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Simulado Bernoulli 2023 Volume 1 prova 1 1 ano medio

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Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Segundo o texto, a empresa Haibu 4.0 pretende construir microapartamentos de cerca de 2 metros quadrados em Barcelona. Apesar de controverso, a empresa considera o projeto positivo,
A. A empresa acredita que os microapartamentos são destinados principalmente a turistas.
B. A cidade de Barcelona apoia a iniciativa da empresa Haibu 4.0.
C. A empresa justifica a necessidade dos microapartamentos devido aos altos aluguéis em Barcelona.
D. As autoridades da cidade de Barcelona não concederão licença para o projeto dos microapartamentos.
E. Os microapartamentos propostos pela Haibu 4.0 atendem aos requisitos de tamanho estabelecidos pela cidade de Barcelona.

No artigo, o uso da expressão “da igual que” (linha 02) indica que o estilo vaporwave inspira-se em

A. programas de computadores atuais e na cultura hacker dos cyberpunks.
B. elementos futuristas e predominantemente na cultura inglesa oitentista.
C. vestimentas e modos de comportamento entendidos atualmente como retrógrados.
D. notícias e acontecimentos de prestígio veiculados há mais de duas décadas pelas rádios.
E. elementos computacionais e em estética musical que alcançou sucesso ou não no passado.

No texto, entre as questões defendidas pela Anistia Internacional para promover os direitos humanos e combater a injustiça social estão o(a)

A. defesa da propriedade tecnológica digital e a transição para o uso de energia limpa.
B. luta pela eliminação dos gases do efeito estufa e a libertação de presos comuns.
C. exposição ampla dos casos de tortura e proteção das comunidades indígenas.
D. repúdio ao assassinato de policiais em serviço e a proteção dos direitos humanos.
E. engajamento na luta do público LGBT e a defesa da pena de morte nos Estados Unidos.

É comum, nas redes sociais, haver postagens que transmitam positividade. O texto anterior concretiza essa ação, pois
A. reconhece a vida como um presente.
B. realça a autonomia na utilização do tempo.
C. celebra a quinta-feira como um dia produtivo.
D. desvincula as realizações do poder financeiro.
E. desvaloriza a linearidade dos dias da semana.
A
B
C
D
E

Para alcançar sua intenção comunicativa, a peça publicitária da Apple explora a significação de termos contraditórios no título. Esses termos expressam o(a)
A. eficiência que garante a liderança da empresa no setor.
B. alto rendimento em um espaço reduzido.
C. exclusividade do chip no mercado de tecnologia.
D. desenvolvimento tecnológico à frente de seu tempo.
E. pioneirismo no uso da tecnologia M1.
A
B
C
D
E

Ao se apresentar e contar um pouco de sua história, a narradora torna evidente que
A. ela é muito amada por sua família.
B. sua mãe dançava balé durante a gravidez.
C. sua família e amigos lamentaram sua condição de saúde.
D. ela protagoniza a história dedicando-se à dança e à fotografia.
E. ela foi recebida com muito amor e cuidado em meio a dificuldades financeiras.
A
B
C
D
E

O texto apresenta o uso dos emoticons em posts como compensadores da ausência de entonação encontrada no suporte digital. Sua utilização mostra, nesse gênero, a anarquia na forma de expressão. O hibridismo entre a fala e a escrita. A instantaneidade de compreensão. A relação entre texto formal e informal. A substituição de palavras por símbolos.
A. a anarquia na forma de expressão.
B. o hibridismo entre a fala e a escrita.
C. a instantaneidade de compreensão.
D. a relação entre texto formal e informal.
E. a substituição de palavras por símbolos.
A. II and IV are correct.
B. II, III, and IV are correct.
C. I, III, and IV are correct.

Quais são as espécies mais ameaçadas de extinção no Brasil?

a) 5, 6, 1
b) 6, 1, 4
c) 5, 6, 1

Conforme apontado pelo texto, a leitura é importante para a vida pessoal e profissional, pois
A leitura ajuda os leitores a desenvolverem melhor sua capacidade de argumentação e emissão de opinião.
A. melhora a forma do indivíduo de se comportar.
B. colabora para a emissão de opiniões corretas.
C. auxilia as pessoas que não sabem escrever.
D. proporciona pensamentos mais inteligentes.
E. permite apurar o senso crítico dos leitores.

No trecho do artigo de opinião, em relação ao local de trabalho, a autora aponta que a

A. escolha será uma decisão com força de lei no futuro.
B. possibilidade de escolha é o caminho mais provável.
C. flexibilização pode trazer prejuízos para as empresas.
D. hibridização será uma escolha fácil para o mercado.
E. execução das tarefas em casa cura o estresse e a depressão.

Material
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Questões resolvidas

Segundo o texto, a empresa Haibu 4.0 pretende construir microapartamentos de cerca de 2 metros quadrados em Barcelona. Apesar de controverso, a empresa considera o projeto positivo,
A. A empresa acredita que os microapartamentos são destinados principalmente a turistas.
B. A cidade de Barcelona apoia a iniciativa da empresa Haibu 4.0.
C. A empresa justifica a necessidade dos microapartamentos devido aos altos aluguéis em Barcelona.
D. As autoridades da cidade de Barcelona não concederão licença para o projeto dos microapartamentos.
E. Os microapartamentos propostos pela Haibu 4.0 atendem aos requisitos de tamanho estabelecidos pela cidade de Barcelona.

No artigo, o uso da expressão “da igual que” (linha 02) indica que o estilo vaporwave inspira-se em

A. programas de computadores atuais e na cultura hacker dos cyberpunks.
B. elementos futuristas e predominantemente na cultura inglesa oitentista.
C. vestimentas e modos de comportamento entendidos atualmente como retrógrados.
D. notícias e acontecimentos de prestígio veiculados há mais de duas décadas pelas rádios.
E. elementos computacionais e em estética musical que alcançou sucesso ou não no passado.

No texto, entre as questões defendidas pela Anistia Internacional para promover os direitos humanos e combater a injustiça social estão o(a)

A. defesa da propriedade tecnológica digital e a transição para o uso de energia limpa.
B. luta pela eliminação dos gases do efeito estufa e a libertação de presos comuns.
C. exposição ampla dos casos de tortura e proteção das comunidades indígenas.
D. repúdio ao assassinato de policiais em serviço e a proteção dos direitos humanos.
E. engajamento na luta do público LGBT e a defesa da pena de morte nos Estados Unidos.

É comum, nas redes sociais, haver postagens que transmitam positividade. O texto anterior concretiza essa ação, pois
A. reconhece a vida como um presente.
B. realça a autonomia na utilização do tempo.
C. celebra a quinta-feira como um dia produtivo.
D. desvincula as realizações do poder financeiro.
E. desvaloriza a linearidade dos dias da semana.
A
B
C
D
E

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A. eficiência que garante a liderança da empresa no setor.
B. alto rendimento em um espaço reduzido.
C. exclusividade do chip no mercado de tecnologia.
D. desenvolvimento tecnológico à frente de seu tempo.
E. pioneirismo no uso da tecnologia M1.
A
B
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E

Ao se apresentar e contar um pouco de sua história, a narradora torna evidente que
A. ela é muito amada por sua família.
B. sua mãe dançava balé durante a gravidez.
C. sua família e amigos lamentaram sua condição de saúde.
D. ela protagoniza a história dedicando-se à dança e à fotografia.
E. ela foi recebida com muito amor e cuidado em meio a dificuldades financeiras.
A
B
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E

O texto apresenta o uso dos emoticons em posts como compensadores da ausência de entonação encontrada no suporte digital. Sua utilização mostra, nesse gênero, a anarquia na forma de expressão. O hibridismo entre a fala e a escrita. A instantaneidade de compreensão. A relação entre texto formal e informal. A substituição de palavras por símbolos.
A. a anarquia na forma de expressão.
B. o hibridismo entre a fala e a escrita.
C. a instantaneidade de compreensão.
D. a relação entre texto formal e informal.
E. a substituição de palavras por símbolos.
A. II and IV are correct.
B. II, III, and IV are correct.
C. I, III, and IV are correct.

Quais são as espécies mais ameaçadas de extinção no Brasil?

a) 5, 6, 1
b) 6, 1, 4
c) 5, 6, 1

Conforme apontado pelo texto, a leitura é importante para a vida pessoal e profissional, pois
A leitura ajuda os leitores a desenvolverem melhor sua capacidade de argumentação e emissão de opinião.
A. melhora a forma do indivíduo de se comportar.
B. colabora para a emissão de opiniões corretas.
C. auxilia as pessoas que não sabem escrever.
D. proporciona pensamentos mais inteligentes.
E. permite apurar o senso crítico dos leitores.

No trecho do artigo de opinião, em relação ao local de trabalho, a autora aponta que a

A. escolha será uma decisão com força de lei no futuro.
B. possibilidade de escolha é o caminho mais provável.
C. flexibilização pode trazer prejuízos para as empresas.
D. hibridização será uma escolha fácil para o mercado.
E. execução das tarefas em casa cura o estresse e a depressão.

