pescados

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Thaís Fontes Carvalho MODULO DE PRODUÇÃO DE PESCADOS 
 FECHAMENTO 3 
 
 
1º Discorrer sobre as particularidades, 
diferenças e semelhanças entre os 
sistemas reprodutivos das espécies 
citadas. 
 
 
1.1- Sistema Reprodutivo de Tilápias 
 
Introdução 
 
 As tilápias são peixes que se 
reproduzem naturalmente durante todo o 
ano, desde que existam condições 
adequadas. 
Maturação Sexual 
As fêmeas atingem a maturação 
sexual com 3 a 4 meses de vida, pesando 
no mínimo 100 g e podem chegar a 
desovar a cada 30 dias. tilápias atingem 
sua maturidade sexual ou está sexualmente 
madura quando suas gônadas (ovários e 
testículos) começarem a produzir gametas 
viáveis. 
A maturidade depende de diversos 
fatores como idade,tamanho, temperatura, 
fotoperíodo, alimentação, 
presença do sexo oposto para ser 
alcançada, e normalmente as fêmeas 
tendem a ser mais tardias em relação aos 
machos. 
Desova 
Para desovar, necessitam de uma 
temperatura da água acima de 21ºC, sendo 
que a temperatura ideal se encontra na 
faixa de 27 a 29ºC, e produzem de 500 a 
2.000 ovos por desova. O macho faz a 
indução da desova através de empurrões 
com a boca 
Ovários 
 As fêmeas de tilápia apresentam 
um par de ovários, os quais se localizam 
ventralmente à bexiga natatória e 
longitudinalmente ao corpo e são 
suspensos através do 
mesentério. 
Oviduto 
 
Logo adiante do ovário encontra-se 
o oviduto, que tem função de deposição, 
incubação ou apenas a condução dos 
óvulos, e em seguida o aparelho reprodutor 
é finalizado com o poro urogenital. Os 
óvulos da tilápia-do-Nilo caracterizam-se 
por possuir membrana coriônica e 
vitelínica com espaço perivitelínico, e por 
apresentar externamente a micrópila, 
por onde passa o espermatozóide. 
Óvulos 
Os óvulos da tilápia-do-Nilo 
caracterizam-se por possuir membrana 
coriônica e vitelínica com espaço 
perivitelínico, e por apresentar 
externamente a micrópila, 
por onde passa o espermatozóide. 
Testículos 
Os machos de tilápia-do-Nilo 
possuem número par de testículos, os quais 
são longitudinais, compactos e 
retangulares, e localizam-se da mesma 
maneira, em relação à forma e a região, 
que os ovários. 
Espermatozoides 
Os espermatozóides são liberados a 
partir do momento em que os testículos 
apresentam-se maduros. Em seguida 
seguem através do ducto espermático até à 
abertura urogenital por onde são liberados 
para o ambiente externo. 
 Os espermatozóides tornam-se 
ativos e aptos a fecundar os óvulos, a partir 
do momento em que entram em contato 
com a água, pois ocorre a diluição do 
potássio presente no sêmen 
proporcionando eficiência para a 
fecundação; 
Construção do Ninho 
O macho faz a escavação e a 
limpeza do ninho com a boca 
(aproximadamente 30 a 40 cm de diâmetro 
e 8 cm de profundidade). 
Cortejo com a fêmea 
 O macho atrai a fêmea para o ninho 
(atração por feromônio). 
Fecundação 
 Imediatamente após a soltura, o 
macho fecunda os ovócitos com o sêmen. 
 
 
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Incubação 
A fêmea incuba os ovos na boca 
por 3 a 5 dias, a depender da 
temperatura. 
Cuidado parental 
 Após a eclosão dos ovos, as larvas 
se escondem na boca da mãe mediante 
perigo por um período de 5 a 7 dias. 
 
1.2- Sistema Reprodutivo do Camarão 
do Pacifico 
 
 
Fecundação 
 A fecundação dos camarões 
é externa; o macho fecunda os óvulos após 
a postura e os ovos são mantidos entre as 
pernas abdominais da fêmea, durante todo 
o período da incubação. Durante a 
reprodução os machos fertilizam as fêmeas 
com o espermatoforo em seu télico; 
Fases Larvais 
 
• Eclodidos, os camarões passam 
por fases larvais, cuja forma é 
diferente da adulta, recebendo cada 
estágio, denominação especial. 
 
