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O ESTUDOS DAS RELAÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL Lara Alvarenga Antes de Taylor, o operário é quem decidia a melhor maneira de produção, o modo como fazer e quanto tempo gastar. Com a Teoria Científica, o operário perdeu a autonomia de decisão, que estas foram passadas somente aos superiores, e o operário sistematicamente obedeceu a regras. Após a Grande Crise de 29, o modo como os grandes pensadores da época começaram a olhar a administração passou de um olhar da engenharia para um olhar psicológico. O que fez com que os operários reivindicassem seus incentivos sociais e psicológicos, como trocar produção isolada por grupos informais. Com o experimento de HAWTHORNE, Mayo observou o fenômeno conhecido como “spleen industrial”, que é o abatimento moral dos trabalhadores, fadiga, monotonia e perda de interesse pelo trabalho. E chegou a conclusão de que para completarem o trabalho com um desempenho adequado, os operários precisam de motivação e envolvimento com a tarefa executada, o que não se obtinha com o modo de produção de Taylor e Ford. Assim, colocou-se em cheque os argumentos da Teoria Clássica: o incentivo econômico, por exemplo, não era a única motivação buscada pelo trabalhador, já que sua produção estava estritamente ligada a sua harmonia com outros trabalhadores, até mesmo com seus problemas pessoais. A Escola de Relações Humanas teve vários nomes que aperfeiçoaram o modo de produção, Mary Parker Follet foi uma das mais importantes, pois para a época foi inovadora nos pensamentos psicossociais de uma empresa. Para ela a produtividade dependia da relação de força entre os grupos em conflito, e que a unidade da sociedade estava nos grupos sociais e não nos indivíduos. Segundo Mary Parker Follet existem três métodos de solução do conflito industrial e das divergências entre grupos de trabalhadores e gerentes que são: o método da força, com que é utilizado ameaças e violência, outro método é o da barganha, com que existe um meio termo para todos os lados e por fim o método da integração que é um método participativo e democrático e faz com que os indivíduos se dediquem mais a organização. George Elton Mayo teve suas contribuições fundamentais para a Escola de Relações Humanas. Na mesma linha que Mary Follet, Mayo diz que a valorização dos grupos informais é um fator decisivo na produção, pois quando o operário se sente valorizado ele tem a autoestima maior, sua confiança cresce e ele faz seu trabalho com responsabilidade o que faz com que ele tenha um pouco de autonomia no qual foi tirada na Teoria Cientifica. Na experiência de HAWTHORNE, Mayo concluiu que o nível de produção é resultante de Integração Social (capacidade social do trabalhador que estabelece o seu nível de competência e eficiência; quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior será a disposição de produzir), comportamento social dos empregados: verifica-se que o comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo. Os trabalhadores não agem ou reagem individualmente, mas como membros de um grupo. Amizade e agrupamento social devem ser considerados aspectos relevantes para a administração, recompensas e sanções sociais: são simbólicas e não-materiais, porém influenciam decisivamente a motivação e a felicidade do trabalhador. As pessoas são motivadas pela necessidade de "reconhecimento", de "aprovação social" e "participação". A motivação econômica é secundária na determinação da produção do empregado. Grupos informais: definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções sociais, punições, seus objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças e expectativas, que cada participante vai assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento. As Relações Humanas: são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre as pessoas e o grupo, permitindo uma atmosfera onde cada pessoa é encorajada a exprimir-se livre e sadiamente. Cada pessoa procurar se ajustar às demais pessoas do grupo para que seja compreendida e tenha participação ativa, a fim de atender seus interesses e aspirações. A Importância do Conteúdo do Cargo: o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do trabalhador, tornando-o produtivo ou desmotivado. trabalhos repetitivos tendem a se tornar monótonos e maçantes afetando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo sua eficiência. Ênfase nos aspectos emocionais: é a preocupação com as emoções e sentimentos dos funcionários. Elementos emocionais, não-planejados e até mesmo irracionais do comportamento humano devem ser considerados dentro da organização. Chester Barnard diz que “quando o individuo entra na organização para realizar algum objetivo individual e entra em contato com o grupo organizacional, existem forças maiores do que ele que obrigam a colocar de lado seus objetivos pessoais e interesses próprios e a buscar a realização dos objetivos do grupo organizacional. Os executivos não devem intervir nesse processo de socialização na organização, apenas encorajar esses sentimentos nascentes de cooperação com o grupo.”
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