Prévia do material em texto

ENSINO MÉDIO 1 - 2023 - VOLUME 1 - PROVA I
Língua estrangeira: Inglês
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 ENSINO MÉDIO 1 - 2023 - VOLUME 1 - PROVA I
Língua estrangeira: Espanhol
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
I lost my talk
I lost my talk
The talk you took away.
When I was a little girl
At Shubenacadie school.
You snatched it away:
I speak like you
I think like you
I create like you
The scrambled ballad, about my world.
Two ways I talk
Both ways I say,
Your way is more powerful.
So gently I offer my hand and ask,
Let me find my talk
So I can teach you about me. 
JOE, R. I lost my talk. In: Poems of Rita Joe. 
Abanaki Press; 1st edition (January 1, 1978).
Em “I lost my talk”, o eu lírico relata uma experiência que 
viveu em Shubenacadie, um internato para indígenas na 
Nova Escócia, Canadá. Nesse poema, o eu lírico se queixa 
do(a)
A. 	 cobrança para resgatar uma cultura antiga que deixou 
de ser importante.
B. 	 violência física que sofreu durante os anos que passou 
no internato.
C. 	 fato de ter se tornado incapaz de falar e conversar com 
as pessoas.
D. 	 perda de sua identidade pela imposição de uma cultura 
de prestígio.
E. 	 conflito que as duas línguas que domina causam em 
sua mente.
Alternativa D
Resolução: O poema apresenta a língua como uma 
parte essencial da identidade e da expressão cultural 
do indivíduo. Sua autora, Rita Joe, conta sua própria 
experiência quando foi forçada a abandonar sua língua 
nativa no período em que viveu em Shubenacadie, um 
internato para indígenas órfãos na província canadense 
da Nova Escócia. Ao ser forçada a adotar o inglês e 
abandonar sua língua materna, a autora argumenta que 
perdeu não apenas uma conexão vital com seu passado 
e seu povo, mas também com sua própria identidade. 
3CN3
Para ela, isso foi o mesmo que apagar sua herança. E ela não 
foi forçada apenas a “falar”, mas também a “pensar” e “criar” 
em inglês, a cultura dominante que se sobrepôs às tradições, 
crenças e valores de seu povo. Sendo assim, está correta a 
alternativa D. As demais alternativas estão incorretas porque: 
(A) a cultura indígena que a autora foi forçada a abandonar 
ainda é importante para ela. Logo, a alternativa contradiz o 
texto; (B) não se fala em violência física no texto, mas em 
opressão cultural, que não deixa de ser um tipo de violência; 
(C) a autora não perdeu a capacidade de falar. Quando diz 
que perdeu a fala ou a voz (I lost my talk), ela se refere à perda 
da sua cultura de origem; (E) não há elementos no texto que 
indiquem confusão mental causada pelo uso de duas línguas.
QUESTÃO 02 
The problem with the English language in India
Imagine living in a nation where you, a member of the 
majority, are unable to read the label of the medicine you 
must give your child, the menu at a local restaurant or even 
the warning signs of the road. This is the world that hundreds 
of millions of Indians live in simply because the elite prefer 
English. This discrimination has become so systemic that the 
elite and middle classes send their children to English private 
schools while the vast poor send theirs to the government 
schools of their mother tongue. One need not mention that 
universities and even government jobs require fluency 
in English. Therefore, a person’s socioeconomic status 
in Indian society is approximately in line with his or her fluency 
in the language. 
Many states in India have attempted to make English the 
medium of instruction for all schools; however, the shortage 
of teachers who can even speak English is surreal. 
What is perhaps most damning is that because of this 
favoritism afforded to the English language the cultures of 
India are dying as they lose out on generations of authors, 
activists, actors, artists, playwrights, innovators, orators, and 
businesspersons who would have otherwise contributed to, 
and enriched, their own language.
AULA, S. Disponível em: <www.forbes.com>. 
Acesso em: 16 mar. 2021. [Fragmento]
No que diz respeito à sociedade indiana, o autor do texto 
critica
A. 	 os índices elevados de analfabetismo entre a população 
mais pobre.
B. 	 o nível insuficiente de proficiência dos indianos na 
Língua Inglesa.
C. 	 a qualidade e eficiência do ensino nas escolas públicas 
indianas.
D. 	 a discriminação social baseada no conhecimento da 
Língua Inglesa.
E. 	 a formação precária dos professores de inglês das 
universidades.
REO2
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa D
Resolução: No primeiro parágrafo, o autor afirma que 
uma grande parcela da população indiana não consegue 
compreender instruções ou informações básicas porque 
estão em inglês, por uma imposição da elite do país, que 
prefere o idioma às línguas locais. Dessa forma, aqueles 
que desconhecem o inglês são discriminados e excluídos. 
Essa discriminação se reflete nas escolas: enquanto as elites 
e a classe média enviam seus filhos para escolas privadas 
que ministram em inglês, resta aos mais pobres enviar seus 
filhos para as escolas públicas, que ensinam nas línguas 
nativas locais. O autor conclui o primeiro parágrafo afirmando 
que o status socioeconômico de uma pessoa na sociedade 
indiana se equipara à sua fluência na língua: “[...] a person’s 
socioeconomic status in Indian society is approximately in 
line with his or her fluency in the language”. Sendo assim, 
está correta a alternativa D. As demais alternativas estão 
incorretas porque: (A) não há informações sobre os índices 
de analfabetismo no texto, apenas sobre a incapacidade de 
boa parte dos indianos de compreender o inglês; (B) a crítica 
do autor não se dirige à falta de proficiência dos indianos no 
inglês, mas à preferência da elite indiana por esse idioma e 
a forma como impõe seu uso; (C) não há qualquer crítica à 
qualidade do ensino nas escolas públicas indianas. O autor 
apenas afirma que elas recebem alunos das classes mais 
pobres e ensinam em sua língua nativa; (E) o autor afirma 
que a escassez de professores que falam inglês na Índia é 
tão grande que se refere a isso como “surreal”. Entretanto, 
ele não faz qualquer menção à formação de professores de 
inglês universitários.
QUESTÃO 03 
Barcelona warns it will not grant license to 
controversial capsule apartment project
A Barcelona company has announced that it is building 
an apartment that will house 15 people in tiny capsules spread 
over just 100 square meters, but city authorities have said 
they will never issue a business license for such an initiative.
Haibu 4.0, the company behind the project,says the pods 
are not meant for tourists, but for longer stays by residents who 
cannot afford the soaring rents of the Catalan capital or who 
have long daily commutes to work from their regular residence.
The group rented a space in July and began adapting it to 
their needs. Each pod is 120 cm wide, 120 cm high and 200 cm 
long. Inside there is a bedbase that you can lift to put suitcases 
inside, a headboard that can also be used for storage, a folding 
table, shelves, a wall socket and a USB charger.
But the city of Barcelona frowns on the initiative. Housing 
councilor Josep Maria Montaner said there is no room for such 
a project in Barcelona. “The rules say that any housing unit 
must have a surface area of at least 40 square meters, which 
means that this company will never obtain the necessary 
operating licenses,” he warned.
Disponível em: <https://elpais.com/>. 
Acesso em: 15 set. 2018. [Fragmento adaptado]
3YI3
Segundo o texto, a empresa Haibu 4.0 pretende construir 
microapartamentos de cerca de 2 metros quadrados em 
Barcelona. Apesar de controverso, a empresa considera o 
projeto positivo, pois seu objetivo é
A. 	 construir moradias coletivas e doá-las à cidade.
B. 	 criar um espaço para acolher moradores de rua.
C. 	 oferecer hospedagem mais em conta para turistas.
D. 	 propiciar um espaço minimalista para imigrantes.
E. 	 fornecer moradias mais baratas no centro da cidade.
Alternativa E
Resolução: A resposta para a questão está no segundo 
parágrafo do texto. De acordo com esse trecho, os 
microapartamentos não são destinados a turistas, o que já 
invalida a alternativa C, mas a possíveis residentes que não 
têm condições de arcar com os elevados aluguéis cobrados 
em Barcelona ou a pessoas que precisam se deslocar 
por grandes distâncias diariamente desde o trabalho até 
suas casas. Assim, está correta a alternativa E. Não há 
informações no texto que respaldam as alternativas A, B e D.
QUESTÃO 04 
Seemingly perfect lives
I have looked up old school friends on Facebook and 
have never come away feeling good about life. I’m often left 
feeling like a bit of a loser thanks to their seemingly perfect 
lives with their perfect homes, perfect families and perfect 
friends.
Today, we have access to the lives of other people in a 
way that we have never had in the past. Without social media 
we wouldn’t know what our friends have for breakfast, lunch 
and dinner, or what they’re listening to, reading, watching… 
the list is endless.
So it’s easy to understand why we get envious from time 
to time. We’re constantly taking in little moments from other 
people’s lives and it’s difficult not to compare their lives to 
our own.
We should compete against ourselves and try to surpass 
our own achievements rather than trying to outdo others. Look 
at ways you contrast rather than compare with other people, 
and realise that by comparing ourselves to others we forget 
our own achievements.
I have come to realise that although I don’t have the 
perfect partner, dream home or even have a car of my own, 
I’ve had some great times and great friends. If I find myself 
typing in an old classmate or colleague’s name into the search 
bar I stop myself and drop a good friend a message. Looking 
at my own timeline I’m starting to appreciate that I might not 
be such a loser after all.
WILLIAMS, Angharad. Disponível em: <http://www.thejournal.ie/>. 
Acesso em: 04 jun. 2018. [Fragmento adaptado]
No texto anterior, a autora relata sua experiência pessoal em 
relação ao uso de redes sociais com o objetivo de
A. 	 convencer os leitores de que é preciso parar de se 
comparar com os outros.
B. 	 mostrar a futilidade das informações divulgadas nos 
perfis das redes sociais.
C. 	 refletir sobre a competição exagerada entre amigos na 
sociedade atual.
D. 	 valorizar o contato pessoal direto em vez do contato via 
redes sociais.
E. 	 criticar a exposição excessiva da vida pessoal nas 
redes sociais.
MBBC
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A
Resolução:
A) CORRETA – No penúltimo parágrafo, a autora defende que cada um deve lutar para superar suas próprias limitações, em 
vez de se preocupar em superar o outro: “We should compete against ourselves and try to surpass our own achievements 
rather than trying to outdo others”. Ela afirma ainda que, quando mantemos o foco na comparação, nos esquecemos de 
nossas conquistas: “[...] by comparing ourselves to others we forget our own achievements”.
B) INCORRETA – A autora relata, no segundo parágrafo, que hoje em dia, graças às redes sociais, temos acesso a uma lista 
infinita de informações sobre a vida de outras pessoas. Entretanto, ela não faz críticas à qualidade das informações divulgadas.
C) INCORRETA – A autora não foca seu texto na competição exagerada entre amigos. Ela destaca que, com a exposição da 
vida pessoal nas redes sociais, é difícil não compararmos nossas vidas com as de outras pessoas. Para ela, cada um deve 
competir contra si mesmo, lutar para se superar e alcançar novas conquistas.
D) INCORRETA – Em nenhum momento do texto a autora defende que o contato pessoal direto deve ser mais valorizado do 
que o contato via redes sociais.
E) INCORRETA – Embora esteja implícita, no segundo parágrafo, a exposição excessiva da vida pessoal nas redes sociais, 
a autora não tece nenhuma crítica quanto a isso. Sua crítica direciona-se às comparações constantes que fazemos entre 
nossa vida e a dos outros, nos esquecendo de que também temos nossas conquistas.
QUESTÃO 05 
Amnesty International is a global movement of people fighting injustice and promoting human rights. Learn more about 
the campaigns, issues, cases, and countries we are currently focused on.
PRIORITY ISSUES
DEATH PENALTY
We work to abolish the death
penalty in the U.S. and
globally
HUMAN RIGHTS
DEFENDERS
We protect the people on the
front lines defending all of
our rights
CLIMATE JUSTICE
We advocate for ending
Greenhouse Gas Emissions
through a just transition to
green energy
TECHNOLOGY
What do our fundamental
rights look like in the digital
age?
GENDER, SEXUALITY
& IDENTITY
We protect the rights of
women, LGBT, and
Indigenous communities
INDIVIDUALS
AT RISK
We help free people
imprisoned for exercising
their human rights
NATIONAL SECURITY
& HUMAN RIGHTS
We expose and help end
torture and other human
rights violations
DEADLY FORCE
& POLICE
ACCOUNTABILITY
We expose and help stop
unlawful killing by police
Disponível em: <https://www.amnestyusa.org/>. Acesso em: 2 set. 2020.
No texto, entre as questões defendidas pela Anistia Internacional para promover os direitos humanos e combater a injustiça 
social estão o(a)
A. 	 defesa da propriedade tecnológica digital e a transição para o uso de energia limpa.
B. 	 luta pela eliminação dos gases do efeito estufa e a libertação de presos comuns.
C. 	 exposição ampla dos casos de tortura e proteção das comunidades indígenas.
D. 	 repúdio ao assassinato de policiais em serviço e a proteção dos direitos humanos.
E. 	 engajamento na luta do público LGBT e a defesa da pena de morte nos Estados Unidos.
Alternativa C
Resolução: Entre as questões defendidas pela Anistia Internacional estão a exposição ampla dos casos de tortura, conforme 
indica o segundo item da lista, e a proteção das comunidades indígenas, conforme aponta o quinto item. Logo, a alternativa 
correta é a C. A alternativa A está incorreta porque em momento algum o texto menciona a defesa da propriedade tecnológica 
digital. A alternativa B está incorreta porque não se fala em libertação de presos comuns, mas sim daqueles que foram presos 
por exercerem seus direitos humanos, no sexto item. A alternativa D está incorreta porque o texto não menciona o repúdio ao 
assassinato de policiais, mas o uso desproporcional da força policial e os casos de assassinato cometidos por esses agentes 
da lei, conforme aponta o terceiro item. Por fim, a alternativa E também está incorreta porque a AnistiaInternacional defende, 
no primeiro item, o fim da pena de morte em todo o mundo, o que inclui, obviamente, os Estados Unidos.
Q7YP
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Windows 98 sigue vivo. Los colores chillones, el sonido enlatado y los gifs pixelados continúan en géneros musicales 
como el vaporwave, una corriente contracultural en la que el pasado se encuentra muy presente. Da igual que sea popular o 
no: este estilo bucea entre todo lo que tiempo atrás fue desprestigiado para recuperarlo con más fuerza. Un bofetón ochentero 
que, paradójicamente, no entiende de generaciones.
“Es la apropiación y recontextualización de la música popular, principalmente de los años 80 o 90”, explica 
a eldiario.es Clinton Affair, un artista inglés de vaporwave alojado en Madrid. Entre los rasgos del género, señala que las 
canciones “son cortas, repetidas en bucle y suelen estar acompañadas de una estética correspondiente al periodo en el que 
se ambienta”.
LUNA, J. A. Disponível em: <https://www.sinembargo.mx/>. Acesso em: 07 jun. 2019.
No artigo, o uso da expressão “da igual que” (linha 02) indica que o estilo vaporwave inspira-se em
A.		 programas de computadores atuais e na cultura hacker dos cyberpunks.
B.		 elementos futuristas e predominantemente na cultura inglesa oitentista.
C.		 vestimentas e modos de comportamento entendidos atualmente como retrógrados.
D.		 notícias e acontecimentos de prestígio veiculados há mais de duas décadas pelas rádios.
E.		 elementos computacionais e em estética musical que alcançou sucesso ou não no passado.
Alternativa E
Resolução: A alternativa E está correta, pois o termo retoma tudo o que foi dito antes, no primeiro parágrafo, sobre 
elementos da computação, e liga ao que se explica com mais detalhes, no 2º parágrafo, a respeito da produção musical 
dos anos 80 e 90. A alternativa A está incorreta, já que não há menção à cultura hacker ou cyberpunk no texto. A alternativa 
B também está incorreta, pois, apesar de se referir à cultura “oitentista”, não se limita geograficamente à Inglaterra. 
A alternativa C está incorreta, porque o desprestígio a que se refere o texto é o que tinham os elementos apropriados pela 
cultura vaporwave tempos atrás, não que sejam considerados retrógrados atualmente (o que se aplica também aos modos 
de comportamento). A alternativa D está incorreta, pois se fala, no 2º parágrafo, de música popular dos anos 80 e 90, não de 
notícias e acontecimentos prestigiosos.
QUESTÃO 02 
Disponível em: <www.facebook.com>. Acesso em: 12 jul. 2021.
É comum, nas redes sociais, haver postagens que transmitam positividade. O texto anterior concretiza essa ação, pois 
A.		 reconhece a vida como um presente.
B.		 realça a autonomia na utilização do tempo.
C.		 celebra a quinta-feira como um dia produtivo. 
D.		 desvincula as realizações do poder financeiro. 
E.		 desvaloriza a linearidade dos dias da semana.
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LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa B
Resolução: No texto em análise, em que se transmite uma mensagem positiva sobre a utilização do tempo, é realçada 
a ideia da autonomia em seu uso. Todos têm 24 horas em seu dia, mas cada um pode decidir como usá-las (“Tú decides 
como invertirlo.”). Portanto, está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque a vida, nessa mensagem, 
não é entendida como um presente, mas afirma-se que a vida presenteia cada um de nós com um cheque de 24 horas. 
A alternativa C está incorreta porque o texto não menciona a ideia da produtividade, apenas deseja ao interlocutor uma 
excelente quinta-feira. A alternativa D está incorreta porque, ainda que a mensagem utilize o vocabulário do campo semântico 
financeiro para construir seu sentido, utilizando termos como “cheque” e “invertirlo”, não se menciona a falta de vínculo entre o 
poder financeiro e as realizações. A alternativa E está incorreta porque o texto não aborda a linearidade dos dias da semana, 
seja para valorizá-la, seja para desvalorizá-la.
QUESTÃO 03 
Un chip pequeño. Un avance enorme.
 Ya llegó el primer chip diseñado específicamente para la Mac. El sistema en chip (SoC) M1 de Apple tiene 16 000 millones 
de transistores e integra CPU, GPU, Neural Engine, E/S y mucho más en un diminuto chip. Por eso, te brinda un rendimiento 
increíble, tecnologías exclusivas y una eficiencia energética líder en la industria. El chip M1 es más que un paso adelante: 
es la entrada al futuro de la Mac. 
Disponível em: <www.apple.com>. Acesso em: 2 jun. 2021. [Fragmento] 
Para alcançar sua intenção comunicativa, a peça publicitária da Apple explora a significação de termos contraditórios no 
título. Esses termos expressam o(a)
A. 	 eficiência que garante a liderança da empresa no setor. 
B. 	 alto rendimento em um espaço reduzido.
C. 	 exclusividade do chip no mercado de tecnologia.
D. 	 desenvolvimento tecnológico à frente de seu tempo. 
E. 	 pioneirismo no uso da tecnologia M1.
Alternativa B
Resolução: No título da peça publicitária em análise, os termos pequeño e enorme estabelecem uma relação de 
oposição. Eles são utilizados para expressar que, apesar de pequeno, o chip é inovador e possui muitos recursos 
tecnológicos, ofertando ao seu usuário um alto rendimento e um avanço em relação às demais tecnologias. Portanto, 
está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque o texto não menciona que haja uma liderança da Apple 
no setor em que atua, mas sim que a eficiência energética do chip M1 é líder na indústria. Além disso, nessa alternativa 
está expressa apenas a ideia relacionada àquilo que é enorme, mas não àquilo que é pequeño. A alternativa C está 
incorreta porque, ainda que o chip tenha sido projetado exclusivamente para o Mac, as ideias de pequeño ou enorme 
não podem ser observadas na proposição dessa alternativa. A alternativa D está incorreta porque, no texto, não se 
expressa que o chip represente um desenvolvimento tecnológico à frente de seu tempo, mas sim que, por meio dele, o 
Mac poderá entrar no futuro. Além disso, as noções de pequeño ou enorme não podem ser observadas nessa alternativa. 
A alternativa E está incorreta porque, ainda que a tecnologia seja pioneira, nessa ideia não se delineia a oposição em análise.
QUESTÃO 04 
Silvina, bailarina
Hola, me llamo Silvina, ya sé que Silvina es un nombre poco común, pero es que todo el mundo no deja de decirme que 
yo también soy una niña fuera de lo común. Además Silvina rima con bailarina y eso no es casualidad por que bailar es una 
de las cosas que más me gusta hacer, aunque no es lo único que se me da bien...
Desde que estaba en la tripa de mami, danzaba y danzaba sin parar como si fuera una sirenita en medio del mar…
Me hicieron una fotomicrografía (una foto muy, muy, muy chiquitita), y descubrieron que yo venía con un cromosoma de más. 
“Tiene trisomía del par 21”, dijeron los médicos algo serios.
Papi y mami al principio se preocuparon, pero enseguida se informaron bien de lo que significaba aquello, y prepararon 
todo para recibirme como me merecía.
Y lo hicieron realmente bien porque mi llegada fue tan sonada, que todavía sigue en casa el alboroto. Flores, risas, abrazos 
y regalos… Abuelos, abuelas, tíos, tías, primos y primas… Amigos, mascotas, vecinos, y vecinas… ¡Todos esperándome!
LATONDA, E. Silvina, bailarina. Disponível em: <http://bibliotecainfantil.fundaciononce.es>. Acesso em: 22 ago. 2019. [Fragmento]
Ao se apresentar e contar um pouco de sua história,a narradora torna evidente que
A. 	 ela é muito amada por sua família.
B. 	 sua mãe dançava balé durante a gravidez.
C. 	 sua família e amigos lamentaram sua condição de saúde.
D. 	 ela protagoniza a história dedicando-se à dança e à fotografia.
E. 	 ela foi recebida com muito amor e cuidado em meio a dificuldades financeiras.
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EM 1ª SÉRIE – VOL.1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A
Resolução: A alternativa A está correta, pois os preparativos que os pais, familiares e amigos proporcionaram para a 
chegada da garota indicam sua preocupação para com ela, de modo que fica claro que é muito amada por essas pessoas. 
A alternativa B está incorreta, pois, segundo o texto, quem dançava balé era a própria menina, que o fazia ainda dentro do 
útero materno, como se pode comprovar em “Desde que estaba en la tripa de mami, [yo] danzaba y danzaba sin parar como 
si fuera una sirenita en medio del mar […]”. A alternativa C está incorreta, pois, segundo o texto, não houve nenhum episódio 
de lamentação quando os pais descobriram que ela possuía um cromossomo a mais; houve apenas uma breve preocupação, 
que os levou a buscar informações e a se prepararem adequadamente para sua chegada. A alternativa D está incorreta, pois 
a garota não se dedica à fotografia. A foto mencionada no texto é parte do exame a que foi submetida quando ainda estava 
no útero de sua mãe. A alternativa E está incorreta, pois não se mencionam as condições financeiras de sua família quando 
de seu nascimento. 
QUESTÃO 05 
15 cosas que hacer en la CDMX
No sé si a ustedes les pase, pero a mí me ocurre que cuando tengo tiempo libre prefiero quedarme a disfrutar de la 
tranquilidad de la ciudad. Si en estos días de descanso no te animaste a pueblear, te invitamos a recorrer las calles de la 
Ciudad de México y descubrir algunos rincones. 
1. Explora el Bosque de Chapultepec 
La primera sección de Chapultepec está llena de espacios que te sorprenderán. Desde “El Castillo” hasta otras zonas 
ocultas como el audiorama, aquí podrás pasar un día divertido y lleno de cultura. 
2. Ve por un cafecito 
Si lo tuyo es descubrir nuevos sabores, entonces relájate en algún café o casa de té que hay en la ciudad. La oferta es 
basta y actualmente existen muchos lugares especializados en el arte de preparar la taza de capuchino perfecta. 
[…] 
5. Maravíllate con los museos 
No cabe duda que la Ciudad de México tiene una gran variedad de museos con interesantes exposiciones, pero algunos 
de ellos por sí mismos son verdaderas obras de arte que valen la pena ver, pues su arquitectura los han convertido en íconos 
de la ciudad. 
[…]
15. Saca tus dotes de fotógrafo 
Aprovecha la cámara de tu smartphone y sal a la ciudad a capturar los mejores detalles que hacen a la CDMX un lugar 
único y lleno de riqueza cultural. Te recomendamos darte una vuelta por algunos de los recintos que albergan los murales 
más espectaculares o bien admira las fachadas de algunos de los edificios más representativos del Centro Histórico. 
Disponível em: <https://www.mexicodesconocido.com.mx>. 
Acesso em: 18 fev. 2019. [Fragmento]
O texto apresenta algumas sugestões de atividades a serem realizadas na capital do México, bem como pontos turísticos a 
serem visitados. De acordo com as indicações, o(s)
A. 	 prédio conhecido como El Castillo abriga objetos de arte rústica. 
B. 	 Centro Histórico é eclético e tem edifícios com fachadas de luxo. 
C. 	 cafés são boas opções para novas experiências gastronômicas. 
D. 	 Bosque de Chapultepec recebe apresentações tradicionais do país.
E. 	 museus chamam muito a atenção pelo estilo arquitetônico moderno.
Alternativa C
Resolução: Segundo o texto-base, que apresenta sugestões de visitação a pontos turísticos e do que fazer na Cidade do México, 
caso o leitor se interesse por descobrir novos sabores, sugere-se a visitação a cafés e casas de chá, pois há muitos na cidade (“Si 
lo tuyo es descubrir nuevos sabores, entonces relájate en algún café o casa de té que hay en la ciudad. La oferta es basta [...]”). 
Desse modo, os cafés são opções para quem deseja novas experiências gastronômicas. Assim, está correta a alternativa C. 
A alternativa A está incorreta porque o texto não informa o que existe no prédio conhecido como El Castillo. 
A alternativa B está incorreta porque não se afirma no texto que o Centro Histórico seja eclético ou que as fachadas dos 
prédios sejam de luxo, apenas se sugere que sejam admiradas as fachadas de alguns edifícios – supõe-se que pela beleza. 
A alternativa D está incorreta porque, no texto, informa-se que, no Bosque de Chapultepec, pode-se passar um dia divertido e 
cheio de cultura, mas não se informa que o espaço receba apresentações tradicionais. A alternativa E está incorreta porque, 
apesar de a Cidade do México contar com museus que são por si só verdadeiras obras de arte, não se afirma no texto que 
