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AVICULTURA 2

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AVICULTURA
LUDMILLA LOBO XAVIER
INTRODUÇÃO
Carne = Avicultura de corte (frango, peru, pato, codorna, marreco, faisão, perdiz, avestruz) 
Ovos = Avicultura de postura (galinha e codorna)
	Linhagens diferenciadas.
	Características e estrutura de produção distintas.
De acordo com Albino e Tavernari, a domesticação da galinha teve origem na Índia e as atuais variedades foram originadas da espécie asiática selvagem Gallus gallus, conhecida também como Gallus bankiva e Gallus ferrugineus. Primeiramente, foi utilizada como animal de briga ou como 
objeto de ornamentação.No Brasil, segundo estudiosos, a produção de aves teve início em 1532, com a vinda das primeiras raças trazidas pelos colonizadores portugueses. Eram criadas soltas nos quintais ou arredores das casas, onde se alimentavam com resto de comida caseira, grãos e insetos. No ano de 1900, iniciou-se a criação das aves em sítios e fazendas, representando fonte de renda, mas somente no ano de 1930 passou a ser vista como atividade lucrativa, ou seja, a produção de aves para venda de carne e ovos. Os avicultores, estimulados pelo aspecto econômico, começaram a tentar novos acasalamentos entre as raças diferentes, visando o aprimoramento da espécie.
Nas décadas de 30 a 60: criação de raças puras e caipiras porem com caracter de subsistência. Com a Segunda Guerra Mundial (1945): houve falta de carne bovina e ai carne de frango e suina foram mais procuradas. Ná década de 60 tivemos a importação de linhagens híbridas de corte e postura (SP e RJ), junto com elas houve melhora nas técnicas de manejo,alimentação e nutrição, equipamentos etc (fase industrial, melhoria nos índices de produtividade). Início década de 70: Sadia importou sistema de integração (disseminação pelas pequenas propriedades do oeste de SC) Perdigão, Seara 
	Anos setenta→implantação do sistema de integração em SC (Sadia); posteriormente, Perdigão, Seara; 
		Tecnologias (ração, insumos, abate e processamento), instalações, equipamentos. 
	Primeiras exportações (incentivos: crédito rural, processamento de grãos) 
	Anos oitenta→recessão econômica 
	Anos noventa→expansão para o CO (MT, MS, GO); 
	Anos 2000→ocupação do Cerrado, regiões N e NE 
AVICULTURA DE CORTE 
Importância econômica 
	2008 (crise econômica set/2008) 
	2014 (40 anos de exportação) 
	2015: surto de Influenza nos EUA com recuo na produção chinesa. No Brasil: crise econômica, greves, fechamento de portos, alta no preço do milho e soja, mas batemos recordes (prod./export.) 
	2016: crise econômica, retração de consumo, oscilação do câmbio, escassez de crédito e juros elevados, alta dos insumos, influenza no Chile, recordes de exportação (recuperar perdas!) 
		2016 – 2o maior produtor mundial: 12,90 milhões de ton 
	(1o EUA 18,26; China 12,30) 
	Maior exportador mundial: 4,38 milhões ton (2o EUA 3,01; 3o UE 1,28) 
	2017: ano mais difícil da história (Operação Carne Fraca, março/2017). → Operação Carne Fraca é uma operação deflagrada pela Polícia Federal do Brasil, e teve início no dia 17 de março de 2017. Investiga as maiores empresas do ramo - JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão, acusadas de adulterar a carne que vendiam nos mercados interno e externo.O escândalo da carne adulterada no Brasil envolve mais de trinta empresas alimentícias do país, acusadas de comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o aspecto e usar produtos químicos para buscar revenda de carne estragada, além de apontar agentes do governo acusados de liberar estas carnes.
Histórico 
	Atualmente: comercialização em grandes redes de supermercados 
	Cortes com osso ou desossados, produtos industrializados X frangos vivos 
	Frangos inteiros resfriados X congelados 
	Mercado de frango caipira, alternativo, orgânico 
Avicultura brasileira e mundial 
Atualmente, a avicultura brasileira é exemplo de atividade e de cadeia produtiva de sucesso, sendo o setor que mais tem se destacado no campo da produção animal. Carne de frango é o maior responsável pelo aumento do consumo de carnes no Brasil, por conta do preço acessível, diversidade de produtos e cortes, facilidade de preparo. 
A avicultura gera renda, melhora o nível social da população e pode ser atividade de pequeno produtor. A vantagem de implantar a avicultura é a necessidade de pequena área de terra a ser usada para a implantação da granja, podendo estar localizada em terra fraca e desvalorizada. O ciclo de produção é rápido, dando um bom retorno num período relativamente curto. 
A importância social da avicultura no Brasil se verifica também pela presença maciça no interior do país. Em muitas cidades, a produção de frangos é a principal atividade econômica.Para melhor entendimento, vamos definir de forma simples a avicultura. Avicultura é a criação de aves para produção de alimentos. Das espécies mais exploradas, destacamos o frango, mas existe também a produção de codornas, patos, marrecos, perus, avestruzes, entre outros. A principal atividade é a produção de carne e ovos, conhecida como exploração de ave de corte e ave de postura, respectivamente.
	2004: Brasil se torna o maior exportador mundial 
	2006: Influenza aviária, crise externa 
	2007 e 2008: bons momentos (exportações representaram quase 40% da produção) 
	2009: nova crise. Estabilidade nos últimos 4 anos (31% da produção), produção brasileira atingiu a marca histórica de 10,9 milhões de toneladas, garantindo ao Brasil uma posição entre os três maiores produtores mundiais de carne de frango, juntamente com Estados Unidos e China. Desse total, cerca de 65% permanece no mercado interno, o que comprova a força dessa indústria para o país, pois a carne de frango é muito apreciada na culinária brasileira.
	2016: 34% da produção 
Importância social 
	Cadeia avícola: ligação direta e indireta com demais atividades (mais de 3,5 milhões empregos) 
			Indústria de suplementos, rações e concentrados
	Indústria de equipamentos, 
	Laboratórios de vacinas,
	Abate e processamento,
	Agricultura (44% milho produzido no BR=avicultura) 
	Construção civil 
	Brasil: maior exportador de frango halal (princípios do Islã), 45,6 % da exportação brasileira: Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul, Kuwait e Iraque (2012).
	Conquista de novos mercados: Malásia, Indonésia e Paquistão.
	Produtos: 80% griller (0,8 - 1,3 kg) e frango desossado (2,0 kg).
→ Exigências: área de abate voltada p/ Meca; degolador muçulmano; orações 5x/dia; lâmina afiada; corte em meia-lua; linha de abate e armazenamento exclusivos, Abate supervisionado e monitorado: representantes da Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal (Cibal Halal).
 
Perus 
	Produção brasileira 2017: 390,5 mil ton (3° maior produtor e 3o maior exportador) 
	Abate: 140d (machos) e 70-110d (fêmeas) 
	Mercado interno sazonal (principal destino) 
	Exportação 2016: 38% da produção 
Pato, marreco, ganso e outras aves 
	\Poucas empresas que usam tecnologias e genética européias (ciclo produção 90 dias) 
	Pequenos integrados com criação extensiva X grandes unidades de engorda 
	Colonização européia 
	Linhagens: marreco de Pequim, Pato Mullard (híbrido pato x marreco: Foie gras), Pato comum 
	Restaurantes e hotéis 
	Importadores: Japão; Hong Kong e Emirados Árabes 
DIFERENÇAS ENTRE PATO (Cairina moschata) E MARRECO (Anas boschas)? O corpo dos patos é achatado e fica um pouco mais horizontal, já o dos marrecos é mais cilíndrico e fica mais empinado. Os marrecos emitem um som alto, os patos não. Os patos possuem carúnculas (verrugas ou manchas vermelhas) na cabeça e ao redor dos olhos e seu bico é fino e comprido. Os marrecos têm a cabeça lisa e o bico chato, largo e em alguns casos, mais amarelo. A cauda dos patos é comprida e parece com um leque. A cauda dos marrecos é pequena e parece um pom-pom. 
