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Apostila Cálculos Trabalhistas (1) (1)

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CÁLCULOS TRABALHISTAS
 	Professora: Cristiane Vianna
Cálculo do Saldo de Salário
· O salário devido pelos dias trabalhados quando da rescisão contratual.
· Divide-se o valor do salário por 30 (dias) e multiplica-se pelos dias de trabalho.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, dispensa no dia 15. Valor do dia trabalhado: 1.200,00 ÷ 30 = 40,00
Valor do saldo de salário (15 dias): 40,00 x 15 = R$ 600,00
Cálculo do Saldo do Aviso Prévio
 Aviso Prévio: período mínimo de 30 dias para os trabalhadores que tenham até 1 ano de empresa.
A Lei nº 12.506, de 11 de outubro de 2011, dispõe sobre o aviso-prévio e dá outras providências:
“Art. 1º O aviso-prévio, de que trata o Capítulo VI do título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso-prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa até no máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias”.
Contudo com a Nota Técnica nº 184/2012, o Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Relações do Trabalho, modificou o entendimento anterior, assim, com o primeiro ano de trabalho o obreiro já tem direito, além dos trinta dias de remuneração, a mais três dias, pois, conforme a norma em questão, a cada ano, três dias de aviso são acrescentados. Esse entendimento ainda não é pacífico.
Pode ser trabalhado ou indenizado, corresponde a uma remuneração do empregado quando da hipótese de indenizado (até 1 ano incompleto de serviço).
1
Cálculo:
· Valor do salário, ou valor da remuneração (quando o empregado recebe parcelas que integrem o salário para fins rescisórios, como é o caso das horas extras, adicionais de insalubridade e periculosidade, etc...).
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, dispensa no dia 15.
Aviso prévio indenizado R$ 1.200,00 para o trabalhador que tem até 1 ano incompleto de empresa. A partir de 1 ano completo fará jus a 33 dias de aviso prévio.
Cálculo do Saldo do 13º Salário
 13º Salário: Lei 4.090/62. Conhecido como gratificação natalina. O trabalhador faz jus ao 13º salário observando o ano civil, sendo que o direito é adquirido a cada 15 dias do mês. Deve ser calculado com base na remuneração do mês que está sendo pago. Lembrando que é devido integralmente no dia 20/12.
· Divide-se o valor do salário, ou da remuneração, pelo o número de meses do ano (12) e multiplica-se pelos meses trabalhados.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, dispensa no dia 15/05/2011. R$ 1.200,00 ÷ 12 = R$ 100,00
R$ 100,00 x 5 (foram adquiridos 5/12 no ano de 2011) = R$ 500,00 13º salário proporcional (5/12) de 2011 = R$ 500,00.
 Férias integrais e proporcionais: As férias são adquiridas após um ano de contrato de trabalho, diferentemente do 13º salário que se observa o ano civil.
Assim, uma pessoa contratada no dia 01/04/2000 terá adquirido o direito a férias no dia 31/03/2001. Lembrando, sempre, que o empregador tem 1 ano para conceder férias, no caso, entre 01/04/2001 até 31/03/2002, sob pena de ter que pagá-las de forma dobrada. As férias devem ser acrescidas de 1/3 conforme determinação constitucional. Sendo que o direito é adquirido a cada 15 dias trabalhados do mês.
Cálculo das férias integrais:
· Valor do salário, ou da remuneração acrescida de 1/3.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00 + 1/3 = R$ 1.200,00 + R$ 400,00 = R$ 1.600,00
Cálculo das férias proporcionais:
· Divide-se o valor do salário, ou da remuneração, por 12 (número de meses de um ano) e multiplica-se pelos números de meses adquiridos. O valor encontrado acrescenta 1/3.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, admissão em 01/04/2011 e dispensa em 01/09/2011. Meses adquiridos = 5/12
R$ 1.200,00 ÷ 12 = R$ 100,00
R$ 100,00 x 5 = 500,00
R$ 500,00 + 1/3 = 500,00 + 166,66
Férias proporcionais (5/12) + 1/3 = R$ 666,66.