essa caracterização se deva ao fato de terem o estilo arquitetônico moderno.
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LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
DAVIS, J. Disponível em: <://tirinhasdogarfield.blogspot.com.br>. Acesso em: 19 set. 2018.
Os textos carregam funções específicas e diversas, a fim de alcançar o público e transmitir a mensagem pretendida. 
Na tirinha, a função da linguagem predominante é aquela responsável por
A. 	 focar nos textos verbal e não verbal e na seleção do vocabulário.
B. 	 direcionar-se à própria mensagem como meio de provocar sensações.
C. 	 privilegiar os posicionamentos e impressões dos autores das mensagens.
D. 	 destacar o canal de comunicação e o contato por si só entre interlocutores.
E. 	 trabalhar as emoções do receptor e seu resultado no processo comunicativo.
Alternativa D
Resolução: As funções da linguagem dizem respeito à forma com que essa será utilizada de acordo com a intenção do falante. 
Na tirinha, a função da linguagem predominante é a função fática. Na função fática, o foco não está na mensagem, mas sim 
no estabelecimento ou interrupção da comunicação entre os interlocutores. Destaca-se, pois, o canal de comunicação, logo, 
a alternativa D está correta. A alternativa A está incorreta, pois o texto da tirinha se baseia na interjeição de concordância 
“ahã”, não havendo reflexão acerca da seleção de vocabulário dos textos, conforme esperado da função metalinguística da 
linguagem. A alternativa B está incorreta, pois a função poética preocupa-se com a maneira pela qual a mensagem será 
transmitida, sendo a mensagem o principal elemento comunicativo. Na tirinha, a mensagem se encontra em segundo plano, 
não havendo preocupação com o conteúdo veiculado. A alternativa C está incorreta, pois considera a subjetividade do emissor 
como o principal objetivo da comunicação. Na tirinha, não há o compartilhamento de opiniões entre os interlocutores, típico da 
função emotiva da linguagem. A alternativa E está incorreta, pois considera a função conativa como predominante na tirinha. 
Na função conativa, a linguagem é persuasiva, com o intuito de convencer o receptor, função ausente nessa tirinha, na qual 
os interlocutores, simplesmente, mantêm o canal comunicativo aberto, sem preocupação com o impacto da mensagem no 
receptor.
QUESTÃO 07 
Disponível em: <https://tirasarmandinho.tumblr.com>. Acesso em: 26 fev. 2021. 
Nessa tirinha, a construção da mensagem comunicativa se dá a partir da ideia de que, para o garoto, o
A. 	 acontecimento comumente ruim se transformou em algo positivo, pois permitiu a aproximação com a família. 
B. 	 momento enfrentado pela família possibilitou aos membros da casa concentrarem-se em seus afazeres. 
C. 	 evento danoso possibilitou o desenvolvimento da imaginação devido às brincadeiras sem tecnologia. 
D. 	 episódio da falta de energia foi ideal para fazer seus deveres de casa com a ajuda do pai e da mãe. 
E. 	 cenário de perigo despertou medo, mas a situação foi apaziguada pelo pai com histórias divertidas.
WKJC
F7AV
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A 
Resolução: A tirinha apresenta, em seu primeiro quadro, 
um evento negativo (a interrupção da energia elétrica). 
A expectativa da narrativa, entretanto, é quebrada nos 
quadros subsequentes, pois a personagem conta como, 
a partir desse evento, ela passou um longoperíodo 
(“a noite”) com o pai, lendo. Isto é, graças ao evento negativo, 
houve uma aproximação familiar. Portanto, está correta a 
alternativa A. A alternativa B é incorreta, pois a leitura não 
era um afazer, e sim uma atividade prazerosa. Fica explícito 
que pai e filho leram um livro, e não que cada um foi cumprir 
seus afazeres. A alternativa C é incorreta, pois, na tirinha, 
não se fala em brincadeiras. A alternativa D é incorreta, pois 
“pegar o livro” não faz referência ao livro didático (ou outro 
livro com “deveres de casa”); faz, pelo contrário, referência à 
leitura literária, ou à outra realizada por prazer. A alternativa 
E é incorreta, pois a personagem não expressa medo.
QUESTÃO 08 
A pequena cidade de Javé será submersa pelas águas de 
uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não 
foram sequer notificados porque não possuem registros nem 
documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local 
poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor 
comprovado em “documento científico”. Decidem, então, escrever 
a história da cidade – mas poucos sabem ler e só um morador, o 
carteiro, sabe escrever. Depois disso, o que se vê é uma tremenda 
confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o “autor” da obra de 
cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu 
nome citado. 
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Narradores_de_Jave> 
Acesso em: 21 nov. 2012.
A sinopse anterior, sobre o filme nacional Narradores de 
Javé, 2003, dirigido por Eliane Caffé, ressalta a importância 
da linguagem escrita, ao mostrar que o(a)
A. 	 literatura é uma forma de escapar dos problemas da 
realidade.
B. 	 narrativa oral resgata uma tradição nacional esquecida.
C. 	 história de um povo deve ser escrita por todos. 
D. 	 registro histórico ajuda a preservar o patrimônio cultural. 
E. 	 registro escrito constitui uma memória indestrutível.
Alternativa D
Resolução: A sinopse esclarece que o filme demonstra que o 
registro histórico escrito ajuda a preservar o patrimônio cultural, 
uma vez que a existência de um documento escrito de caráter 
científico que atestasse o patrimônio histórico impediria 
que as referidas terras fossem submersas pelas águas de 
uma represa. Por essa razão, está correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta porque a sinopse do filme 
não alega que a literatura seja uma forma de escapar dos 
problemas da realidade. A alternativa B está incorreta porque 
não há foco nem menção na sinopse acerca da narrativa oral 
e como ela resgata uma tradição nacional. A alternativa C 
está incorreta porque não existe essa postulação na sinopse 
de que a história de um povo deva ser escrita por todos. 
A alternativa E está incorreta, pois a sinopse não conclui que 
o registro escrito possa constituir uma memória indestrutível.
FSD7
QUESTÃO 09 
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
ANDRADE, C. D. Procura da poesia. In: A rosa do povo. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012. [Fragmento]
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de 
comunicação. No trecho, coexistem diferentes funções da 
linguagem, sendo predominante a
A. 	 conativa, pois o autor esquematiza a composição de 
um texto literário.
B. 	 metalinguística, pois o poema reflete sobre o processo 
de escrita.
C. 	 referencial, pois o foco está na descrição dos objetos 
em análise.
D. 	 poética, pois o autor inova no emprego dos recursos 
linguísticos.
E. 	 emotiva, pois o eu lírico valoriza seus sentimentos 
mais íntimos.
Alternativa B
Resolução: No poema de Carlos Drummond de Andrade, 
o poeta reflete sobre o processo de escrita, sobre seu fazer 
poético, predominando, portanto, a função metalinguística da 
linguagem em seu texto. Está correta, assim, a alternativa B. 
A alternativa A aponta que a função predominante seria a 
conativa. Embora essa função esteja presente nos versos 
em que o autor dialoga com seus leitores, como “Convive 
com teus poemas, antes de escrevê-los. / Tem paciência, 
se obscuros. Calma, se te provocam.”, não há no texto uma 
esquematização clara de como compor um texto poético, 
mas sugestões altamente subjetivas de como lidar com o 
ato de criação. Além disso, a metalinguagem permeia todos 
os versos em análise, diferentemente da conativa, que está 
presente somente em alguns. Portanto, essa alternativa 
está incorreta. A alternativa C está incorreta porque a 
função referencial é aquela que se centra na mensagem, na 
informação. É uma função muito comum no meio jornalístico, 
em que se busca informar um fato de forma objetiva e direta. 
HOEB
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa D está incorreta porque, embora o texto de 
Drummond seja um poema, não é empregada a função 
poética em sua composição. Essa função consiste em utilizar, 
na construção do texto literário, aspectos inovadores da 
língua, explorando a linguagem conotativa. A alternativa E 
está incorreta porque a função emotiva é aquela que busca 
exprimir sentimentos íntimos. Embora seja muito comum em 
textos literários, especialmente na poesia, não é usada no 
caso em apreço, em que não há descrição de sentimentos 
pessoais do poeta, mas sim reflexões sobre o processo da 
escrita.
QUESTÃO 10 
Cadê teu suin-?
Cadê teu repi- 
Quem é teu padri- 
Onde é que tu to- 
Cadê teu suin- 
Guitarra não po- 
Desista mole- 
Quem é que te indi- 
Cadê teu suin-
CAMELO, M. Cadê teu suin-?. In: Bloco do eu sozinho. Los Hermanos. 
CD. Abril Music, 2001. [Fragmento]
Para estruturar o texto da canção, o autor considerou, em 
todos os versos,
A. 	 a sílaba tônica da última palavra.
B. 	 o ditongo crescente na última palavra.
C. 	 o hiato na primeira e na última palavra.
D. 	 a posição da sílaba tônica em cada palavra.
E. 	 a ocorrência de semivogais na última palavra.
Alternativa A
Resolução: A última palavra de cada verso tem sua última 
sílaba suprimida, no entanto a primeira palavra do verso 
seguinte inicia-se com a sílaba que completa a palavra 
anterior. A sonoridade do texto não é afetada porque a 
última palavra dos versos é paroxítona, acomodando a 
sílaba da palavra que inicia os versos, já que as primeiras 
palavras não têm sua primeira sílaba pronunciada de forma 
enfática. Assim, está correta a alternativa A. A alternativa B 
está incorreta porque não há ditongo nas últimas palavras. 
A alternativa C está incorreta porque não há hiato em todas 
as palavras que terminam os versos, somente em “suingue”. 
A alternativa D está incorreta porque somente a sílaba 
tônica das palavras que iniciam e terminam os versos são 
levadas em consideração, já que os versos não apresentam 
mesmo número de sílabas gramaticais nem poéticas. Por 
fim, a alternativa E está incorreta porque não há semivogais 
nas últimas palavras; em “suingue”, na sílaba “gue” há, na 
verdade, um dígrafo, já que “gu” denota um fonema somente.
6SPA
QUESTÃO 11 
Disponível em: <https://valimpublicidade.com>. 
Acesso em: 20 abr. 2017.
A publicidade anterior explora a função metalinguística da 
linguagem, uma vez que
A. 	 usa palavras num texto essencialmente imagético.
B. 	 sugere a leitura involuntária do código linguístico.
C. 	 vende um produto enquanto vende um espaço.
D. 	 utiliza o próprio texto para se dirigir ao público.
E. 	 divulga um espaço para um texto publicitário.
Alternativa E
Resolução: O texto é um outdoor, ou seja, um anúncio 
em um painel de grande extensão exposto em via pública,cujo objetivo é divulgar um produto, marca, etc. O que esse 
outdoor divulga é seu próprio espaço para que uma marca 
anuncie seu produto. Assim, a função metalinguística se faz 
presente no ato de a marca vender seu produto para que 
outra marca venda seu produto. É um texto publicitário que 
vende um texto publicitário. Portanto, a alternativa E é a 
correta. A alternativa A está incorreta porque o outdoor não 
é um texto essencialmente imagético, mas sim um texto 
que explora recursos verbais e não verbais. Além disso, ser 
essencialmente imagético não implica ser necessariamente 
metalinguístico. A alternativa B está incorreta porque a leitura 
do texto não é involuntária, já que as letras são grandes, 
e o painel fica exposto em pontos estratégicos da cidade; 
além do mais, isso não tem relação com a metalinguagem. 
A alternativa C está incorreta porque, para esse texto, o 
espaço é o produto, portanto relacionam-se à mesma coisa. 
Por fim, a alternativa D está incorreta porque é característica 
comum aos textos publicitários utilizar o próprio texto para 
se dirigir a seu público-alvo, portanto não é algo específico 
do outdoor em análise. Além disso, dirigir-se ao público não 
implica utilizar a estratégia da metalinguagem.
QUESTÃO 12 
As comunidades de relacionamento, independente 
de seu formato, dão suporte a toda uma diversidade de 
gêneros em seu interior, com maior destaque ao chamado 
post, de extensão e nível de formalidade variado e que 
tem por marca a anexação de símbolos visuais, como 
os chamados “emoticons”, compensadores frequentes 
da ausência de entonação encontrada nesse suporte. 
IØHL
GR8C
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Por um lado se lida com a perspectiva de uma prontidão de 
resposta quase tão instantânea quanto a da fala, mas em 
meio escrito. Ainda acerca desses símbolos, “emoticons”, ao 
contrário do que se supõe, seu uso não é anárquico, havendo 
mesmo uma espécie de sintaxe para esses símbolos, já que 
não podem ser utilizados, por exemplo, ao bel-prazer, em 
qualquer parte da frase.
O conjunto das potencialidades do mundo virtual e 
de sua comunicação, com certeza, ainda estão por ser 
descobertas em plenitude. Aguardemo-las enquanto 
navegamos e descobrimos esse mundo.
NASCIMENTO, A. U. S. Disponível em: <http://educacao.globo.com>. 
Acesso em: 21 set. 2017. [Fragmento]
O texto apresenta o uso dos emoticons em posts como 
compensadores da ausência de entonação encontrada no 
suporte digital. Sua utilização mostra, nesse gênero, 
A. 	 a anarquia na forma de expressão.
B. 	 o hibridismo entre a fala e a escrita.
C. 	 a instantaneidade de compreensão.
D. 	 a relação entre texto formal e informal.
E. 	 a substituição de palavras por símbolos.
Alternativa B
Resolução: A questão solicita que se identifique o que 
pode ser inferido pelo uso dos emoticons em posts como 
compensadores da ausência de entonação encontrada 
no suporte digital. Considerando que a entonação é uma 
característica expressiva da fala, o que, no texto escrito, seria 
representado por sinais gráficos de pontuação, percebe-se 
que o uso de emoticons exerce uma função que aproxima 
o texto da fala. Há no post, portanto, o hibridismo entre 
fala e escrita, como afirma a alternativa B. A anarquia na 
forma de expressão, proposta na alternativa A, é contrária 
ao que é defendido no texto, pois este defende justamente 
que há uma espécie de sintaxe para o uso dos símbolos. 
A instantaneidade de compreensão, sugerida em C, também 
não pode ser inferida do uso de emoticons em posts, pois, 
embora o símbolo já transmita a emoção do autor, o sentido 
do texto é construído na relação entre o aspecto verbal e o 
não verbal. A relação entre texto formal e informal, sugerida 
na alternativa D, não pode ser inferida pelas informações 
que constam do texto, pois tanto fala como escrita possuem 
diversos níveis de formalidade. Por fim, a função do símbolo 
não é substituir palavras, conforme sugere a alternativa E, 
mas contribuir para a construção de sentido do texto.
QUESTÃO 13 
III
Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer. 
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
CTFB
Como se fosses morrer colado à minha boca. 
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.
HILST, H. Do desejo. In: ______. Da poesia. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2017.
A linguagem apresenta funções distintas de acordo com 
a intenção do emissor. No poema de Hilda Hilst, a função 
poética da linguagem é predominante devido à presença 
de elementos que
A. 	 expressam o sentimento do eu lírico.
B. 	 inserem a ficção nos eventos narrados.
C. 	 exploram a forma na construção imagética.
D. 	 confundem o leitor na compreensão textual.
E. 	 abordam a subjetividade da experiência amorosa.
Alternativa C
Resolução: A função poética da linguagem está relacionada 
a uma preocupação com a forma como a mensagem 
será transmitida, o que, no poema, é feito por meio 
da construção das imagens que conformam o sentido 
dos versos e a versificação. Por isso, está correta a 
alternativa C. A alternativa A é incorreta, pois a expressividade 
dos sentimentos pode ser descrita pela função emotiva, e 
o eu lírico, nesse texto, refere-se apenas ao emissor, 
não revelando explicitamente o que sente; antes disso, 
nota-se o trabalho com a linguagem para se transmitir 
uma mensagem. A alternativa B é incorreta, pois não 
há precisamente uma narrativa, e sim a justaposição de 
imagens construindo o sentido poético; além disso, não 
há elementos que apontem para uma ficção no texto. 
A alternativa D é incorreta, pois o objetivo não é confundir 
o leitor, e sim apresentar o significado de outra maneira. 
A alternativa E é incorreta, pois a experiência amorosa pode 
ser representada por meio de outras funções da linguagem, 
não sendo esse aspecto o que define a função poética.
QUESTÃO 14 
Dez definições
Verdade é uma opinião mais sensível num instante 
determinado. Mentira é uma opinião menos necessária por 
mais tempo. Arte é o que acontece, porém com algumas 
modificações pra quem não tem paciência de sair de casa e 
viver a sua própria vida. Diplomacia é uma boca-livre entre dois 
países críticos, seus smokings, uísques e dúvidas protocolares. 
Peixes são minerais ativos que rebolam dentro d’água. Moda é 
um vestido de uma noite. Família é um conjunto de pessoas que 
não têm dinheiro pra pagar, cada uma, seus malditos aluguéis. 
Deus é um pai ausente que nunca teve mãe. Mãe é uma gaiola 
com pé-direito bem grande, cercada de algodão por todos os 
lados. Vida é isso daqui mesmo, por incrível que pareça...
BONASSI, F. Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, 02 set. 2000.
KTOO
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Ao comparar a definição das palavras apresentada no texto 
com seus significados dicionarizados, o autor tem como objetivo 
A. 	 evocar a quantidade de definições predeterminadas no 
título, sem a preocupação de relacioná-las logicamente. 
B. 	 estabelecer uma relação, feita pelo pensamento, 
entre as palavras que remetem à associação entre os 
conceitos.
C. 	 dispor ideias comuns aleatoriamente para sugerir o 
caos do cotidiano e a velocidade dos acontecimentos.
D. 	 desconstruir a acepção, consagrada pelo uso, dos 
conceitos sobre os quais discorre, e redefini-los 
ludicamente.
E. 	 aludir à fragmentação do conhecimento por meio da 
disposição de conceitos ambíguos e sem relação entre si.
Alternativa D
Resolução: No texto, o autor redefine palavras de acordo 
com a sua percepção sobre como estas se realizam na vida. 
Dentro da sua perspectiva, os termos ganham sentido outro 
que aquele definido pelo dicionário, sendo construídos em 
tom descontraído, condizente com os usos cotidianos que 
busca replicar. Desse modo, a alternativa D está correta. 
A alternativa A está incorreta, poisas definições estabelecidas 
pelo autor são construídas dentro de uma sequência 
coerente, relacionando-se entre si. A alternativa B está 
incorreta, pois a associação estabelecida entre conceitos e 
palavras se pauta pelas ações cotidianas que, segundo o 
autor, a elas se relacionam. A alternativa C está incorreta, 
pois as ideias comuns são dispostas dentro de um contínuo, 
que vai de aspectos individuais da moral passando por 
conceitos coletivos que culminam no termo mais amplo, a 
vida. A alternativa E está incorreta, pois o jogo de sentidos é 
estabelecido entre a definição do dicionário e uma definição 
mais próxima da experiência humana com essas palavras, 
estando todos os conceitos relacionados entre si por essa 
experiência.
QUESTÃO 15 
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente 
[protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário 
[o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
[...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
– Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, M. Antologia poética. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. [Fragmento]
MJ5U
Todo texto apresenta peculiaridades a fim de que o objetivo 
pretendido pelo autor seja alcançado. No fragmento do 
poema, identifica-se a função emotiva da linguagem, pois 
A. 	 o travessão, no último verso, propõe uma reflexão num 
diálogo com o leitor.
B. 	 o eu lírico demonstra irritação ao negar os valores de 
poetas do passado.
C. 	 a estrutura do próprio poema reflete a crítica do autor a 
poetas de outrora.
D. 	 o gênero textual escolhido pelo autor é o que determina 
o objetivo do texto. 
E. 	 a comparação entre o clássico e o moderno sensibiliza 
leitores de poesia.
Alternativa B
Resolução: No texto, o eu lírico se mostra indignado com 
a forma pragmática de compor poesia, em que elementos 
normativos e engessados impedem uma criação poética 
espontânea. É possível, assim, perceber a presença do 
emissor em trechos como “Estou farto do lirismo comedido”, 
“Quero antes o lirismo dos loucos”, “Não quero mais saber 
do lirismo que não é libertação”, indicando uma necessidade 
de subverter a ordem do lirismo clássico e de fazer uma 
poesia livre, sem censuras de estilo. Assim, predomina, 
no texto, a função emotiva da linguagem, corretamente 
explicada na alternativa B. A alternativa A está incorreta 
porque o travessão representa a materialização do discurso 
do eu lírico após suas reflexões; além disso, a função da 
linguagem associada à interlocução com o leitor é a conativa. 
A alternativa C está incorreta porque a função da linguagem 
focada no próprio código linguístico é a metalinguística. 
A alternativa D está incorreta porque a função emotiva da 
linguagem não está limitada ao gênero literário lírico, logo 
não é o fato de o autor ter escolhido o gênero textual poema 
que define a função de seu texto. Por fim, a alternativa E está 
incorreta porque a sensibilização dos leitores, no poema, 
relaciona-se ao posicionamento do eu lírico a respeito do 
lirismo e de como deve ser o fazer poético; além do mais, 
a comparação entre termos está ligada ao uso objetivo da 
linguagem, comum à função referencial.
QUESTÃO 16 
A curiosidade de um ouvinte belo-horizontino foi 
despertada após escutar o slogan de uma estação de rádio 
de sua cidade natal. Ele pensou, então, que haveria duas 
possibilidades de escrita, grafadas a seguir:
 I. Alvorada, 94,9 FM. Você sabe por que ouve.
 II. Alvorada, 94,9 FM. Você sabe, porque ouve.
A diferença na escrita das palavras em destaque implica à 
interpretação dos slogans
A. 	 duplicidade de sentidos, pois o texto I exprime a ideia 
de “razão”, e o II a de explicação.
B. 	 ideia de consequência de um fato no texto I, e noção 
de causa no texto II.
C. 	 incoerência, posto que os pronomes relativos nos 
textos I e II estão mal-empregados.
D. 	 redundância, já que existe certeza do informado nos 
dois textos.
E. 	 semelhança de sentido, mas classificações 
morfológicas diferentes.
5FZN
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A
Resolução: A frase ouvida no rádio pode ser interpretada de 
duas maneiras diferentes, dependendo de como transcrita. 
Em “Você sabe por que ouve”, o “por que” é equivalente a 
“motivo pelo qual”, impondo uma razão para a ação de ouvir, 
ou seja, os ouvintes sabem o motivo de ouvir à rádio. Já 
em “Você sabe, porque ouve”, o “porque” é uma conjunção 
coordenativa explicativa, equivalendo-se a “pois”, ou seja, a 
explicação de o ouvinte saber das coisas do mundo é o fato 
de ele ouvir à rádio. A alternativa A, portanto, está correta. 
A alternativa B está incorreta porque interpreta erroneamente 
os “porquês” em ambas as frases. C, porque sequer foram 
empregados pronomes relativos; na primeira frase o “que” 
é um pronome indefinido, e na segunda o “porque” é uma 
conjunção. D e E estão incorretas, porque, como exposto, 
os sentidos das frases são diferentes, além disso, pode-se 
afirmar que há redundância apenas na primeira frase, em 
que o ouvinte já saberia de antemão a razão de ouvir à rádio.
QUESTÃO 17 
Disponível em: <https://sociotramas.wordpress.com>. Acesso em: 29 jul. 2016.
Para que um texto seja compreendido com clareza, 
é fundamental que sejam percebidos alguns fatores externos 
à sua elaboração. Na imagem anterior, o principal elemento 
da textualidade para produção de sentido é a
A. 	 intencionalidade, pois é preciso notar a desconstrução 
do quadro como sugestão de novo padrão de beleza. 
B. 	 intertextualidade, pois deve-se mobilizar conhecimentos 
de outro texto para perceber a mensagem transmitida. 
C. 	 informatividade, pois os observadores devem adquirir 
informações inéditas sobre a obra de arte em análise. 
D. 	 situacionalidade, pois a recepção do conteúdo etá 
condicionada ao local em que a obra for exposta. 
E. 	 aceitabilidade, pois o conhecimento prévio é importante 
para perceber a crítica a um movimento artístico. 
Alternativa B
Resolução: No texto em análise, é trabalhada a 
intertextualidade entre a famosa obra Mona Lisa e o 
hábito, na atualidade, de tirar selfies com o celular, fazendo 
“biquinho” com a boca. Para compreender adequadamente 
o texto, o leitor/espectador tem que dispor de conhecimentos 
prévios sobre esses dois dados – obra e hábito –, de modo 
a inferir o caráter humorístico do texto em questão, que 
parodia uma ação comum dos jovens, transpondo-a para um 
quadro de uma mulher cujo sorriso/lábio sempre despertou 
mistério e interesse. A alternativa correta é, portanto, a B. 
YF33
A alternativa A é incorreta, pois o texto não se compromete 
a desconstruir a famosa obra de arte para estabelecer um 
novo padrão de beleza, mas sim parodia uma situação 
cotidiana dos jovens da atualidade. A alternativa C é 
incorreta, pois o objetivo do texto não é fornecer informação 
inéditas sobre a obra de arte em análise, até porque ela foi 
alterada. A alternativa D é incorreta, pois a compreensão do 
texto é possibilitada a todos que tenham contato com ele e 
disponham dos conhecimentos prévios necessários para 
sua compreensão, não sendo o local onde está exposta 
um fator relevante para a análise da obra. A alternativa E 
também está incorreta. De fato, o conhecimento prévio é 
importante para a análise dessa obra; contudo, não é feita 
uma crítica a um movimento artístico em especial, mas sim 
a um comportamento dos jovens da atualidade.
QUESTÃO 18 
Parte enfim para os serros pertendidos, 
Deixando a Pátria transformada em fontes, 
Por termos nunca usados, nem sabidos, 
Cortando matos, e arrasando montes; 
Os rios vadeando mais temidos 
Em jangadas, canoas, balsas, pontes, 
Sofrendo calmas, padecendo frios 
Por montes, campos, serras, vales, rios.
GRASSON, D. In: COSTA, C. M. A poesiados Inconfidentes. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.
O trecho pertence a um poema que trata da busca de Fernão 
Dias pelas esmeraldas no interior do Brasil seiscentista. 
Para tal, explora-se a característica narrativa de apresentar
A. 	 impressões interiores sendo exteriorizadas.
B. 	 encenação orientada pelo próprio narrador.
C. 	 acontecimentos sucessivos em um espaço.
D. 	 história contada pela fala das personagens.
