção de prestação de serviços de apoio. 
 
 
 
16 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No Brasil a logística de suprimentos é o processo de abastecer a manufatura com 
matérias-primas e componentes (SHIGUNOV NETO e GOMES, 2016) e essa ferramenta 
apresenta uma nova dimensão nas organizações e se converte em fonte de diferenciação 
e de vantagem competitiva (ROBLES, 2016). 
 
Em se tratando da logística e sua relação com a cadeia de suprimentos, Szabo 
(2015) elenca dois tipos diferentes de logística: 
 
Logística de Suprimentos 
Representa o início do ciclo da cadeia logística. Esta é a 
etapa do processo de suprimento em que são analisadas 
as demandas informadas pelo cliente para estabelecer o 
modelo logístico de suprimento de cada item, sendo os 
seguintes elementos: 
✓ Desenvolvimento; 
✓ Especificação e projeto do produto; 
✓ Previsão de demanda; 
✓ Planejamento das necessidades (materiais e recursos); 
✓ Desenvolvimento de novas fontes de fornecimento; 
✓ Compras e seus controles; 
 
Logística de Produção 
Se inicia com o planejamento, programação e controle de 
estoque. É um elemento capaz de transformar alguns 
recursos de entrada em produtos e/ou serviços de saída e 
o sistema produtivo pode ser uma única pessoa, uma 
única máquina, um conjunto de máquinas, uma oficina ou 
um departamento. 
 
Nas cadeias de suprimentos, as empresas podem se localizar em uma região de um 
país, e até mesmo em mais de um país. Em geral elas têm em comum a ação organizadora 
de uma empresa central ou focal, enquanto as cadeias logísticas representam formas ou 
processos de movimentação de mercadorias ao longo das cadeias de suprimentos, 
compreendendo modos de transporte, locais e formas de armazenagem, embalagens e 
equipamentos de manuseio, dentre outros (ROBLES, 2016). 
 
 
 
 
17 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Dessa forma, torna-se relevante apontar as particularidades de ambas: 
 
LOGÍSTICA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
Se responsabiliza pela integração 
interna das operações da empresa. 
Cuida da gestão e dos assuntos que se 
relacionam com as empresas envolvidas 
na operação. 
✓ Função técnica dentro da cadeia 
de suprimentos; 
✓ Processo interno de uma 
empresa, às vezes terceirizado para 
uma empresa própria de logística; 
✓ Objetiva baixos custos, modelo de 
distribuição Just in Time de produtos e 
centros de distribuição. 
(TRUCKPAD, 2021, ON LINE). 
✓ Visão estratégica que abrange 
logística, aquisição e planejamento; 
✓ Trabalha com fornecedores, 
fabricantes e outros parceiros externos; 
✓ Objetiva vantagem competitiva ao 
trabalhar com parceiros externos para 
impulsionar a inovação e redução de 
custos em todas as etapas da 
produção. (TRUCKPAD, 2021, ON 
LINE). 
 
Assim, a união da logística com a cadeia de suprimentos permite a ocorrência da 
logística integrada que consiste na otimização dos conceitos logísticos: transporte, 
armazenagem, embalagem, manuseio de materiais, sistemas de informações, gestão de 
inventários e questões fiscais e ambientais (ROBLES e NOBRE, 2016). 
 
 
 
O Supply Chain Management, se refere diretamente a uma rede de negócios 
que se interliga, unificando e abrangendo toda a operação de uma empresa, 
desde o armazenamento de matérias-primas até a entrega do produto ao 
consumidor final. Muitas atividades nessa rede se relacionam com a aquisição, 
transporte, distribuição física, dentre outras. Assim, essa cadeia possui como 
base uma abordagem complexa,relativamente recente e cujo 
desenvolvimento está associado à adoção de práticas revolucionárias de 
produção. 
 
 
 
 
18 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
Objetivo: 
Apresentar os canais de distribuição e destacar sua relevância para o atendimento 
e satisfação total do cliente final. 
 
Introdução: 
A qualidade dos produtos sempre foi tema de calorosas discussões empresariais, 
em especial, quando se trata da boa gestão dos canais de distribuição, que são os meios 
utilizados para que o produto chegue até o consumidor final. Entretanto, não basta apenas 
ter argumentos satisfatórios para defender os pontos de vista, é preciso manter o foco na 
busca pelos corretos meios de facilitar e promover a distribuição ao longo da cadeia 
logística. 
 
Essa descoberta dependerá quase que obrigatoriamente de uma atuação 
sincronizada entre as partes, bem como, da real descoberta dos melhores tipos de canais 
de distribuição logística e dos seus efeitos nesses ambientes. Assim, é preciso conhecer 
os canais de distribuição, seus objetivos e funções, para então compreender como os 
custos inerentes ao processo serão distribuídos. 
 
Portanto, nessa perspectiva dos custos no processo de distribuição, destacam-se os 
gastos que a organização assumirá ao longo do processo, ou seja, os custos fixos e 
variáveis os quais determinarão seguridade para o pleno funcionamento dos negócios. 
 
Que tal compreender melhor os detalhes dos canais de distribuição e sua relação 
com os custos empresariais? Vamos lá? 
 
3.1. Canais de Distribuição 
Os canais de distribuição são os caminhos que o produto 
percorre para chegar ao consumidor final e essa rota 
geralmente se define em função de como esse cliente e/ou o 
consumidor final deseja receber o produto comercializado e, 
também diz respeito as estratégias utilizadas (BRASIL e 
PANSONATO, 2018). 
 
 
19 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Nesse contexto, é preciso a compreensão de que que os canais de distribuição são 
as etapas intermediárias entre a empresa e o consumidor final e correspondem os veios 
escolhidos pelos fabricantes para fazer com que seus produtos sejam acessados pelos 
consumidores. 
 
A esse respeito Russo (2013) assegura que os canais de distribuição são 
constituídos basicamente de: 
 
✓ Centros de distribuição; 
✓ Distribuidores; 
✓ Atacadistas; 
✓ Varejistas; 
✓ Representantes; 
✓ Mala direta; 
✓ Telefone (telemarketing); 
✓ Internet. 
 
Por conseguinte, esses integrantes oferecem seus serviços, movimentam os 
mercados, investigam as perspectivas mercadológicas, negociam e promovem os produtos 
entre clientes, avaliam os interesses comerciais e voltam suas atenções para a precificação, 
os meios para realização dos projetos de distribuição e a gestão dos seus estoques. 
 