AVICULTURA DE POSTURA 
Em relaçãoà produção de ovos, o Brasil se destaca entre os maiores produtores no mundo. Entre 1970 e 2005, a produção mundial de ovos teve um aumento de 203,2%, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
	95% consumo in natura 
	Excelente qualidade nutricional e baixo preço 
	Sazonalidade (maior consumo: no inverno) 
	Idosos e crianças: baixo consumo (informações inverídicas, segurança alimentar) 
Comer ovo aumenta o colestrol? Pessoas sadias: regulação das taxas de colesterol sanguíneo através do metabolismo endógeno (níveis elevados de HDL), mesmo consumindo quantidades elevadas. Em pessoas doentes: controle da ingestão total de gordura de origem animal. Recentes pesquisas americanas (muitas pessoas x longo prazo) confirmam não haver relação entre consumo regular de ovos e risco de doenças cardiovasculares. Cientistas britânicos (Univ. Cambridge) descobriram que as proteínas do ovo (clara) ajudam a nos manter alertas! British Nutrition Foundation: tipo de colesterol do ovo tem efeito mínimo sobre o risco de doença coronariana (mais relacionado à gordura saturada e associado ao hábito de fumar + sobrepeso + sedentarismo). 
AVICULTURA E HORMONIOS 
No Brasil, o emprego destas substâncias é proibido. Desta forma, não há a possibilidade de livre comércio das mesmas em nosso País. 
Desde que a produção intensiva de aves teve seu início, ainda na década de sessenta, os empresários e os técnicos de setor têm convivido com a avaliação, geralmente de leigos, de que estas aves para serem produzidas necessitam de adição de hormônios em suas rações.
Este fantástico progresso no desempenho das aves não está absolutamente sustentado na perspectiva milagrosa de que um determinado produto (hormônio), quando adicionado à alimentação daqueles animais, possa promover um rápido crescimento. Este progresso está baseado fundamentalmente em uma intensa atividade de pesquisa nas áreas de genética, nutrição, sanidade e no entendimento das relações destes conhecimentos através do manejo da produção destes animais. As aves são os animais domésticos que têm o maior número de pesquisadores trabalhando para melhor conhecê-las e melhor produzi-las.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AVE 
As aves são animais vertebrados caracterizados por terem o corpo coberto de penas. Pertencem ao grupo dos animais onívoros de estômago simples e possuem grande capacidade de identificar os alimentos, porém, baixo senso gustativo.
-Sistema nervoso
A galinha possui o sistema nervoso bastante desenvolvido, apresentando excelente visão (olhos na lateral da cabeça), audição (não apresentam apêndice exterior do aparelho auditivo) e tato, porém com pouco olfato e capacidade gustativo.
	Percebem a intensidade luminosa melhor que os seres humanos; 
	Mais sensíveis na faixa do vermelho e do amarelo 
O sistema nervoso tem a função de coordenar o funcionamento de todos os órgãos e se subdivide em sistema nervoso central e sistema neurovegetativo. 
Sistema nervoso central: constitui o cérebro e medula espinhal com ramificações. Sistema neurovegetativo: subdividido em simpático e parassimpático responsáveis, respectivamente, por ativar e acelerar o organismo e por retardar e frear o organismo.
- Sistema Ósseo.
Composto por poucos ossos, resistentes, leves, muitos dos ossos são fundidos e com elevado teor de minerais (Ca, P). Funções: dar sustentação e proteção aos órgãos internos, depósito de cálcio, fósforo e outros minerais, servem de apoio para os músculos. 
Existem dois tipos de ossos: 
	Medulares ou esponjosos (depósitos de cálcio) 
	Pneumáticos (ocos, que se conectam ao sistema respiratório) 
O esqueleto das aves é leve e compacto, com cerca de 150 ossos soldados entre si e formando uma estrutura rígida, na qual estão inseridos os músculos. A galinha doméstica pertence ao grupo das aves carinatas por possuir no esterno estrutura chamada de carena ou quilha local, na qual os músculos peitorais se inserem.
- Sistema muscular
A musculatura está notavelmente desenvolvida nas aves, particularmente na região peitoral, onde se inserem as fortes massas musculares que movem as aves. Estudos atuais buscam selecionar aves com maior rendimento de peito, coxa e sobrecoxa.
Tipos de fibras musculares: vermelhas (tipo I), brancas (tipo II), mistas. 
		Carne vermelha: contração lenta e de longa duração, metabolismo aeróbico oxidativo (mioglobina) 
	Carne branca: contração rápida e de curta duração, metabolismo anaeróbico (glicolítico) 
- Penas (90% queratina + lipídeo + pigmentos)
	Exclusivo das aves! Confere Proteção, isolamento térmico, aerodinâmica do voo e sexagem. 
		Penugem, semipluma e canhão da pena: isolamento; 
	Contorno: penas corporais e de vôo; 
	Filopluma: táctil (olhos e boca); 
	Plumula: proteção/camada de ar. 
→ Farinha de penas: subproduto avícola (85% de PB), mas não é de boa qualidade (proteína = queratina, rica em cistina, baixa digestibilidade e deficiente em outros Aac.). 
	Pterílo - regiões com penas egiões de penas; 
	Apterílo - regiões sem penas 
 - Pele
Pele fina e frouxa, pouco vascularizada e inervada e solta-se com facilidade, Cor branca ou amarela (genética e pigmentos). 
	Não possuem glândulas sudoríparas – glândula uropígea. 
	Função – proteção (contra atrito, infecções, perda de água). 
→ PERNAS E PÉS são Coberta por escamas – são placas cornificadas similares às dos répteis. 
-Aparelho urinário
O aparelho urinário é formado por dois rins trilobados, localizados na região pélvica e dois ureteres. Uma particularidade das aves é que elas não possuem bexiga. Os produtos finais do metabolismo são armazenados nos rins. Passa pelos ureteres diretamente para a cloaca. A urina é pastosa e eliminada junto com as fezes.
→ Ave não possui bexiga (voo): excreta ácido úrico! 
	Fígado: produtos do metabolismo das proteínas → ácido úrico (sangue) → rins. 
	Absorção de água: durante a passagem pelos ureteres, situados próximos ao intestino grosso, e na cloaca. 
	O material pastoso branco presente nas fezes da ave é o ácido úrico (insolúvel). 
- Aparelho digestivo
O trato gastrintestinal das aves é um tubo oco e fibromuscular, ou seja, formado de tecido fibroso e tecido muscular, que vai da boca à cloaca, sendo o mesmo recoberto por um epitélio que em algumas partes está especializado para secreção, digestão e absorção.
	Boca: função de apreensão, escolha e ingestão do alimento. A cavidade bucal compreende o bico, língua, glândulas salivares e faringe. BICO: Estrutura queratinizada, porção córnea superior e inferior. Varia de forma de acordo com o tipo de alimentação. 
	Esôfago: é um tubo relativamente longo por onde passa o alimento. Possui glândulas mucosas para lubrificar o alimento.
	Papo: o divertículo ou papo separa o esôfago em porções superior e inferior. O papo é considerado na ave um reservatório de alimento.
	Proventrículo: está localizado entre o esôfago inferior e a moela. Possui a função de secretar enzimas e ácido clorídrico.
	Moela: é o estômago muscular responsável pela trituração e maceração do alimento. Intestino delgado: composto por duodeno, jejuno e íleo, o intestino delgado é a porção mais longa do sistema digestivo. Tem a função de realizar a digestão fi nal do alimento e absorção dos nutrientes.
	Pâncreas: glândula com função endócrina e exócrina ligada ao sistema digestivo. O pâncreas lança no duodeno um fluido alcalino rico em enzimas proteolíticas, aminolíticas e lipolíticas, importantes para a neutraliza-ção do quimo ácido que penetra no duodeno.
	Fígado: órgão que possui funções vitais no processo de digestão e absorção. A bile é sintetizada no fígado, armazenada na vesícula biliar chegando ao duodeno pelo ducto biliar. A bile facilita a absorção das gorduras e a digestão dos carboidratos.
	Intestino Delgado (duodeno, jejuno e íleo): no duodeno e na primeira parte do jejuno ocorre a digestão dos carboidratos, lipídios e proteínas (enzimaspancreáticas, intestinais e sais biliares). A absorção dos nutrientes ocorre nessa região, onde há a presença de microvilosidades, que aumentam a área de absorção. 
	Intestino grosso: é um tubo curto presente na última seção do trato digestivo e é dividido em cecos, cólon e reto ou cloaca. 
	Cecos: bolsas que se enchem e se esvaziam por um mesmo orifício. Função: digerir as fibras ingeridas pelas aves, apesar de não poder utilizar grande volume de fibra. 
	Cloaca: estrutura dilatada em forma de bolsa comum aos aparelhos digestivo, urinário e reprodutor.