E. 	 expressão subjetiva das emoções experimentadas.
Alternativa C
Resolução: A questão solicita que o aluno identifique 
a característica que define o trecho do poema como 
pertencente ao gênero narrativo. O texto apresenta a 
narração da aventura iniciada pela personagem no Sertão 
do país, atravessando matas, montes e rios em condições 
nem sempre favoráveis. Há, portanto, a apresentação de 
uma sucessão de acontecimentos situados no espaço, 
o que torna correta a alternativa C. A alternativa A está 
incorreta porque propõe que o texto apresenta impressões 
interiores sendo exteriorizadas, o que está incorreto, pois 
se trata de uma narração objetiva em terceira pessoa. 
A alternativa B está incorreta porque sugere que há uma 
encenação orientada pelo narrador, o que está incorreto, 
pois não se trata de gênero dramático. A alternativa D está 
incorreta porque sugere que há uma história contada pela 
fala das personagens, o que também descreveria o gênero 
dramático. A alternativa E está incorreta porque propõe que 
há expressão subjetiva das emoções experimentadas, o que 
caracterizaria o gênero lírico.
T8U3
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 19 
“Antes que seja tarde demais.”
Disponível em: <http://wwf.org>. Acesso em: 30 ago. 2017.
A peça publicitária de uma ONG que atua nas áreas de 
conservação, investigação e recuperação ambiental leva à 
reflexão de que 
A. 	os desmatamentos atacam indiretamente a vida humana.
B. 	os habitantes da zona rural preservam o local onde vivem.
C. 	a degradação à natureza é mais constante em áreas rurais.
D. 	os depredadores escolhem maciços florestais para desmatar.
E. 	o reflorestamento é uma prioridade em países desenvolvidos.
Alternativa A
Resolução: A publicidade da ONG WWF mostra um 
enorme bosque cuja imagem retratada lembra dois pulmões 
humanos. No canto inferior direito, vê-se que parte do bosque 
foi desmatado, constituindo em uma metáfora que simboliza 
a seguinte situação: quanto mais se ataca a natureza, mais 
se ataca o ser humano, já que este depende daquela. 
Assim, está correta a alternativa A. A alternativa B está 
incorreta porque nada no texto aponta para uma suposta 
preservação da natureza por parte dos habitantes da zona 
rural. A alternativa C está incorreta, porque, mesmo que a 
afirmação esteja correta – uma vez que a zona urbana recebe 
este nome justamente por já ter desmatado as florestas locais 
para a construção da cidade –, não é essa informação que 
o texto privilegia, já que pretende trazer a mensagem de 
que é necessário preservar as florestas para preservar a 
vida. A alternativa D também está incorreta, ainda que sua 
afirmação seja verdadeira: é natural que sejam escolhidas 
grandes porções florestais para o desmatamento por motivos 
econômicos, logísticos etc., no entanto, não é objetivo do 
texto comunicar esse fato. Finalmente, a alternativa E está 
incorreta, porque o texto não traz dado algum que informe 
aos leitores o grau de prioridade do reflorestamento em 
países desenvolvidos ou em desenvolvimento.
QUESTÃO 20 
Quais são as espécies mais ameaçadas 
de extinção no Brasil?
O Brasil possui atualmente 627 espécies ameaçadas 
de extinção, de acordo com pesquisa do Ministério do Meio 
Ambiente realizada em 2008. O levantamento anterior, feito 
em 1989, mostrava uma lista de 218 animais, mas não incluía 
peixes e outras espécies aquáticas.
2MWR
TCFG
O processo de extinção está relacionado ao 
desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em 
um determinado ambiente ou ecossistema. Mas o surgimento 
e a extinção de espécies são eventos extremamente lentos, 
e que levam milhares ou até mesmo milhões de anos para 
ocorrer, a exemplo do que aconteceu com os dinossauros.
Porém, o homem vem acelerando muito a taxa de 
extinção de espécies, a ponto de ter se tornado o principal 
agente deste processo. “Os animais em risco estão muitas 
vezes sufocados pelo desmatamento provocado pela 
pecuária, pela abertura de terras, pela poluição e a expansão 
urbana”, diz a bióloga Ellen Augusta de Freitas. 
JOENCK, A. Disponível em: <https://www.terra.com.br>. 
Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento]
A fala de uma bióloga é usada para reiterar um ponto de 
vista a respeito da extinção de animais no Brasil. Com base 
nisso, o texto defende que o
A. 	 processo é decorrente da própria cadeia evolutiva.
B. 	 agente responsável é principalmente o ser humano.
C. 	 evento ocorre lentamente e é inevitável aos humanos.
D. 	 levantamento exposto é pouco claro sobre a realidade.
E. 	 acontecimento é tão esperado como o dos dinossauros.
Alternativa B
Resolução: Considerando que a bióloga Ellen Augusta de 
Freitas aborda o fato de os animais muitas vezes serem 
sufocados por ações como a pecuária e a expansão urbana, 
percebe-se que sua fala reitera o posicionamento da autora 
de que o ser humano vem acelerando a taxa de extinção 
das espécies, a ponto de ter se tornado o principal agente 
desse processo. Assim, no último parágrafo do texto, vê-se 
o posicionamento da autora e a fala da bióloga, citada como 
autoridade no assunto. A alternativa correta é, portanto, a B. 
Nesse sentido, a frequência com que espécies vêm sendo 
extintas não é considerada natural nem esperada dentro 
do processo evolutivo, o que invalida as alternativas A e E. 
A alternativa C está incorreta porque, por mais que a extinção 
natural das espécies seja lenta e inevitável, como pode ser 
inferido do texto, o posicionamento defendido é de que o ser 
humano agravou a situação, apressando eventos naturais. 
Por fim, o texto expõe que o levantamento atual sobre as 
espécies é completo e que o anterior não incluía peixes e 
outras espécies aquáticas, o que invalida a alternativa D, 
que o caracteriza como pouco claro.
QUESTÃO 21 
– Vai ser uma catástrofe!
– O que eu podia fazer?
– Você podia ter falado pra ela não vir.
– Eu ia falar uma coisa dessas?
– Por que não?
– Uma pessoa me telefona falando que quer vir passar 
uns dias na minha casa: aí eu falo pra ela não vir?
– Por que não? 
– Você falaria?
– Claro que eu falaria.
HUTF
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
– Pois eu não.
– Eu falaria: “Escuta, fulana, eu fico muito feliz de você 
ter se lembrado de mim e da minha casa, mas seria melhor 
você não vir, porque meu marido não só não aprecia visitas, 
como também, e principalmente, não aprecia crianças, tanto 
é que nós não as temos.”
– Muito engraçado... Já imaginou eu dizendo isso pra 
ela ou pra quem quer que seja?
– Você não disse; o resultado aí está: eles vêm.
– São só seis dias, Artur.
– Só seis dias...
VILELA, L. A cabeça. São Paulo: Cosac Naify, 2002. p. 85.
Ao longo de sua existência, os seres humanos desenvolveram 
formas de narrar as suas experiências no mundo. Muitos 
modelos de narrativas foram produzidos em variadas épocas. 
O relato no fragmento se caracteriza por
A. 	 privilegiar um discurso em que a violência verbal 
explicita o conflito entre as partes.
B. 	 apresentar uma única personagem que explora o 
caráter ambíguo das reflexões alheias.
C. 	 construir-se em uma linguagem dinâmica que reproduz 
diálogos familiares no cotidiano.
D. 	 ser inverossímil ao denunciar o caráter absurdo da 
conversação entre as personagens.
E. 	 estruturar-se com o propósito de fomentar a encenação 
de uma peça teatral contemporânea.
Alternativa C
Resolução: No fragmento em análise, a narração se 
caracteriza por expor diálogos rápidos, dinâmicos, que 
ilustram uma conversação entre duas pessoas, que discutemsobre determinado assunto de conflito entre elas. Percebe-se 
um tom cotidiano, familiar, na conversa, que expõe a 
intimidade das personagens e colabora para o dinamismo 
do diálogo. Está correta, assim, a alternativa C. A alternativa 
A está incorreta, pois o discurso evidenciado no texto não 
expõe uma violência verbal, mas um mero confronto de 
argumentos sobre determinado assunto. A alternativa B 
está incorreta, pois, no diálogo, são evidenciadas duas 
personagens: o marido e a esposa. A alternativa D está 
incorreta, pois a conversa exposta no texto nada tem de 
inverossímil ou absurda, mas, ao contrário, representa 
uma discussão de casal possível e plenamente aceitável 
no contexto cotidiano. A alternativa E está incorreta, pois o 
propósito do texto não é fomentar a encenação de uma peça 
de teatro contemporâneo, mas sim evidenciar uma conversa 
dinâmica entre um casal no dia a dia, em um texto que se 
aproxima de um gênero narrativo como crônica, romance 
ou conto.
QUESTÃO 22 
Dos subúrbios do Rio à Antuérpia, 
Guilherme Paraense
Disponível em: <https://odia.ig.com.br>. Acesso em: 25 fev. 2021. 
[Fragmento]
4MFS
Na manchete retirada de uma reportagem, duas palavras 
recebem acentuação gráfica, pois configuram-se como 
paroxítonas
A. 	 terminadas em ditongo oral.
B. 	 terminadas em ditongo nasal. 
C. 	 terminadas em hiatos tônicos.
D. 	 cujas sílabas tônicas terminam em “r”. 
E. 	 cujas tonicidades estão na última sílaba.
Alternativa A
Resolução: As palavras “subúrbios” e “Antuérpia” são 
palavras paroxítonas (com a penúltima sílaba tônica) 
terminadas em ditongos orais – isto é, sílabas com duas 
vogais que têm o som produzido apenas pela boca, em 
oposição aos ditongos nasais, quando o som também é 
produzido pelo nariz. Por isso, a alternativa A é a correta. 
A alternativa B é incorreta, pois as palavras não apresentam 
ditongos nasais. A alternativa C é incorreta, pois o hiato 
ocorre quando há uma sílaba com apenas uma vogal, o que 
não ocorre na manchete. A alternativa D é incorreta, pois a 
terminação das sílabas tônicas em “r” não é o que define a 
acentuação das palavras. A alternativa E é incorreta, pois a 
tonicidade das palavras não está na última sílaba, mas sim 
na penúltima.
QUESTÃO 23 
Há 20 anos radicada no Brasil, a australiana Alison 
Entrekin já verteu para o inglês algumas obras importantes da 
literatura brasileira. Alguns exemplos são Perto do coração 
selvagem, de Clarice Lispector, Cidade de Deus, de Paulo 
Lins, Estação Carandiru, de Drauzio Varella, Budapeste, 
Leite derramado e O irmão alemão, de Chico Buarque, entre 
outros. Agora está diante da missão mais desafiadora de 
sua carreira, traduzir Grande sertão: veredas, de Guimarães 
Rosa, para a língua inglesa. Missão hercúlea diante da qual 
vários outros tradutores ingleses já jogaram a toalha.
BORTOLOTI, M. Disponível em: <http://epoca.globo.com>. 
Acesso em: 04 set. 2017.
O fragmento anterior foi retirado de um texto jornalístico, 
em que a linguagem figurada pode ser empregada como 
ferramenta linguística. Nesse sentido, apresenta sentido 
conotativo o vocábulo
A. 	“obras”.
B. 	“literatura”.
C. 	“língua”.
D. 	“tradutores”.
E. 	“toalha”.
Alternativa E
Resolução: Considerando-se que a linguagem conotativa 
é figurada, opondo-se, portanto, à linguagem denotativa, 
que é literal, a análise dos cinco vocábulos expostos nas 
alternativas revela que somente a palavra “toalha”, na 
alternativa E, foi empregada fora de seu sentido objetivo. 
Q5XM
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A expressão “jogar a toalha” deriva de esportes de combate, 
como o boxe. O técnico ou a equipe do lutador jogam a toalha 
no ringue com a intenção de interromper a luta porque eles 
consideram que seu atleta não está apto para decidir se 
continua. Esse gesto, simbolicamente, indica a desistência 
pelo combate, ainda que o lutador discorde da decisão. 
Dessa forma, a expressão “jogar a tolha” apresenta o sentido 
figurado ou conotativo de “desistir”. No texto jornalístico 
em pauta, quando o autor emprega o vocábulo “toalha”, 
há noção de figuração, pois o intuito é afirmar que outros 
tradutores ingleses desistiram da tarefa de traduzir o romance 
Grande sertão: veredas. Os vocábulos nas alternativas de 
A a D, por outro lado, são usados em sentido denotativo.
QUESTÃO 24 
A importância da leitura para a sua 
vida profissional e pessoal
Quando desenvolvemos o hábi to da le i tura, 
independentemente de que tipo de leitura estejamos falando, 
desenvolvemos e apuramos também o nosso senso crítico. 
Isso quer dizer que passamos a analisar de forma mais 
racional e inteligente os fatos que acontecem ao nosso redor, 
sem nos deixar levar pela opinião alheia, evitando, assim, nos 
tornarmos pessoas alienadas, que não conseguem formular 
opiniões, conceitos e dar sugestões por conta própria.
Outro grande motivo, que faz com que a leitura seja 
verdadeiramente importante em todos os âmbitos de nossa 
vida, é o fato de que ela nos ajuda a conhecer novas palavras 
e termos, tornando, assim, o nosso vocabulário ainda mais 
amplo e rico. Com isso, temos cada vez mais desenvoltura 
e somos mais bem compreendidos em todas as nossas 
formas de nos expressarmos, ou seja, na oratória e também 
na escrita.
Disponível em: <www.ibccoaching.com.br>. Acesso em: 8 maio 2021. 
[Fragmento adaptado]
Conforme apontado pelo texto, a leitura é importante para a 
vida pessoal e profissional, pois 
A. 	 melhora a forma do indivíduo de se comportar. 
B. 	 colabora para a emissão de opiniões corretas.
C. 	 auxilia as pessoas que não sabem escrever.
D. 	 proporciona pensamentos mais inteligentes.
E. 	 permite apurar o senso crítico dos leitores. 
Alternativa E
Resolução: O texto discute a importância da leitura para 
a vida pessoal e profissional, destacando que, por meio 
dela, os leitores têm seu senso crítico mais apurado, 
conseguindo desenvolver melhor sua capacidade de 
argumentação e emissão de opinião. Está correta, assim, 
a alternativa E. A alternativa A está incorreta, pois o 
texto menciona que a leitura ajuda na desenvoltura para 
se expressar, seja na oralidade, seja na escrita, e não 
que ela melhore a forma do indivíduo de se comportar. 
A alternativa B está incorreta, pois o texto não deixa 
entrever a ideia de que a leitura possibilite a emissão de 
opiniões corretas, mas sim que ela auxilia na formulação de 
opiniões próprias – o que não significa que estejam corretas. 
5REW
A alternativa C está incorreta, pois o texto também não 
menciona que a leitura ajude as pessoas que não sabem 
escrever; aborda apenas que ajuda no desenvolvimento 
das habilidades de oratória e escrita. A alternativa D está 
incorreta, pois também não se pode dizer que a leitura 
proporcione pensamentos inteligentes, mas sim que ela 
ajuda a pensar de forma mais racional e inteligente.
QUESTÃO 25 
Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, 
dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em 
petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado 
no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo 
quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, 
arranjou logo um namorado.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael 
mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua 
General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua 
Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra 
vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca 
do Mato, Inválidos...
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado 
de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, 
e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida 
de organdi azul.
BANDEIRA, M. In: Estrela da Manhã. São Paulo: Global Editora, 2012. 
[Fragmento]
O que aproxima o conto de Manuel Bandeira a gêneros 
jornalísticos é o fatode o texto
A. 	 apresentar linguagem predominantemente objetiva.
B. 	 verificar o entendimento do leitor acerca da narrativa.
C. 	 persuadir o leitor a crer na versão apresentada do fato.
D. 	 expressar o conflito emocional da personagem criminosa.
E. 	 enfatizar questões subjetivas, como a cor do vestido 
da vítima.
Alternativa A
Resolução: Os gêneros jornalísticos têm foco na transmissão 
de informações de maneira objetiva e clara, o que se 
verifica no texto por meio da descrição objetiva, na qual 
não se identificam as impressões do narrador. Está correta, 
portanto, a alternativa A. A verificação do entendimento 
do leitor acerca da narrativa, sugerida em B, estaria 
presente no texto caso houvesse marcas de interlocução 
e / ou pressuposição de interlocutor – o que não acontece 
e invalida essa alternativa. Não pode ser identificada 
uma tentativa de persuasão do leitor, como proposto 
em C, pois não há marcas linguísticas de argumentação 
no texto – este apresenta-se no mundo narrado, com 
elementos concretos sobrepondo-se aos subjetivos. 
O5FZ
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa D propõe erroneamente que se expressa 
o conflito emocional da personagem criminosa, mas o 
conflito de Misael não é colocado de maneira explícita, em 
expressões, uma vez que somente o relato, objetivo e conciso, 
é colocado explicitamente – apenas fica subentendido, pelas 
mudanças de residência e pelas traições, seu sofrimento. 
Além disso, expor conflito emocional não é uma característica 
de gênero jornalístico. A alternativa E sugere que o texto 
enfatize questões subjetivas, como a cor do vestido da vítima, 
o que está incorreto, pois não se trata de algo subjetivo, uma 
vez que cores, apesar de simbólicas, aqui não apresentam 
explicitamente o significado de uma delas.
QUESTÃO 26 
CENA II
TELMO (chegando ao pé de Madalena, que o não 
sentiu entrar) 
– A minha senhora está a ler?
MADALENA (despertando) 
– Ah! Sois vós, Telmo. Não, já não leio: há pouca luz 
de dia já; confundia-me a vista. E é um bonito livro, este! 
O teu valido, aquele nosso livro, Telmo.
GARRETT, A. Frei Luís de Sousa. Porto: Porto Editora, 2017.
Considerando as informações presentes entre parênteses 
no trecho, sua função no gênero em pauta é
A. 	 contextualizar o espectador com um resumo dos fatos 
que serão encenados.
B. 	 explicar informações ambíguas do texto para evitar 
falhas na encenação. 
C. 	 separar a fala emitida pelo coro e o diálogo principal 
entre as personagens.
D. 	 especificar atitudes e expressões das personagens 
com indicações cênicas.
E. 	 organizar o texto por meio da indicação de quem 
proferirá a fala seguinte.
Alternativa D
Resolução: A questão solicita que se indique qual é a função 
das informações presentes entre parênteses nos textos de 
gênero dramático. No trecho, as informações consistem em 
“(chegando ao pé de Madalena, que o não sentiu entrar)” e 
“(despertando)”, que especificam atitudes e expressões das 
personagens por meio de indicações cênicas. A alternativa 
correta é, portanto, D. As alternativas A e B estão incorretas 
porque, como são expressas apenas orientações cênicas, 
o objetivo dos parênteses não é especificar ou explicar 
informações ambíguas do texto, como expresso em B, ou 
resumir os fatos encenados como expresso em A, mas 
indicar as atitudes das personagens. As alternativas C e E 
estão incorretas porque essas informações não representam 
a fala do coro, como sugere a alternativa C, nem indicam 
quem proferirá a fala seguinte, como sugerido em E, pois se 
trata de observações do próprio autor da peça para dirigi-la, 
já que nesse gênero não há um narrador.
S9HØ
QUESTÃO 27 
Araquém viu entrar em sua cabana o grande chefe da 
nação tabajara, e não se moveu.
– Neste momento, Tupã não é contigo! replicou o chefe. 
O Pajé riu; e seu riso sinistro reboou pelo espaço como 
o regougo da ariranha.
– Ouve seu trovão e treme em teu seio, guerreiro, como 
a terra em sua profundeza. 
Araquém proferindo essa palavra terrível, avançou até o 
meio da cabana; ali ergueu a grande pedra e calcou o pé com 
força no chão; súbito, abriu-se a terra. Do antro profundo saiu 
um medonho gemido, que parecia arrancado das entranhas 
do rochedo. Irapuã não tremeu, nem enfiou de susto; mas 
sentiu estremecer a luz nos olhos, e a voz nos lábios. 
ALENCAR, J. Iracema. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
Embora estruturada em prosa, a obra Iracema é permeada 
de construções líricas. O autor explicita isso ao
A. 	 narrar a relação entre humanos e a natureza por uma 
fábula.
B. 	 descrever as personagens como descendentes da 
floresta.
C. 	 caracterizar os nativos com profunda conexão com a 
natureza. 
D. 	 apresentar um narrador-observador com linguagem 
denotativa. 
E. 	 elaborar uma sequência temporal composta de 
lembranças.
Alternativa C
Resolução: As construções líricas são comuns no gênero 
poesia, mas podem ser encontradas em outros gêneros 
literários prosaicos. Entre as características dessas 
construções, estão o uso de figuras de linguagem e a 
recorrência da natureza como elemento que dá vida às 
imagens. Tendo isso em vista, a alternativa correta é a C, pois 
o excerto descreve as personagens a partir de uma relação 
estreita com a natureza, revelando seu caráter metafórico. 
A alternativa A é incorreta, pois a fábula pressupõe 
a humanização de animais, e não é isso que ocorre. 
A alternativa B é incorreta, pois a descrição não é feita por 
meio de uma construção lírica. A alternativa D é incorreta, 
pois a linguagem denotativa é aquela que se limita ao 
significado dicionarizado dos vocábulos, e isso é o avesso 
do lirismo. A alternativa E é incorreta, pois a sequência 
temporal, além de não ser a característica lírica, se justifica, 
nesse caso, pelo narrar, e não por uma lembrança em si.
QUESTÃO 28 
O bom marido
Enquanto a mulher morria no trabalho, com oito filhos à 
cola, Teofrasto, o bom marido, procurava emprego.
Teofrasto Pereira da Silva Bermudes. Magro, alto, 
arcado, feio. Bigodeira, orelhas cabanas, pastinha na testa.
Dona Belinha casara-se contra a vontade dos seus, 
movida, quem sabe, menos de amor que de dó. Apiedou-a a 
humildade romântica de Téo, cujo palavrear de namoro feria 
habilmente uma tecla apenas – sua pobreza.
LOBATO, M. Contos completos. São Paulo: Biblioteca Azul, 2014. 
[Fragmento]
6ØGY
MH21
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Na construção textual do fragmento do conto, a utilização de 
linguagem conotativa contribui para apresentar a imagem da 
personagem Belinha como
A. 	 preguiçosa no trabalho sem se preocupar com os 
cuidados dos filhos.
B. 	 iludida pelo marido, trabalhando excessivamente para 
manter sua casa. 
C. 	 bondosa, pois considerava os caprichos dos filhos 
acima de seu marido.
D. 	 relapsa no sustento da própria casa, devido ao 
casamento por interesse.
E. 	 desapontada com a situação conjugal e os anseios 
materiais do parceiro.
Alternativa B
Resolução: Logo no início do conto, o fragmento “a mulher 
morria no trabalho” indica que dona Belinha era quem 
sustentava a casa através do seu trabalho em demasia, 
exagerado, sobremaneira. Além disso, infere-se que tenha 
sido iludida pela conversa de Teofrasto, “cujo palavrear de 
namoro feria habilmente uma tecla apenas – sua pobreza”. 
Portanto, está correta a alternativa B. A alternativa A está 
incorreta, pois não se pode dizer que dona Belinha era 
preguiçosa, visto que ela trabalhava demasiadamente. 
A alternativa C está incorreta, pois não se pode afirmar 
que dona Belinha considerava os caprichos dos filhos. 
A alternativa D está incorreta, pois, pelo texto, entende-se 
que era a mulher quem sustentava a casa, já que ela 
trabalhava em demasia, enquanto o marido procurava 
emprego. A alternativa E está incorreta, pois, no trecho em 
análise, não se indica que o casamento ia mal ou quais 
seriam os anseios materiais de Teofrasto.
QUESTÃO 29DAVIS, J. Garfield. Disponível em: <https://crazyseawolf.blogspot.
com>. Acesso em: 20 fev. 2019. 
Para que um texto seja considerado coerente, é necessário 
que suas ideias, informações e conceitos se articulem de 
modo a produzir o efeito de sentido pretendido. Na tirinha 
do gato Garfield, a crítica recai sobre uma incoerência social 
percebida na
A. 	 contra-argumentação direta de Garfield a Jon, 
mostrando como ele próprio também comete crimes 
sem receber punição. 
B. 	 exposição da opinião por Jon, que questiona um 
animal matar o outro, sem perceber que ele, para sua 
sobrevivência, faz o mesmo. 
C. 	 crítica velada ao capitalismo vigente, que possibilita a 
matança indiscriminada de animais para satisfazer os 
desejos dos seres humanos. 
D. 	 ironia de um animal irracional, como a personagem 
Garfield, ser capaz de perceber a conduta errônea de 
Jon e defender os outros animais. 
E. 	 incapacidade de Jon de acessar o pensamento de 
Garfield, uma vez que se trata de um animal sem 
habilidade de comunicação verbal. 
UØ3N
Alternativa B
Resolução: A incoerência está presente na fala de Jon, 
que afirma não gostar de filmes em que animais selvagens 
atacam seres humanos “inocentes”, mas, conforme 
apontado por Garfield, não vê problema em alimentar-se 
de outros animais. Por isso, está correta a alternativa B. 
A alternativa A está incorreta, pois Garfield aponta a 
contradição da atitude de Jon, mas não é caracterizado 
como crime passível de punição. A alternativa C está 
incorreta, pois não se pode relacionar a tirinha a uma crítica 
ao sistema capitalista. A alternativa D está incorreta, pois na 
construção do texto a personagem não se apresenta como 
um ser irracional, mas capaz de pensar e verificar uma 
atitude incoerente de seu dono. A alternativa E está incorreta, 
pois a incapacidade de Jon entender o gato não garante a 
percepção da crítica apresentada.
QUESTÃO 30 
GONSALES, F. Níquel Náusea. Folha Online, São Paulo, 2019. 
Tirinhas colocam foco nas linguagens utilizadas como 
forma de atingir o leitor e seus objetivos comunicativos. Na 
tira anterior, depreende-se o uso predominante da função 
emotiva da linguagem devido ao(à)
A. 	 cuidado do emissor com a construção de sua fala.
B. 	 expressão de predileção por parte da personagem.
C. 	 uso de figura de linguagem, como a personificação.
D. 	 ênfase posta sobre o contexto e a mensagem em si.
E. 	 importância atribuída pelos coelhos ao ato de 
reprodução.
Alternativa B
Resolução: Na tira, após a experiência de imprimir inúmeras 
imagens suas, a personagem chega à conclusão de que 
prefere se reproduzir do jeito tradicional, ou seja, por meio de 
uma relação sexual. Assim, porque ela expressa o que sente, 
caracteriza-se o uso da função emotiva da linguagem, cujo 
foco está no emissor, ou seja, naquele que produz o texto. 
Dessa forma, está correta a alternativa B. A alternativa A está 
incorreta porque o cuidado do emissor com a construção e 
a estética do texto é uma característica da função poética 
da linguagem. A alternativa C está incorreta porque o uso de 
figura de linguagem, nesse caso, a personificação, não influi 
na caracterização da função da linguagem. A alternativa D 
está incorreta porque a ênfase posta sobre o contexto e a 
mensagem em si é uma característica da função referencial. 
A alternativa E está incorreta porque atribuir importância ao 
ato de reprodução constitui atribuir importância à mensagem 
em si, e essa é uma característica da função referencial.
66UR
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 31 
Receita para se fazer um herói
Toma-se um homem 
Feito de nada como nós 
Em tamanho natural 
 