Dessa forma, Brasil e Pansonato (2018) defendem que os canais de distribuição 
além de promoverem o desenvolvimento empresarial em diferentes segmentos, também 
representam um potencial forte de vantagem competitiva. Sobretudo, a correta escolha de 
um modelo de distribuição objetiva diretamente a eleição das melhores condições para a 
entrega dos produtos ao cliente final, sendo necessário responder algumas as seguintes 
perguntas, conforme apontamentos de Russo (2013). 
 
1 - Onde e quando o produto precisa estar disponível? 
2 - O produto pode ser vendido diretamente aos varejistas? 
3 - O produto precisa ser distribuído por atacadistas? 
4 - Quantos níveis intermediários são necessários no canal de distribuição? 
5 - A distribuição será exclusiva, seletiva ou generalista? 
Integrantes dos canais 
de Distribuição 
 
 
20 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
3.2. Tipos de Canais de Distribuição 
Os tipos de canais de distribuição são três, sendo eles: verticais, híbridos e múltiplos. 
 
3.2.1. Canais Verticais 
São os canais em que as estruturas de distribuição seguem uma sequência lógica 
rígida de responsabilidade de um segmento a outro (SHIGUNOV NETO e 
GOMES, 2016). Assim, ao fim das produções, as empresas carregam os 
veículos transportadores com os produtos para os direcionar aos armazéns 
do atacadista, onde esses produtos serão descarregados e vendidos para 
vários varejistas. Em contrapartida, o varejista estocará esses produtos em suas lojas, para 
posterior venda ao consumidor final. 
 
Para Brasil e Pansonato (2018) esse tipo de canal é o mais utilizado para distribuição 
de produtos consumidos no cotidiano das pessoas, e tem por característica básica, utilizar 
um só caminho entre o fabricante e o consumidor final, não importando a quantidade de 
intermediários que ali atuem. 
 
3.2.2. Canais Múltiplos 
Para Shigunov Neto e Gomes (2016) esses canais permitem melhorar 
o gerenciamento da cadeia de distribuição, uma vez que a própria indústria 
despacha os produtos para o atacadista e para as lojas, permitindo que o 
consumidor possa os adquirir diretamente destes intermediários. 
 
Os fabricantes que optam pela distribuição de seus produtos por intermédio dos 
canais múltiplos conseguem assegurar maior alcance de clientes e consequentemente 
aumentam sua competitividade empresarial. 
 
3.2.3. Canais Híbridos 
Essa modalidade de canal permite que o fabricante possa 
eventualmente negociar a venda de seus produtos com os setores de 
compras de grandes empresas. Após o fim da negociação, o fabricante 
disponibiliza uma lista com seus distribuidores, que, por sua vez, se 
encarregam da distribuição física dos produtos. Inclui-se também a 
 
 
21 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
armazenagem, a colocação dos pedidos e a entrega destes, na quantidade certa e no 
tempo desejado pelo cliente (BRASIL e PANSONATO, 2018). 
 
Em outras palavras, um canal de distribuição híbrido é aquele em que a empresa 
utiliza intermediários, porém, sem deixar de assumir as etapas que incluem o contato direto 
com os clientes. 
 
3.3. Características dos Canais de Distribuição 
No contexto dos tipos de canais de distribuição, Pontes e Albertin (2017) apontam 
para as características e exemplos destes. 
 
Tipo de Canal Características Exemplos 
Verticais 
- O fabricante e o atacadista 
não têm contato direto com o 
consumidor final, sendo o 
varejista responsável pelo 
contato com o cliente. 
- Canal de distribuição de 
geladeiras Electrolux com 
varejistas de eletrodomésticos, 
como Casas Bahia. 
Múltiplos 
- Há maior disponibilidade de 
produto e serviço; 
- Pode haver perda de mercado 
de um canal de distribuição pela 
interferência de um agente com 
maior competitividade no 
mesmo canal. 
- Uma distribuidora vende 
produto alimentícios para o 
varejo e ainda, em paralelo, 
direto para o cliente final. 
Híbridos 
- O contato do fabricante é 
direto com o cliente final; 
- Clientes que compram 
grandes volumes obtém 
maiores descontos e níveis de 
serviços mais elevados; 
- Os serviços logísticos 
tendem a ser mais eficientes e 
baratos; 
- A indústria de medicamentos 
fornece seus produtos para um 
distribuidor que entrega várias 
marcas de medicamentos ao 
mesmo tempo para hospitais e 
clínicas. 
 
 
22 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
- Conflitos podem surgir em 
virtude da duplicidade da ação 
entre agentes do canal. 
 
Essas características são comuns e se relacionam diretamente com os objetivos dos 
canais de distribuição que você verá na sequência. 
 
3.4. Objetivos dos Canais de Distribuição 
Pontes e Albertin (2017) informam que os objetivos dos canais de distribuição 
dependem essencialmente de cada empresa, da forma como cada uma compete no 
mercadoe da estrutura geral da cadeia de suprimentos. Por conseguinte, os autores 
apresentam ainda alguns desses objetivos gerais: 
 
1 
Garantir a disponibilidade rápida do produto nos seguimentos do mercado 
identificados como prioritário; 
2 Intensificar ao máximo o potencial de vendas do produto em questão; 
3 
Buscar a cooperação entre participantes da cadeia de suprimento no que 
se refere a fatores relevantes relacionadas com a distribuição; 
4 
Garantir um nível de serviço preestabelecido pelos parceiros da cadeia de 
suprimentos; 
5 
Garantir um fluxo de informações rápido e preciso entre os elementos 
participantes; 
6 Buscar, de forma integrada e permanente, a redução dos custos. 
 
 
3.5. Funções dos Canais de Distribuição 
Pontes e Albertin (2017) asseguram que as funções dos canais de distribuição são 
quatro, conforme apresenta-se na sequência: 
 
1 - Indução da demanda: inicialmente, as empresas da cadeia de suprimento 
precisam gerar ou induzir a demanda para seus produtos ou serviços. Exemplo: 
apresentação e propaganda do produto. 
 
