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Veja o porquê da autocobrança e da ansiedade no início do
ano
Existem maneiras de combatê-las para evitar que prejudiquem a saúde mental
A ansiedade e autocobrança no início do ano são problemas comuns 
Imagem: Robert Plociennik | Shutterstock
Para muitas pessoas, o início do ano é um momento de rever atitudes, repensar os resultados, traçar
novos planos e definir prioridades. Logo, é comum haver uma certa ansiedade e autocobrança. No
entanto, quando esses sentimentos atrapalham o dia a dia, é preciso atentar-se a eles. 
Segundo Ronan Mairesse, especialista em Desenvolvimento Humano e Análise Comportamental, a
autocobrança e a ansiedade se tornam perigosas quando alteram a fisiologia, isto é, causam dores
musculares, suor nas mãos, falta de sono, entre outros sintomas. “O corpo sente quando a mente não
está bem e, nesses casos, deve-se procurar o mais rápido possível um psicólogo ou psiquiatra”,
completa o profissional. 
Causas da autocobrança e ansiedade 
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Como dito anteriormente, a autocobrança e a ansiedade são consideradas sensações comuns no
início de um novo ano. Todavia, existem fatores que levam a elas, desde questões culturais até sociais.
“Quando chegamos ao final do ano, culturalmente, temos a tendência de comemorar conquistas.
Quando a pessoa chega em dezembro, por exemplo, e percebe que não evoluiu nos últimos onze
meses, ela pode se sentir incapaz”, declara Ronan Mairesse. 
Blenda Oliveira, psicanalista e doutora em Psicologia, ressalta que o Natal também é uma data que
influencia a autocobrança e a ansiedade no início do ano. Afinal, essa comemoração tem um apelo
familiar muito grande, bem como uma intensa reflexão, o que significa momentos de sofrimento para
muitos indivíduos. 
Perigo das promessas de fim de ano 
Além dos motivos citados, a ansiedade e a autocobrança, frutos das promessas feitas no ano anterior,
também podem trazer consequências emocionais. De acordo com Ronan Mairesse, caso os
compromissos não sejam cumpridos, muitas pessoas tendem a ficar tristes e se sentirem culpadas,
mesmo que essa realização não dependa de si. 
Ademais, a psicóloga clínica Sirlene Ferreira comenta que, “ao estabelecer metas muito cruéis, a
possibilidade de elas não serem cumpridas é alta, o que tem como consequência decepções e
frustrações”. 
Se lidar com a autocobrança e a ansiedade sozinho não estiver trazendo bons resultados, a psicoterapia
pode ser uma grande aliada 
Imagem: Prostock-studio | Shutterstock
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Pessoas propícias a desenvolverem ansiedade e autocobrança 
Todo indivíduo está sujeito a desenvolver ansiedade e autocobrança no início do ano. Contudo, existem
pessoas mais predispostas, conforme detalha Sirlene Ferreira, como aquelas que procrastinam, que
criam muitas fantasias, que são perfeccionistas demais e que são muito exigentes consigo e com os
outros. 
Além disso, Ronan Mairesse comenta que os indivíduos que estão enfrentando grandes mudanças e/ou
apresentam alguma psicopatologia, como traumas, também integram o grupo de risco.
Vencendo a autocobrança e a ansiedade 
Para vencer a autocobrança e a ansiedade, alguns passos simples precisam ser dados. A psicóloga
clínica Sirlene Ferreira cita que a autogentileza e o respeito pelos próprios limites são os primeiros
deles. 
Outra etapa desse processo é o autoconhecimento da própria individualidade. Isso porque se conhecer
é essencial para saber como agir quando não atender às expectativas internas e externas. “Nosso modo
de ser é moldado pela nossa família, amigos e sociedade em geral, mas não podemos nos esquecer da
nossa bioquímica e da maneira como as nossas crenças, sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o
mundo externo, foram criadas”, esclarece Ronan Mairesse. 
Psicoterapia como uma grande aliada 
Caso os passos citados não tragam resultados efetivos ou a pessoa sinta que precise de um auxílio
extra, a psicoterapia pode se tornar uma grande aliada na luta contra a autocobrança e a ansiedade. “É
importante ter alguém com quem conversar e nos ouvir sem julgamento”, enfatiza Ronan Mairesse. 
Ainda nesse contexto, o tratamento psicológico “é indicado quando a pessoa deseja ter um interlocutor
que auxilie no processo de autoconhecimento e que a ajude a entender como fazer as transições que
precisa e/ou busca”, acrescenta Blenda Oliveira. 
Maneiras de evitar a autocobrança e a ansiedade 
Ainda mais importante do que tratar a ansiedade e a autocobrança do início do ano, é descobrir
maneiras de evitá-las. Para Blenda Oliveira, um modo eficaz é a análise equilibrada. “É importante que a
pessoa faça uma avaliação do que ela quer e, principalmente, do que ela pode alcançar”, exemplifica. 
A psicanalista e doutora em Psicologia também comenta que é fundamental diminuir as expectativas,
não se comparar aos outros e lembrar que as mudanças profundas são dadas com passos pequenos.

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