[...] 
 
Embebece-lhe a carne 
De um jeito irracional 
Como a fome, como o ódio 
 
Depois, perto do fim 
Levanta-se o pendão 
E toca-se o clarim 
E toca-se o clarim 
 
Serve-se morto 
Serve-se morto 
Morto, morto
JUNG, A. et. al. Receita para se fazer um herói. In: Ira!. Psicoacústica. 
LP. WEA, 1988. [Fragmento]
Na letra da canção “Receita para se fazer um herói”, 
da banda de rock nacional Ira!, percebe-se certa confluência 
de gêneros, pois nesse texto mescla-se a estrutura tradicional 
de uma receita à(s)
A. 	delimitação dos elementos estruturais típicos de uma 
narrativa.
B. 	encenação de um fato presente em subgêneros como 
a tragédia. 
C. 	estrutura paralelística pertencente ao gênero dramático.
D. 	lacunas e parcialidades características do gênero lírico.
E. 	objetividade e formalidade inerentes ao gênero épico.
Alternativa D
Resolução: A letra de música em análise estrutura-se em 
versos, o que é comum ao gênero lírico, que trabalha a 
expressão de sentimentos e ideias por meio da função 
poética da linguagem, focando na forma da mensagem. 
O texto se vale, assim, de aspectos do gênero textual 
receita e do gênero literário lírico, o que torna correta a 
alternativa D, já que a canção é subjetiva, permitindo 
aos leitores / ouvintes interpretarem-na à sua maneira. 
A alternativa A está incorreta porque a narrativa se estrutura 
em torno de personagens, foco narrativo, enredo, tempo, 
ação e espaço, elementos não explorados pelo texto, que 
possui um eu lírico. As alternativas B e C estão incorretas 
porque o texto não apresenta indicações para encenação, 
como as rubricas e as falas das personagens, não podendo 
ser classificado como dramático; além disso o gênero 
dramático se caracteriza pela ação, que no texto ganha 
nuance instrucional devido ao uso da forma imperativa, 
condizente com o gênero receita. A alternativa E está 
incorreta porque o gênero épico narra fatos heroicos, 
apresentando uma estrutura semelhante à do gênero 
narrativo, o que não se vê no texto, apesar da menção à 
figura do “herói”, apresentado por meio de uma releitura 
atualizada, a qual não conta, inclusive, com a narração de 
feitos grandiosos.
4BMW QUESTÃO 32 
O fato é que, menino ainda, Adriano já era independente 
como o diabo e sempre dizia que não havia de suceder o pai 
com o facão para vender carne de segunda a pessoas de 
terceira. Esta sua piada tinha corrido por toda a Congonhas, 
indignando os fregueses do velho açougueiro, e este, para 
dar uma satisfação à sociedade carnívora de Congonhas, 
sovara valentemente o menino Adriano.
CALLADO, A. A madona de cedro. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira. p.15.
Há várias estratégias de escrita capazes de imprimir 
humor ao texto literário. No romance de Antônio Callado, a 
recepção negativa da piada de Adriano origina-se de uma 
compreensão da passagem “vender carne de segunda a 
pessoas de terceira” como
A. 	 metáfora debochada que degrada a imagem da 
clientela do açougue.
B. 	 ironia fina que minimiza o desprezo do jovem pelos 
seus conterrâneos.
C. 	 contradição que evidencia o caráter inescrupuloso e 
infeliz do açougueiro.
D. 	 trocadilho que permite aos moradores da cidade 
sentirem-se homenageados.
E. 	 comparação ingênua que exalta a qualidade moral dos 
compradores de carne. 
Alternativa A
Resolução: A piada de Adriano, “vender carne de segunda 
a pessoas de terceira” indignou os clientes do antigo 
açougueiro porque constitui uma metáfora debochada e 
depreciativa, pois significa vender carne inferior a pessoas 
de baixa classe e sem nenhum prestígio, trabalho este que 
Adriano considera indigno e, por essa razão, se recusava a 
seguir o ofício do pai açougueiro. Dado o fato de que a piada 
de Adriano claramente inferioriza o ofício do pai e degrada 
a imagem de sua clientela, está correta a alternativa A. 
A alternativa B está incorreta porque não se percebe nenhum 
tipo de ironia que minimiza ou diminui o desprezo de Adriano 
pelos clientes do pai, pelo contrário, o jovem é claro em 
degradar e diminuir a imagem das pessoas que compram e 
consomem a carne vendida por seu pai. A alternativa C está 
incorreta porque não existe tal contradição que evidencia um 
caráter inescrupuloso e infeliz do açougueiro. Escrúpulos, 
entretanto, parecem faltar ao menino Adriano por depreciaro ofício do pai e diminuir a imagem de seus clientes. 
A alternativa D está incorreta porque, embora o uso das 
expressões “carne de segunda” e “pessoas de terceira” soe 
como um trocadilho, este não homenageia os moradores da 
cidade, pelo contrário, faz com que se sintam depreciados 
e diminuídos pela pessoa de Adriano. A alternativa E está 
incorreta porque não há comparação: os moradores da 
cidade, o trabalho do pai de Adriano, a carne vendida pelo 
açougueiro, o próprio Adriano ou seu pai, nada ou ninguém 
está sendo comparado. O que ocorre, entretanto, é uma 
infeliz grosseria por parte do menino Adriano inferiorizando 
o ofício do pai, o produto vendido por ele e seus clientes.
RQZV
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 33 
Com todos os últimos acontecimentos, tudo leva a crer 
que o mundo caminha para um futuro híbrido e distribuído, no 
qual as pessoas poderão escolher quando e onde trabalhar.
O trabalho medido em horas passa a perder força, 
enquanto o foco em resultados tende a prevalecer. 
Idealmente, grande parte da força de trabalho terá o 
melhor dos dois mundos: a estrutura e a sociabilidade dos 
coworkings e dos escritórios tradicionais de um lado e a 
independência e a flexibilidade do home office do outro.
Enxergo, de modo especial, que as empresas híbridas 
podem aproveitar algumas reuniões e colaborações 
presencialmente e deixar algumas tarefas que exigem mais 
criatividade e foco para serem realizadas à distância. 
Acredito que o poder de escolha será a tônica do futuro 
dos espaços de trabalho. Afinal, devemos caminhar para um 
mercado e um mundo mais flexível, com menos estresse 
e depressão, e com mais bem-estar e equilíbrio entre vida 
pessoal e profissional.
VASCONCELLOS, R. Disponível em: <www.otempo.com.br>. 
Acesso em: 26 fev. 2021. [Fragmento adaptado] 
No trecho do artigo de opinião, em relação ao local de 
trabalho, a autora aponta que a
A. 	 escolha será uma decisão com força de lei no futuro.
B. 	 possibilidade de escolha é o caminho mais provável.
C. 	 flexibilização pode trazer prejuízos para as empresas. 
D. 	 hibridização será uma escolha fácil para o mercado.
E. 	 execução das tarefas em casa cura o estresse e a 
depressão.
Alternativa B
Resolução: No texto, a autora traça um panorama do 
crescente aumento de pessoas trabalhando em sistema 
home office e expõe seu argumento de que o poder de 
decisão sobre o local de trabalho será a tônica do futuro, 
pois traz inúmeros benefícios para a empresa e para 
os funcionários, deixando claro que considera esse o 
caminho mais acertado. Está correta, assim, a alternativa B. 
A alternativa A está incorreta, pois a autora não afirma que 
a escolha do local de trabalho terá força de lei, mas apenas 
acredita que esse seja o melhor cenário. A alternativa C está 
incorreta, pois a autora não aponta prejuízos que possam 
advir da flexibilização do local de trabalho. A alternativa D 
está incorreta, pois a autora também não expõe que essa 
hibridização do mercado tende a ser fácil, mas sim possível 
e o caminho mais acertado. A alternativa E está incorreta, 
pois não se pode entender, do texto, que o trabalho em 
formato home office, por si só, possa curar o estresse e a 
depressão. O que a autora coloca é que essa modalidade 
de trabalho tende a aliviar as tensões e possibilitar um maior 
equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que pode ajudar 
no tratamento desses problemas.
KØZI QUESTÃO 34 
Disponível em: <lourdesnunes7.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 dez. 2013.
Nessa frase, o recurso responsável pela construção de 
sentido é a
A. 	 intertextualidade, que por meio da paródia referencia 
um partido político e seu principal símbolo.
B. 	 metalinguagem, que explicita na própria frase o que se 
afirma no plano semântico. 
C. 	 polissemia, que possibilita diferentes interpretações do 
texto a partir do uso de um termo metafórico. 
D. 	 quebra de expectativa, obtida a partir do uso de uma 
palavra que amplia o sentido do texto. 
E. 	 situacionalidade, que desloca o sentido do texto ao 
associá-lo ao contexto em que se manifesta.
Alternativa B
Resolução: O texto, no formato de uma peça publicitária, 
é composto por um período que afirma que as pessoas 
se confundem quando, durante a leitura, há quebras 
de expectativas. No entanto, a própria frase quebra a 
expectativa do leitor ao terminar com um vocábulo que não 
a complementa, pois apresenta-se em um campo semântico 
completamente diferente. Assim, está correta a alternativa B. 
A alternativa A está incorreta porque o nome, com a 
logomarca, “Publistagram” cria uma intertextualidade com a 
rede social “Instagram”, o que poderia relacionar esse texto a 
uma publicidade feita nessa plataforma por meio de um post. 
A alternativa C está incorreta porque o termo “periquito” foi 
usado fora do campo semântico do restante da frase do texto, 
porém não com mais de um sentido. A alternativa D está 
incorreta porque o uso do vocábulo fora do campo semântico 
do restante da construção frásica quebra a expectativa do 
leitor e gera confusão e humor, mas não amplia o sentido 
do texto. A alternativa E está incorreta porque o texto não 
se associa a um contexto específico – tanto poderia ser um 
texto publicado em redes sociais quanto uma campanha 
publicitária veiculada em um outdoor.
EOV3
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 35 
CABALAU. O Estado. Disponível em: <https://imirante.com/>. 
Acesso em: 25 ago. 2020.
A construção da charge em análise remete ao entendimento 
de uma crítica sobre o(a)
A. 	 fato de algumas pessoas terem de se fantasiar no 
período eleitoral para fazer propaganda política dos 
candidatos.
B. 	 desconhecimento de parcela da população brasileira 
quanto aos anos em que ocorrem eleições e seus 
resultados.
C. 	 falta de organização das eleições brasileiras, que 
acarretam situações constrangedoras durante a 
votação.
D. 	 situação política no país e os artifícios dos políticos 
para enganar a população durante o período eleitoral. 
E. 	 período carnavalesco, que cada vez mais se estende, 
gerando uma ilusão no povo acerca da realidade.
Alternativa D
Resolução: Na charge de Cabalau, observa-se uma crítica 
contundente à situação política no Brasil, mostrando que 
cada vez mais a população tem atuado como “palhaça” nesse 
cenário, sendo enganada e ludibriada pelas autoridades. 
A alternativa correta é, portanto, a D. A alternativa A está 
incorreta, pois a personagem não está fantasiada para fazer 
propaganda eleitoral, mas sim porque esse é o papel em que 
se vê nesse período: um palhaço diante do cenário político. 
A alternativa B está incorreta, pois a charge não se relaciona 
com desconhecimento da população acerca do ano eleitoral, 
visto que a primeira personagem não personifica alguém 
que desconhece o ano, mas que estranha a fantasia do 
outro. A alternativa C está incorreta, pois não há menção na 
charge sobre a falta de organização das eleições, tampouco 
traz qualquer elemento que permita inferir uma situação 
constrangedora. A alternativa E está incorreta, pois não é 
verdade que o período carnavalesco se estenda além do 
mês de fevereiro, nem isso pode ser inferido como crítica 
na charge.
KESV QUESTÃO 36 
Disponível em: <http://gilmaronline.blogspot.com>. 
Acesso em: 1 mar. 2021.
Pela análise da charge, o entendimento sobre a necessidade 
de mudança dos hábitos deve-se à
A. 	 perda da casa pela poluição industrial.
B. 	 negligência do casal com a limpeza urbana.
C. 	 consequência gerada pela produção de lixo. 
D. 	 atenção do homem aos problemas de outros. 
E. 	 desespero da mulher pela situação vivenciada.
Alternativa C
Resolução: O homem na charge está se informando sobre 
a Lei do Lixo, urgente diante da poluição urbana gerada pela 
produção e acúmulo de lixo, e por isso responde à mulher 
sobre a necessidade de mudança de hábitos. Portanto, 
está correta a alternativa C. A alternativaA é incorreta, 
pois não se aborda na charge a poluição industrial, mas o 
acúmulo de lixo. A alternativa B é incorreta, pois a charge 
não aborda os hábitos de limpeza das personagens, mas 
os de descarte e geração de lixo de toda a população. 
A alternativa D é incorreta, pois o problema abordado engloba 
toda a população, inclusive as personagens, não se tratando 
de problemas apenas de outras pessoas. A alternativa E é 
incorreta, pois a mudança não se deve ao desespero da 
mulher, mas à produção de lixo.
QUESTÃO 37 
Mestre, são plácidas
Todas as horas
Que nós perdemos,
Se no perdê-las,
Qual numa jarra,
Nós pomos flores.
Não há tristezas
Nem alegrias
Na nossa vida.
Assim saibamos,
Sábios incautos,
Não a viver,
MTH8
LGLB
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Mas decorrê-la, 
Tranquilos, plácidos,
Tendo as crianças
Por nossas mestras,
E os olhos cheios
De Natureza...
[...]
O tempo passa,
Não nos diz nada.
Envelhecemos.
Saibamos, quase
Maliciosos,
Sentir-nos ir.
REIS, Ricardo. [Fernando Pessoa]. Obra poética. Rio de Janeiro: 
Aguilar, 1965. p. 253. [Fragmento]
No fragmento do poema anterior, aborda-se a questão do 
tempo. Logo na abertura, o caráter poético faz-se presente 
por meio da mudança do significado da expressão “perder 
tempo”, que ganha sentido conotativo porque
A. 	 constrói uma oposição entre as atitudes de pressa e 
contemplação. 
B. 	 critica, por meio do eufemismo, a ideia de que viver 
significa aproveitar o tempo.
C. 	 inverte seu caráter negativo usual, apontando a 
passagem do tempo como ganho.
D. 	 recria, de maneira lírica, o ditado popular “Tempo é 
dinheiro.”.
E. 	 sugere, por metáforas, uma nova forma de 
relacionamento entre o homem e a natureza.
Alternativa C
Resolução: A expressão idiomática “perder tempo” tem 
seu significado associado a ocupar-se com tarefas pouco 
produtivas ou desinteressantes. No entanto, Ricardo Reis 
atribui a ela sentido positivo em “Mestre, são plácidas / Todas 
as horas / Que nós perdemos”, sugerindo que quando essas 
horas são gastas em atividades tranquilas, que transmitem 
serenidade, elas, na verdade, são ganhas, e não perdidas, 
como aponta corretamente a alternativa C. A alternativa A 
está incorreta porque ainda que o poema transmita a ideia 
de oposição entre pressa e contemplação, ela não está 
sintetizada na expressão “perder tempo”. A alternativa B está 
incorreta porque a expressão em análise não é eufemística, 
ainda que o texto critique a necessidade de sempre 
aproveitar o tempo. A alternativa D está incorreta porque o 
texto não apresenta uma interpretação capitalista de como 
se gastar o tempo. Finalmente, na alternativa E, a sugestão 
do eu lírico não se relaciona apenas com a natureza, mas 
com todos os aspectos da vida.
QUESTÃO 38 
Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2019.
O cartaz da campanha do Governo de Goiás pretende, 
por meio dos recursos visuais e verbais, incentivar a 
doação de órgãos. A linguagem utilizada desenvolve-se 
estrategicamente por meio do(a)
A. 	 intertextualidade.
B. 	 tom humorístico.
C. 	 linguagem técnica.
D. 	 mensagem retórica.
E. 	 contextualização temporal.
Alternativa A
Resolução: A construção “um herói de verdade nunca 
morre” estabelece uma relação com os aspectos não verbais 
da caixa toráxica expandida, da roupa aberta e do peitoral 
humano posto em evidência – cena comum à personagem 
“Super Homem”, da DC Comics, produtora de histórias 
em quadrinhos e filmes. Ou seja, a campanha estabelece 
uma relação com outros textos, de intertextualidade, como 
recurso estratégico de convencimento do público-alvo. 
Assim, está correta a alternativa A. O tom da campanha é 
leve, porém sério – pois aborda a doação de órgãos, o que 
torna incorreta a alternativa B. A linguagem, acessível a 
um amplo público-alvo, é simples, coloquial, clara a direta 
– apesar de conotativa, tonando incorreta a alternativa C. 
A mensagem produzida é eficaz, no sentido de ter como 
objetivo convencer o receptor a mudar sua atitude por meio 
de tal publicação, o que torna incorreta a alternativa D. 
Por se tratar de uma personagem conhecida pela maioria 
da população, de diversas faixas etárias, e por ser um 
tema que deve ser abordado a todo momento, a campanha 
não apresenta – nem necessitaria – de contextualização 
temporal, o que invalida a alternativa E.
ZMC6
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 21BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 39 
GONSALES, F. Disponível em: <http://www.uol.com.br>. Acesso em: 01 abr. 2019.
A variação dos níveis de linguagem e a associação entre as imagens contribuem para a construção do humor na tirinha, pois 
as personagens revelam, nos dois primeiros quadrinhos, um discurso
A.		 proferido tranquilamente por anteceder à reação emocional.
B.		 controlado intencionalmente para disfarçar seus reais objetivos.
C.		 formulado inicialmente com o intuito de compartilhar o alimento.
D.		 elaborado educadamente para convencer o colega com argumentos.
E.		 arquitetado cuidadosamente para conhecer as intenções do interlocutor.
Alternativa B
Resolução: Percebe-se uma diferença entre a linguagem utilizada nos dois primeiros quadrinhos, que é formal e claramente 
controlada pelos interlocutores, e a linguagem presente no último quadrinho, que trata de ofensas informais em contexto que 
revela reação emocional. Além disso, as expressões faciais das duas personagens denunciam um interesse diferente do que 
expressa o aspecto verbal. A diferença nas linguagens se deve ao fato de, nos dois primeiros quadrinhos, as personagens 
desejarem o alimento um do outro, mas disfarçarem suas reais intenções de roubá-lo, o que fica evidente exatamente pelo 
aspecto imagético, algo que é revelado no último quadrinho. Está correta, portanto, a alternativa B. A razão de o discurso ser 
proferido com tranquilidade não é o fato de anteceder a reação emocional, mas disfarçar as intenções que a reação revelou, 
invalidando a alternativa A. O intuito não era, como pressupõe as imagens, o de compartilhar o alimento, o que invalida a 
alternativa C. Considerando que a real intenção das personagens era a apropriação do que pertence ao outro, fica invalidada 
a alternativa D, pois não há a tentativa de convencer o colega com argumentos. Por fim, como fica clara a intenção, pelos 
fatores verbo-visuais, do controle da linguagem para disfarçar intenções antiéticas do emissor, fica invalidada a alternativa E, 
que sugere um discurso arquitetado cuidadosamente para sondar as intenções do interlocutor.
QUESTÃO 40 
Ode sobre uma urna grega
I
Inviolada noiva de quietude e paz,
Filha do tempo lento e da muda harmonia,
Silvestre historiadora que em silêncio dás
Uma lição floral mais doce que a poesia:
Que lenda flor-franjada envolve tua imagem
De homens ou divindades, para sempre errantes.
Na Arcádia a percorrer o vale extenso e ermo?
Que deuses ou mortais? Que virgens vacilantes?
Que louca fuga? Que perseguição sem termo?
Que flautas ou tambores? Que êxtase selvagem?
II
A música seduz. Mas ainda é mais cara
Se não se ouve. Dai-nos, flautas, vosso tom;
Não para o ouvido. Dai-nos a canção mais rara,
O supremo saber da música sem som:
Jovem cantor, não há como parar a dança,
A flor não murcha, a árvore não se desnuda;
Amante afoito, se o teu beijo não alcança
A amada meta, não sou eu quem te lamente:
Se não chegas ao fim, ela também não muda,
É sempre jovem e a amarás eternamente.
KEATS, J. Ode sobre uma urna grega. Tradução de Afonso Henriques Neto. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2015. [Fragmento] 
OATH
WDD4
LCT – PROVA I – PÁGINA 22 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A ode é um canto de exaltação. O texto anterior, exemplar 
desse gênero, carrega características líricas por
A. 	 explorar os múltiplos sentidos denotativos do léxico.
B. 	 roteirizar um monólogo performático entre os versos.
C. 	 fundamentar-se nas sensações despertadas pelo eu 
lírico.
D. 	 estabelecer uma hierarquiacronológica entre suas 
estrofes.
E. 	 demonstrar feitos heroicos das personagens que 
representa.
Alternativa C
Resolução: O poema de John Keats é um canto de 
exaltação que descreve as pinturas presentes em uma 
urna grega. Essa descrição é estabelecida no diálogo 
entre o eu lírico e as imagens que se apresentam, estando, 
portanto, permeada pela subjetividade típica do gênero 
lírico. Logo, a alternativa C está correta. O poema apresenta 
várias imagens usadas como metáforas, valorizando o 
sentido conotativo do léxico, portanto, a alternativa A está 
incorreta. A declamação da ode pode ser representada 
como um monólogo, no entanto, a estrutura do poema 
não prevê instruções para sua encenação. Desse modo, 
a alternativa B está incorreta. As estrofes se desenrolam 
conforme a observação que o eu lírico faz das imagens na 
urna, não havendo uma progressão cronológica no sentido 
de relatar os fatos, logo a alternativa D está incorreta. Por 
fim, o tom entoativo e descritivo do poema não condiz com 
a narração de feitos heroicos. Desse modo, a alternativa E 
está incorreta.
QUESTÃO 41 
Lenda do Sol
Para os índios o sol era gente e se chamava 
KUANDÚ. Kuandú tinha três filhos: um é o sol que 
aparece na seca; o outro, mais novo, sai na chuva e o 
filho do meio ajuda os outros dois quando estão cansados.
Há muito tempo um índio Juruna teria comido o pai de 
KUANDÚ. Por isso este queria se vingar. Uma vez Kuandú 
estava bravo e foi para o mato pegar coco. Lá encontrou Juruna 