- Aparelho respiratório
O aparelho respiratório das aves é composto por boca, orifícios nasais, faringe, traqueia, pulmões e sacos aéreos. A parte superior do sistema respiratório é especializada em filtrar, aquecer e umidificar o gás inalado, o qual pode passar tanto pelas narinas como pela boca.
Único entre os vertebrados atuais! 
	Inexistência de diafragma contrátil entre as cavidades torácica e abdominal. Como as aves não possuem diafragma, a respiração se faz às custas de músculos que movimentam as costelas e o esterno, expandindo ou retraindo a cavidade corporal 
	Altamente eficiente! Elevada taxa de troca de O2 
	Também auxilia o resfriamento dos órgãos internos e músculos, remoção de umidade e flutuação do corpo através do sistema de sacos aéreos/ossos pneumáticos. 
Pulmões: apresentam coloração rosada, responsáveis pela troca de oxigênio do ar por dióxido de carbono do sangue. Não ocorre a expansão ou contração do pulmão nas aves durante a respiração.
Sacos aéreos: na galinha são em números de quatro pares situados na cavidade torácica. As funções dos sacos aéreos são descritas a seguir.
	Tornar as aves mais leves para o voo (balão).
	Diminuir a fricção entre os músculos em movimento.
	Auxiliar na respiração.
	Permitir que o corpo da ave fique em equilíbrio durante o voo.
	Ajudar a manter a temperatura corporal pela difusão do vapor e da água pelos pulmões.
→ Desvantagem dos sacos aéreos: facilitam a transmissão de doenças através do sistema respiratório (proximidade com as vísceras) 
AVE E TEMPERATURA: 
Comparando com os outros animais, as aves apresentam pressão sanguínea, atividade metabólica e temperatura corporal elevadas (41-42 0C) e a fequência respiratória normal é de 25 mov/min 
Perdas de calor:
	Radiação (calor irradiado para o ambiente) 
	Condução (contato com superfície mais fria) 
	Convecção (dissipado pelo fluxo de ar: ventilação) 
	Evaporação (perda de calor pela evaporação da água através das vias respiratórias) – ofegação 
Aves são animais homeotermos/endotérmicos! Jovens sãosensíveis ao frio, e adultos são sensíveis ao calor → Temp. acima de 45oC (+4): estresse térmico severo!! (hipertermia) 
	Ofegação lenta: alerta – aves estão ganhando calor!! 
	Ofegação rápida: ações devem ser tomadas imediatamente!! 
- Aparelho reprodutor
As aves são animais dioicos e ovíparos, ou seja, existem machos e fêmeas e o embrião se desenvolve dentro de um ovo. Os machos geralmente são mais vistosos do que as fêmeas, possuindo grandes papos e cristas de cores bem vibrantes que faz com que o macho atraia a fêmea para a cópula. Durante a cópula os espermatozoides são introduzidos no oviduto da fêmea por intermédio do órgão copulador rudimentar localizado na face dorsal da cloaca do macho. 
• MACHOS: A maturidade sexual do galo inicia a partir da 24ª semana de idade. O aparelho reprodutor do galo é constituído de dois testículos, dois vasos deferentes e um órgão copulador rudimentar.
	13a sem de idade - início da produção de sêmen; 
	24a sem – 75% do desenvolvimento testicular; 
	30a sem – maturidade sexual (máx. prod. de sêmen); 
	A partir de 40a sem – regressão testicular (↓ libido e a produção de espermatozóides); 
	Vida produtiva até 68 a 70a sem. 
→ Elevada temperatura e estresse - ↑ mortalidade espermática. 
HIPÓTESE DA TERMOGÊNESE: resfriamento dos testículos (sacos aéreos) e/ou maior concentração desta atividade a noite (↓ temperatura corporal). Os sacos aéreos abdominais circundam os testículos especialmente em suas extremidades craniais. 
• FÊMEAS: 24a sem de idade (matrizes pesadas). Ovos para incubação de 26 a 68a sem de idade. Uma curiosidade do aparelho reprodutor da galinha é que a maior parte do desenvolvimento embrionário se dá fora do organismo materno.
ORGÃOS: 
	FALO (órgão copulador rudimentar): Pequeno em muitas aves, não servindo como órgão penetrante (transferência de espermatozoides ocorre pela justaposição da abertura das cloacas) 
	Testículos: estão localizados na cavidade abdominal, comumente de cor amarela e forma elipsoide. Possuem a função de produção dos espermatozoides.
	Ovário: Massa esponjosa contendo óvulos em vários estágios de maturação. Quando o óvulo está maduro ele se rompe e inicia a formação do ovo 
	Oviduto: Canal que se inicia por um funil (infundíbulo) que capta o óvulo maduro ou gema até a cloaca.
	Canal deferente: funciona como depósito de espermatozoide e termina em uma pequena papila na cloaca.
	Órgão copulador rudimentar: também conhecido como falo é pequeno e não funciona como órgão penetrante.
O aparelho reprodutor da galinha é formado por uma glândula secretora de gema (ovário) e um órgão excretor (oviduto).
	Magno: secreta o albúmen denso também conhecido como clara do ovo.
	Istmo: ocorre a formação da casca do ovo.
	Útero: secreta o albúmen fluido, casca e pigmentos da casca. 
	Vagina: o ovo recebe a cutícula para proteção contra bactérias.
Aproximadamente 26 horas decorrem entre a ovulação e a postura do ovo. A galinha começa a botar ovos entre a 17ª e 18ª semana de idade. Caso a galinha tenha recebido a cópula a fertilização do ovo ocorre no infundíbulo. Os espermatozoides depositados na extremidade posterior do oviduto podem chegar ao infundíbulo em 26 minutos. 
Ovoposição
O ovo é formado no oviduto das aves , que corresponde ao órgão reprodutivo feminino das aves.
O oviduto é subdivido em seis compartimentos: infundíbulo, magno, istmo, útero, vagina e cloaca. Cada compartimento é responsável por uma função no processo de formação do ovo. O infundíbulo tem única e exclusiva função de captar o óvulo (gema) formado no ovário. Seu interior possui um sistema de vilosidades que permite o "transporte" do óvulo para seu interior. O óvulo permanece em torno de cinco minutos no infundíbulo. O magno é a porção do oviduto responsável pela síntese e secreção (ao redor do óvulo) do albúmen (clara). Nesta porção o óvulo permanece em torno de três horas. No istmo são formadas todas as membranas que se localizam entre a casca do ovo e o albúmen, esse processo demora aproximadamente uma hora e quinze minutos. O útero é a porção responsável pelo complexo processo da formação da casca do ovo, devido essa complexidade o ovo em formação permanece vinte horas no interior do útero, totalizando 24 a 25 horas de formação de ovo. Da vagina é secretada a cutícula, substância que recobre a casca do ovo no momento da ovoposição, essa substância protege o ovo da contaminação de possíveis agentes contaminantes em sua passagem pela cloaca, órgão ovopositor que apenas permite a passagem do ovo para o meio externo.
Postura: Ovoposição ocorre 24-26 h após ovulação (prostaglandinas atuam na contração do útero e na abertura útero-vaginal): contração muscular abdominal e ofegação – expulsão do ovo! Liberação do óvulo: 30-45 min após ovoposição Ovulação pela manhã: postura pela manhã (horários de coleta de ovos) .
 
Defeitos comuns 
	Duas gemas: aves novas, manejo 
	Manchas de sangue: hereditário 
	Casca mole ou sem casca: deficiência de minerais, peristaltismo anormal do oviduto. Também podem ser decorrentes de doenças como Newcastle e a Bronquite Infecciosa 
	Ovos sem gema: comum no início da postura, ocorre quando algum material estranho entra no oviduto e estimula a ação das glândulas de secreção do oviduto. 
MelhoramentoGenético de Aves 
A ave é um animal que possui penas e que descende dos répteis, pois possui características desses grupos de animais, como restos de escamas nas pernas. É um animal vertebrado homeotérmico e endotérmico, ovíparo e de alta taxa metabólica. 
New Hampshire: 
Raça de origem americana criada a partir da raça Rhode Island Red (descrita a seguir). Caracterizada por ser uma grande produtora de carne e ovos, chega a produzir 200 ovos por ano, o que lhe confere essa dupla aptidão.
A cabeça tem aspecto vigoroso, apresentando crista simples e com cinco pontas nos machos. Nas fêmeas, a crista apresenta leve inclinação lateral. A pele apresenta cor amarelada.