 
23 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
Unificando as ponderações dos autores, compreende-se basicamente que a 
principal função dos canais de distribuição consiste em fazer com que o produto chegue 
rapidamente ao local em que os consumidores o esperam. Essa sem dúvida não é uma 
tarefa simples, pois exige constante atenção e aprimoramento técnico e logístico. 
 
3.6. Custos na Distribuição 
De acordo com Shigunov Neto e Gomes (2016) os custos relativos à 
distribuição podem ser definidos como os gastos que a organização terá 
com o processo de distribuição física e podem ser classificados em: fixos e 
variáveis. 
 
São os gastos que permanecem constantes, independente 
de aumentos ou diminuições na quantidade produzida e vendida. 
Esses custos fazem parte da estrutura do negócio, como é o caso 
de: contas de água, aluguel, material de limpeza, salários, dentre 
outros (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E 
PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE, 2021, ON LINE). 
 
São aqueles que variam diretamente com a quantidade 
produzida ou vendida, na mesma proporção. Por exemplo, em uma 
indústria de móveis, são produzidas 250 cadeiras por mês. Para a 
produção, é contratada mão de obra temporária, que varia de 
acordo com a empreitada. Logo, o pagamento é feito também por 
2 - Satisfação da demanda: a segunda função é comercializar e distribuir os produtos 
e serviços, satisfazendo a demanda. 
Custos 
Fixos 
Custos 
Variáveis 
4 - Troca de informações: o canal permite a troca de informações ao longo da cadeia, 
o que inclui o feedback fornecido pelos consumidores aos fabricantes, atacadistas e 
varejistas da cadeia. Exemplo: rastreamento do produto na entrega. 
3 - Serviços de pós-venda: são fornecidos após a satisfação da demanda de produtos 
ou serviços. Exemplo: coleta de resíduos ou atendimento das reclamações. 
 
 
24 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
trabalho. Como estas produções exigem maior gasto de energia, quando a produção 
aumenta, a conta de energia sobe 40%. Este percentual é um exemplo de custo variável 
(SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE, 
2021, ON LINE). 
 
Por fim, os custos fixos são todos aqueles que se relacionam com um produto ou 
serviço e que não variam com o nível de produção ou de venda, enquanto os custos 
variáveis correspondem aos custos de um produto ou serviço que variam com o nível de 
produção ou de venda. 
 
 
 
Os canais de distribuição são os meios utilizados para que o produto chegue 
até o consumidor final. Os tipos são: verticais, híbridos e múltiplos. Seus 
objetivos dependem essencialmente de cada empresa, da forma como cada 
uma compete no mercado e da estrutura geral da cadeia de suprimentos. Os 
custos na distribuição se relacionam diretamente com os gastos que a 
organização terá com os processos de distribuição física e podem ser 
classificados em custos fixos e variáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
 
Objetivo: 
Conceituar a distribuição física e apresentar particularidades sobre esse tipo de 
gestão. 
 
Introdução: 
A distribuição física é uma temática, parte integrante da logística empresarial, que 
corresponde a um conjunto de operações que se associam com a transferência de produtos 
do seu local de produção, até o local designado no destino, munido de informações desse 
fluxo. 
 
Essas operações são essenciais à logística das organizações. Logo, torna-se 
relevante conhecer seu conceito, a sistemática por trás dessas operações, os modelos de 
gestão e a representatividade dos Centros de Distribuição para essas operações. 
 
Que tal conhecer os aspectos mais relevantes da distribuição física? Vamos lá? 
 
4.1. Distribuição Física 
A distribuição física se refere às atividades relacionadas ao fluxo de produtos da 
conversão ao cliente final. É parte da logística empresarial que corresponde ao conjunto 
das operações associadas à transferência dos bens objeto de uma transação, desde o local 
de sua produção até o local designado no destino, e ao fluxo de informações associado 
(PORTO GENTE, 2021, ON LINE). 
 
Assim, compreende-se que, os produtos e os materiais são os principais itens 
movimentados ao longo da cadeia de abastecimento. Logo, matérias-primas são 
transportadas para as fábricas e consequentemente se transformam em produtos, os quais 
serão direcionados aos fornecedores para posterior disponibilidade aos clientes finais. 
 
Por conseguinte, uma boa distribuição, associada a um produto de boa qualidade, a 
uma propaganda eficaz e a um preço justo, faz com que os produtos sejam disponibilizados 
a seus consumidores, de modo que estes possam fazer a opção pela compra. Estando nas 
 
 
26 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
prateleiras, o produto passa a fazer parte de uma gama de outros produtos concorrentes, 
que podem ser comprados ou não (LOGÍSTICA APLICADA, 2021, ON LINE). 
 
Essas muitas etapas que englobam o processo de distribuição física são comuns e 
necessárias, uma vez que sem esses procedimentos, os clientes não teriam acesso aos 
produtos, desencadeando assim, numa série de necessidades que não seriam supridas. 
 
Para Shigunov Neto e Gomes (2016) a distribuição física só começou a ser estudada 
a partir do final da década de 1970 e na década de 1990 passou a ser mais discutida e a 
receber destaque social e empresarial. Considerando as ponderações anteriores, Russo 
(2013) chama a atenção para as principais atribuições da gestão da distribuição física: 
 
 
 
 
 
 
Deste modo, a logística de distribuição de um produto é a logística de suprimentos 
do comprador. Assim, ao longo da cadeia de suprimentos, a distribuição física desempenha 
diversas atividades, como o processamento de pedidos e informações, a gestão dos 
estoques, o transporte, a expedição, o carregamento e o descarregamento de veículos 
(PONTES e ALBERTIN, 2017). 
 
4.2. Gestão da Distribuição Física 
Para Russo (2013) desde a abertura do mercado interno brasileiro aos produtos 
estrangeiros, a cadeia de suprimentos de bens de consumo passou a experimentar 
mudanças importantes, aceleradas e contínuas. O autor destaca ainda que a estabilidade 
da economia, embora vacilante, contribuiu para dar novos contornos ao ambiente 
competitivo, acirrando mais a disputa pelo mercado. 
 
- Negociar fretes; 
- Selecionar rotas e meios de transporte; 
- Administrar os relacionamentos com fornecedores e consumidores. 
 