em uma palmeira inajá. Kuandú disse que ele ia morrer, mas 
Juruna foi mais rápido acertando Kuandú com um cacho na 
cabeça. Aí tudo escureceu. As crianças começaram a morrer 
de fome porque Juruna não podia trabalhar na roça e nem 
pescar. Estava tudo escuro. A mulher de Kuandú mandou 
o filho sair de casa e ficou claro de novo. Mas só um pouco 
porque era muito quente para ele. O filho não aguentou e 
voltou para casa. Escureceu de novo. E assim ficaram os 
3 filhos de Kuandú. Entrando e saindo de casa. Portanto, 
quando é seca e sol forte é o filho mais velho que está 
fora de casa. Quando é sol mais fraco é o filho mais novo. 
O filho do meio só aparece quando os irmãos ficam cansados.
Disponível em: <http://www.cdpara.pa.gov.br>. 
Acesso em: 12 set. 2017.
Por meio de lendas, contos, fábulas e mitos, acessa-se uma 
dimensão do mundo feita pela exploração do imaginário. 
As narrativas mitológicas, como a lenda que conta o 
nascimento do Sol, são importantes porque
A. 	 viabilizam, no momento presente, a propagação da 
racionalidade dos antepassados de um povo.
B. 	 respondem de maneira totalizadora e inquestionável 
perguntas sobre a criação do homem e do cosmos.
H1KT
C. 	 manifestam a cultura popular, promovendo um senso 
de coletividade ao narrarem a origem dos elementos 
da natureza.
D. 	 transformam em conteúdo material as histórias que 
pertencem ao imaginário fantástico dos detentores do 
poder. 
E. 	 ordenam o conhecimento de uma comunidade ao 
determinarem quais informações serão passadas às 
novas gerações.
Alternativa C
Resolução: O texto é uma narrativa mitológica indígena que 
apresenta a versão dos nativos para o surgimento do Sol. 
Embora possam ser encarados pela sociedade ocidental 
como fantasia, textos como este, que são transmitidos 
oralmente entre os membros da comunidade, manifestam 
a cultura desse povo, disseminando conhecimentos. 
O fato de serem, ainda, registrados por escrito em Língua 
Portuguesa consolida a preservação. Portanto, está correta 
a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque esses 
textos, em qualquer época, têm o objetivo de transmitir entre 
os membros da respectiva comunidade um conhecimento 
associado à cultura local, não necessariamente havendo 
nelas os aspectos de racionalidade propostos pela 
ciência ocidental. A alternativa B está incorreta porque as 
narrativas mitológicas são uma resposta somente para 
a respectiva comunidade, não possuindo representatividade 
para outras culturas. A alternativa D está incorreta porque 
narrativas mitológicas como a “Lenda do Sol” pertencem 
a grupos sociais minoritários, que não estão no poder, 
daí a importância de se preservar a manifestação cultural. 
Por fim, a alternativa E está incorreta porque as narrativas 
não selecionam o que será transmitido, já que supostamente 
toda a cultura desse povo é transmitida sem juízo de valor 
por aqueles que a recontam.
QUESTÃO 42 
Neste ponto, surge uma pergunta: qual a influência 
exercida pelo meio social sobre a obra de Arte? Digamos 
que ela deve ser imediatamente completada por outra: qual 
a influência exercida pela obra de arte sobre o meio?
Há nesse sentido duas respostas tradicionais, ainda 
fecundas conforme o caso, que devem todavia ser afastadas 
numa investigação como esta. A primeira consiste em 
estudar em que medida a arte é expressão da sociedade; 
a segunda, em que medida é social, isto é, interessada 
nos problemas sociais. Dizer que ela exprime a sociedade 
constitui hoje verdadeiro truísmo; mas houve tempo 
em que foi novidade e representou algo historicamente 
considerável. [...] Talvez tenha sido Madame de Staél, na 
França, quem primeiro formulou e esboçou sistematicamente 
a verdade que a literatura é também um produto social, 
exprimindo condições de cada civilização em que ocorre.
Para o sociólogo moderno, ambas as tendências tiveram 
a virtude de mostrar que a arte é social nos dois sentidos: 
depende da ação de fatores do meio, que se exprimem na 
obra em graus diversos de sublimação; e produz sobre os 
indivíduos um efeito prático, modificando a sua conduta e 
concepção do mundo, ou reforçando neles o sentimento dos 
valores sociais. Isto decorre da própria natureza da obra e 
independe do grau de consciência que possam ter a respeito 
os artistas e os receptores de arte.
CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 
Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2006. [Fragmento]
4UKA
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 23BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A descrição de Amâncio evidencia, linguisticamente, 
A. 	 seu caráter ético e seu alto nível de escolaridade.
B. 	 sua posição socioeconômica e seu local de origem.
C. 	 sua profissão e seu desejo de crescer profissionalmente. 
D. 	 sua forma diferente de ver o mundo e sua cultura 
regional.
E. 	 seu poder aquisitivo e sua perspicácia em lidar com o 
desconhecido.
Alternativa B
Resolução: Ao descrever Amâncio como alguém que 
vestia casimira, um tecido fino, de lã, considerado nobre, e 
apresentava em seus adornos esmeralda, brilhante e ouro, 
pedras e metais preciosos, o narrador o caracteriza como 
alguém de classe socioeconômica alta. Simultaneamente, 
a personagem é descrita como “tipo do Norte”, “franzino”, 
“cabelos crespos” – características atribuídas, segundo 
o narrador, a indivíduos cuja origem não era a Região 
Sudeste do Brasil, considerada mais “progressa” à época. 
Além disso, a própria personagem declara “Cheguei hoje 
do Maranhão”. Portanto, está correta a alternativa B. Não 
é possível, no trecho analisado, depreender o caráter e o 
nível de escolaridade de Amâncio, o que torna incorreta a 
alternativa A. Também pela descrição não se materializa a 
profissão e o desejo de crescimento profissional de Amâncio, 
o que torna incorreta a alternativa C. O foco do narrador é 
Amâncio, mas não há uma visão que parte da personagem 
para com o mundo, não ficando evidente qual a visão de 
mundo do jovem, o que torna incorreta a alternativa D. 
A descrição da posse de ouro, diamante e esmeralda 
evidencia o poder aquisitivo de Amâncio, porém sua falta de 
jeito diante do interlocutor demonstra exatamente o oposto 
de perspicácia com o desconhecido. Logo, está incorreta 
a alternativa E.
QUESTÃO 44 
As quatro estações
A noite cai, o frio desce
Mas aqui dentro predomina
Esse amor que me aquece
Protege da solidão
A noite cai, a chuva traz
O medo e a aflição
Mas é o amor que está aqui dentro
Que acalma meu coração
Passa o inverno, chega o verão
O calor aquece minha emoção
Nãopelo clima da estação
Mas pelo fogo dessa paixão
MHTV
O texto, de autoria de Antonio Candido, coloca que uma das 
funções da literatura é 
A. 	 atuar como expressão da sociedade, manifestando 
seus valores. 
B. 	 construir padrões sociais que possam ser seguidos por 
todos. 
C. 	 extrapolar suas raízes sociais e antecipar padrões de 
época. 
D. 	 formar a identidade dos indivíduos que dela se 
alimentam.
E. 	 ser produto exclusivo do meio com o qual se relaciona.
Alternativa A
Resolução: No texto de Antonio Candido, ele aponta duas 
funções principais da literatura: atuar como expressão da 
sociedade, refletindo seus valores, e modificar a conduta 
de indivíduos a partir do reforço de valores sociais. Está 
correta, assim, a alternativa A. A alternativa B está incorreta, 
pois não é função da literatura, segundo o texto, construir 
padrões a serem seguidos por todos, indiscriminadamente. 
A literatura é produto do meio e com ele se relaciona, 
modificando comportamentos daqueles que se dispõem 
a interagir com ela. A alternativa C está incorreta, pois em 
nenhum momento do texto é falado que a literatura antecipe 
padrões de época, mas apenas que ela é produto do meio 
social em que se encontra. A alternativa D está incorreta, 
pois, embora a literatura ajude a formar identidades, ela 
não é o principal elemento nesse sentido, mas apenas um 
dos fatores sociais que permitem a formação identitária. 
A alternativa E está incorreta, pois o texto não menciona 
ser a literatura produto exclusivo do meio. Embora ela se 
relacione com esse meio e seja uma expressão social dele, 
não se pode falar em exclusividade nesse sentido.
QUESTÃO 43 
O rapaz aproximou-se das grades de cedro polido, que 
o separavam do comerciante.
Era de vinte anos, tipo do Norte, franzino, amornado, 
pescoço estreito, cabelos crespos e olhos vivos e 
penetrantes, se bem que alterados por um leve estrabismo.
Vestia casimira clara, tinha um alfinete de esmeralda na 
camisa, um brilhante na mão esquerda e uma grossa cadeia 
de ouro sobre o ventre. Os pés, coagidos em apertados 
sapatinhos de verniz, desapareciam-lhe casquilhamente nas 
amplas bainhas da calça.
O moço avançou dois passos, com ar muito acanhado; 
o chapéu de pelo seguro por ambas as mãos; a bengala 
debaixo do braço.
– Desejo entregar esta carta, disse, cada vez mais 
atrapalhado com o seu chapéu e a sua bengala, sem 
conseguir tirar da algibeira um grosso maço de papéis que 
levava.
– Cheguei hoje do Maranhão, acrescentou o provinciano, 
sacando as cartas finalmente.
As últimas palavras do moço pareciam interessar 
deveras o negociante, porque este, logo que as ouviu, passou 
a considerá-lo da cabeça aos pés, e exclamou depois:
– Ora espere... O senhor é o Amâncio!
AZEVEDO, A. Casa de pensão. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 04 set. 2019. [Fragmento]
CO7W
LCT – PROVA I – PÁGINA 24 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Na primavera, calmaria
Tranquilidade, uma quimera
Queria sempre essa alegria
Viver sonhando, quem me dera
No outono é sempre igual
As folhas caem no quintal
Só não cai o meu amor
Pois não tem jeito, é imortal
LIMA, S., FREIRE, C., WAENHNELDT, A. 
Disponível em: <http://sandyejunior.com.br/>. Acesso em: 05 ago. 2019.
No processo constituinte dos ciclos naturais, o eu lírico da 
canção de Sandy & Júnior reflete imagens, cujo lirismo está 
baseado em uma
A. 	 resistência do amor diante das transformações da vida. 
B. 	 tristeza diante das perdas ocorridas ao longo dos anos.
C. 	 sensação de vazio ilustrada pela mudança de estações.
D. 	 omissão do tempo por meio dos eventos representados.
E. 	 enumeração de mudanças pelas transformações 
naturais.
Alternativa A
Resolução: A canção interpretada pela dupla Sandy & Júnior 
tem seu lirismo baseado na resistência do amor às várias 
transformações da vida do ser humano, o que se mostra pelos 
ciclos naturais – dia e noite, estações do ano, temperaturas 
opostas, etc. Logo, está correta a alternativa A. Embora o 
verbo “queria” apresente conotação de desejo de alegria 
(“queria sempre essa alegria”), trata-se de uma relação com 
a primavera, não existindo o pressuposto de tristeza durante 
os anos, o que torna a alternativa B incorreta. A mudança de 
estações, segundo o eu lírico do texto, opõe climas diferentes 
e sensações derivadas destes, mas o lirismo de todo o texto 
não se pauta apenas no vazio – mas também em seu oposto 
(“é o amor que está aqui dentro”), o que torna a alternativa C 
incorreta. O correr do tempo é construído, na canção, por 
meio do lirismo existente nas transformações cíclicas da 
natureza, o que torna incorreta a alternativa D. A alternativa E 
está incorreta, por fim, devido ao fato de que o eu lírico não 
enumera mudanças pelas transformações naturais, mas, ao 
contrário, evidencia que as transformações naturais refletem 
as mudanças internas dos indivíduos em relacionamentos.
QUESTÃO 45 
O haikai é uma modalidade poética de origem japonesa 
que prima pela simplicidade, concisão e plasticidade. 
Segundo o dicionário Michaelis, haikai é “uma pequena 
composição poética japonesa, em que se cantam as 
variações da natureza e a sua influência na alma do poeta. 
Consta de dezessete sílabas, divididas em grupos de cinco, 
sete e cinco.”
Disponível em: <http://www.uece.br>. Acesso em: 17 nov. 2014.
O texto que mais se aproxima de um haikai, segundo o 
conceito anterior, é:
BFPG
 A A insônia
Furo a terra fria.
No fundo, em baixo do mundo,
trabalha-se: é dia.
 Guilherme de Almeida
 B Outono
Folhas. Ventania. 
Cajus se despencam nus: 
apodrece o dia.
Adriano Espínola
 C Epitáfio
Aqui jaz um homem rico
nesta rica sepultura;
escapava da moléstia,
se não morresse da cura.
Bocage
 D Escapulário
No Pão de Açúcar
De Cada Dia
Dai-nos Senhor
A Poesia
De Cada Dia
Oswald de Andrade
 E A morte é a libertação total: 
a morte é quando a gente pode, 
afinal, estar deitado de sapatos.
Mário Quintana
Alternativa B
Resolução: A contagem das sílabas e a associação imediata 
da natureza com o poeta, num processo pelo qual aquela 
reflete-se neste, determinam ser correta a alternativa B. 
O texto de Guilherme de Almeida apresenta um número de 
sílabas maior que 17, o que torna a alternativa A incorreta. 
A alternativa C também apresenta um texto que excede o 
número de sílabas definidor de um haikai. A alternativa D 
está incorreta, pois apresenta uma ironia ao usar o “pão de 
açúcar” para parodiar a oração “pai nosso”, ou seja, o texto 
não aborda a temática típica do haikai. O texto de Mário 
Quintana também não tematiza a relação entre homem e 
natureza, ao abordar a libertação de convenções sociais 
pela morte, de maneira metafórica. Assim, a alternativa E 
está incorreta.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 25BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema 
“Os impactos das tecnologias na sociedade”, apresentando proposta de intervenção que respei te 
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I 
A sociedade da informação não é um modismo. É um fenômeno global, com elevado potencial transformador das atividades 
sociais e econômicas. Tem ainda marcante dimensão social, em virtude do seu elevado potencial de promover a integração, 
ao reduzir as distâncias entre pessoas e aumentar o seu nível de informação. 
TAKAHASHI, T. Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Disponível em: <http://www.direitoacomunicacao.org.br>. 
Acesso em: 21 maio 2019. [Fragmento] 
TEXTO II 
Nosso mundo está em processo de transformação estrutural há duas décadas. É um processo multidimensional, associado 
à emergência de um novo paradigma tecnológico,baseado nas tecnologias de comunicação e informação (TICs), que 
começaram a tomar forma nos anos 60 e que se difundiram de forma desigual por todo o mundo. A tecnologia não determina 
a sociedade: é a sociedade. 
CASTELLS, M. A sociedade em rede do conhecimento à política. Imprensa Nacional: Casa da Moeda, 2005. [Fragmento] 
TEXTO III 
Homens e mulheres caminhando nas ruas de cabeças baixas, casais sem conversar sentados lado a lado, crianças em 
silêncio absoluto em mesas de restaurante, todos com a boca entreaberta, os dedos frenéticos e os olhos vidrados na tela 
luminosa. As cenas, cada vez mais comuns, são o retrato de como as novas tecnologias estão interferindo de maneira radical 
nas relações sociais. 
Na primeira infância, até os 7 anos, a criança precisa exercitar a criatividade. Celulares, tablets e até mesmo a televisão oferecem 
brincadeiras prontas. Ao colocar um smartphone na mão de uma criança para ela comer, não fazer birra no supermercado 
ou parar de correr de um lado para o outro entre as mesas do restaurante no fundo se está transferindo a responsabilidade 
de educar para um objeto. 
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/blog/>. Acesso em: 28 ago. 2020. [Fragmento adaptado]
TEXTO IV
GALHARDO. Disponível em: <https://aleatoridadesaleatorias.wordpress.com/>. Acesso em: 28 ago. 2020.
TEXTOS MOTIVADORES
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
N4T8
LCT – PROVA I – PÁGINA 26 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A proposta de redação orienta-se por uma temática geral: 
OS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS NA SOCIEDADE
Toda a coletânea apresenta informações referentes a esse tema e, de modo geral, também oferece elementos para que os 
alunos consigam problematizar seu enfoque. A proposição de um título não é obrigatória na redação do Enem, no entanto, caso 
os alunos decidam por dar um título a seu texto, a correção deve penalizar apenas aqueles que colocarem o tema como tal. 
Itens de correção de acordo com a grade Enem: 
I. Item destinado à avaliação da composição linguística do texto (uso da norma-padrão). São considerados os aspectos 
de domínio gramatical explorados na estruturação do raciocínio: concordância verbonominal, acentuação gráfica, 
ortografia, variedade vocabular, pontuação, entre outros recursos que, caso mal utilizados, devem ser penalizados. 
O aspecto linguístico deve ser considerado em função do conteúdo do texto. Desse modo, se o texto for claro, mas 
apresentar algumas falhas gramaticais que não prejudiquem o conjunto textual, elas devem ser penalizadas de forma 
moderada ou mesmo não ser penalizadas. 
• Para a obtenção de nota total nessa competência, são permitidos até dois erros linguísticos. Este item é avaliado 
em consonância com o item IV. 
II. Em um primeiro momento, é preciso que os alunos atentem para o tipo de texto solicitado: o dissertativo-argumentativo. 
Devem, portanto, mesclar essas suas duas condições: precisam progredir na exposição e no aprofundamento do 
tema ao mesmo tempo em que usam as informações novas como conteúdo para seus argumentos na defesa de um 
determinado ponto de vista, sempre de maneira impessoal. Na compreensão do tema, é necessário que os alunos 
problematizem a situação abordada, que é o impacto das tecnologias na sociedade. O texto I, um fragmento de um 
livro acadêmico, aponta que a sociedade da informação é um fenômeno global, com um grande potencial transformador 
das agendas econômicas, políticas e sociais. O texto II, do teórico Manuel Castells, argumenta que o mundo está em 
transformação estrutural há décadas. Além disso, o texto ilustra que esse processo de transformação está ancorado 
nas tecnologias da comunicação e da informação, sendo que, para o autor, a tecnologia é a sociedade. O texto III, 
uma reportagem, aponta algumas mudanças nos comportamentos dos indivíduos por conta do uso constante das 
novas tecnologias. O texto III ainda diz que, no caso específico das crianças, há uma transferência da responsabilidade 
do educar para um objeto tecnológico. Por fim, o texto IV, uma história em quadrinhos, faz uma comparação satírica 
entre a capacidade de armazenamento dos objetos tecnológicos e a da mente de seu dono. 
• Sinalizar, na correção, a existência ou a ausência da tese de raciocínio. Caso não haja tese no texto dos alunos, 
este item deve ser penalizado com maior rigor: nota mínima ou zero. Penalizar também a presença de trechos 
longos que escapem às tipologias argumentativa e expositiva, como os de cunho narrativo. Este item é avaliado 
em consonância com o item III. 
III. Com relação à terceira habilidade avaliada, domínio da estrutura textual argumentativa, os alunos devem confirmar 
ou discutir sua tese por meio de estratégias argumentativas diversificadas, com certo grau de ineditismo e indícios 
de autoria, procurando fugir, ao menos parcialmente, de uma abordagem atrelada ao senso comum. No caso dessa 
proposta, podem ser utilizados os dados e informações dos textos motivadores, cuidando para que não ocorra uma 
cópia destes. Tratando-se de um tema com enfoque social, a argumentação deve levar a uma reflexão acerca dos 
impactos da tecnologia na sociedade. Considerando a proposta, os argumentos devem expor as alterações sociais 
e os impactos que a introdução massiva e o uso das tecnologias trazem para a sociedade. Pode-se abordar, em 
um primeiro momento, que o uso das novas tecnologias (internet, smartphones, tablets, redes sociais, etc.) introduz 
mudanças nas relações sociais. Dessa forma, pode-se apontar que, muito por conta do uso constante dessas 
tecnologias, as relações sociais tornam-se mais superficiais e casuais, como afirmado pelo sociólogo e filósofo 
polonês Zygmunt Bauman. Além disso, pode-se argumentar que as novas tecnologias trazem uma comunicação 
mais rápida, ajudando, por exemplo, no contato com pessoas distantes ou gerando uma facilidade para se agilizar 
relações no mundo do trabalho. Também pode-se argumentar que esse processo – o da emergência de um novo 
paradigma tecnológico – vem sendo construído há décadas, gerando, paulatinamente, uma série de alterações na 
sociedade nos âmbitos do comportamento individual (novas formas de interagir com o mundo e aumento da quantidade 
de acesso a informação) e coletivo (novas formas de mobilização, por exemplo, os protestos online). Ainda assim, 
é possível argumentar, baseado sobretudo no texto II, que os próprios meios de comunicação e as tecnologias alteram 
os indivíduos e a sociedade na qual se inserem. Nesse ponto, pode-se dizer que a História pode ser compreendida 
como o processo de evolução das tecnologias, uma vez que, por exemplo, o desenvolvimento de uma ferramenta 
também é uma tecnologia. Portanto, esse processo foi se tornando mais complexo, ao longo do tempo, e culminando 
no desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação. Também pode-se argumentar que um dos impactos da 
tecnologia na sociedade atual é o excesso de informações a que o sujeito é exposto. Nesse caso, pode-se dizer que 
o indivíduo, embora tenha à sua disposição muitas informações, absorve poucas delas, uma vez que a sociedade 
da informação é rápida demais para o espaço contemplativo e reflexivo do sujeito. 
• A ausência de problematização do enfoque deve ser penalizada comnota igual ou inferior a 50%. Este item deve 
ser avaliado em conexão com o item II, para que não haja penalização dupla dos mesmos problemas. 
