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Estudo Dirigido: Oficial 2 Período: 4º Disciplina: Processos Psicológicos Básicos Docente: Thaís Dell’Oro ANIELLY ALVES RODRIGUES RA: 324354036437 1 MEMÓRIA O QUE É A MEMÓRIA? • Memória é a capacidade do sistema nervoso de manter e recuperar habilidades e conhecimentos. Essa capacidade possibilita que os indivíduos levem informações de experiências e armazenem-nas para posterior recuperação. –> a memória fotográfica não existe ▪ Memória Sensorial: Armazena informações sensoriais brevemente após a percepção inicial. –> ex: a memória sensorial visual retém uma imagem por uma fração de segundo. ▪ Memória de Curto Prazo: Também conhecida como memória de trabalho, é responsável por reter informações por um curto período, geralmente segundos a minutos. –> ex: lembrar um número de telefone temporariamente. ▪ Memória de Longo Prazo: Envolve o armazenamento de informações por períodos mais extensos, que podem variar de dias a anos. As memórias de longo prazo são essenciais para a aprendizagem duradoura e a retenção de experiências significativas. • As informações que armazenamos e as memórias que recuperamos muitas vezes são incompletas, tendenciosas e distorcidas. As memórias de duas pessoas para o mesmo evento podem diferir muito, porque cada indivíduo armazena e recupera memórias do evento distintamente. ▪ Memória Declarativa (Explícita): Relacionada às informações conscientemente recordadas, como fatos e eventos específicos. Subdivide-se em memória episódica (relacionada a eventos pessoais) e memória semântica (relacionada a fatos e conceitos). ▪ Memória Não Declarativa (Implícita): Refere-se ao conhecimento adquirido de forma não consciente, incluindo habilidades motoras, hábitos e condicionamento. • Além disso, as experiências não têm todas a mesma probabilidade de serem lembradas. Alguns eventos da vida passam rapidamente, sem deixar memória duradoura; outros são lembrados, mas depois esquecidos; outros, permanecem por toda a vida; 2 • A memória está distribuída por muitas áreas do cérebro, incluindo o hipocampo, o lobo temporal medial e as áreas sensitivas corticais. COMO AS MEMÓRIAS SÃO MANTIDAS AO LONGO DO TEMPO? As três fases essenciais da memória são a codificação, o armazenamento e a recuperação. • Codificação: É o processo de transformar informações sensoriais em uma forma que o cérebro possa processar e armazenar. Isso geralmente envolve a conversão de informações sensoriais, como visão ou som, em impulsos neurais. –> tratamento das informações de modo que elas possam ser armazenadas • Armazenamento: As memórias consolidadas são armazenadas em diferentes áreas do cérebro, dependendo do tipo de memória. As memórias de curto prazo podem ser armazenadas em áreas como o hipocampo, enquanto as memórias de longo prazo podem ser distribuídas em áreas corticais específicas. –> retenção de representações codificadas ao logo do tempo • Recuperação: Quando precisamos acessar uma memória, ela é recuperada do armazenamento para ser utilizada. Esse processo envolve a ativação de redes neurais específicas que foram formadas durante a codificação e a consolidação. –> ato de recordar ou lembrar da informação armazenada quando for necessário COMO SÃO ORGANIZADAS AS INFORMAÇÕES NA MEMÓRIA DE LONGO PRAZO? Duas teorias amplamente reconhecidas são a teoria da organização hierárquica e a teoria da rede associativa. • Teoria da Organização Hierárquica ▪ Essa teoria sugere que as informações na memória de longo prazo são organizadas de maneira hierárquica, como uma árvore de conceitos; ▪ Os conceitos mais gerais ou abstratos estão no topo da hierarquia, e conceitos mais específicos ou detalhados estão nas camadas inferiores. –> ex: uma hierarquia de conceitos relacionados a animais, onde "animal" está no topo, seguido por categorias mais específicas como "mamífero", "cão", "labrador” • Teoria da Rede Associativa ▪ Essa teoria sugere que as informações na memória de longo prazo são organizadas em redes de associações; 3 ▪ Cada nó na rede representa um conceito ou uma unidade de informação, e os nós estão interconectados com base em associações de significado; ▪ Quando uma memória é recuperada, a ativação de um nó pode se espalhar pela rede, levando à recuperação de informações associadas. QUAIS SÃO OS DIFERENTES SISTEMAS DA MEMÓRIA DE LONGO PRAZO? • Memória Declarativa (Explícita) Os sistemas de memória episódica e semântica são diferentes. Determinados tipos de dano cerebral podem interromper a formação de memórias episódicas, mas poupar as memórias