	É uma raça americana de pele amarela 
	Ovos de casca marrom 
	Habilida de produção de grande quantidade de ovos com alta eclosão 
	Peso: 3,60 (machos) e 2,95 kg (fêmeas) 
	Produção média de 220 ovos no primeiro ciclo de postura 
	Ovos pesam cerca de 55g 
Rhode Island Red:
Essa raça foi desenvolvida a partir do cruzamento de várias raças nos estados de Massachussetts e Nova Inglaterra nos Estados Unidos. É considerada boa produtora de ovos e carne.
Quanto às suas características, possui corpo largo, profundo e comprido, crista serra, de tamanho médio, bico córneo avermelhado, plumagem ver melho brilhante e cauda preta.
	Raça americana de pele amarela 
	Ovos de casca marrom 
	Peso 
	Machos: 3,90 kg 
	Fêmeas: 2,90 kg 
	Produção média de 80 ovos no primeiro ciclo de postura 
	Ovos pesam em média 60g 
Leghorn: 
A raça Leghorn possui extraordinária capacidade de produção de ovos, destacando-se tanto na quantidade como na qualidade.
Possui bico amarelo de comprimento médio, olhos castanho avermelhados, “brincos” brancos, canelas e dedos amarelos, crista do tipo serra vertical nos machos e com a parte superior caída lateralmente nas fêmeas.
	Origem Mediterrânea o 
	Apresenta pele amarela e produz ovos com casca branca o 
	As aves de tamanho pequeno 
	2,70 kg (machos) e 2,0 (fêmeas) o 
	Produção de grande número de ovos por ciclo de postura 
	Em média 200 
	Boa qualidade de casca e peso médio de 55 g 
Plymouth:
Trata-se da raça mais antiga. Apresenta diversas variedades, sendo que no Brasil a variedade mais difundida é a Barrada. É utilizada nos cruzamentos para produção de pintos de corte.
Apresenta como características físicas corpo delgado, crista simples, reta e bem assentada na cabeça, de tamanho mediano nos machos e pequeno nas fêmeas. Suas orelhas e barbela medianas têm cor vermelho vivo e pele de cor amarela.
	Origemamericana,peleamarela 
	Peso: 4,3(machos) e 3,4kg(fêmeas) 
	Produção de 180 ovos em média no primeiro ciclo de postura 
	Pesam em média 55g 
Cornish
Procedente da Inglaterra, caracteriza-se pela conformação semelhante entre o macho e a fêmea. Essa raça é usada na obtenção da linha paterna na produção de pintos de corte. As fêmeas não são boas poedeiras.
Possui peito largo, penas fortes e pretas, crista do tipo ervilha e pele amarela. 
	Origem Inglesa 
	Pele amarela e ovos de casca marrom 
	Conformação diferente das outras raças,tendo pernas mais curtas, corpo amplo com peito musculoso 
	Boa produção de carne 
MELHORAMENTO GENÉTICO 
	Ao contrário de bovinos, ovinos e equinos: iniciativa privada domina os programas! 
	Melhoramento genético teve início nos EUA em 1910 (1950: 100 empresas) 
	Avicultura nos moldes industriais: após 2a guerra 
	No começo: carne era subproduto da indústria de ovos, depois de 1950 - foco no frango (carne) 
DEFINIÇÕES 
	Linhas Puras: Populações – Trabalhos de Melhoramento Genético 
	Bisavós: Acasalamento entre machos e fêmeas da mesma linha pura 
	Avós: Machos e fêmeas resultantes do acasalamento das bisavós, apenas um dos sexos de cada linha pura 
	Matriz: Machos e fêmeas resultantes do cruzamento das avós (híbridos F1) 
	Frango: Resultante do cruzamento entre matrizes (híbrido duplo) 
CARACTERÍSTICAS SELECIONADAS PARA FRANGO DE CORTE 
(em ordem DECRESCENTE de importância) 
LINHA MACHO 
	TAXA DE CRESCIMENTO 
	 CONVERSÃO ALIMENTAR
	CONFORMAÇÃO, RENDIMENTO DE CARCAÇA 
	VIABILIDADE
	CAPACIDADE DE ACASALAMENTO E FERTILIDADE
	 VIGOR E ADAPTAÇÃO AO MANEJO
	PLUMAGEM BRANCA E PELE AMARELA
	RESISTÊNCIA À DOENÇAS 
LINHA FÊMEA 
	PRODUÇÃO DE OVOS
	FERTILIDADE E ECLODIBILIDADE (MACHOS E FÊMEAS)
	 TAMANHO E QUALIDADE DO OVO • IDADE À MATURIDADE SEXUAL
	VIABILIDADE
	ÍNDICE DE CRESCIMENTO
	CONVERSÃO ALIMENTAR
	CONFORMAÇÃO E RENDIMENTO DE CARCAÇA
	ADAPTABILIDADE 
Seleção de características desejáveis 
→ Genética qualitativa (Mendeliana) Genética quantitativa 
	Qualitativa: cor da plumagem, da pele, do ovo, nanismo, tipo de crista etc (Leis de Mendel). 
	Quantitativa: peso corporal, consumo de alimentos, produção de ovos, eclodibilidade, fertilidade etc (grande evolução no melhoramento genético de aves) DESENVOLVER USANDO FAMÍLIAS.
		Objetivo: aumentar a frequência de genes desejáveis em uma população selecionando os melhores indivíduos (aumenta-se a média do peso da população e da progênie). 
	Características controladas por poucos pares de genes. 
	Genes situados no cromossomo sexual com interesse comercial: 
			NANISMO (30% economia de ração). 
	AUTO-SEXAGEM PELO EMPENAMENTO → No macho primárias do mesmo tamanho ou mais curtas, já nas femeas Primárias mais longas!! 
Características produtivas - moderado a alto 
• Herdabilidades 
	 Peso corporal → 0,40-0,70
	Conversão alimentar → 0,25-0,50 
	Gordura abdominal → 0,50-0,80 
	Carcaça eviscerada → 0,30-0,50 
	Rendimento de peito → 0,45-0,60
	 Rendimento de pernas → 0,35-0,70 
	Taxa de crescimento → 0,40-0,80 
Características reprodutivas – baixo a moderado 
	Herdabilidades – Peso do ovo → 0,46-0,70
	 Maturidade sexual → 0,25-0,40
	Produção de ovos → 0,15-0,35
	Viabilidade → <0,15
	Eclodibilidade → <0,20 
	Fertilidade → <0,15 
Definições: 
	Variação Fenotípica: V(F) = V(G) + V(A) 
	Variação Fenotípica = Variação Genética + Variação de Fatores Não Genéticos 
	Variação Genética V(G) É a mais importante, pois expressa ganhos permanentes 
entre gerações 
	Ganho Genético: ΔG = ΔS x h2 
Exemplo: Imagine a seguinte população: 
	Peso vivo médio 2.300g 
	Peso vivo médio indivíduos selecionados 2.800g 
	Diferencial de Seleção (ΔS) = 500g 
Qual será o peso vivo médio da nova população (progênie dos indivíduos selecionados)? 
Ganho Genético (ΔG) ΔG = ΔS x h2 
Respondendo a pergunta, qual será o peso vivo médio permanente esperado da nova população? 
ΔG = 500g x 0,4 (h2 peso corporal) 
ΔG = 200g 
Logo, o peso vivo médio da progênie será de 2.500g 
GENÉTICA MOLECULAR 
Muito avanço em 15-20 anos: Genoma da galinha - Instituto Roslin (The University of Edinburgh - chick map). Essas informações ainda não estão sendo amplamente utilizadas em programas de melhoramento 
Expectativa: Incorporação dessas informações nos programas de melhoramento de aves através da seleção assistida por marcadores ou genes 
Aplicações 
	Seleção para grupos antigênicos específicos (Marek) 
	Estresse calórico (países clima tropical) – Genes de adaptabilidade ao estresse calórico 
	Gene do pescoço pelado (Naked Neck) – Cobertura penas corpo da ave 
	Gene do empenamento lento “K” (Slow Feathering) Melhora capacidade da ave em resistir ao estresse térmico,menor exigência protéica, menor deposição gordura na fase juvenil e maior perda calor fase inicial de crescimento 
GENÉTICA E SELEÇÃO 
	Linhagens: famílias ou populações de reprodutores que possuem características comuns de uma raça e variedade 
	Linhagens comerciais: produtos de um programa de reprodução de uma organização: 
– Cobb, Ross 
– Hyline, Lohmann 
• linhagens específicas de frangos de corte e galinhas para propósitos específicos. 