 
27 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Assim, a gestão da distribuiçãofísica se desenvolve em três níveis diferentes: 
 
Nível Questionamento Ação 
Estratégico: 
Como deve ser a definição 
global dos sistemas de distribuição? 
- Localizando armazéns; 
- Selecionando os modais de 
transporte mais adequados; 
- Gerando informações; 
Tático 
Como o sistema de 
distribuição pode ser utilizado? 
- Adquirindo recursos de 
transmissão; 
- Planejando a ocupação dos 
armazéns; 
- Otimizando as operações e 
transporte. 
Operacional 
Tarefas diárias que devem ser 
desempenhadas. 
 
- Providenciar os 
carregamentos; 
- Embalar produtos; 
- Realizar inventário. 
 
Fonte da Tabela: https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/07/20/distribuicao-fisica/ (Adaptada) 
 
Em resumo, uma boa gestão da distribuição depende diretamente da atuação 
eficiente de seus representantes, que devem considerar as muitas etapas ao longo da 
cadeia, como forma de obter bons resultados. 
 
4.3. Centros de Distribuição – CD 
Centro de distribuição ou CD, é um lugar — não necessariamente próximo ou na 
sede da empresa — que tem como principal finalidade receber, armazenar e distribuir 
produtos ou materiais. A proposta de manter uma instalação só para isso está totalmente 
relacionada a questões logísticas. Geralmente, a localização dos centros de distribuição é 
estratégica, ou seja, é comum encontrá-los próximos a rodovias importantes, que facilitem 
a chegada e a saída de mercadorias. A maioria também conta com uma estrutura ampla, 
que permite o armazenamento das cargas e o estacionamento dos caminhões (BLOG 
LOGÍSTICA, 2021, ON LINE). 
 
 
 
28 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
De acordo com Pontes e Albertin (2017) as principais funções dos centros de 
distribuição são: 
 
1. - Consolidar as cargas para reduzir os custos de transporte por meio de cargas 
completas; 
2. - Fracionar as cargas para facilitar a transferência em cargas menores; 
3. - Melhorar o nível de serviço prestado, ao posicionar o estoque mais próximo 
dos clientes. 
 
Nesse contexto, os autores anteriormente citados destacam também as principais 
atividades desenvolvidas nesses ambientes: 
 
✓ Recebimento de cargas; 
✓ Movimentação no estoque; 
✓ Estocagem de produtos; 
✓ Separação de pedidos (picking); 
✓ Embalagem; 
✓ Expedição. 
 
Nessa perspectiva é preciso destacar ainda que os centros de distribuição promovem 
muitos benefícios para as operações logísticas dentre os quais, destacam-se: 
 
Benefício Situações 
Economia 
- Em fretes; 
- Em manutenção de veículos; 
- Com mão de obra; 
- Em negociações de preços junto à fornecedores; 
- Oferecendo preços mais acessíveis aos 
consumidores. 
Centralização de 
operações 
- Organizando e controlando estoques; 
Melhor atendimento 
- Agilidade no atendimento; 
- Satisfação do cliente. 
 
 
 
29 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4.4. Sistemas de Distribuição 
Para Shigunov Neto e Gomes (2016) os sistemas de distribuição apresentam duas 
situações na distribuição física de produtos, conforme apresenta-se: 
 
Tipo de 
Distribuição 
Situação 
Influências nesse tipo de 
Distribuição 
Um para um 
Há apenas um ponto 
de destino do produto. 
- Distância entre o ponto de origem e o 
ponto de destino; 
- Velocidade operacional; 
- Tempo de carga e descarga; 
- Tempo porta a porta; 
- Quantidade ou volume do 
carregamento; 
- Disponibilidade de carga de retorno; 
- Densidade da carga; 
- Dimensões e morfologia das unidades 
transportadas; 
- Valor unitário; 
- Acondicionamento; 
- Grau de fragilidade e periculosidade; 
- Compatibilidade entre produtos de 
natureza diversa; 
- Custo global. 
Um para muitos 
Há vários pontos de 
destino do produto 
- Divisão da região a ser atendida em 
zonas de bolsões de entregas; 
- Distância entre o centro de distribuição 
e o bolsão de entrega; 
- Velocidades operacionais e médias; 
- Tempo de parada; 
- Tempo de ciclo; 
- Frequência das visitas aos clientes; 
- Quantidade de mercadoria; 
- Densidade da carga; 
 
 
30 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
- Dimensões e morfologias das 
unidades transportadas; 
- Valor unitário; 
- Acondicionamento; 
- Grau de fragilidade e periculosidade; 
- Compatibilidade entre produtos de 
natureza diversa; 
- Custo global; 
 
Por conseguinte, Russo (2013) destaca ainda, que nessa realidade, a qualidade dos 
sistemas de distribuição surge como um objetivo estratégico, um fator que facilita o 
fechamento de pedidos e conquista o cliente. 
 
Portanto, compreende-se que os sistemas de distribuição assumem papel essencial, 
uma vez que conseguem determinar qual será a melhor alternativa à ser adotada pela 
organização, frente aos seus interesses e os desejos de seus clientes. 
 
 
 
A distribuição física é parte da logística empresarial que corresponde ao 
conjunto das operações associadas à transferência dos bens objeto de uma 
transação, desde o local de sua produção até o local designado no destino, e 
ao fluxo de informações associado. Nesse sentido, para uma boa gestão da 
distribuição física, torna-se necessária uma atuação eficiente de seus 
representantes, que devem considerar as muitas etapas ao longo da cadeia, 
como forma de obter bons resultados. 
 
 
 
 
31 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. TRANSPORTE NA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
 
Objetivo: 
Apresentar as modalidades de transporte e destacar a relevância dessas operações 
para a distribuição física. 
 
Introdução: 
A movimentação de cargas é um dos muitos processos pelos quais passam os 
produtos, desde suas criações, até o momento em que chegam ao destino. Essas muitas 
fases exigem estudos profundos da operação, como forma única de definição do modal 
mais adequado para realização do projeto. 
 
Nesse contexto das movimentações de cargas por intermédio dos modais de 
transporte, serão destacados de agora em diante as modalidades de transporte e as 
principais particularidades destes, em ocasião das distribuições de produtos. 
 
Dessa forma, eu convido você para aprender um pouco mais, especificamente, sobre 
os modais de transporte. Vamos adiante? 
 
5.1. Distribuição Física e Transporte 
Os custos de transporte representam, em média, 37% dos custos logísticos nas 
operações. Isso ajuda a explicar por que, na maioria das empresas, o transporte é 
considerado a atividade mais importante de um sistema de distribuição (RUSSO, 2013). 
 