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 27BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
IV. Na quarta habilidade, domínio da estrutura linguístico-semântica, os alunos devem demonstrar uso coerente de 
sequências discursivas, especialmente no que diz respeito às cadeias coesivas construídas no texto, com o auxílio 
de determinadas ferramentas da norma-padrão: pontuação, conectores, entre outros. As relações coesivas devem 
ser avaliadas entre as sentenças e entre os parágrafos. 
• Este item deve ser avaliado em conexão com o item I, para que não haja penalização dupla dos mesmos 
problemas. 
V. Na quinta habilidade avaliada, proposta de intervenção, os alunos devem propor estratégias para solucionar as 
situações-problema apresentadas ao longo do texto. Nesse sentido, deve haver detalhamento e variedade nas 
propostas apresentadas. Com relação ao tema em questão, devem ser propostas medidas para solucionar os desafios 
citados na argumentação. Um ponto pode ser a ação dos órgãos governamentais, no sentido de atuar mediando os 
impactos do uso das tecnologias na sociedade. Nesse ponto, pode ser proposta a criação de uma campanha publicitária 
que conscientize as pessoas sobre o número de horas gastas, sobretudo em relação às crianças, nos smartphones, 
tablets, etc. Além disso, pode-se propor a criação de um eixo no currículo escolar que debata, apresente e problematize 
os impactos das tecnologias na sociedade, de forma a deixar os estudantes conscientes dessas alterações na vida 
social. Pode-se também propor que o setor privado alimente financeiramente organizações da sociedade civil, para 
que elaborem uma pesquisa que evidencie o impacto das tecnologias na vida dos indivíduos de um determinado local. 
Ainda, pode-se propor que o Governo Federal, em uma ação conjunta com estados e municípios, elabore um curso 
educativo para minimizar os impactos que o excesso de informações, imposto pela sociedade da informação, tem 
sobre o sujeito. Nesse caso, pode-se propor que esse curso debata o tempo necessário para a absorção e reflexão 
das várias informações e que conscientize os sujeitos sobre a importância de sempre verificar essas informações, 
evitando notícias falsas. 
• A intervenção proposta pelos alunos deve estar em conformidade com a tese e a argumentação desenvolvidas 
ao longo do texto. Do contrário, deve haver penalização.
LCT – PROVA I – PÁGINA 28 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
Uma nova Inteligência Artificial (IA) testada recentemente 
por cientistas de dados e psiquiatras em Ohio, nos EUA, 
comprova quão urgente é essa questão. Urgência que só 
aumenta em grau conforme se avança o desenvolvimento 
das IAs. Criou-se um software capaz de avaliar (com 92% 
de precisão, alegam seus criadores) o comportamento de 
jovens estudantes em escolas públicas. Alimentado de dados 
fornecidos por pais, professores e pelos próprios alunos, 
o programa se apoia nas informações para estipular a 
probabilidade de uma criança ou adolescente adotar atitudes 
agressivas. Fica óbvio que a ideia é utilizar a IA para impedir 
atos violentos extremos, como os tiroteios infelizmente tão 
frequentes nas instituições de ensino americanas.
VILICIC, F. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/>. 
Acesso em: 25 jan. 2019.
O programa citado no texto se insere no debate filosófico 
sobre liberdade e determinismo, apoiando a posição de que 
o ser humano é predominantemente
A. 	 livre, cabendo à tecnologia garantir-lhe segurança.
B. 	 determinado, considerando que suas ações são 
inanalisáveis.
C. 	 livre, reafirmando a visão de que a humanidade é 
violenta e imprevisível.
D. 	 determinado, ressaltando que há margem de previsão 
de comportamentos.
E. 	 livre, confirmando a perspectiva de que os seus limites 
são dados pela natureza.
Alternativa D 
Resolução: O debate sobre a liberdade do ser humano 
remonta à Antiguidade e, graças ao advento da neurociência 
nos últimos anos, recebeu importantes colaborações. 
No texto, lemos os cientistas afirmarem que há um software 
que avalia, com 92% de precisão, o comportamento de 
estudantes em escolas públicas. Essa afirmação corrobora 
a ideia de o ser humano ser determinado, já que é possível 
prever seus comportamentos com base na ciência. 
A alternativa A está incorreta, pois a tese apresentada pelos 
cientistas endossa uma visão de que a liberdade não é assim 
tão ampla. A alternativa B está incorreta porque as evidências 
apresentadas mostram que há margem de previsão e análise 
das ações humanas. A alternativa C está incorreta, já que 
o texto apresenta evidências que não afirmam isso, já que 
houve previsão dos comportamentos em 92%. A alternativa 
E está incorreta, uma vez que os limites do ser humano 
de fato são dados pela natureza, mas isso não faz dele livre, 
conforme é afirmado no texto.
UEA7
QUESTÃO 47 
Disponível em: <http://www.turminha.mpf.mp.br>. 
Acesso em: 26 fev. 2021.
O modelo de organização política retratado na imagem se 
difere do adotado em Atenas, na Antiguidade, por se basear 
na
A. 	 distinção classista. 
B. 	 participação indireta.
C. 	 organização oligárquica.
D. 	 representação partidária.
E. 	 heterogeneização ideológica.
Alternativa B 
Resolução: Uma característica marcante da organização 
política ateniense é a democracia direta, ou seja, os cidadãos 
eram responsáveis diretamente pelas decisões políticas 
da pólis. Já a imagem destaca um modelo representativo, 
o que torna correta a alternativa B. A alternativa A está 
incorreta, pois a imagem apresenta uma diversidade de 
pessoas sendo representadas pela figura de um político. 
Não há, portanto, uma distinção classista. A alternativa C está 
incorreta, pois não é possível afirmar que a imagem destaca 
uma organização oligárquica. Ela destaca uma diversidade 
de pessoas representadas por um político. A alternativa D 
também está incorreta, pois o foco da imagem não é uma 
representação partidária, mas uma democracia indireta. 
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois a imagem destaca 
um político representando a população, ou seja, ela não 
evidencia uma heterogeneização ideológica.
QUESTÃO 48 
Em 2015, a China deu o histórico passo de acabar 
com a política do filho único e permitir que todos os casais 
do país tivessem dois filhos, mas a medida não parece ter 
bastado para resolver seus problemas demográficos, o 
que levou o governo a estudar o fim de qualquer restrição 
familiar. A China, país mais populoso do mundo, com quase 
1,4 bilhão de habitantes, tem um crescente problema de 
rápido envelhecimento da população. O governo esperava 
amenizar a situação com a mudança anunciada em 2015, 
mas a medida não teve o sucesso esperado. De acordo com 
a Comissão Nacional de Saúde da China, em 2050, o número 
de idosos no país será equivalente a 34,9% da população 
total. Atualmente, a taxa é de 17,3%. Além disso, a taxa que 
indica o número médio de filhos por mulher em idade fértil 
está abaixo de 2,1; que é valor necessário para garantir a 
reposição das próximas gerações. 
Disponível em: <https://veja.abril.com.br>. Acesso em: 11 nov. 2020 
(Adaptação).
W6VV
B6TR
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 29BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A situação demográfica da China pode gerar problemas para 
a economia em função da
A. 	 ampliação dos gastos com a escolarização infantil.
B. 	 queda das despesas com o sistema previdenciário.
C. 	 ocorrência de um período de bônus demográfico.
D. 	 redução da população economicamente ativa.
E. 	 diminuição da razão de dependência idosa.
Alternativa D
Resolução: O texto aponta que a população chinesa está 
passando por um rápido processo de envelhecimento e que 
a taxa de fecundidade está abaixo do nível de reposição, 
que equivale a 2,1 filhos por mulher. Essasituação pode 
causar problemas de ordem econômica, pois pode resultar 
em uma diminuição da população economicamente ativa, 
o que justifica o encerramento governamental da política 
do filho único. A alternativa A está incorreta, pois a queda 
da taxa de fecundidade e natalidade da população chinesa 
tende a reduzir a população jovem (0 a 14 anos), o que deve 
causar uma diminuição dos gastos com a escolarização 
infantil. A alternativa B está incorreta, pois a ampliação do 
índice de envelhecimento da população chinesa tende a 
causar um aumento dos gastos com o sistema previdenciário. 
A alternativa C está incorreta, pois o bônus demográfico 
ocorre quando o contingente da população economicamente 
ativa supera o da população dependente (idosos e jovens). 
A população da China está caminhando no sentido contrário 
da ocorrência de um bônus demográfico, visto que o número 
de idosos está aumentando e a população economicamente 
ativa tende a sofrer reduções. A alternativa E está incorreta, 
pois o número de idosos e, consequentemente, da sua razão 
de dependência está aumentando.
QUESTÃO 49 
Esse recurso alternativo aos ventos alísios, mar afora, 
em seguida a “volta” (o movimento de caranguejo para 
noroeste) até a zona de ventos do oeste, e afinal o impulso 
para casa com os ventos do oeste como ventos de popa. 
É duvidoso que os navegadores da era das explorações 
tenham pensado formalmente no recurso à “volta”. 
É improvável que tenham aprendido a técnica a partir de 
algum conceito; eles, afinal, não estavam investigando as 
leis na natureza, mas apenas vasculhando os mares em 
busca de um vento favorável. Mas padrões predominantes 
de pensamento surgiram dos padrões de ventos dominantes, 
e os navegadores ibéricos passaram a usar a “volta” como 
molde para determinar seu curso de navegação para a Ásia, 
para as Américas e para a volta ao mundo.
CROSBY, A. W. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da 
Europa, 900-1900. Tradução de José Augusto Ribeiro e Carlos 
Afonso Malferrari. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 124. 
[Fragmento adaptado]
ØØUV
Conforme descrito no texto, o sucesso dos empreendimentos 
marítimos do período moderno foi facilitado pelo(a)
A. 	 pensamento filosófico e pela consolidação teórica. 
B. 	 desenvolvimento técnico e pelas práticas empiristas. 
C. 	 inspiração oriental e pela organização metropolitana.
D. 	 inovação cartográfica e pela refutação do misticismo. 
E. 	 abandono religioso e pela valorização do racionalismo.
Alternativa B 
Resolução: O texto aborda o desenvolvimento de técnicas 
utilizadas nos empreendimentos marítimos, que foram 
surgindo a partir de experimentações, e não de conceitos 
teóricos já consolidados. Nessas práticas empiristas, 
eram observados padrões que contribuíram para o 
desenvolvimento técnico, o que torna a alternativa B a correta 
e invalida a alternativa A. A alternativa C está incorreta, pois 
o texto não aborda as inspirações orientais no processo 
desenvolvimentista nem a organização metropolitana 
como facilitadoras dos empreendimentos marítimos. 
A alternativa D está incorreta, pois, embora as produções 
cartográficas tivessem um importante papel nesse processo 
expansionista moderno, esse não é o aspecto abordado no 
texto. Além do fato de o misticismo estar muito presente no 
imaginário popular desse período, não ocorrendo, portanto, 
uma refutação dele. Por fim, a alternativa E está incorreta, 
pois a religião também estava muito presente na sociedade 
da época, não ocorrendo o abandono desse aspecto.
QUESTÃO 50 
A única coisa que não pode ser comprada é o saber. 
Não é possível se tornar um homem culto com um cheque 
em branco. Criamos um mundo onde as pessoas pensam 
apenas no seu próprio egoísmo. Perdeu-se de vista o sentido 
da solidariedade humana. Um mundo que nos obriga a viver 
na dor é um mundo possível? Eu não acredito. Os saberes, 
como a música, a literatura, a filosofia, a arte, nos ensinam 
a importância da gratuidade. Devemos fazer coisas que 
não buscam o lucro. A dignidade humana não é a conta que 
temos no banco. A dignidade humana é a nossa capacidade 
de abraçar os grandes valores, a solidariedade, o amor pela 
justiça, o bem-estar. Como convencer as pessoas disso? 
Meu argumento é que estamos numa rota autodestrutiva.
CAZES, L. “A única coisa que não pode ser comprada é o saber” diz 
Nuccio Ordine. In: O GLOBO (edição online). Disponível em: <https://
oglobo.globo.com/>. Acesso em: 03 jun. 2019.
A posição apresentada no texto se caracteriza como reflexão 
filosófica ao
A. 	 repensar as noções de valor e inutilidade, 
transcendendo seu sentido imediato.
B. 	 gerar um mal-estar entre os intelectuais, fazendo-os 
acreditar que sua profissão é inútil.
C. 	 abrir caminho para que se pense na inutilidade das 
coisas, esvaziando o sentido das reflexões.
D. 	 pensar o ser humano como ser incapaz de refletir, 
garantindo o papel dos filósofos na sociedade.
E. 	 inserir nos debates políticos contemporâneos o 
financiamento à Filosofia, mercantilizando sua 
atividade.
M6E5
CH – PROVA I – PÁGINA 30 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A 
Resolução: A Filosofia se caracteriza pelo trabalho com 
conceitos, pensando e repensando-os sempre que novas 
situações se apresentam ao pensamento do filósofo. No 
caso, o trecho da entrevista com esse pensador mostra 
sua reflexão sobre a utilidade e a inutilidade e suas 
consequências – imediatas e de longo prazo – para a vida 
das pessoas. Assim, a resposta correta é a alternativa A. 
As alternativas B e C estão incorretas, pois o texto elogia 
a reflexão. A alternativa D está incorreta porque o texto-base 
não nega a capacidade de reflexão do ser humano. Aliás, 
o próprio texto é uma demonstração do uso de tal capacidade. 
A alternativa E está incorreta, posto que o texto não focaliza 
o debate econômico. 
QUESTÃO 51 
[...] Em decorrência das guerras de conquista e de 
povos conquistados, a camada que mais aumentou foi a dos 
escravos. Estes se dividiam em dois grupos: os escravos 
domésticos e os artesãos, geralmente gregos, que viviam 
nas cidades ou como preceptores nas casas das grandes 
famílias romanas, onde ensinavam artes, literatura e filosofia. 
Os outros escravos eram explorados nos latifúndios, nas 
minas ou nos serviços públicos.
EYLER, F. M. História Antiga Grécia e Roma: A formação do Ocidente. 
Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2014. p.171.
A expansão territorial romana implicou profundas 
modificações socioeconômicas e culturais na Roma Antiga, 
evidenciadas na
A. 	 supressão da importância do trabalho livre para o 
sistema de produção.
B. 	 extensão da cidadania aos escravos que atuavam em 
funções públicas. 
C. 	 determinação do padrão estético-cultural romano pelos 
modelos gregos.
D. 	 priorização do artesanato urbano em detrimento das 
atividades agrícolas.
E. 	 ampliação do uso da mão de obra escrava nas diversas 
áreas produtivas.
Alternativa E
Resolução:
A) INCORRETA – O uso majoritário de escravos em 
atividades produtivas não implica a dispensa completa 
dos trabalhadores livres, que continuaram a desempenhar 
importante papel em determinados setores. 
B) INCORRETA – O fato de escravos desempenharem 
serviços públicos não pode ser considerado uma elevação 
de sua condição social à cidadania, mas uma especificidade 
da exploração de seu trabalho.
C) INCORRETA – Embora tenha sofrido forte influência 
grega, o padrão estético-cultural romano não foi determinado 
pelos modelos culturais da Grécia Antiga.
D) INCORRETA – Embora as atividades urbanas como o 
artesanato e o comércio tenham sido impulsionadas pelas 
conquistas, isso não se deu em detrimento das atividades 
rurais.
6ANI
E) CORRETA – O texto enfatiza a relação das guerras de 
conquista com a generalização do uso de escravos e destaca 
uma diversidade de funções que estes podiam desenvolver 
no mundo romano antigo.
QUESTÃO 52 
Distribuição da população brasileira por proporção 
de grandes grupos etários2010
24,7%
0 a 14 anos 15 a 64 anos mais de 64 anos
68%
População total: 194 890 682
7,3%
2017
21,6% 69,5%
População total: 206 804 741
8,9%
2018
21,3% 69,4%
População total: 208 494 900
9,2%
2019
21,1% 69,4%
População total: 210 147 125
9,5%
2020
20,9% 69,3%
População total: 211 755 692
9,8%
Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 24 mar. 2021 
(Adaptação).
As alterações demográficas ocorridas no Brasil entre 2010 
e 2020 refletem a redução do(a)
A. 	 total de dependentes idosos.
B. 	 índice de envelhecimento.
C. 	 taxa de fecundidade.
D. 	 expectativa de vida.
E. 	 população absoluta.
Alternativa C
Resolução: Os dados do gráfico mostram que, entre 2010 
e 2020, houve uma redução do percentual da população 
mais jovem (0 a 14 anos) no Brasil, o que é reflexo da 
queda da taxa de fecundidade (estimativa do número 
médios de filhos por mulher). Essa queda é decorrente 
de mudanças socioeconômicas que vêm ocorrendo no 
país desde as últimas décadas do século XX, como a 
ampliação da urbanização, da inserção das mulheres no 
mercado de trabalho, do acesso a métodos contraceptivos 
e dos custos de vida. A alternativa A está incorreta, pois, no 
período representado, houve um aumento do percentual da 
população idosa (mais de 64 anos) e, consequentemente, 
da sua razão de dependência. A alternativa B está incorreta, 
pois o índice de envelhecimento é obtido por meio da razão 
entre a população idosa e a população jovem. No período 
representado no gráfico, ocorreu um aumento desse índice, 
pois o percentual da população idosa cresceu e o da jovem 
diminuiu. A alternativa D está incorreta, pois o crescimento 
da população idosa é reflexo do aumento da expectativa 
de vida. A alternativa E está incorreta, pois o gráfico mostra 
um aumento da população absoluta (total de habitantes) do 
Brasil entre 2010 e 2020.
1NDM
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 31BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 53 
No estado teológico, o espírito humano, dirigindo 
essencialmente suas investigações para a natureza íntima 
dos seres, as causas primeiras e finais de todos os efeitos 
que o tocam, numa palavra, para os conhecimentos 
absolutos, apresenta os fenômenos como produzidos pela 
ação direta e contínua de agentes sobrenaturais mais ou 
menos numerosos, cuja intervenção arbitrária explica todas 
as anomalias aparentes do universo.
COMTE, A. Curso de filosofia positiva. In: COMTE, A. 
Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (Adaptação).
Com base no texto, no estado teológico os fatos do mundo 
são gerados por meio das ações de
A.		 divindades transcendentais.
B.		 conhecimentos científicos. 
C.		 pensamentos lógicos. 
D.		 métodos filosóficos. 
E.		 homens racionais. 
Alternativa A 
Resolução: O texto-base aponta que, no estado teológico, 
o espírito humano apresenta os fenômenos do mundo 
como sendo produzidos por agentes sobrenaturais, cujas 
intervenções destes explicam as anomalias do universo. 
É importante ressaltar que, para Comte, o estado teológico é 
dominado pelas formas de explicações religiosas e míticas, 
que envolvem a ação do sobrenatural e de divindades 
transcendentais. Assim, a alternativa A é a correta. 
A alternativa B é incorreta porque insere uma característica 
do estado positivo. A alternativa C é incorreta porque 
o pensamento lógico não condiz com as explicações 
que dominam o estado teológico, segundo Comte.
A alternativa D é incorreta porque a Filosofia está presente 
no estado metafísico. Por fim, a alternativa E é incorreta 
porque a racionalidade está presente no estado positivo.
QUESTÃO 54 
Entre as razões que levaram Clístenes a criar o 
ostracismo estaria o receio de Atenas voltar a cair num 
regime tirano como o imposto por Pisístrato, “que tirou 
vantagem da sua posição como líder popular e general para 
nomear-se tirano”. A primeira vítima do ostracismo, em 488 
[a.C.], foi precisamente Hiparco, filho de Carmo, personagem 
bem próxima de Pisístrato, e arconte em 496/5 [a.C.].
Disponível em: <https://www.academia.edu>. Acesso em: 16 nov. 
2020.
A medida discutida no texto, estabelecida em Atenas, tinha 
o objetivo de
A.		 fragilizar o governo da tirania vigente.
B.		 desestabilizar o poder dos eupátridas.
C.		 assegurar a organização democrática.
D.		 barrar a atuação política dos metecos.
E.		 ampliar a cidadania na pólis ateniense.
WHNO
22ØN
Alternativa C
Resolução: O ostracismo foi uma forma de punição, criada 
por Clístenes – o pai da democracia –, que atingia aqueles 
acusados de atentarem contra a democracia e consistia no 
banimento por dez anos desses indivíduos. A decisão do 
ostracismo acontecia por meio de uma votação, modo que 
tornava tal decisão democrática. Desse modo, o ostracismo 
era uma maneira de se tentar assegurar a democracia em 
Atenas, o que torna a alternativa C correta. A alternativa A 
está incorreta, pois, quando Clístenes criou o ostracismo, 
a sociedade grega já não mais se encontrava na tirania, e 
sim na democracia, por isso o texto afirma “receio de Atenas 
voltar a cair num regime tirano”. A alternativa B está incorreta, 
pois a finalidade do ostracismo era garantir a democracia 
e evitar a tirania. Desse modo, tal medida não tinha como 
finalidade combater nenhum setor específico da sociedade 
ateniense. A alternativa D está incorreta, pois os estrangeiros, 
conhecidos em Atenas como metecos, eram proibidos de 
participar da política, independentemente do ostracismo. 
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois o ostracismo foi 
uma maneira de tentar garantir a eficácia da democracia 
grega, entretanto não pode ser considerado uma medida 
relacionada à ampliação da cidadania em Atenas.
QUESTÃO 55 
Rússia
Vladivostok
Moscou
14,5 cm
1 : 100 000 000
Disponível em: <https://mapmaker.nationalgeographic.org/>. Acesso 
em: 19 out. 2018.
Uma geógrafa foi à Copa da Rússia em 2018 e, para 