	Programas de seleção: melhorar as características de produção e baixar os custos.As mudanças genéticas: caráter permanente e acumulativas através do tempo. 
	Controle genético: Aumentar índices de produção e produzir aves excepcionalmente uniforme em suas características de produção e em muitos outros atributos favoráveis 
Características desejáveis nas aves 
Para corte: 
	Plumagem branca e empenamento rápido
	boa conversão alimentar 
	Alta resistência às doenças 
	Rápido ganho de peso 
	Crescimento uniforme 
	Peito largo 
	Bom rendimento de partes 
Para postura (ovos para consumo ou incubação): 
	Boa conversão alimentar
	Capacidade para alta postura
	Ovos grandes e resistentes 
	Rápida maturidade sexual 
	Alta fertilidade 
	Alta qualidade interna do ovo 
	Alta resistência às doenças
	Ausência de choco 
	Baixa incidência de manchas de sangue
	Baixa mortalidade 
GUIA MANEJO DE MATRIZES
	Matrizes leves = Poedeiras brancas (ovos comerciais) 
	Matrizes semi-pesadas = Poedeiras vermelhas (ovos comerciais) 
	Matrizes pesadas = Frango de corte 
	Cria: 0 - 6 semanas 
	Recria: 7 - 15 semanas 
	Pré-Postura: 16 - 24 semanas 
	Postura: 25 - 68 semanas 
FASE INICIAL OU DE CRIA (1-14 DIAS) 
Objetivos: desenvolvimento do esqueleto, sistemas cardiovascular e imunológico, apetite, empenamento. Obter lote com peso ideal e uniforme! 
Os primeiros 14 dias de vida estão entre os períodos mais importantes de vida da ave. Lembre- se dos quatro pontos básicos: Ração, Água, Temperatura e Qualidade do Ar. A importância do período de cria deve ser extremamente enfatizada. Os primeiros 14 dias de vida da ave definem os precedentes para o bom desempenho. Todos os esforços envidados no início da fase de cria serão recompensados no desempenho final do lote. 
	Ração e água frescas devem ser mantidas disponíveis aos pintos na sua chegada no galpão de cria/recria. 
	As campânulas e os aquecedores devem ser examinados regularmente para garantir que estejam funcionando corretamente. 
	O uso de bebedouros suplementares é recomendado de 1 a 7 dias de idade. Use bebedouros mini ou especiais para pintinhos, e não bandejas abertas. 
	O peso das aves aos sete dias de idade é um excelente indicador geral do sucesso do manejo da fase de cria. Os efeitos do estresse precoce podem não ser observados até muito mais tarde e podem afetar negativamente o desempenho reprodutivo subseqüente do lote. 
	Semanalmente: pesagem de uma amostra de 5% para acompanhamento do peso médio e da uniformidade. 
Campânulas: Coloque no máximo 30 pintos/m2 (0.36 pés2/ave). As campânulas devem entrar em funcionamento 24 a 48 horas antes da chegada dos pintinhos, mantendo uma temperatura de 29-32°C 5 cm de distância da borda da campânula até a cama. Observe os pintos e faça os ajustes necessários para o seu conforto, mas tome cuidado para evitar o superaquecimento. Os diagramas abaixo ilustram como observar os pintos e verificar a temperatura. 
DEBICAGEM: O corte do bico geralmente não é necessário para reprodutoras mantidas sob iluminação totalmente controlada. A debicagem pode ser necessária para controlar a bicagem agressiva no caso de galpões abertos ou situações em que não seja possível controlar a intensidade luminosa. 
Fêmeas 
Remova aproximadamente um terço dos bicos superior e inferior usando um método aprovado. Quando cortados corretamente, as mandíbulas superiores e inferiores devem ficar com o mesmo comprimento. 
Examine cuidadosamente os bicos das fêmeas com 18 semanas de idade para garantir que não tenham crescido a ponto de poder causar lesões nas outras aves. As aves com bicos crescidos, bicos em colher, bicos de papagaio ou outras deformidades que possam incapacitá-las de se alimentarem ou tomarem água adequadamente devem ser novamente cortados para atender ao padrão descrito acima. 
machos 
É essencial que a debicagem dos machos seja realizada com precisão para manter a uniformidade e maximizar a fertilidade. 
Remova apenas a ponta queratinizada do bico. 
Examine atentamente os bicos dos machos com 18 semanas de idade e faça novo corte caso ocorra crescimento exacerbado ou qualquer deformidade no bico. 
A debicagem dos machos também reduz o risco de lesões às fêmeas durante o cruzamento no galpão das fêmeas e ajuda os machos a copular de forma mais eficiente. 
FASE DE RECRIA (7 – 15 semanas) 
→ Manter a uniformidade do lote 
As fêmeas devem receber ração à vontade durante as primeiras 2 semanas e, após isso, a ingestão de ração passará a ser controlada para garantir que não excedam a meta de peso com 4 semanas de idade.
 Os machos devem atingir o padrão de peso corporal previsto em cada semana durante as 4 primeiras semanas para alcançar uniformidade do lote e obter o desenvolvimento esquelético adequado. A ração deve ser oferecida à vontade na primeira semana e depois deve ser controlada para que os machos não excedam a meta de peso com 4 semanas de idade. Se os machos não atingirem a meta de peso durante as 4 primeiras semanas, recomendamos aumentar o período de fornecimento de ração à vontade. Os machos devem ser criados separadamente até cerca de 6 semanas de idade, porém recomenda-se a separação completa dos machos e fêmeas durante a recria, até 20-21 semanas de idade, para obter os melhores resultados. 
	Forneça um comedouro para cada 75 pintos de um dia de idade. Certifique-se de que a ração suplementar seja mantida fresca. Não permita que as aves consumam ração velha. 
	Quanto aos machos, durante o período de alimentação à vontade, forneça 4.0 cm de espaço no comedouro ou 45 aves por bandeja. Durante a fase de recria com alimentação controlada, deve-se fornecer um mínimo de 15.0 cm de espaço no comedouro para cada ave, tanto no caso de machos quanto de fêmeas. No caso do uso de bandejas, deixar 11.5 cm por ave. 
	A ração deve ser distribuída a todas as aves em toda a extensão do galpão em menos de 3 minutos. Devem-se considerar métodos de baixo custo para melhorar a distribuição da ração. Esses métodos ajudarão a manter as aves mais calmas, diminuindo a ocorrência de amontoamento das mesmas e melhorando a uniformidade do lote. 
	Os aumentos semanais no fornecimento de ração devem ser baseados nas metas de peso. 
Baixa uniformidade: causas 
	Comedouros insuficientes ou distribuição lenta da ração; altura incorreta dos comedouros 
	Densidade de criação muito alta; falta de água 
	Ração desbalanceada 
	Debicagem mal feita; doenças ou parasitoses 
	Pintos de matrizes de diferentes idades 
	Iluminação incorreta ou horários irregulares de arraçoamento 
Classificação por categorias 
• Categorias de peso
	Aves leves; 
	Aves médias;
	Aves pesadas. 
• Seleção total das aves (80 - 90 % unif.) 
	4 a 5 semanas;
	Para que atinjam uniformidade em torno de 9 semanas. 
Com 17 semanas é feita uma seleção em 100% das aves baseada na condição corporal (“fleshing”), através da avaliação da musculatura peitoral. 
Ideal que as fêmeas estejam com classificação entre 3 e 4: com reserva de gordura corporal sem prejudicar a produção de ovos.
Avaliação dos machos (18 semanas): comprimento da canela, “fleshing” e observação de cristas + barbelas (maturidade sexual) e peso corporal. Descarte machos: leves, problemas de postura corporal, pernas, cegos, bico torto ou outros problemas físicos (capacidade de cópula). 
 PLANEJAMENTO DE PRÉ-POSTURA (16-20 sem) 
	Composição corporal adequada: reservas de músculo e gordura para o resto da vida produtiva! É fundamental que as matrizes apresentem suficiente ganho de peso corporal entre 16 e 20 semanas de idade para maximizar o pico de postura e manter a persistência de postura pós-pico. A composição corporal das fêmeas na fase de iluminação é tão importante quanto seu peso. Isso significa que as aves precisam ter reservas adequadas de gordura e quantidade de carne nesse ponto da vida. (adquirir gordura é mais dificil)→ Aumento no fornecimento de ração (7-10% / semana) 
		Maturidade sexual 
	Tamanho do ovo 
	Nunca iniciar o estímulo luminoso com aves de baixo peso!! 