• Neuplios: que são larvas 
microscópicos e transparentes, 
sendo encontrado, por vezes, no 
plancto marinho; 
 
• Protozoea, onde já aparecem os 
olhos, os apêndices complicam-se e 
o tórax funde-se com a cabeça; 
 
• zoea , de olhos já móveis, passando 
esta para a forma denominada 
misis. Na última, temos então o 
camarão, na sua forma definitiva e 
adulta; 
Desenvolvimento dos Óvulos 
 
Após a fertilização, os óvulos são 
fertilizados internamente e são transferidos 
para um compartimento especial chamado 
marsúpio, localizado na parte inferior do 
corpo da fêmea. 
Ovos 
Quando fertilizada uma fêmea de 
L. vanamei pode produzir de 100.000 a 
250.000 ovos, correspondendo a uma 
biomassa de 30 a 45g de ovos com 
diâmetro aproximado de 0,22mm, que 
eclodem como náuplios, 14h após a desova 
(AQUACOP, 1979). 
 
1.3- Sistema Reprodutivo dos 
Surubins 
 
 
Aparelho reprodutor 
Apresentam gônadas pares, sendo 
os ovários alongados ou saciformes e os 
testículos com projeções digitiformes ou 
em franjas em toda sua extensão, sendo 
mais evidentes na época de reprodução. 
Testículos e ovários se fundem na região 
caudal para formar o ducto comum. 
Os ovários são do tipo 
cistovariano, uma vez que o lume tem 
continuidade com o oviduto, através do 
qual os ovócitos alcançam o meio externo 
(Bazzoli, 2003). Segundo Romagosa, 
(2003), da extremidade caudal de cada 
ovário partem os ductos 
ovarianos comuns, que se fundem com o 
lado oposto, constituindo o ducto ovariano, 
abrindo na papila genital situada posterior 
e continuamente à papila anal. 
Desova 
Após a desova, algumas fêmeas 
deixam os locais de reprodução para se 
alimentar enquanto outras permanecem 
nos mesmos locais até o próximo período 
reprodutivo (Godinho et al., 2007). 
 
Ovos 
 São ovos semi-flutuantes que 
eclodem em aproximadamente 20 horas a 
uma temperatura de 24 °C. Perez et al., 
(2001) encontraram para o 
Pseudoplatystoma fasciatum uma eclosão 
em 14±2 horas após a fertilização a uma 
temperatura de 27 °C. Os ovos e as larvas 
são carreados pela correnteza. Estima-se 
que uma fêmea produza aproximadamente 
 
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100.000 ovócitos por kg de peso vivo 
(Sato,2003). 
 
1.4- Semelhanças e diferenças 
 
Fertilização 
As tilápias e os camarões do 
Pacífico têm fertilização interna, enquanto 
os surubins têm fertilização externa. 
 
Cuidado Parental 
Tilápias e alguns camarões 
apresentam cuidado parental, o que é 
menos comum nos surubins; 
Desenvolvimento dos ovos 
Tilápias e camarões carregam ovos 
fertilizados, mas os camarões carregam os 
ovos em um marsúpio, enquanto as tilápias 
podem fazer isso na boca. Os surubins 
liberam os ovos na água; 
 
2- Compreender as estratégias 
reprodutivas aplicadas á peixes e 
camarões 
 
 
2.1- O que é estratégia reprodutiva? 
 
A estratégia reprodutiva pode ser 
definida como um conjunto de 
características que uma espécie deverá 
manifestar para ter sucesso na reprodução, 
de modo a garantir o equilíbrio 
populacional. 
 
2.2- Estratégias Reprodutivas de 
peixes 
 
Para peixes de água doce, três 
padrões de estratégias reprodutivas são 
propostas: 
 
• Estrategistas de equilibrio (K): que 
são peixes de tamanho corporal 
grande, primeira maturação tardia, 
desovas repetidas, com longo 
período de vida e cuidado parental; 
 
• Estrategitas sazonais: são peixes de 
tamanho corporal intermediário a 
grande, fecundidade intermediária 
a alta e sem cuidado parental; 
 
• Estrategistas oportunistas (r), são 
peixes de pequeno tamanho 
corporal com primeira maturação 
precoce, período de vidacurto, 
desovas repetidos e com pouco ou 
nenhum cuidado parental 
(WINEMILLER & ROSE, 1992; 
KING & MCFARLANE, 2003; 
CHELLAPPA et al., 2013) 
 
2.3- Estratégias Reprodutivas dos 
Camarões 
 
 
Fertilização Interna 
A maioria dos camarões possui 
fertilização interna. Durante a cópula, os 
machos transferem o esperma para o corpo 
da fêmea, onde ocorre a fertilização dos 
óvulos. 
Estruturas Reprodutivas Especiais 
Os óvulos fertilizados são então 
transferidos para uma estrutura especial 
chamada marsúpio, localizada na parte 
ventral do corpo da fêmea. Dentro do 
marsúpio, os ovos são protegidos e se 
desenvolvem até eclodirem. 
 