O autor destaca ainda que o sistema de distribuição depende de pelo menos quatro 
etapas fundamentais para seu bom desempenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estoques de produtos acabados 
São constituídos dos produtos finais 
produzidos pela empresa e que serão por ela 
negociados; 
Embalagens de proteção 
Além das embalagens regulares, são usadas, 
quando necessário, embalagens para 
proteger os produtos durante o transporte; 
 
 
32 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2. Subdivisões das Modalidades de Transporte 
Faro e Faro (2012) asseguram que na classificação dos transportes quanto à sua 
modalidade, em alguns casos podem ser observadas algumas ramificações. O modal 
terrestre, por exemplo, subdivide-se em: rodoviário, ferroviário e dutoviário. Por sua vez, o 
modal aquaviário subdivide-se em: fluvial, lacustre e marítimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.3. Modais de Transporte 
Toda movimentação de cargas exige um planejamento prévio e a correta escolha do 
modal de transporte implicará em bons resultados operacionais e satisfação mútua dos 
envolvidos. 
 
Nesse direcionamento, Faro e Faro (2012) afirmam que a escolha do modal deve 
ser precedida da análise de inúmeras varáveisem que cabe a avaliação não apenas do 
custo inerente à movimentação da carga, mas também das características da mercadoria 
Rodoviário, ferroviário e dutoviário. Terrestre 
Aquaviário Fluvial, lacustre e marítimo. 
Aéreo 
M 
O 
D 
A 
I 
S 
Centros de Distribuição 
Grandes armazéns utilizados pelas 
empresas para centralizar as entregas e/ou o 
recebimento de produtos em determinada 
região e, depois, redistribuí-los para destinos 
próximos, conforme você já viu. 
Sistemas de Transporte 
Um tipo de modal transportador é escolhido 
para fazer o deslocamento dos produtos até o 
seu destino final; 
 
 
33 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
e do mercado que se pretende atingir, além da distância a ser considerada, bem como o 
tempo exigido para que seja efetuada a entrega do item negociado. 
 
De agora em diante, você conhecerá algumas das muitas particularidades dos 
modais de transporte. Vamos começar pelo mais utilizado nas operações logísticas do 
Brasil, o rodoviário. 
 
5.3.1. Transporte Rodoviário 
O transporte rodoviário é um dos mais simples do mercado atual. Possui flexibilidade 
nas movimentações corriqueiras e é comum em movimentações entre pequenas distâncias, 
especialmente, quando existe a necessidade de transportar cargas de pequeno porte. 
 
Esse modal possui grande aceitação do público brasileiro, em geral nos grandes 
centros urbanos. Atualmente, é possível encontrar no mercado uma grande variedade de 
veículos rodoviários destinados ao transporte de cargas. Existem produtos para atender 
diferentes necessidades, considerando a diversidade de produtos passíveis de serem 
submetidos à essas operações. Todavia, torna-se relevante destacar que os veículos 
rodoviários se classificam pela capacidade de carga que cada um pode transportar, bem 
como, pelos eixos que possuem. 
 
Keedi (2008) assegura que o peso do veículo em si, é 
denominado de tara (tare), enquanto a sua capacidade de carga 
é a sua lotação (payload), sendo que somados representam o 
peso bruto (gross weight) total do veículo. Observe na sequência 
alguns dos principais modelos de veículos rodoviários utilizados 
no dia a dia operacional. 
 
5.3.2. Transporte Ferroviário 
As primeiras ferrovias surgiram na Inglaterra, no início do século XIX, com a 
aplicação do princípio das máquinas a vapor, as locomotivas. Em 1850 já havia ferrovias 
nas proximidades de Londres, onde as locomotivas se deslocavam a mais de 70km/h, 
velocidade considerada muito elevada para a época. Rapidamente as ferrovias se 
espalharam e em 1869, os Estados Unidos inauguraram sua primeira ferrovia 
transcontinental, a maior do mundo na época (INFOESCOLA, 2021, ON LINE). 
 
 
 
34 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
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Apesar do custo fixo ser elevado para implantação de novas ferrovias, o transporte 
realizado através deste modal no Brasil, apresenta relevante eficiência energética para os 
grandes lotes que precisam ser movimentados para longas distâncias. 
 
Nessa perspectiva, Schluter (2013) destaca que em função da baixa quantidade de 
veículos disponíveis para uso e mediante a mínima velocidade de giro nas redes, o 
transporte ferroviário no Brasil possui baixa disponibilidade (de forma geral). 
 
Assim, a maior parte da atual extensão ferroviária brasileira se encontra na Região 
Sudeste, onde estão os estados de São Paulo e Minas Gerais, sendo que cada um possui 
cinco mil quilômetros de linhas (INFOESCOLA, 2021, ON LINE). 
 
Entretanto, não é comum encontrarmos os equipamentos ferroviários no dia a dia 
dos grandes centros urbanos, haja vista ser este um dos modais em que as linhas férreas 
geralmente estão localizadas em áreas portuárias, estações próprias e sobretudo, 
afastadas dos perímetros urbanos, onde as populações residem. 
 
Um diferencial desse modal em relação ao rodoviário, é que as 
locomotivas possuem um trajeto próprio e as movimentações ocorrem 
sempre de forma previamente definidas, motivando um conjunto de 
ações que favorecem as operações de carga e descarga. 
 
5.3.3. Transporte Dutoviário 
Razzolini Filho (2012) destaca que os dutos são formados pela ligação de vários 
tubos e que a Petrobrás possui uma malha formada por aproximadamente 12 mil km de 
oleodutos e gasodutos, alguns trechos chegam a quase 1 mil km de comprimento 
(ininterruptos) e a diâmetros de mais de 1 m. 
 
Paoleschi e Reis Buco (2018) informam que o transporte de cargas nesse modal 
ocorre no interior de uma linha de tubos ou dutos e o movimento dos produtos ocorre por 
pressão de arraste desses por meio de um elemento transportador, ou por conta da 
gravidade. 
 
 
 
35 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
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O maior duto do Brasil é o gasoduto Bolívia-Brasil, com mais de 7 mil km de 
extensão, ligando Corumbá/MS (fronteira entre Brasil e Bolívia) e Uruguaiana/RS, sendo 
considerado o maior da América latina e um dos maiores do mundo. 
 