semânticas. ▪ Memória Episódica: Refere-se à capacidade de recordar eventos específicos e experiências pessoais em um contexto temporal e espacial. –> ex: lembrar-se de sua festa de aniversário do ano passado ▪ Memória Semântica: Relaciona-se ao conhecimento geral sobre o mundo, incluindo fatos, conceitos e significados. –> ex: saber que Paris é a capital da França. • Memória Não Declarativa (Implícita) O sistema subjacente às memórias inconscientes é chamado de memória implícita, e ela pode influenciar na tomada de decisões, fazendo com que as informações pareçam familiares na ausência de percepção consciente de que já nos deparamos previamente com a informação. –> A memória de procedimentos é um tipo de memória implícita que envolve habilidades motoras e hábitos comportamentais. ▪ Memória Procedural: Refere-se à habilidade de realizar ações e tarefas motoras sem a necessidade de consciência explícita. –> ex: andar de bicicleta ou tocar um instrumento musical. ▪ Condicionamento Clássico e Operante: Envolve a aprendizagem associativa entre estímulos e respostas (condicionamento clássico) ou entre comportamentos e consequências (condicionamento operante). • Memória Prospectiva ▪ Relaciona-se à capacidade de lembrar-se de realizar ações ou tarefas planejadas no futuro. Por exemplo, lembrar-se de ir ao médico na próxima semana. • Memória Associativa ▪ Refere-se à capacidade de formar e lembrar associações entre elementos ou conceitos. Isso pode incluir associações semânticas ou conexões mais específicas. 4 • Memória de Trabalho ▪ Enquanto a memória de trabalho é frequentemente considerada como parte da memória de curto prazo, ela desempenha um papel crucial na manipulação temporária de informações e pode estar envolvida em processos de memória de longo prazo. • Memória de Reconhecimento e Recuperação ▪ A memória de longo prazo também pode ser subdividida com base na forma como as informações são recuperadas, como a memória de reconhecimento (reconhecimento de informações previamente encontradas) e a memória de recuperação (lembrar-se ativamente de informações). QUANDO A MEMÓRIA FALHA? A falha de memória pode ocorrer por várias razões e em diferentes estágios do processo de memória. • Esquecimento Normal ▪ O esquecimento é uma parte normal do funcionamento da memória. Nem todas as informações são retidas indefinidamente. O cérebro tende a priorizar e consolidar informações mais relevantes e significativas. • Interferência ▪ Ocorre quando informações novas interferem na recuperação de informações antigas (interferência retroativa) ou quando informações antigas interferem na aprendizagem de novas informações (interferência proativa). • Efeito da Curva do Esquecimento ▪ Sugere que a retenção de informações diminui ao longo do tempo se não houver revisão ou prática. • Estresse e Emoções ▪ Altos níveis de estresse, ansiedade ou emoções intensas podem afetar negativamente a formação e recuperação de memórias. • Envelhecimento ▪ O envelhecimento está associado a mudanças no funcionamento cognitivo, incluindo a diminuição da capacidade de memória. No entanto, o envelhecimento não leva necessariamente a uma falha total de memória. •Doenças Neurológicas ▪ Condições como doença de Alzheimer, demência e outras doenças neurológicas podem afetar significativamente a memória. • Lesões Cerebrais 5 ▪ Traumas cerebrais, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outras lesões cerebrais podem causar danos ao sistema de memória e resultar em falhas de memória. • Distrações e Falta de Foco ▪ A atenção e o foco inadequados durante a codificação ou recuperação de informações podem levar a falhas de memória. • Sono Insuficiente ▪ A falta de sono adequado pode prejudicar a consolidação da memória, levando a dificuldades de retenção. COMO SÃO DISTORCIDAS AS MEMÓRIAS DE LONGO PRAZO? As memórias de longo prazo podem ser distorcidas por vários fatores, e a precisão das lembranças muitas vezes não é absoluta. • Sugestão e Influência Externa ▪ A exposição a informações errôneas ou sugestivas pode influenciar a formação e recuperação de memórias. Perguntas sugestivas ou informações imprecisas fornecidas por outras pessoas podem levar a uma distorção da lembrança original. • Mudança de Detalhes ao Longo do Tempo ▪ À medida que o tempo passa, é comum que os detalhes específicos de uma memória sejam esquecidos ou alterados. As pessoas podem preencher lacunas na memória com informações incorretas ou alterar inconscientemente os detalhes ao longo do tempo. • Influência da Emoção ▪ A intensidade emocional de um evento pode