Cuidado Parental 
Algumas espécies de camarões 
exibem comportamentos de cuidado 
parental. Em certos casos, as fêmeas 
podem cuidar dos ovos no marsúpio, 
protegendo-os e garantindo condições 
adequadas para o desenvolvimento das 
larvas. 
Variedade de Estratégias de 
Reprodução 
Alguns camarões possuem uma 
variedade de estratégias reprodutivas. Por 
exemplo, certas espécies podem alternar 
entre reprodução sexuada e assexuada 
(partenogênese) dependendo das condições 
 
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ambientais ou da ausência de parceiros 
reprodutivos. 
 
Larvas e Desenvolvimento 
Após o período de incubação no 
marsúpio, os ovos eclodem em larvas que 
são liberadas na água. As larvas passam 
por diferentes estágios de desenvolvimento 
até se transformarem em juvenis e 
eventualmente atingirem a maturidade 
sexual. 
3-Descrever os protocolos de 
reprodução do surubim, tilapia e 
camarão do pacífico. 
 
 
3.1- Protocolo de Reprodução de 
tilapias 
 
 O protocolo de reprodução de 
tilápias, especialmente em ambientes de 
cultivo, envolve várias etapas e 
considerações para garantir um bom 
sucesso reprodutivo. 
Preparação do Ambiente de 
Reprodução 
 
 
Escolha dos Reprodutores 
Selecione peixes adultos saudáveis 
e com boa condição corporal para serem os 
reprodutores. Geralmente, os machos são 
maiores e mais coloridos do que as 
fêmeas. 
Condições Ideais de Água 
Garanta que a água do tanque de 
reprodução tenha parâmetros adequados, 
como temperatura ideal (em torno de 25-
28°C para a tilápia) e qualidade da água 
(pH, oxigênio dissolvido, entre outros). 
 
Indução Reprodutiva 
 
Manipulação de Luz e Temperatura 
Em algumas instâncias, a 
manipulação da luz e temperatura pode ser 
usada para induzir o ciclo reprodutivo. 
Aumentar a luz do dia ou mudar a 
temperatura da água para estimular a 
reprodução pode ser uma estratégia útil. 
 
Alimentação Adequada 
Forneça uma dieta rica e 
equilibrada para os reprodutores. Uma 
nutrição adequada é fundamental para o 
sucesso reprodutivo. 
 
Montagem do Tanque de Reprodução 
Preparação do Tanque 
 Prepare um tanque específico para 
reprodução, com áreas d e refúgio 
para desova e substrato adequado (como 
cascalho ou substrato artificial) onde os 
ovos possam ser depositados. 
Introdução dos Reprodutores 
Coloque os peixes reprodutores 
selecionados no tanque de reprodução e 
monitore o comportamento deles. A 
desova geralmente ocorre em áreas 
protegidas. 
Coleta de Ovos e Cuidado com 
Alevinos 
 
Coleta de Ovos 
Após a desova, colete os ovos 
cuidadosamente e transfira-os para uma 
incubadora ou tanque separado com 
condições adequadas para o 
desenvolvimento dos embriões. 
Cuidado com os Alevinos 
Acompanhe o desenvolvimento dos 
ovos e dos alevinos. Forneça alimentação 
adequada e mantenha a qualidade da água 
para garantir uma boa taxa de 
sobrevivência. 
Manutenção e Limpeza 
Mantenha o tanque de reprodução 
limpo e livre de detritos para garantir 
condições ideais para os peixes. 
Registro e Monitoramento 
Registre todos os dados relevantes, 
como datas de desova, número de ovos, 
 
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taxa de eclosão, etc., para monitorar o 
desempenho reprodutivo e fazer ajustes 
conforme necessário. 
3.2- Protocolo de Reprodução do 
Camarão do Pacifico 
 