Cálculo das férias vencidas dobradas:
· Valor do salário ou remuneração em dobro acrescido de 1/3 sobre este.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00. Vencido o período 2008/2009 R$ 1.600,00 (férias simples + 1/3) x 2 = R$ 3.200,00
 Horas extras: Horas extras habituais integram para todos os fins de direito (13º salário, descanso semanal remunerado, férias + 1/3, verbas rescisórias).
Súmula 172 REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.
· Primeiro devemos encontrar o divisor das horas extras, pois ele servirá para calcularmos o valor da hora trabalhada, os divisores mais conhecidos são: 220 ou 180.
→ PRESCRIÇÃO DAS FÉRIAS - Extinto o contrato de trabalho, o empregado tem o prazo de 02 (dois) anos para ingressar com a ação trabalhista. Durante a relação de emprego, o prazo prescricional é de 05 (cinco) anos (CF, art. 7º, XXIX).
Com relação às férias, a prescrição de 05 (cinco) anos, durante o contrato de trabalho, é contada a partir do fim do período concessivo. O prazo prescricional de 02 (dois) anos, após a extinção do contrato de trabalho, conta-se, evidentemente, a partir da data de cessação do ajuste.
No caso de cessação do contrato de trabalho, há pagamento do valor das férias, de acordo com os seguintes critérios:
· As férias vencidas são pagas em qualquer hipótese (até mesmo na justa causa), por serem um direito adquirido do empregado;
· As férias proporcionais são pagas no caso de dispensa por ato do empregador sem justa causa; são calculadas à base do percentual de 1/12 por mês componente do contrato (a fração acima de 14 dias é computada como um mês);
· As férias proporcionais, em caso de pedido de demissão do empregado, são devidas. Alguns doutrinadores não entendiam que o empregado com menos de doze meses de trabalho, fazia jus ao recebimento das férias proporcionais. De acordo com a Convenção nº. 132 da OIT, são devidas as férias proporcionais
com 1/3 em qualquer pedido de demissão (mesmo quando o empregado tem menos de doze meses do trabalho);
· As férias proporcionais são devidas nos contratos por prazo determinado.
PRESCRIÇÃO DAS FÉRIAS – INÍCIO DA CONTAGEM
Início da contagem – Art. 149, da CLT – A contagem da prescrição das férias tem início quando do término do período concessivo (art. 134, CLT), vez que é o momento em que se consuma a lesão, tendo em vista o encerramento de referido período sem o descanso correspondente; ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho - (inteligência do art. 149, da CLT).
Exemplos:
1) Prescrição do direito de reclamar a não concessão de férias na vigência do contrato de trabalho.
· Período aquisitivo de férias.	02.08.2010 a 1º.08.2011
- Período concessivo de férias................................ 02.08.2011 a 1º.08.2012
· Período em que persiste o direito de
reclamar a concessão de férias (5 anos) ................ 02.08.2012 a 1º.08.2017
· Prescrição do direito de reclamar as férias.	A partir de 02.08.2017
2) Prescrição do direito de reclamar a não remuneração de férias por ocasião da rescisão do contrato de trabalho.
- Período aquisitivo de férias.................................... 04.08.2011 a 03.08.2012
- Período concessivo de férias................................. 04. 08.2012 a 03.08.2013
· Rescisão contratual (aviso prévio trabalhado).	04.08.2013
· Período em que persiste o direito de reclamar a remuneração das férias: de 04.08.2013 a 03.08.2015 - (2 anos após a rescisão contratual)
· Prescrição do direito de reclamar a remuneração das férias.	a partir de 04.08.2015
Fundamento: Incisos XVII e XXIX e parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal de 1988, arts. 129, 134, 137, caput e § 1º, 149 da CLT e OJ da SBDI-1 do TST nº. 82 e 83.