Nos entendimentos de Razzolini Filho (2012) apesar de ser este o modal mais 
recentemente utilizado para o transporte de produtos economicamente viáveis e com 
agregação de valor, o modal dutoviário é um instrumento bastante interessante pelo seu 
baixo custo operacional, apesar de a operação e o controle de um duto serem atividades 
bastante complexas. 
 
Nesse sentido, as dutovias podem ser de transporte ou de transferência, rígidas ou 
flexíveis, enterradas, flutuantes, aéreas ou submarinas, quando se referem à localização: 
normais ou aquecidas quanto à temperatura, e dividem-se em aço e materiais não metálicos 
quanto ao material que as constitui (PAOLESCHI e REIS BUCO, 2018). 
 
Assim, RAZZOLINI FILHO (2012) aponta para a caracterização do modal dutoviário, 
da seguinte forma: 
 
1 Via de transporte 
- Geralmente dutos feitos de materiais com 
resistência adequada ao veículo, como concreto, 
aço, polipropileno; 
2 
Meio de transporte 
(veículo) 
- O próprio material; 
3 Força propulsora 
- Força da gravidade, bombeamento e as bases 
de distribuição; 
4 Instalações 
- Terminais que fazem a captação, o 
bombeamento e as bases de distribuição; 
5 Sistema de controle 
- É utilizado, geralmente, o sistema supervisor e 
de controle do duto, o Supervisory Control and 
Data Acquisition (Scada) ou Sistema Supervisor 
de Controle e Aquisição de Dados, como principal 
ferramenta para o controle de um duto. 
 
 
 
36 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
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Assim, em razão das particularidades de cada produto (densidade, viscosidade, 
componentes químicos, quantidades etc.) todo o lote passa inicialmente por um processo 
que o tornará apto para o transporte. 
 
Especificamente no caso dos minerodutos, o transporte geralmente ocorre entre 
produtoras, usinas e portos. Assim, o processo que envolve o transporte dessas 
mercadorias, ocorre principalmente através da gravidade ou pressão mecânica nas 
tubulações das dutovias, que consequentemente promovem a movimentação. 
 
5.3.4. Transporte Aéreo 
Sem dúvidas, esse é o modal mais rápido que existe atualmente. Todavia, o 
transporte aéreo destaca-se não somente por essa habilidade, mas também por ser o 
modal que possui os mais elevados custos em se comparando com os demais. 
 
Não se pode ignorar que essa modalidade de transporte utiliza 
tecnologias avançadas e caras, resultando em mais segurança e agilidade 
para o processo em sua totalidade. Esses diferenciais de mercado têm 
incentivado o uso do transporte aéreo nas movimentações de cargas, sendo 
que a busca por esses serviços, aumenta ano após ano. 
 
 
 
O modal aéreo torna-se adequado quando existe a necessidade de transportar 
mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e/ou cargas que 
exigem urgência na entrega.Exemplos dessas mercadorias são: 
medicamentos, flores, animais vivos, metais preciosos, equipamentos de 
telefonia, dentre outros. 
 
 
Assim como no modal ferroviário, que você já viu anteriormente, não é comum as 
populações terem acesso a aeronaves no dia a dia, exceto quando se trabalha nesse 
segmento. Entretanto, essas grandes invenções humanas possuem forte influência sobre 
as necessidades das populações atuais, razão pela qual torna-se quase impossível pensar 
em ganhar tempo no transporte de mercadorias, sem cogitar o uso desse modal. 
 
 
 
37 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
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Keedi (2008) assegura que o transporte aéreo pode ser feito de maneira regular, 
tanto através das aeronaves disponíveis, ou mesmo, por intermédio de afretamentos de 
aeronaves pelos embarcadores. Nessa perspectiva, Razzolini Filho (2012) informa que 
existem diferentes tipos de aeronaves utilizadas no transporte aéreo, tais quais: 
 
 
 
5.3.5. Transporte Aquaviário - Fluvial 
O transporte fluvial que é aquele que se utiliza dos rios como forma de locomoção. 
Razzolini Filho (2012) informa que o sistema aquaviário do Brasil é distribuído por oito 
bacias hidrográficas, num total de 48 mil km de rios navegáveis, ou seja, isso envolve pelo 
menos, 16 aquavias e 20 portos fluviais. 
 
 
 
Muitos problemas ambientais, sobretudo a poluição dos rios (excesso de lixo, 
derramamento de óleo etc.) vêm afetando o curso normal das águas, como é 
o caso do assoreamento do Rio São Francisco, um dos mais importantes do 
país. O transporte fluvial é realizado mais ao norte do país. As principais 
Hidrovias do Brasil são: Hidrovia Tocantins-Araguaia, Hidrovia Solimões-
Amazonas, Hidrovia São Francisco, Hidrovia da Madeira, Hidrovia Tietê-Paraná 
e a Hidrovia Taguari-Guaíba (TODA MATÉRIA, 2021, ON LINE). 
 
Full Cargo ou All Cargo – Aeronaves destinadas exclusivamente para transporte de 
cargas (aviões cargueiros). 
Full Pax – Aeronaves destinadas ao transporte de passageiros, contando com 
compartimento de carga. O deck superior destina-se a passageiros, e o inferior, as 
cargas. 
Combi – Aeronaves utilizadas tanto para cargas, como transporte de passageiros. 
As cargas podem ser transportadas tanto no lower deck quanto no upper deck, 
localizados no fundo da aeronave. 
 
 
38 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.1.1. Transporte Aquaviário - Lacustre 
O transporte lacustre é aquele realizado em lagos no interior do país. No caso do 
transporte internacional, existem apenas quatro lagos nas Américas que possibilitam o 
transporte de cargas fazendo a ligação entre países: o lago Titicaca, que liga a Bolívia ao 
Peru; os Grandes Lagos, ligando os Estados Unidos ao Canadá; A Lagoa Mirim, que 
estabelece a ligação entre o Brasil e o Uruguai e o lago artificial da Usina Hidrelétrica de 
Itaipu, que liga o Brasil ao Paraguai (RAZZOLINI FILHO, 2012). 
 
É preciso destacar também outra via lacustre brasileira que merece destaque, a 
Lagoa dos Patos, em Porto Alegre, que liga as cidades de Rio Grande e Porto Alegre, no 
Rio Grande do Sul. 
 