Tranferencia para o galpão de produção
A idade em que os lotes deverão ser transferidos para as granjas de produção é determinada principalmente pelas instalações disponíveis, peso corporal e programa de luz. A transferência pode ser bastante estressante para as aves e todos os esforços devem ser envidados para garantir que esta ocorra de forma tranqüila. 
O galpão de postura deve estar pronto para receber o lote, com comedouros, bebedouros e ninhos. Em pleno funcionamento, uma semana antes da data planejada para a transferência. 
	Certifique-se de que há número suficiente de engradados limpos para transportar todo o lote no início do dia. 
	A seleção final e a transferência dos machos deve ser feita 2 a 3 dias antes da transferência das fêmeas. 
	As fêmeas devem ser observadas com cuidado e as aves com defeitos visíveis devem ser removidas antes da transferência ao galpão de postura. 
	A transferência deve ser feita à noite ou no início do dia. 
	Após a transferência, observe atentamente as aves, manipulando o papo, para certificar-se de que estejam conseguindo alimentar-se e beber água. 
Aves da linhagem Cobb são transferidas com 21 semanas e da linhagem Ross com 24 semanas. A linhagem Ross é transferida mais tardiamente porque quando entra em produção às 21 semanas produzem ovos pequenos e, consequentemente, pintinhos pequenos e de baixo valor econômico.
MANEJO DO PROGRAMA DE LUZ 
As matrizes de corte entram na fase de postura em resposta ao aumento na duração da luz, quando é realizada no momento certo. A resposta das aves à estimulação luminosa baseia-se na condição dessas aves e em seu peso corporal e idade. Em galpões com sistema de iluminação controlada (dark-out), a estimulação luminosa deve ser adiada se o plantel ainda apresentar um número significativo de aves abaixo do peso. 
Dependendo da curva de peso corporal que estiver sendo utilizada, a idade para realizar a primeira estimulação luminosa pode ser 20 ou 21 semanas de idade. Ao transferir as aves do galpão de recria à prova de luz (dark-out) para o galpão aberto de postura, o peso e a condição corporal das aves devem estar adequados no momento da transferência. 
RECRIA EM GALPÕES COM LUZ NATURAL PARA PRODUÇÃO EM GALPÕES COM LUZ NATURAL 
Recomenda-se que não se faça a criação das matrizes em galpões com luz natural. Entretanto, é preciso reconhecer que este sistema de produção é utilizado em certas partes do mundo e funciona bem se a variação da duração natural do dia for pequena. 
Em galpões abertos e galpões com janelas, as condições locais de duração do dia exigem a adoção de um programa específico para cada lote, conforme acordo com o representante de serviços técnicos. 
BRASIL – HEMISFÉRIO SUL mínimo 10h luz/dia 
GALPÕES → AMBIENTE NATURAL 
	RECRIA ATÉ 10 SEMANAS DE IDADE – AVE REFRATÁRIA 
	APÓS 10 SEMANAS – ESTÍMULOS DE LUZ CRESCENTES ATE 17H 
Grande desafio: não desencadear o mecanismo neurohormonal (desenvolvimento sexual) antes do desenvolvimento corporal! 
 PERÍODO DE PRODUÇÃO 
REQUISITOS DE ALOJAMENTO E EQUIPAMENTOS 
	O sistema de ventilação deve ser capaz de atingir as temperaturas desejadas em uma ampla gama de condições climáticas. 
	Forneça no mínimo 15 cm de espaço por fêmea nos comedouros de corrente e um comedouro tipo prato para cada 12 fêmeas para garantir que a ração seja distribuída em menos de 3 minutos. 
	Os bebedouros tipo niple são os preferidos para matrizes e devem ser instalados na proporção de 6 a 8 aves por niple. Os bebedouros pendulares devem ser instalados na proporção de um bebedouro para cada 80 a 100 aves. As linhas de bebedouros devem ser posicionadas cerca de 1 m à frente do sistema de ninhos para encorajar o uso dos ninhos. 
	Os sistemas de ninhos manuais devem ser fornecidos na proporção de 4 aves por ninho. Ninhos mecânicos coletivos devem atender 50 aves/m de área de piso do ninho. No caso de ninhos do tipo rollaway para uma ave, fornecer um ninho para cada 6 aves. 
	 A intensidade luminosa deve ser uniformemente distribuída em todos os tipos de galpão. 
	O período que compreende o início da estimulação luminosa até o pico de produção é um dos mais críticos na vida do lote de matrizes em termos de nutrição. Após a estimulação luminosa, as fêmeas farão a partição dos nutrientes disponíveis entre a manutenção, o crescimento e o desenvolvimento do sistema reprodutivo. 
	Do início da estimulação luminosa até o início da produção, fornecer alimento de acordo com o peso da ave. Quando as aves recebem estimulação luminosa com as condições corporais adequadas, esse período geralmente requer pequenos aumentos na quantidade de ração.
	Cuidado com os ninhos: Limpeza diária, cama dos ninhos desinfetada (paraformaldeído) à quinzenalmente, e cama seca, macia e uniforme: qualidade do ovo.
Galpão Dark House: consiste numa “casa escura” que impede a entrada de luz natural para o galpão. Os lotes de frango nesse sistema, são criados com luminosidade e temperatura controlada. Estes têm como maior benefício o menor gasto de energia com a manutenção dos frangos de corte.Com o controle de luz e ventilação adequada, há uma redução de estresse animal, tornando-se mais tranquilos consequentemente estas aves têm uma criação avícola mais eficiente e autônoma que aquelas criadas com luz natural.
Galpão Brown house: assemelha-se ao anterior tendo como diferença maior passagem de luz natural nos pontos de entrada e saída do ar.
Slats: slats plásticos (piso ripado plástico). vantagens: Melhora a qualidade sanitária dos ovos e facilita coleta de ovos Desvantagens: Altocusto, dificulta a retirada das excretas e problemas de desinfecção.
Ovoposição: prostaglandinas atuam na contração do útero e na abertura útero-vaginal, 
Expulsão do ovo: contração muscular abdominal e ofegação.
Proporção 1 macho:10 fêmeas 
Fêmeas: avaliadas quanto a maturidade sexual (crista e abertura pélvica), reserva de gordura (reserva abdominal na ponta da quilha e na asa) e uniformidade. 
Machos: avaliados quanto a maturidade sexual (crista) e uniformidade. A uniformidade é avaliada através da pesagem de 10% de machos e fêmeas. 
Período de Produção (25 - 68 semanas) 
	Arraçoamento: diário 
	Alimentação separada por sexo: manejo baseado nas diferenças de tamanho de machos e fêmeas. 
	Comedouro dos machos: mais alto para que as fêmeas não alcancem (55-60 cm altura); 
	Comedouro das fêmeas: calha com grades e arame horizontal (4,5 cm de largura) 
→ Período Pré-pico: 21 a 32 semanas 
Adaptação às condições da granja de produção: luminosidade, arraçoamento, distribuição de água, ninhos e acasalamento.
Por volta de 24 semanas: fêmeas iniciam a postura (5%). Primeiras 4 semanas de postura: grande quantidade de ovos pequenos, grandes, duas gemas e disformes.
Pequenos e constantes incrementos na quantidade de ração fornecida para preparar as aves para a produção de ovos.
Machos: controle de peso e retirada dos machos (problemas no sistema locomotor, fertilidade, coloração de canelas, cloaca e aspecto geral).
Cuidado com superalimentação: excesso de peso leva ao desenvolvimento de estruturas de ovário anormais, o que resulta na produção de ovos de baixa qualidade e eclodibilidade, além de excesso de ovos de duas gemas, peritonite e prolapso. 
Superovulação (excesso de energia) 
Excesso de peito (excesso de proteína) 
→ Período Pós-pico: 32 a 68 semanas 
	32 semanas:as aves atingem maturidade física e cessa o crescimento corporal (ganho de peso = depósito de gordura) 
	31 semanas: pico de produção de ovos 
	34 semanas:pico de massa de ovos 
		32 a 34 semanas = exigência máxima de nutrientes para a produção de ovos 
	35 semanas:inicia-se a redução na quantidade de ração (1 a 2 g/ave/semana) 
	Relação macho:fêmea 
		Inicio: 1:10 
	Final: 1:7 (descarte/reposição de machos) 
Manejo dos ovos: 
	Coleta: Ovos devem ser coletados o mais rápido possível! Recomenda-se que os ovos permaneçam a temperatura ambiente por 4 horas após a ovipostura, sendo refrigerados após esse período. 