Cálculo do Divisor de Horas:
Vamos compreender que o divisor consiste no denominador da operação matemática de divisão realizada para encontrar o valor de uma hora de trabalho do empregado. O numerador da mesma operação corresponde ao salário mensal do empregado.
A previsãodo divisor se encontra no artigo 64 da CLT: “O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o artigo 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração”.
Segunda a CF/88, o limite diário é de 8 horas e de 44 hs semanais para os empregados em geral.
Foi estabelecida uma nova metodologia, segundo a qual seria preciso apurar o número médio de horas por dia de uma semana de trabalho, para, em seguida, multiplicar por 30. Esta média de horas-dia a ser multiplicada por 30 seria estabelecida, portanto, a partir de um parâmetro semanal, sendo este o resultado do limite semanal dividido pelo número de dias em que efetivamente se trabalha na semana.
Tanto faz o mês ser de 28, 29, 30 ou 31 dias, será sempre multiplicado por 30. Desta feita, a fórmula passou a ser a seguinte:
Divisor = (limite de duração semanal: dias de trabalho na semana) x 30
Com isso, para os empregados que contam com limite de jornada de 8 e 6 hs, respectivamente, teríamos os seguintes divisores:
· Jornada de 8 hs → Divisor = (44:6) x 30 → Divisor= 7,33 x 30 → Divisor = 220
· Jornada de 6 hs → Divisor = (36:6) x 30 → Divisor= 6 x 30 → Divisor = 180
A Súmula 431do Tribunal Superior do Trabalho firmou o entendimento de que o empregado com duração semanal de 40 hs semanais conta com divisor de 200 hs., assim vejamos:
(40:6) x 30 = 200
ATT: Nas jornadas atípicas de 12×36, a apuração a partir do parâmetro semanal deve ser a mesma e o divisor será 220, que tem sido o entendimento do TST.
Existem TRT´s que adotam o entendimento de que o divisor é 210, vejamos a explicação de explicação de Alice Monteiro de Barros: “Verifica-se que em uma semana o funcionário trabalha 48 horas; logo dividindo-se essas 48 horas por seis, temos em média oito horas diárias. Na segunda semana o empregado trabalha 36 horas; dividindo-se essas 36 horas por seis dias temos seis horas diárias de trabalho. Na terceira semana o empregado volta a trabalhar 48 horas, o que resulta na jornada de oito horas, obtida com o resultado da média aritmética. Na quarta semana o empregado trabalha novamente 36 horas, que, divididas por seis, representam seis horas diária em média. Somando-se às oito horas da primeira e terceira semanas, com as seis horas da segunda e quarta semanas, temos um total de 28 horas nas quatro semanas; dividindo-se essas 28 horas por quatro, temos, em média, a jornada de sete horas para quem trabalha no regime de 12 vezes 36. Multiplicadas essas sete horas por 30 dias do mês, resulta no divisor de 210. ” (Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 4ª ed, pág. 671).
Lembrar que o artigo 224 da CLT estabelece como regra para o bancário a duração diária de 6 hs, a duração semanal de 30 hs e a vedação de labor aos sábados. Assim vejamos:
Vejamos um exemplo prático: Os funcionários de uma empresa laboram em uma jornada de 7 horas diárias, de segunda a sexta-feira, perfazendo 35 horas semanais, o cálculo é diferente se considerando o sábado como dia útil compensado, vejamos:
· Método da jornada média – (35:5) x 30 = 210 horas
· Se considerássemos o sábado como dia útil compensado a conta seria - (35: 6) x 30 = 175
Cálculo do valor da hora trabalhada:
· Divide o valor do salário, ou da remuneração pelo divisor das horas extras.
Ex.: Contrato de trabalho com jornada de 44h/semana, salário R$ 1.200,00. R$ 1.200,00 ÷ 220 = 5,46
Valor da Hora é R$ 5,46.