1.1.2. Transporte Aquaviário - Marítimo 
O transporte marítimo representa, quase que a totalidade dos 
serviços de transporte no comércio exterior. Devido a sua grande 
utilização no transporte internacional e a seu baixo custo, atualmente 
é responsável por cerca de 90% das cargas internacionais 
(PAOLESCHI e REIS BUCO, 2018). 
 
Assim, o uso de embarcações marítimas para o transporte internacional de cargas é 
um dos modos mais utilizado no mundo contemporâneo, principalmente quando o objetivo 
é alcançar longas distancias. Uma das especificidades do uso desse modal de transporte 
é que este só é favorável se os portos de origem e destino possuírem condições para enviar 
e receber mercadorias. 
 
 
 
Os modais de transporte possuem particularidades que os tornam essenciais 
em oportunidade da distribuição de produtos. As modalidades aérea, 
dutoviária e aquaviária, quando unidas à rodoviária e ferroviária, formam um 
grupo que favorece as movimentações de cargas no Brasil e no mundo. 
Individualmente possuem suas particularidades e cada um tem seu merecido 
destaque no cenário das movimentações internacionais. Cada necessidade de 
movimentação de carga é que indicará o uso correto e a escolha que deve ser 
adotada em relação ao modal de transporte, razão pela qual, torna-se 
essencial avaliar os fatores que envolvem as movimentações, para então, 
definir o melhor modal em cada processo. 
 
 
39 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
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6. COMÉRCIO ELETRÔNICO 
 
Objetivo: 
Demonstrar a representatividade do comércio eletrônico na cadeia de distribuição. 
 
Introdução: 
O comércio eletrônico ou e-commerce caracteriza-se pela comercialização através 
de canais digitais, ou seja, por intermédio da internet. Uma das maiores vantagens do uso 
dessa ferramenta é a possibilidade das aquisições de produtos ou serviços de forma rápida, 
segura e moderna, por parte dos consumidores. 
 
Graças à tecnologia que se atrela à essas operações, o cliente não precisa mais se 
dirigir à uma loja física para realizar suas aquisições. Por intermédio de plataformas 
tecnológicas, é possível acessar os produtos que as empresas oferecem e assim finalizar 
o processo de compra. 
 
Em se tratando do comércio eletrônico e sua relação com a distribuição física, 
compreende-se que essa forma de comercializar contribuiu de forma significativa para as 
estratégias organizacionais, alterou a forma de fazer negócios e melhorou a distribuição 
dos produtos ao longo das etapas das cadeias logísticas. 
 
Vamos compreender melhor essas particularidades? 
 
6.1. Produtos e Serviços 
Os conceitos de produto e serviço em muitos 
momentos se confundem, deixando a falsa impressão 
de tratar-se da mesma coisa. Todavia, são duas 
temáticas diferenciadas que possuem 
representatividade direta em suas funções. 
 
Nesse contexto Shigunov Neto e Gomes (2016) 
asseguram que “produto” é o resultado final do 
processo de fabricação de uma atividade industrial e 
caracteriza-se principalmente por ser físico e tangível. 
Fonte da imagem: 
https://www.lojavirtual.com.br/blog/portfolio-
item/tenha-a-possibilidade-de-vender-
produtos-ou-servicos/. Acesso em: 24 de 
março de 2021. 
 
 
40 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Um produto constitui-se como o resultado das atividades humanas, bem como um 
elemento, que estará atrelado às diferentes etapas mercadológicas, influenciando a 
definição de preços, propagandas e a própria distribuição deste. Em outras palavras, os 
produtos são bens duráveis ou não, sendo inclusive, passíveis de armazenagens e 
estoques. 
 
Em contrapartida do conceito de produto, torna-se relevante compreender também 
o que são os serviços. Para Shigunov Neto e Gomes (2016) o “serviço” é uma “ação ou 
efeito de servir” ou “o trabalho ou ação útil para alguém”. 
 
Por fim, o serviço constitui-se basicamente em atividades humanas, prestadas por 
empresas e/ou pessoas físicas, com o objetivo de atender necessidades de consumidores. 
Essa prestação deve ofertar benefícios e estar acessível financeiramente ao público para 
o qual se destina. 
 
6.2. Origem do Comércio 
 Muito antes das comercializações correntes existirem, a sobrevivência da espécie 
humana foi garantida pelas trocas comerciais (escambo) adotadas pelos povos antigos. Na 
época, peles, fumo, óleo, sal, carnes, conchas, cereais, animais e até ossos eram os tipos 
mais comuns de mercadorias. Considerando que as moedas não existiam, esses objetos 
eram a garantia para as trocas necessárias. 
 
Ao longo dos séculos seguintes o comércio se atualizou e expandiu, oportunidade 
emque o dinheiro passou a ser utilizado nas trocas comerciais. Shigunov Neto e Gomes 
(2016) informam que as origens do comércio moderno remotam ao período denominado 
Revolução Comercial, que ocorreu a partir do ano 1.400, quando surgiram muitos 
acontecimentos históricos, tais quais: 
 
✓ Ascensão do Capitalismo; 
✓ Introdução de moedas monetárias; 
✓ Desenvolvimento do sistema bancário; 
✓ Expansão dos instrumentos de crédito; 
✓ Declínio das corporações e o aparecimento 
de novas indústrias. 
 
Novidades na 
Revolução 
Comercial 
 
 
41 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A Revolução Comercial e seus fatos históricos representa um grande período de 
transformações na Europa, entre os séculos XVI e XVIII. Esse processo se deu porque ao 
final da Idade Média, novidades tecnológicas começaram a surgir e os costumes restritos 
de outrora, passaram a se dinamizar, enquanto a busca pelos metais preciosos se tornou 
cada vez mais intensa (INFOESCOLA, 2021, ON LINE). 
 
A Revolução Comercial impulsionou também a era das Grandes Navegações, que 
culminou no descobrimento das Américas pelos europeus, uma vez que, com a tomada de 
Constantinopla pelos turcos otomanos, não havia como chegar à Índia pelo caminho 
tradicional, logo, só nesse país era possível comprar especiarias (temperos), perfumes 
raros, joias fabulosas etc. (CONHECIMENTO CIENTÍFICO, 2021, ON LINE). 
 