afetar a precisão da memória. Eventos emocionalmente carregados podem ser lembrados de maneira mais intensa ou com detalhes exagerados. • Memórias Implícitas e Efeitos de Sugestionabilidade ▪ Memórias implícitas, que são influenciadas por experiências passadas, podem afetar a interpretação de eventos presentes e levar a distorções. Além disso, a sugestionabilidade, ou a tendência de aceitar sugestões externas, pode levar a memórias distorcidas. • Memórias Construídas ▪ Em alguns casos, as pessoas podem construir memórias que nunca ocorreram, um fenômeno conhecido como falsa memória. Isso pode ocorrer por sugestão, influência externa ou mesmo devido a processos cognitivos que levam à confusão entre eventos reais e imaginados. • Efeito da Desinformação ▪ A exposição a informações incorretas após a ocorrência de um evento pode distorcer a memória original. Isso é conhecido como o efeito da 6 desinformação, onde informações incorretas influenciam a recordação de eventos. • Reconstrução da Memória ▪ A recuperação de uma memória muitas vezes envolve a reconstrução ativa da informação. Durante esse processo, podem ocorrer alterações ou adições à memória original. • Influência de Estereótipos e Expectativas ▪ Estereótipos culturais e expectativas pessoais podem influenciar a interpretação e recordação de eventos, levando a distorções na memória. • Condições Cognitivas ▪ Condições cognitivas, como confusão mental, cansaço extremo ou estresse, podem afetar a precisão das memórias. 2 APRENDIZAGEM • A aprendizagem é a mudança relativamente permanente no comportamento, resultante da experiência. É um processo pelo qual os indivíduos adquirem conhecimento, habilidades, comportamentos ou atitudes por meio da experiência, estudo, treinamento ou interação com o ambiente; • Ocorre quando um animal se beneficia da experiência de modo que o seu comportamento é mais bem adaptado ao ambiente; • O animal fica mais bem preparado para lidar com o ambiente no futuro; • A teoria da aprendizagem surgiu no início do século XX, como contraponto à psicanálise e ao uso da introspecção; • Tipos de aprendizagem: ▪ Aprendizagem não associativa Aprender sobre um estímulo, como uma imagem ou som, no mundo externo; ➢ Habitução A habitação é um processo pelo qual a resposta a um estímulo diminui com a exposição repetida a esse mesmo estímulo. ➢ Sensibilização A resposta a um estímulo aumenta com a exposição repetida. ▪ Aprendizagem associativa (condicionamento) Apreder a relação entre duas partes da informação; 7 ➢ Condicionamento Clássico (Pavloviano) Quando aprendemos que um estímulo prediz outro estímulo. ➢ Condicionamento Operante Quando aprendemos que um comportamento leva a um determinado desfecho. ▪ Aprendizagem Observacional (Modelagem) Aprender obserdando como os outros se comprtam; ➢ Modelação Imitar um comportamento visto em outras pessoas; ➢ Aprendizagem vicária Aprender a desempenhar ou não um comportamento depois de ver outras pessoas sendo recompensadas ou punidas por desempenhar essa ação; 2.1 BEBÊ ALBERT • Experimento do Pequeno Albert é um estudo clássico da psicologia conduzido por John B. Watson e sua assistente Rosalie Rayner em 1920. O objetivo do experimento era investigar a aprendizagem de condicionamento emocional em um bebê chamado Albert B., que tinha aproximadamente 11 meses de idade. • Objetivo ▪ Investigar se uma resposta emocional condicionada (medo) poderia ser associada a um estímulo anteriormente neutro (um rato branco) e, por extensão, a outros estímulos semelhantes. • Procedimento 1 Albert foi exposto a vários estímulos neutros, como ratos brancos, coelhos, macacos, cachorros, entre outros; 2 Inicialmente, Albert não mostrou medo ou aversão a esses estímulos; 3 Durante o experimento, sempre que Albert tocava um rato branco, Watson fazia um som alto batendo em uma barra de ferro com um martelo (um estímulo aversivo); 4 Após algumas repetições desse procedimento, Albert começou a demonstrar medo não apenas ao rato branco, mas também a outros estímulos anteriormente neutros apresentados na ausência do som aversivo. • Resultados ▪ O experimento demonstrou a capacidade de condicionamento emocional, mostrando que reações emocionais, como o medo, poderiam ser condicionadas a estímulos inicialmente neutros. 