Cálculo das horas extras acrescidas do adicional de hora extra:
· Lembrar que o adicional mínimo previsto na Constituição da República é de 50% sobre o valor da hora trabalhada.
Ex.: na hipótese de receber salário de R$ 1.200,00 e jornada de 44h/semana temos: R$ 1.200,00 ÷ 220 = 5,46 (valor aproximado em razão da dízima periódica)
Adicional de 50% = 5,46 x 50% (ou 5,46 ÷ 2 = R$ 2,73 valor aproximado em razão da dízima periódica 5,46 + 2,73).
Hora extra acrescida de 50% = R$ 8,19
Pode-se também chegar a esse valor dividindo o salário pelo divisor de horas e multiplicar por 1,5. Vejamos: 1.200,00 ÷ 220 x 1,5 = 8,19.
Cálculo do reflexo das horas extras no RSR (repouso semanal remunerado):
· Divide-se o valor das horas extras do mês pelo número de dias úteis do mês e multiplica-se pelos dias de repouso.
Ex.: Salário de 1.200,00; 26 dias úteis e 4 dias de repouso. Valor das horas extras do mês R$171,78.
R$ 171,78 ÷ 26 x 4 = R$ 26,44
Reflexo das horas extras no DSR = R$ 26,44.
Adicional Noturno: A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade integram o salário para todos os efeitos legais.
Súmula 60/TST - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974).
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1
- inserida em 25.11.1996)
LEMBRAR:
1) Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte. Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na lavoura entre 21:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, e na pecuária, entre 20:00 horas às 4:00 horas.
2) A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos enquanto que a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Assim sendo, considerando o horário das 22:00 às 5:00 horas, temos 7 (sete) horas relógio que correspondem a 8 (oito) horas de trabalho.
3) Nas atividades rurais a hora noturna é considerada como de 60 (sessenta) minutos, não havendo, portanto, a redução como nas atividades urbanas.
4) No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação. A este intervalo não se aplica a redução da hora, prevalecendo para esse efeito a de 60 minutos. Assim temos:
a) Jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;
b) Jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15 minutos;
c) Jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 2 (duas) horas.
Cálculo das horas noturnas:
· Para se calcular a hora noturna utilize o seguinte raciocínio: divida o número de horas-relógio por 52,5 (corresponde a 52.30") e multiplique por 60' = nº de horas noturnas
Ex.: 7 horas relógio: 7 ÷ 52,5 x 60 = 8 horas noturnas
5 horas relógio: 5 ÷ 52,5 x 60 = 5,71 horas noturnas
Nota: Observe que os resultados do exemplo 2 estão em centesimais, ou seja, se for converter o resultado centesimal de 5,71 em horas, teremos 5:42 horas.
Para confirmar a conversão das horas centesimais acima em horas normais, aplicamos a regra abaixo considerando sempre os dois dígitos após a vírgula (que seriam os minutos), já que o valor à frente da vírgula é um valor inteiro em horas:
Valor convertido = Valor centesimal x 60’ Valor convertido = 0,71 x 60
Valor convertido = 42 minutos
Portanto, o valor centesimal após a vírgula (71) equivale, em horas, a 42 minutos, ou seja, 5:42 horas.
 Valor do Adicional Noturno: A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) do valor da hora diurna, exceto condições mais benéficas previstas em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. Nas atividades rurais, o acréscimo deve ser de no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora diurna.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, jornada contratual de 44h/semanal.
Valor da hora: R$ 1.200,00 ÷ 220 (divisor das horas) = R$ 5.46 Adicional NoturnoUrbano: 20% de 5,46 = 1,09.
Cálculo do Reflexo do Adicional Noturno no RSR:
· Divide-se o valor das horas noturnas do mês pelo número de dias úteis do mês e multiplica-se pelos dias de repouso.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, valor das horas noturnas do mês R$ 152,00; 26 dias úteis e 4 RSR´s.