Desde então o comércio se aperfeiçoou, atualizou e passou a assegurar 
desenvolvimento social, comercial e empresarial em diferentes partes do planeta. Nas 
últimas décadas o mundo experimentou uma nova forma de comercialização, aquela que 
ocorre por ferramentas eletrônicas. 
 
6.3. O Comércio Eletrônico 
O comércio eletrônico caracteriza-se pela comercialização de produtos ou serviços 
por intermédio da internet. Para Shigunov Neto e Gomes (2016) esse tipo de 
comercialização pode contribuir para a estratégia de negócio nas organizações, porém, 
demanda atenção, pois, da mesma forma que pode ser uma vantagem competitiva para a 
organização, também pode trazer problemas se não for bem utilizado. 
 
Nessa perspectiva, é preciso destacar ainda, o parecer de Turban e King (2004) 
quando asseguram que a expressão “comércio eletrônico” é um tanto restrita, motivo pelo 
qual muitos preferem o termo e-business, uma definição mais ampla e que não inclui 
apenas as ações de compra e venda de produtos e serviços, mas também a prestação de 
serviços a clientes, a cooperação com parceiros comerciais e a realização de negócios 
eletrônicos dentro de uma organização. 
 
Dessa forma, o comércio eletrônico se caracteriza basicamente como uma loja on-
line própria, que além de negociar diretamente com o consumidor final os produtos 
exclusivos de uma marca, também se responsabiliza pelos tramites logísticos, desde a 
compra até a entrega do produto ao cliente final. 
 
 
42 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O comércio eletrônico alterou a forma de fazer negócios e a distribuição dos 
produtos, uma vez que passou a possibilitar que os clientes realizem seus pedidos em 
qualquer dia e horário e também aumentou a complexidade relativa aos prazos de entrega, 
exigindo mais flexibilidade das empresas e dos sistemas de distribuição física (PONTES e 
ALBERTIN, 2017). 
 
6.4. Marketplace 
O marketplace consiste em um modelo de negócio relativamente novo no Brasil, que 
surgiu em 2012 e se assemelha a atuação de um shopping center virtual, ou seja, reúne 
diferentes marcas e lojas em um mesmo lugar, facilitando a procura pelo melhor produto e, 
consequentemente, o preço mais atraente. 
 
Essa ferramenta chegou no mercado digital brasileiro trazendo mudanças 
significativas, em especial, pela sua capacidade de conectar a oferta e a demanda em uma 
plataforma online, gerando benefícios tanto aos empreendedores quanto aos clientes. 
 
O marketplace se divide em dois níveis de acesso: um para o lojista e um para o 
cliente. Enquanto o lojista tem a oportunidade de customizar o seu mix de produtos 
ofertados e lidar com a organização do negócio, para o cliente, a experiência é como 
acessar uma loja virtual comum, com a diferença de que existem várias opções de lojas. 
Isso quer dizer que, na hora de fechar uma compra, o procedimento adotado é como em 
qualquer outro comércio virtual, porém, sem a necessidade de redirecionar o consumidor 
para o site de cada loja, ou mesmo fazer cobranças separadas (VINDI, 2021, ON LINE). 
 
6.5. Etapas das Vendas em Lojas Virtuais 
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - 
SEBRAE (2021, ON LINE) as etapas das vendas de produtos em lojas virtuais são: 
 
Preparação do pedido: O comprador precisa localizar e identificar a 
mercadoria, obter as informações necessárias para tomar a decisão de compra, 
autorizar a transação financeira e transmitir o seu pedido para o site. 
 
Processamento do pedido: A partir do pedido efetuado pelo cliente, 
cabe ao site e às entidades envolvidas no processo, como as administradoras 
1 
2 
 
 
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de cartão de crédito e empresas antifraude, analisar os dados, processar e validar o pedido. 
O pedido válido e sem risco de fraude segue para o financeiro. 
 
Confirmação do pedido: Implica na confirmação da transação 
financeira, separação da mercadoria - ou sua encomenda junto ao fornecedor - 
embalagem, emissão da documentação fiscal e entrega ao transportador. O 
tempo de entrega é contado a partir desse momento. 
 
Entrega: Corresponde ao envio da mercadoria ao destinatário. Pode ser 
oferecida ao comprador a possibilidade de rastreamento das mercadorias após 
a entrega delas ao transportador. 
 
6.6. Modalidades de Comércio Eletrônico 
Shigunov Neto e Gomes (2016) informam que existem inúmeras modalidades de 
comércio eletrônico, e apontam para as mais comuns: 
 
Comércio Eletrônico 
B2C ou Business to 
Consumer 
• É aquele que ocorre diretamente entre a empresa e 
o consumidor final, sem a necessidade de intermediários. 
São os varejos virtuais representados por websites 
denominados lojas virtuais. 
Comércio Eletrônico 
B2B ou Business to 
Business 
• É aquele que ocorre entre duas empresas, também 
denominado atacado virtual. 
Comércio Eletrônico 
B2G ou Business to 
Government 
• Aquele que ocorre com os órgãos governamentais 
como: prefeituras, universidades públicas e governos 
estaduais. 
Comércio Eletrônico 
C2C ou Consumer to 
Consumer 
• Ocorre entre consumidores finais. Como exemplos, 
sites de compras coletivas e de classificados. 
 
Dessa forma, quando se trata das modalidades de comércio eletrônico, torna-se 
essencial compreender que essas ferramentas existem para que as empresas negociem 
também entre si e utilizem a internet como estratégia para esse comércio, desconstruindo 
3 
4 
 
 
44 Gerenciamento da Cadeia de Distribuição 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
assim, a ideia de que essas operações constituem apenas uma negociação direta com o 
consumidor final. 
 
6.7. Distribuição Física no Comércio Eletrônico 
O sistema de distribuição física mais adotado no comércio eletrônico é o denominado 
“um para muitos”, onde um veículo é carregado com mercadorias e sai de um Centro de 
Distribuição – CD, para entregar os itens em diversas lojas, CDs, clientes etc., executando 
um roteiro previamente estabelecido. 
 
A grande maioria das empresas que atuam na comercialização eletrônica possui 
frotas próprias para a distribuição dos itens, porém, o mercado aponta uma significante 
quantidade de organizações que passaram a terceirizar esses serviços, contratando outras 
transportadoras e/ou direcionando suas entregas por remessas postais. 
 
 
 
Os veículos rodoviários

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