8 ▪ O medo condicionado de Albert se generalizou para estímulos semelhantes aos originalmente associados ao som aversivo. • Ética ▪ Hoje em dia, o Experimento do Pequeno Albert é frequentemente citado como um exemplo de preocupações éticas na pesquisa psicológica, principalmente devido à falta de consentimento informado, à natureza perturbadora do procedimento e à falta de consideração pelo bem-estar do participante; ▪ É importante observar que o experimento é criticado ética e metodologicamente, e os padrões éticos na pesquisa psicológica evoluíram significativamente desde então. O Experimento do Pequeno Albert é um exemplo histórico que destaca a importância de considerações éticas na pesquisa psicológica. 3 INTELIGÊNCIA • A inteligência é um traço complexo e multifacetado que é influenciado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. • A genética não determina o destino de uma pessoa em termos de inteligência. • O ambiente e as experiências de vida desempenham papéis cruciais, e há uma plasticidade considerável no desenvolvimento cognitivo. ▪ Herança Genética Estudos com gêmeos e famílias têm sido usados para investigar a contribuição genética para a inteligência. Gêmeos idênticos (monozigóticos), que compartilham 100% de seus genes, geralmente têm coeficientes de correlação de QI (quociente de inteligência) mais altos em comparação com gêmeos fraternos (dizigóticos), que compartilham cerca de 50% de seus genes. Isso sugere que a genética desempenha um papel significativo na variação do QI. ▪ Estudos de Adoção Estudos com crianças adotadas e seus pais biológicos e adotivos também fornecem evidências sobre a influência genética na inteligência. Esses estudos buscam distinguir entre os efeitos do ambiente genético (biológico) e ambiental (adoção) na inteligência das crianças. ▪ Estudos de Associação Genômica Ampla (GWAS) Pesquisas recentes têm usado técnicas genéticas avançadas, como estudos GWAS, para identificar marcadores genéticos associados à inteligência. Embora essesestudos tenham identificado genes específicos, a contribuição combinada de muitos genes ainda é complexa e pouco compreendida. ▪ Ambiente e Interação Gene-Ambiente Embora a genética desempenhe um papel importante, o ambiente também é crucial para o desenvolvimento da inteligência. A qualidade do ambiente durante a infância, acesso à educação, estímulo cognitivo 9 e outros fatores ambientais podem influenciar significativamente a inteligência. ▪ Interação Dinâmica A relação entre genética e ambiente não é estática. A interação dinâmica entre genes e ambiente pode moldar o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida. Por exemplo, experiências enriquecedoras e oportunidades educacionais podem ter efeitos positivos na expressão de genes relacionados à inteligência. • O "fator g" (fator geral) refere-se à ideia de uma capacidade cognitiva geral subjacente que influencia o desempenho em uma variedade de tarefas mentais. O termo foi popularizado pelo psicólogo britânico Charles Spearman, que desenvolveu a Teoria da Inteligência Geral, também conhecida como teoria do fator g. De acordo com a teoria do fator g de Spearman: ▪ Fator Geral (g): Existe uma habilidade cognitiva geral (fator g) que é responsável pelo desempenho em uma ampla variedade de tarefas intelectuais. Esta é uma capacidade que influencia o desempenho em diversas áreas, como raciocínio verbal, habilidades matemáticas, memória e outras funções cognitivas. ▪ Fatores Específicos (s): Além do fator geral, há também fatores específicos (fatores s) que são específicos para tarefas individuais. Ou seja, enquanto o fator g contribui para o desempenho global, existem habilidades específicas que afetam o desempenho em tarefas particulares. • A Teoria da Inteligência Geral sugere que, embora as pessoas possam ter forças em áreas específicas, existe uma base comum de inteligência que permeia todas as atividades mentais. O teste de Quociente de Inteligência (QI) é uma medida frequentemente associada a essa teoria, com o objetivo de avaliar a inteligência geral de uma pessoa. • Outras teorias da inteligência, como a Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, propõem que existem diferentes tipos de inteligência, cada um associado a áreas específicas, como inteligência linguística, lógico- matemática, musical, interpessoal, intrapessoal, entre outras. Essas teorias questionam a ideia de uma única inteligência geral. 