= 152,00 ÷ 26 x 4 = R$ 23,38
Ad. Noturno no RSR = R$ 23,38.
Cálculo do Reflexo do Ad. Noturno nas Verbas Rescisórias:
· É calculado pela média duodecimal das horas noturnas praticadas nos últimos 12 meses do contrato. Assim, apuramos a média mensal das horas noturnas, multiplicamos pelo valor do adicional noturno.
Cálculo das Horas Extras Noturnas:
· o empregado pode realizar jornada extraordinária no período noturno, neste caso deve ser apurado o valor da hora noturna e acrescê-la do adicional de horas extras devido.
Ex.: Salário R$ 1.200,00, Jornada contratual de 44h/semana, Realizou 25 he/noturnas no mês. Valor da hora: 1.200 ÷220 = 5,46
Valor da hora noturna: 5,46 + 20% = 5,46 + 1,09 = 6,55
Valor da hora extra noturna: 6,55 + 50% = 6,55 + 3,28 = R$ 9,83. Total das horas extras noturnas do mês: 25 x 9,83 = R$ 245,75.
Obs.: Lembrar que quando prestadas com habitualidade as horas extras noturnas repercutem sobre férias +1/3, DSR, 13º salário e Verbas Rescisórias, realizando-se os cálculos como realizado quando dos reflexos de horas extras, substituindo o valor da hora extra pelo valor da hora extra noturna.
Cálculo do adicional de insalubridade:
· O adicional de insalubridade varia conforme os graus de insalubridade, máximo (40%), médio (20%) e mínimo (10%), sendo calculado sobre o valor do salário mínimo regional, segundo art. 192 da CLT.
Importante lembrar que a Súmula 228 do TST, se encontra com aplicação suspensa.
Súmula 228/TST - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (nova redação) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de
insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.
· A habitualidade do adicional de insalubridade reflete para todos os fins de direito, tais como: apuração de horas extras, 13º salário, férias + 1/3, etc.
Ex.: Salário Contratual R$ 1.200,00, Salário Mínimo: R$ 954,00. Nesse caso vamos utilizar o grau médio de insalubridade.
Valor do adicional será de 20% do Salário Mínimo: 20% de R$ 880,00 = R$ 190,84. Valor do salário + Ad. Insalubridade: R$ 1.200,00 + 190,84 = R$ 1.390,84
Assim, o valor do salário acrescido do adicional de insalubridade deve ser utilizado como base de cálculo das demais parcelas tais como: horas extras; 13º salário; férias + 1/3; descanso semanal remunerado; adicional noturno; verbas rescisórias; etc.
 Adicional de Periculosidade: Devido no importe de 30% do valor do salário (art. 193, § 1º da CLT), e integra para todos os fins de direito, tais como: horas extras; 13º salário; férias + 1/3; descanso semanal remunerado; verbas rescisórias; etc.
Cálculo do FGTS
· O FGTS incide sobre todos os pagamentos de natureza salarial, ou seja, sua base de cálculo de 8% abrange todos os valores correspondentes a abonos salariais, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, comissões, gratificações habituais, 13º salário, gorjetas, prêmios, horas extras, repouso semanal remunerado, terço constitucional de férias, aviso prévio, etc.
A exceção está nas férias indenizadas:
OJ-SDI1-195. FÉRIAS INDENIZADAS. FGTS. NÃO INCIDÊNCIA.
Inserida em 08.11.00 (inserido dispositivo, DJ 20.04.2005).
Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas.
IMP→ O depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório também, no valor de 8%, nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho (art. 15, § 5º).
De acordo com a decisão do Supremo de novembro/2014, a prescrição do FGTS passa também a ser quinquenária.
Ex.: Salário Contratual R$ 1.200,00 depósito mensal de R$ 96,00.

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