 
Seleção dos Reprodutores 
Escolha camarões adultos e 
saudáveis para serem os reprodutores. 
Machos e fêmeas devem ser selecionados 
com base em sua saúde, tamanho e 
histórico reprodutivo. 
Condições do Tanque de Reprodução 
Prepare um tanque de reprodução 
adequado, com sistema de filtragem 
eficiente, controle de temperatura e 
salinidade (se necessário), bem como 
substrato e estruturas para abrigar a 
postura dos ovos. 
Manipulação de Parâmetros 
Ambientais 
Ajuste as condições do ambiente, 
como temperatura e fotoperíodo, para 
induzir a maturação e desova. Por 
exemplo, uma queda na temperatura e uma 
redução no fotoperíodo podem 
desencadear a reprodução. 
Alimentação Balanceada 
Ofereça uma dieta rica em 
nutrientes para os reprodutores, visando 
melhorar a saúde e estimular o 
desenvolvimento dos órgãos reprodutivos. 
Estimulação da Desova 
Permita que os camarões desovem 
naturalmente no tanque de reprodução 
preparado, onde a fêmea libera os ovos 
que são fertilizados pelo macho. 
Coleta de Ovos 
Após a desova, colete 
cuidadosamente os ovos e transfira-os para 
incubadoras ou tanques especiais com 
condições controladas de água 
(temperatura, oxigênio, salinidade) para o 
desenvolvimento embrionário. 
Eclosão e Cuidado com 
Monitore o desenvolvimento dos 
ovos até a eclosão. Este processo pode 
variar de acordo com a temperatura da 
água, geralmente levando de 24 a 48 horas. 
Cuidados com as Larvas 
Forneça uma dieta adequada para 
as larvas logo após a eclosão. As larvas 
podem ser alimentadas com fitoplâncton, 
zooplâncton ou rações específicas para 
larvas de camarão. 
Manutenção da Qualidade da Água 
Mantenha a qualidade da água nos 
tanques de incubação e de larvicultura, 
monitorando constantemente parâmetros 
como temperatura, oxigênio dissolvido, 
amônia, nitrito, entre outros. 
Registro e Ajustes: Registre informações 
sobre o processo reprodutivo, incluindo 
datas de desova, eclosão, taxa de 
sobrevivência larval e outros dados 
 
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relevantes. Com base nessas informações, 
faça ajustes no manejo conforme 
necessário. 
3.3- Protocolo de Produção de 
Surubins 
Escolha da Espécie 
Existem diferentes espécies de 
surubins. Selecionar a espécie mais 
adequada para a criação, levando em 
consideração as características do 
ambiente, comportamento e preferências 
alimentares. 
Tanques ou Estruturas Adequadas 
Prepare tanques ou estruturas de 
criação devidamente dimensionados para a 
quantidade de surubins desejada. Garanta 
boa circulação de água e controle de 
parâmetros como temperatura e 
oxigenação. 
Escolha de Reprodutores 
Selecione indivíduos adultos e 
saudáveis para serem os reprodutores. 
Certifique-se de que estejam livres de 
doenças e apresentem boas condições 
físicas. 
Estimulação Reprodutiva 
Em alguns casos, pode ser 
necessária a simulação de um período de 
chuvas ou mudança na temperatura da 
água para estimular a reprodução. 
Ambiente Propício para Desova 
Crie um ambiente propício para a 
desova, fornecendo substratos e estruturas 
onde os surubins possam depositar os 
ovos. 
Cuidado com os Ovos 
Após a desova, monitore e colete 
os ovos, transferindo-os para uma área 
específica para o desenvolvimento 
embrionário, mantendo boas condições de 
água e aeração.Incubação dos Ovos 
Acompanhe o desenvolvimento dos 
ovos até a eclosão, mantendo condições 
adequadas de temperatura e oxigenação. 
Cuidado com os Alevinos 
Após a eclosão, forneça 
alimentação adequada para os alevinos, 
que pode incluir dietas específicas para a 
fase inicial de crescimento dos surubins. 
Monitoramento Diário 
Monitore a saúde e o comportamento 
dos surubins regularmente para identificar 
problemas precocemente, como doenças 
ou comportamentos anormais. 
Manejo da Qualidade da Água 
Mantenha a qualidade da água dentro 
dos parâmetros ideais, realizando análises 
regulares para controle de pH, amônia, 
nitrito, entre outros. 
Registros e Ajustes 
 Mantenha registros detalhados de 
todas as etapas do processo produtivo e 
faça ajustes no manejo conforme 
necessário, baseando-se nas observações e 
resultados obtidos.