4 LINGUAGEM • A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a socialização e a comunicação humana. Os componentes de representação da linguagem envolvem o processamento nos seguintes níveis: 10 • Uma vez que a linguagem envolve todos esses níveis, os modelos de processamento abordam desde o reconhecimento e a produção de palavras até a compreensão e expressão do discurso na modalidade oral e escrita. • Os domínios da linguagem na psicologia estão intimamente relacionados às bases neurobiológicas, uma vez que a linguagem é um fenômeno complexo que envolve tanto processos cognitivos quanto substratos neurais específicos. ▪ Linguagem Cognitiva A linguagem cognitiva, que estuda como a linguagem está relacionada aos processos mentais, tem uma base neurobiológica. Diversas áreas do cérebro, incluindo o córtex cerebral, estão envolvidas na produção e compreensão da linguagem. ▪ Aquisição da Linguagem e Desenvolvimento O desenvolvimento da linguagem em crianças está associado a mudanças neurobiológicas. O cérebro passa por fases críticas durante o desenvolvimento, e alterações na conectividade neural contribuem para a aquisição de novas habilidades linguísticas. ▪ Psicolinguística A psicolinguística explora como os processos mentais e neurais estão envolvidos na produção e compreensão da linguagem. ▪ Neuropsicologia da Linguagem O estudo de distúrbios da linguagem, como afasia, através da neuropsicologia da linguagem, está diretamente relacionado às bases neurobiológicas. Lesões em áreas específicas do cérebro resultam em diferentes tipos de distúrbios da linguagem, fornecendo insights sobre a organização cerebral da linguagem. ▪ Linguagem e Comunicação Interpessoal 11 A regulação emocional durante a comunicação, por exemplo, está associada a áreas cerebrais relacionadas ao processamento emocional, como o sistema límbico. ▪ Linguagem e Pensamento Estudos neurocientíficos exploram como a atividade cerebral reflete a manipulação de conceitos e representações mentais durante tarefas linguísticas. ▪ Distúrbios da Linguagem Distúrbios da linguagem, como a afasia, são frequentemente estudados do ponto de vista neurobiológico para compreender as áreas cerebrais afetadas e os mecanismos subjacentes aos déficits linguísticos. ▪ Neurobiologia da Aprendizagem da Linguagem A aprendizagem da linguagem, seja na infância ou em adultos, tem implicações neurobiológicas. Estudos exploram como o cérebro se adapta e muda em resposta à exposição e prática linguística. • A integração de abordagens psicológicas e neurobiológicas é crucial para uma compreensão abrangente da linguagem. O avanço das técnicas de neuroimagem e métodos de pesquisa permite uma investigação mais detalhada das bases neurais associadas aos diferentes aspectos da linguagem e do processamento cognitivo. 5 PERSONALIDADE • O modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Five) é uma teoria amplamente aceita que descreve a personalidade em termos de cinco dimensões principais: ▪ Abertura para Experiência Reflete a preferência por novas experiências, criatividade e curiosidade. ▪ Conscienciosidade Envolvimento, organização, confiabilidade e responsabilidade. ▪ Extroversão Nível de sociabilidade, assertividade e busca de estimulação social. ▪ Amabilidade Tendência para a compaixão, cooperação e empatia. ▪ Neuroticismo Estabilidade emocional, níveis de ansiedade, depressão e tendência a experimentar emoções negativas. • Patologia da Personalidade 12 A patologia da personalidade refere-se a padrões persistentes e inflexíveis de comportamento, cognição e relacionamento que causam sofrimento significativo ou prejuízo nas áreas sociais e ocupacionais. Transtornos da personalidade, como transtorno borderline, transtorno narcisista, entre outros, são exemplos de patologia da personalidade. • Estabilidade da Personalidade ao Longo do Ciclo Vital Embora algumas características da personalidade mostrem estabilidade relativa, especialmente na idade adulta, também há evidências de mudanças ao longo da vida devido a experiências, desenvolvimento e eventos significativos. • Interação Gene, Ambiente e Temperamento A interação gene-ambiente refere-se à forma como fatores genéticos e ambientais interagem para moldar a personalidade. O temperamento, que é uma parte inicial da personalidade, tem uma base biológica e pode interagir com o ambiente. –> estudos de gêmeos e adoção ajudam a entender a contribuição relativa de genes e ambiente na formação da personalidade. Pesquisas sugerem que a hereditariedade desempenha um papel significativo em certos traços de personalidade, como a extroversão e a neuroticismo. –> o ambiente também pode modular esses efeitos genéticos. O temperamento, que é a base biológica da personalidade, pode influenciar a forma como os indivíduos respondem a experiências ambientais.–> o ambiente, incluindo eventos de vida e experiências, pode moldar o desenvolvimento da personalidade ao longo do tempo.
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