	Seleção (1a) 
	Desinfecção 
	Armazenamento e transporte 
Coleta de ovos: Coletas frequentes → reduzem o tempo de exposição dos ovos à contaminação, evitam trincas e quebra dos ovos nos ninhos pelas fêmeas e inibem o comportamento de choco pelas aves. 
	6 coletas de ovos diárias;
	Manter os ninhos limpos; 
	Bandejas limpas; 
	Funcionários com mãos limpas. 
	Ordem de coleta: ninho → cama 
Seleção: descarte não deve ultrapassar 4 a 5% 
	Ideal: descarte dos ovos de cama 
	Classificação: limpos e sujos 
	Descarte: pequenos ou grandes demais,duas gemas, disformes, trincados e porosos. 
	Ovos dormidos na cama: descarte 
	Ovos sujos: desinfecção ou descarte 
Desinfecção: 
	Desinfecção Seca (Fumigação): Formaldeído + Permanganato de Potássio ou Paraformaldeído 
	Desinfecção úmida (imersão): soluções de amônia quaternária ou formaldeído (pouco utilizada: contaminação e saturação da solução) 
	Pulverização: Uso de amônia quaternária + formalina (outros desinfetantes utilizados: água oxigenada, dióxido de cloro, fenólicos), método eficiente, simples e econômico. 
Manejo dos ovos Armazenamento e transporte: 
	T °C22 a 23°C e UR 70 a 75%
	Evitar que os ovos “suem” 
	Desinfecção das ala e caminhão
	Cuidado com quebrados ovos no transporte! 
MANEJO DO OVO INCUBADO
Somente se conseguem ótimos nascimentos e pintinhos de boa qualidade quando se mantém o ovo em ótimas condições, desde a postura até a colocação na máquina incubadora. Lembremos que o ovo contém muitas células vivas. Uma vez posto o ovo, o potencial de nascimento pode, na melhor das hipóteses, ser mantido, mas nunca melhorado. Se o manejo for insatisfatório, o potencial de nascimento pode se deteriorar rapidamente. 
	O uso de ovos de chão reduz o nascimento. Eles devem ser recolhidos e acondicionados separadamente dos ovos produzidos nos ninhos e claramente identificados. Caso sejam utilizados para incubação, eles devem ser manuseados separadamente. Evite grietas en los huevos manejándolos cuidadosamente en todo momento. 
	Prevenir rachaduras: sempre manusear os ovos com cuidado. 
	Colocar os ovos incubáveis com cuidado na bandeja da máquina incubadora ou bandeja de transporte; a extremidade mais fina deve ser colocada para baixo. 
	Tomar cuidado ao selecionar os ovos. Durante o início de produção, conferir regularmente o peso dos ovos para selecioná-los para incubação. 
	Guardar os ovos numa câmara separada, com controle de temperatura e umidade. 
Manter a sala de ovos do galpão limpa e em ordem. Manter controle estrito de animais daninhos no local. Rejeitar bandejas e carrinhos sujos do incubatório e mantê-los em bom estado na propriedade. 
Remover e descartar os ovos não aptos para incubação, como: Sujos, Quebrados, Pequenos (de acordo com a Política do Incubatório), Ovos de tamanho muito grande ou de gema dupla, Qualidade de casca frágil; entretanto, qualquer cor de casca é aceitável para incubar , e Ovos grosseiramente deformados .
 FUMIGAÇÃO: Formol + permanganato de potássio ou paraformaldeído 20 MIN T 25-35oC UR – 75-80% - INCUBÁVEIS - NÃO INCUBÁVEIS: (sujos, rachados ou quebrados, pequenos ou muito grandes/gema dupla, cascas de má qualidade ou deformadas) 
→ Transferência dos ovos das bandejas porta-ovos para bandejas alveoladas 
ARMAZENAMENTO DE OVOS 
→ Ventilação eficiente: 2m3 para cada 1.000 ovos, O espaço físico deve ser adequado ao volume de ovos a serem armazenados.
	Resfriar o ovo lentamente (41,1 a 23o C em 6-8 h) *GRANJA* 
	Armazenar em sala fria (20-22o C, UR 75-80% e ventilação) 
	Armazenar por 2 a 4 dias (depois disso, diminui muito a eclodibilidade e a qualidade do pinto: perda de 1% de eclosão p/ cada dia de armazenamento) 
	Armazenamento aumenta o tempo de incubação (para cada dia armazenamento deve-se aumentar 1 hora na incubação) 
	Início da incubação: pré-aquecimento dos ovos a 24-30 oC e UR 70-75% por 8-12 horas e depois transferir para a incubadora (na sala de incubação) 
Os ovos devem ser recolhidos dos galpões e enviados para o incubatório no mínimo duas vezes por semana. Existem três áreas de armazenamento: depósito de ovos no galpão, transporte, e depósito de ovos no incubatório. É importante que todos estes ambientes tenham condições semelhantes para evitar mudanças bruscas na temperatura e umidade que possam ocasionar a condensação (transpiração) dos ovos ou resfriamento e/ou aquecimento dos mesmos. Além disso, devem-se evitar flutuações de temperatura durante o transporte e o estoque. A redução da temperatura deve ser suave e gradual, quando estamos promovendo o resfriamento dos ovos desde o galpão de produção à sala de ovos do incubatório, da mesma forma como deve também ser gradual o aquecimento dos ovos que passam da sala de ovos do incubatório para a máquina incubadora. 
INCUBAÇÃO DOS OVOS 
Para evitar o choque térmico do embrião e a consequente condensação na casca, os ovos devem ser retirados da sala de ovos e preaquecidos antes de incubar. O ideal seria preaquecer os ovos em uma sala destinada para esta finalidade, sob temperatura de 24-27 oC (75–80°F) de modo que todos os ovos possam atingir a temperatura desejada. 
A circulação eficiente de ar e a temperatura correta nesta sala são essenciais para o preaquecimento uniforme dos ovos. O preaquecimento realizado de maneira desuniforme aumenta a diferença no tempo de incubação, justamente o oposto da finalidade do preaquecimento. 
Mesmo com boa circulação de ar, são necessárias 6 horas para que os ovos no carrinho atinjam 25 oC, indiferente da temperatura inicial. Com má circulação de ar, esse processo pode demorar até duas vezes mais. Portanto, a recomendação é: 
Propiciar boa circulação de ar ao redor dos ovos. 
Permitir 6 a 12 horas de preaquecimento. 
MOMENTO DE INCUBAÇÃO 
Três fatores influenciam o tempo total de incubação dos ovos: 
	Temperatura da máquina: normalmente, é a mesma para todas as incubadoras; entretanto, para conseguir fazer a retirada de pintinhos em um determinado tempo, pode-se modificar o tempo no qual os ovos são incubados, dependendo da idade e tamanho dos mesmos. 
	Idade dos ovos: ovos que foram submetidos ao armazenamento necessitam levam mais tempo de incubação. Para ovos armazenados por mais de 6 dias é preciso adicionar 1 hora para cada dia a mais de estoque. 
	Tamanho do ovo: ovos grandes necessitam de mais tempo de incubação. 
VENTILAÇÃO 
As máquinas de incubação extraem ar fresco da própria sala de incubação. Esse ar fresco fornece a umidade e o oxigênio necessários para manter a correta umidade relativa. O ar que sai da máquina remove o excesso de dióxido de carbono e de calor produzido pelos ovos. 
O ar fornecido para as máquinas incubadoras deve ser no mínimo 8 pés cúbicos por minuto para cada 1000 ovos ou 13,5 m3/hora/1000 ovos. Veja tabela na página seguinte (ventilação da incubadora-regulagem apropriada). 
Toda máquina incubadora possui um sensor capaz de controlar vários níveis de umidade relativa. O ar fornece, relativamente, pouca umidade; por isso, para evitar a sobrecarga do sistema interno de controle de umidade, o ar que entra na máquina é pré-umidificado até um nível muito similar à umidade relativa interna. A temperatura deste ar deve ficar em torno de 24-27 oC (76-80 oF). 
Máquinas de múltiplo estágio necessitam de um suprimento constante de ar. Estas devem ser calibradas de tal forma que os níveis de dióxido de carbono no interiordas máquinas não excedam 0,4%. A maioria das máquinas com prateleiras fixas funcionam com um nível de 0,2-0,3% e as com carrinhos, de 0,3-0,4%. No entanto, estes níveis elevados de CO2 não são exigidos. 
UMIDADE 
Durante o processo de incubação, o ovo perde umidade através dos poros da casca. A rapidez com que o ovo perde umidade depende do número e tamanho dos poros da casca, e também da porcentagem de umidade no ambiente ao redor do ovo. Para obter melhores taxas de nascimento, um ovo deve ter perdido 12% do seu peso no 18o dia de incubação. 
Devido às diferenças na estrutura da casca e, conseqüentemente, na condução de gases, quando o ovo é incubado sob uma mesma condição de umidade, ocorrerá uma variação na perda de umidade. Em ovos de matrizes, essa variação normalmente não altera de forma significativa o nascimento. Porém, quando fatores como idade, nutrição ou doenças reduzem a qualidade do ovo, será eventualmente necessário ajustar, na máquina, a umidade relativa para manter ótimas condições de nascimento e qualidade do pinto. 
CONTROLE DE TEMPERATURA 
Determina a taxa metabólica do embrião, consequentemente, o seu grau de desenvolvimento (ajuste conforme o tipo da incubadora).A temperatura determina o grau de velocidade do metabolismo do embrião e, conseqüentemente, seu grau de desenvolvimento. 
Em máquinas de múltiplos estágios: a temperatura deve ser mantida constante. A temperatura ideal, tanto para nascimento quanto para a qualidade do pinto, depende do modelo de máquina. Temperaturas acima ou abaixo do recomendado pelo fabricante implicam aumento ou diminuição da velocidade do desenvolvimento e, conseqüentemente, a redução de nascimentos. 
Em máquinas de estágio único: a temperatura pode ser alterada a fim de alterar o crescimento do embrião e estimular o aumento de produção de calor animal, começando com temperaturas mais altas e reduzindo em diferentes etapas até a transferência. 
VIRAGEM 
Ovos devem ser virados durante o processo de incubação. Isto deve ser feito para prevenir a aderência do embrião à membrana da casca do ovo, principalmente durante a primeira semana da incubação. A viragem também ajuda no desenvolvimento das membranas embrionárias. 
A medida que o embrião se desenvolve e aumenta sua capacidade de produzir calor, a viragem constante ajuda na circulação do ar e auxilia na redução da temperatura. 
TRANSFERÊNCIA DOS OVOS S OVOS 
Aos 18 ou 19 dias, os ovos são transferidos da máquina incubadora para as bandejas do nascedouro. Isto é feito por duas razões. Uma porque os ovos são deixados de lado para facilitar o movimento livre do pintinho ao nascer e, a outra, porque ajuda na higiene durante o nascimento, quando se produz grande quantidade de penugem que, se estiver contaminada, poderia espalhar-se ao redor do incubatório. 
Quando os ovos são transferidos precoce ou tardiamente, o embrião é exposto a condições não tão favoráveis, diminuindo assim os nascimentos. Tudo isso deve ser levado em consideração quando se altera o momento da transferência. O momento da transferência irá variar dependendo do tipo de máquina (em geral é realizado entre 18 ou 19 dias). 
A transferência deve ser feita de forma cuidadosa e rápida, evitando o resfriamento dos ovos, o que resultará em atraso do nascimento. 
Ao transferir os ovos, pode ser feita a ovoscopia, separando os ovos claros (inférteis e embriões mortos, ovos estragados e outros) para contá-los e descartá-los. 
	Neste estágio, a casca do ovo é mais frágil devido ao embrião retirar cálcio da casca para a formação do seu esqueleto. Sendo assim, extremo cuidado é necessário durante sua transferência para evitar a quebra do ovo. O manuseio incorreto dos ovos durante esta fase pode ocasionar hemorragias e rupturas. As transferências automatizadas permitem a realização mais cuidadosa deste processo do que se consegue manualmente. 
	As bandejas devem estar limpas e secas no momento da transferência. Ovos colocados em bandejas molhadas esfriam quando a água se evapora. Os Nascedouros devem estar secos e na temperatura adequada antes da transferência dos ovos. 
	Ovos podres e estragados devem ser colocados em um recipiente com desinfetante. 
	Atualmente, encontra-se à disposição o sistema de vacinação in-ovo, que pode ser utilizado na proteção contra a doença de Marek, bem como para administração de outras vacinas. As recomendações do fabricante devem ser seguidas. 
Ovoscopia: A ovoscopia consiste basicamente em colocar os ovos contra uma fonte de luz, como lanternas ou lampadas, de preferência estando em um local escuro, com isso será possível ver o interior do ovo e por consequência a presença ou não do embrião.Através da ovoscopia podemos verificar se os ovos estão realmente galados
VACINAÇÃO VIA OVO ou “in-OVO” 
	Surgiu em 1992 (EUA). EUA: 90% dos incubatórios 
	Maior resposta imunológica contra Marek aos 18-19 dias 
	Processo mais rápido e menos estressante para as aves 
Os fatores que afetam o nascimento precoce incluem: 
	Período de pré-aquecimento longo demais 
	Colocação precoce dos ovos na incubadora. Excesso de horas de incubação 
	Temperatura e umidade inadequadas na incubadora e no nascedouro 
	Pontos mais quentes dentro da incubadora e do nascedouro 
	Ventilação incorreta 
	Mudanças sazonais de temperatura que afetam o ambiente dentro do incubatório 
	Excesso de ovos férteis no nascedouro 
	Tamanho dos ovos 
Os fatores que afetam o nascimento tardio incluem: 
	Colocação tardia dos ovos na incubadora 
	Temperatura e umidade inadequadas na incubadora e no nascedouro 
	Ventilação incorreta 
	Mudanças sazonais de temperatura que afetam o ambiente dentro do incubatório 
	Ovos armazenados por longos períodos 
	Ovos armazenados sob temperaturas muito baixas 
	Padrões incorretos de regulagem em equipamentos de estágios múltiplos 
	Problemas relacionados a doenças e à fertilidade 
RETIRADA DO PINTINHO E PROCESSAMENTO 
Os pintinhos estão prontos para serem retirados quando a maioria deles está seca e com penugem. Alguns (mais ou menos 5%) ainda apresentam o pescoço úmido. Um erro comum é deixar os pintinhos além do tempo necessário dentro da máquina nascedouro, o que causa desidratação.. 
Enquanto o pintinho é retirado, ele deverá ser separado dos fragmentos da casca, classificados em pintinhos de primeira e/ou descarte, contados e colocados em caixas. Alguns incubatórios estendem seus serviços além disso, como: 
	Sexagem, na maioria das vezes feitas pelo exame das asas em pintinhos de frango de corte, bem como sexagem pela cloaca em matrizes; 
	Vacinação, em spray ou injeção, manual ou automática; Debicagem. 
Durante o processamento, o ambiente onde ficam os pintinhos deve ser monitorado para evitar aquecimento ou resfriamento. Não superlotar as caixas com pintinhos ou durante o transporte nas esteiras rolantes. Para evitar a perda de peso dos pintinhos, manter o nível correto de umidade na sala de pintinhos. Almejar 23 oC (73 oF) com umidade relativa de 65-70%. 
Evitar manuseio grosseiro dos pintinhos em operações de manuseio manual e quando da utilização de máquinas. Fazer regularmente uma boa manutenção das máquinas. 
Após cada nascimento, deve ser feita uma limpeza completa das máquinas. Todas as partes que ficam expostas ou em contato direto com os pintinhos, tais como esteiras rolantes e carrossel, devem ser de fácil acesso para a realização da limpeza. 
TAMANHO DO PINTINHO: 
	Tamanho do ovo determina o tamanho do pintinho 
	Peso do pintinho = 66 a 68% do peso do ovo (60 g = 40 g) 
	Ovo perde peso durante incubação (umidade): variações no peso do pintinho para ovos do mesmo tamanho 
	Tempo entre o nascimento, retirada e entrega (tempo no nascedouro) = peso final do pintinho 
TRANSPORTE DE PINTINHOS 
Veículos com instalações adequadas, com controle de ambiente, devem ser utilizadospara o transporte dos pintinhos do incubatório até seu destino final: a granja de recria. 
O veículo deve estar equipado com um sistema de aquecimento auxiliar, mas pode eventualmente usar o ar fresco externo para o resfriamento. No entanto, se durante a época de verão as temperaturas ultrapassarem 30 oC (86 oF), é necessário um sistema de ar condicionado.

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