conhecer o maior país em extensão territorial do mundo, 
resolveu viajar pela Ferrovia Transiberiana saindo da capital, 
Moscou. Considerando o trajeto em linha reta, a distância 
real, em quilômetros, percorrida pela viajante foi de
A.		 14 500.
B.		 145 000.
C.		 1 450 000.
D.		 14 500 000.
E.		 1 450 000 000.
QHKL
CH – PROVA I – PÁGINA 32 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A
Resolução: O cálculo da distância real, em quilômetros, 
percorrida em linha reta pela geógrafa, para viajar pela 
Transiberiana entre Moscou e Vladivostok, pode ser realizado 
com o uso da regra de três ou da aplicação da fórmula da 
escala.
1 cm  100 000 000 cm
 14,5 cm  X
X = 1 450 000 000 cm
Para converter a unidade de medida centímetros para 
quilômetros:
100 000 cm  1 km 
 1 450 000 000  X km
100 000 X = 1 450 000 000 
X = 14 500 km
Ou com a fórmula:
D = d . E
D = 14,5 cm . 100 000 000 cm
D = 1 450 000 000 cm
100 000 cm  1 km 
 1 450 000 000  D km
100 000 D = 1 450 000 000 
D = 14 500 km
QUESTÃO 56 
A conquista do comércio oriental de especiarias não é 
uma conquista de território, pois: os navegadores não vão 
ocupar as áreas produtoras, nem interferir nelas. É uma 
conquista que cedo reveste de violência, porque disputa 
privilégios, particularmente o do monopólio imposto pela 
força da maioria dos casos. Trata-se de substituir os antigos 
mercadores árabes, que ali obtinham as mercadorias ao 
Ocidente, por mercadores europeus, estabelecendo contato 
direto com as zonas produtoras e eliminando os roteiros 
terrestres. Para a conquista do comércio há necessidade 
de fundar estabelecimentos, é um princípio de ocupação 
por pontos, a importância está em determinadas praças 
orientais que coletam a produção regional. Essa coleta tem 
importância enorme, sem ela não existiria comércio, há que 
reunir o que populações dispersas produzem. A produção, 
entretanto, é preexistente: não trata de criá-la, antecede 
a fase das Grandes Navegações. Ehá uma população 
suficientemente densa para permitir a coleta da produção 
dispersa. Trata-se de comercializar, pois, e não de produzir, 
nem de povoar, nem de colonizar. 
SODRÉ, N. W. Formação Histórica do Brasil. São Paulo: Editora 
Brasiliense, 1963. p. 37. [Fragmento adaptado]
OSUK
O texto aborda os empreendimentos portugueses no 
contexto das Grandes Navegações, caracterizado pelo(a)
A. 	 organização de um sistema produtivo.
B. 	 subjugação das comunidades orientais.
C. 	 desenvolvimento da política das feitorias.
D. 	 estabelecimento das capitanias hereditárias.
E. 	 consolidação do projeto colonizador marítimo.
Alternativa C 
Resolução: O texto trata sobre a conquista do comércio 
oriental e da necessidade de fundar estabelecimentos do 
tipo feitorias para garantir o controle do comércio, tendo em 
vista que o objetivo, nesse ponto, não era o de conquista do 
território nem do desenvolvimento de um sistema produtivo. 
As fundações desses entrepostos comerciais nesse período 
serviam para o abastecimento de novas embarcações 
e contribuíam para as trocas mercantis, o que torna a 
alternativa C correta e invalida a alternativa A. A alternativa 
B está incorreta, pois o texto não aborda o aspecto de 
subjugação de comunidades orientais. A alternativa D está 
incorreta, pois o texto aborda a política de feitorias, e não 
o sistema de capitanias hereditárias. Por fim, a alternativa 
E está incorreta, pois, como já mencionado, o aspecto 
abordado não é a consolidação de um projeto colonizador, 
mas o estabelecimento dos entrepostos comerciais.
QUESTÃO 57 
Localidade Fuso horário
Nova Iorque (Estados Unidos) GMT –5
 Tóquio (Japão) GMT +9
Disponível em: <https://time.is/pt_br>. Acesso em: 16 dez. 2020 
(Adaptação).
Considerando os dados da tabela, quando em Nova Iorque 
os relógios apontaram 16 horas do dia 16 de dezembro, em 
Tóquio, a hora e data local correspondiam às:
A. 	 02 horas do dia 16 de dezembro.
B. 	 12 horas do dia 16 de dezembro.
C. 	 20 horas do dia 16 de dezembro.
D. 	 06 horas do dia 17 de dezembro.
E. 	 07 horas do dia 17 de dezembro.
Alternativa D
Resolução: Como Nova Iorque e Tóquio estão situadas em 
hemisférios diferentes, para saber a diferença horária entre 
as duas localidades, basta somar o valor dos seus fusos 
(5 + 9), o que totaliza 14 horas. O fuso de Nova Iorque 
está indicado com o sinal de negativo, o que significa 
que está atrasado em relação ao fuso do Meridiano de 
Greenwich e no Hemisfério Ocidental. O fuso de Tóquio 
está indicado com o sinal de positivo, o que significa 
que está adiantado em relação ao fuso do Meridiano de 
Greenwich e no Hemisfério Oriental. Então, para saber 
a hora e a data em Tóquio quando em Nova Iorque eram 
16 horas do dia 16 de dezembro, basta acrescentar 
a esse valor a diferença horária entre as duas cidades (14 
horas), o que resulta em 06 horas do dia 17 de dezembro.
EAJG
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 33BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa A está incorreta, pois indica o horário e a data 
que seriam em Tóquio se a cidade estivesse atrasada 
em relação ao fuso de Nova Iorque. A alternativa B está 
incorreta, pois indica um horário e data como se Tóquio 
estivesse atrasada em relação à Nova Iorque e como se 
fosse realizada uma subtração entre os valores dos fusos 
das duas cidades para calcular a sua diferença horária, 
o que é feito quando as localidades estão situadas no 
mesmo hemisfério. A alternativa C está incorreta porque 
também apresenta um horário e data caso fosse realizada 
uma subtração entre os valores dos fusos das duas cidades 
para calcular a sua diferença horária. A alternativa E está 
incorreta, pois apresenta um valor de horário e data como 
se Tóquio estivesse no horário de verão, que é quando os 
relógios são adiantados em uma hora. O Japão não adota 
o horário de verão nem poderia adotar na data indicada, pois 
está localizado no Hemisfério Norte, onde durante o mês de 
dezembro há a vigência da estação do inverno.
QUESTÃO 58 
Procurando reduzir a multiplicidade percebida à unidade 
exigida pela razão, os pensadores de Mileto propuseram 
sucessivas versões de uma física e de uma cosmologia 
constituídas em termos qualitativos: as qualidades sensíveis 
(como “frio”, “quente”, “leve”, “pesado”) eram entendidas 
como realidades em si (“o frio”, “o quente”, etc.). O universo 
apresentava-se, assim, como um conjunto ou um “campo” 
no qual se contrapunham pares de opostos.
PESSANHA, J. A. M. Vida e Obra. In: SOUZA, J. C. (Org.). 
Os Pré-Socráticos: Fragmentos, Doxografia e Comentários. 
São Paulo: Nova Cultural, 2000.
De maneira diferente ao pensamento mítico, os filósofos 
de Mileto, conforme o texto, empregavam um método que 
consistia em
A. 	 estabelecer o Ser como princípio eterno e imutável do 
cosmos.
B. 	 empregar a junção dos quatro elementos em tudo o 
que existe.
C. 	 buscar na natureza física os elementos empíricos que 
a constituem.
D. 	 compreender o ar como aquilo que anima e dá 
movimento aos seres.
E. 	 identificar a arché com as partículas indivisíveis que 
constituem matéria.
Alternativa C 
Resolução : Os pensadores pré-socráticos foram 
responsáveis por alterar o centro das reflexões sobre 
a realidade e sua composição. Para esses filósofos, não 
seriam os mitos a fonte de conhecimento sobre a origem 
e o funcionamento do universo, mas a observação e o 
pensamento racional – o uso do logos – que levariam o ser 
humano a compreender o mundo. No caso dos pensadores 
de Mileto, como o texto destaca, abstraíram das sensações 
(sensações particulares de calor ou frio) as qualidades 
sensíveis (“o calor”, “o frio”), passando a compreender 
o universo como uma contraposição de pares de opostos. 
Portanto, a alternativa correta é a C. A alternativa A está 
incorreta, pois essa afirmação dialoga com a filosofia de 
Parmênides. A alternativa B está incorreta, já que ela dialoga 
com a filosofia de Empédocles. A alternativa D está incorreta 
porque sua afirmação dialoga com a filosofia de Anaxímenes. 
A alternativa E está incorreta, uma vez que ela representa o 
atomismo de Leucipo e Demócrito.
8CDD
QUESTÃO 59 
Todo panteão, como o dos gregos, supõe deuses 
múltiplos; cada um tem suas funções próprias, seus domínios 
reservados, seus modos particulares de ação, seus tipos 
específicos de poder. Esses deuses que, em suas relações 
mútuas, compõem uma sociedade do além hierarquizada, 
na qual as competências e os privilégios são alvo de uma 
repartição bastante estrita, limitam-se necessariamente 
uns aos outros, ao mesmo tempo que se completam [...]
Esses deuses múltiplos estão no mundo e dele fazem parte.
Há, portanto, algo de divino no mundo e algo de mundano 
nas divindades. Assim, o culto não pode visar a um ser 
radicalmente extramundano, cuja forma de existência não 
tenha relação com nada que seja de ordem natural, no 
universo físico, na vida humana, na existência social.
VERNANT, J.-P. Mito e religião na Grécia Antiga. Tradução de Joana 
Angélica D’Avila Melo. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2006. p. 4.
Em relação ao mundo das divindades na cultura grega, de 
acordo com o texto, evidenciam-se, como características da 
religião e dos deuses gregos, a
A. 	 associação divina a fenômenos naturais e a necessidade 
de sacerdotes para interpretação espiritual.
B. 	 presença de sentimentos humanos nas divindades e a 
ausência da condição de onipotência. 
C. 	 permanência da antropozoomorfia e o poder de 
interferência na vida terrena. 
D. 	 ausência de poder absoluto divino e a restrição à vida 
extramundana.
E. 	 existência da onisciência e a submissão a uma 
ordenação divina.
Alternativa B 
Resolução: Os gregos antigos eram politeístas, ou seja, 
cultuavam vários deuses, que eram antropomórficos, 
possuidores de características humanas, como desejo, raiva, 
paixão e vingança. Como mencionado no texto, cada Deus 
tinha suas próprias funções, seus domínios reservados, 
modos diferentes de ação e de poder, não correspondendo, 
portanto,à condição de onipotência, o que torna correta 
a alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois o texto 
não aborda a associação divina a fenômenos naturais nem 
a necessidade de sacerdotes para interpretação espiritual. 
A alternativa C está incorreta, pois, conforme já mencionado, 
os deuses cultuados na religião grega eram antropomórficos. 
Embora na cultura grega existisse a presença de seres 
antropozoomórficos, cujo corpo era parte homem 
e parte animal, esse não é o aspecto abordado no texto. 
A alternativa D está incorreta, pois as divindades gregas 
não estavam restritas à vida extramundana, pelo 
contrário, participavam diretamente da vida dos homens, 
diferenciando-se destes por sua imortalidade. Por fim, 
a alternativa E está incorreta, pois, embora existisse uma 
hierarquização divina, esses deuses não eram oniscientes.
IUNX
CH – PROVA I – PÁGINA 34 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 60 
Qual país tem mais fusos horários?
Se fosse levada em conta apenas a área do território, a China deveria vir em seguida [4º lugar], com cinco fusos. Ocorre 
que o governo obriga todos os relógios do país a serem ajustados em um único horário: o da capital, Pequim. 
Esse é apenas um dos vários casos de desobediência à Conferência Internacional dos Meridianos, que, em 1884, dividiu 
o mundo em 24 faixas de tempo. [...] Segundo John Tiltman, do Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra, que zela pelo 
padrão de tempo universal, “não há lei que impeça os países de adotarem o horário que melhor lhes convier”.
Disponível em: <http://super.abril.com.br>. Acesso em: 09 jan. 2017. [Fragmento adaptado]
Considerando que Pequim se localiza a leste, o limite prático de fuso horário na China é mais inconveniente para os habitantes do
A. 	oeste, pois veem o Sol nascer horas depois de Pequim e estão no mesmo horário que a capital.
B. 	leste, pois veem o Sol se pôr horas depois do oeste, e a capital determina o fuso horário único.
C. 	sul, pois veem a mesma luminosidade durante todo o ano, e o fuso horário é igual ao de Pequim.
D. 	norte, pois veem o Sol nascer e se pôr antes de Pequim e estão no mesmo horário que a capital. 
E. 	leste, pois têm o período de claridade reduzido e estão no mesmo horário que a capital.
Alternativa A
Resolução: Para resolver a questão, é preciso saber que a Terra gira em torno de si mesma no sentido oeste-leste. Isso 
faz com que o movimento aparente do Sol seja de leste para oeste. Considerando isso, as regiões a leste são as primeiras 
a serem iluminadas, e, consequentemente, os habitantes do oeste da China veem o Sol nascer horas depois, em torno das 
9 horas da manhã no horário de Pequim.
QUESTÃO 61 
O sistema dos pagamentos públicos é uma necessidade. Aos artesãos que negligenciam os negócios públicos, não se 
pode infligir uma multa, pois eles precisam viver. A formação do Império determinou a criação de numerosos empregos, e a 
proibição legal da reeleição obriga a recorrer a um número maior de cidadãos e a descer, para recrutá-los, cada vez mais 
nas classes inferiores. A necessidade de um pagamento para o exercício das funções se encontra tanto mais aumentada.
HOMO, L. Périclès: une expérience de démocratie dirigée. Paris: R. Laffont, 1954. p.112-113. [Fragmento adaptado]
O sistema descrito no texto, instituído em Atenas no século V a.C., representava 
A. 	 o fomento de práticas políticas aristocráticas.
B. 	 a extensão de deveres cívicos aos não cidadãos. 
C. 	 o aumento da corrupção entre os líderes políticos.
D. 	 a formação de uma classe de políticos profissionais.
E. 	 a busca por maior equidade no sistema democrático.
Alternativa E 
Resolução: No sistema democrático ateniense, a criação da mistoforia visou corrigir problemas relacionados à participação 
política dos cidadãos. A premissa central da democracia é a de que os deveres políticos incumbem a todos os cidadãos, sem 
distinção entre eles. Contudo, há diversos indícios históricos que comprovam que a democracia ateniense era excludente, 
uma vez que aqueles cidadãos que viviam de seu próprio trabalho não possuíam condições (tempo livre) de participar das 
assembleias ou de ocupar cargos públicos e, por isso, acabavam negligenciando a política. Nesse sentido, de acordo com o 
texto, instituir um pagamento indenizatório para que cidadãos mais pobres pudessem cumprir seus deveres cívicos foi uma 
estratégia democratizante adotada com o intuito de promover maior equidade e reforçar a noção da democracia enquanto um 
regime de iguais, o que torna a alternativa E correta e invalida a alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois a mistoforia 
estava relacionada apenas aos cidadãos atenienses e, portanto, não significou uma extensão de direitos cívicos a não 
cidadãos. A alternativa C está incorreta, pois o texto não relaciona o sistema instituído com um aumento da corrupção entre 
os líderes políticos. E, por fim, a alternativa D está incorreta, pois o texto também não relaciona a instituição da mistoforia 
com a intenção de criação de uma classe política profissionalizada.
WWBJ
AØEL
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 35BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 62 
Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br>. Acesso em: 25 mar. 2021.
O mapa representa uma anamorfose, em que a área territorial de cada país foi deformada de acordo com o tamanho da sua 
população total. Essas deformações refletem o(a)
A. 	 presença dos países mais populosos no continente asiático.
B. 	 população absoluta reduzida dos países subdesenvolvidos.
C. 	 equilíbrio na distribuição populacional entre os continentes.
D. 	 contingente populacional elevado dos países da Oceania.
E. 	 ausência de áreas que constituem vazios demográficos.
Alternativa A
Resolução: As anamorfoses são representações cartográficas em que as áreas das unidades territoriais são deformadas de 
forma proporcional a um tema de interesse. Na anamorfose da questão, o tema é a população total e se verifica que os países 
que tiverem a sua área mais deformada e ampliada foram alguns localizados no contente asiático, com destaque para a China 
e a Índia, que são os países mais populosos do mundo. A alternativa B está incorreta, pois há países subdesenvolvidos com 
elevado contingente populacional, como, por exemplo, Índia, Paquistão, Bangladesh e o próprio Brasil. A alternativa C está 
incorreta, pois há um desequilíbrio na distribuição populacional entre os continentes. Por exemplo, a Ásia apresenta países 
muito populosos, enquanto a área da Oceania está muito reduzida na anamorfose, evidenciando o seu menor contingente 
populacional, o que torna a alternativa D também incorreta. A alternativa E está incorreta, pois existem regiões que constituem 
vazios demográficos, o que pode ser reflexo da presença de condições naturais adversas à ocupação humana. Na anamorfose, 
verifica-se que a Antártica é um exemplo desse tipo de região, pois está com a sua área bastante reduzida.
QUESTÃO 63 
Em 2018, a edição da Copa do Mundo de futebol masculino aconteceu na Rússia entre os meses de junho e julho. 
Para aqueles torcedores que viajaram para a Rússia para participar do evento, além da euforia que rodeia todo o torneio, 
havia outro motivo para se ter dificuldades na hora de dormir. Durante esse período do ano, o país com o maior território do 
planeta recebe a iluminação do Sol durante cerca de 17 horas do período diário. No dia da abertura do mundial (14 de junho), 
por exemplo, o Sol nasceu às 3h44min da madrugada e só se pôs depois das 21h.
Disponível em: <https://esportes.r7.com>. Acesso em: 7 out. 2020 (Adaptação).
A situação apontada no texto está associada à
A. 	 posição geográfica latitudinal do país.
B. 	 influência da longitude sobre o clima.
C. 	 extensão territorial do país.
D. 	 ocorrência dos equinócios.
E. 	 atuação das massas de ar.
1XL6
GPMI
CH – PROVA I – PÁGINA 36 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A
Resolução: O movimentode translação da Terra condiciona 
a alternância entre as estações do ano, e a inclinação do 
eixo do planeta faz com que as localidades situadas em altas 
latitudes apresentem uma maior variação na duração do 
período do dia e da noite entre as estações. Assim, nessas 
localidades, durante o verão, os dias são bem mais longos 
e, durante o inverno, as noites são bem mais longas. Isso 
explica o fato de que a Rússia, situada em altas latitudes 
do Hemisfério Norte, apresenta grandes períodos diários de 
recebimento da energia solar durante o verão, que ocorre 
entre os meses de junho e setembro. A alternativa B está 
incorreta, pois é a latitude que representa um fator climático. 
As diferenças de longitude condicionam a existência de 
vários fusos horários no planeta. A alternativa C está 
incorreta, pois a situação descrita no texto tem relação 
com a localização geográfica da Rússia em altas latitudes; 
não sendo determinada pela grande extensão territorial do 
país, que é maior no sentido longitudinal. A alternativa D 
está incorreta, pois os equinócios demarcam o início da 
primavera e do outono e a ocorrência de maiores períodos 
de recebimento da energia solar é durante o verão, cujo início 
é demarcado pelo solstício. A alternativa E está incorreta, 
pois a atuação das massas de ar não é capaz de alterar o 
período diário de incidência da energia solar. Elas influenciam 
as condições do tempo, podendo causar alterações na 
temperatura e na umidade atmosférica.
QUESTÃO 64 
A compreensão da liberdade se encontra desta forma 
associada a um só tempo a dois aspectos; um propriamente 
positivo e outro negativo. No aspecto positivo, a liberdade 
é certa potência e necessidade interna, atividade própria. 
É livre aquilo que é capaz de agir pelas leis de sua própria 
natureza, a partir das quais suas ações são determinadas, 
suas propriedades e efeitos seguindo de sua essência apenas. 
Por outro lado, há também um aspecto negativo: é livre aquilo 
que não é constrangido por nada que lhe é externo. Isto é, 
nenhuma causa externa, nenhum poder estranho à própria 
essência da coisa contribui para o seu estado.
COELHO, C. S. A liberdade divina e a liberdade humana em Spinoza: 
convergências e divergências. Disponível em: <http://www.revistas.
usp.br/>. Acesso em: 15 out. 2018.
A noção de liberdade apresentada no texto se caracteriza por
A. 	 estabelecer uma ideia inaplicável à humanidade.
B. 	 fundamentar a humanidade como puramente livre.
C. 	 colocar o ser humano como agente livre e indeterminado.
D. 	 entender que os seres que têm atividade cerebral 
são livres.
E. 	 pensar esse conceito sob seus vieses positivos 
e negativos.
Ø17M
Alternativa E 
Resolução: A noção de liberdade motiva longos debates 
desde tempos antigos. Contemporaneamente, graças 
às contribuições da neurociência e de outras áreas do 
saber, mais elementos foram fornecidos para se pensar 
o tema. No texto, o conceito de liberdade é apresentado 
sob aspectos positivos, como a potência de extrapolar uma 
limitação do instinto, e negativos, como não ser controlado 
por nada externo a si mesmo. É importante compreender 
que não se está abordando aqui as noções de “positivo” 
e “negativo” como “bom” e “ruim” ou “qualidade” e defeito”, 
mas como “algo que a coisa é” e “algo que a coisa não é”. 
A alternativa A está incorreta, pois o texto não afirma isso e o 
debate é voltado para o entendimento sobre o ser humano. 
As alternativas B e C estão incorretas, já que o debate 
do texto-base se situa entre liberdade e determinismo. 
 A alternativa D está incorreta porque o trecho não afirma 
que atividade cerebral faz qualquer ser vivo livre.
QUESTÃO 65 
Em oposição ao seu controle local, o desenvolvimento 
nacional do controle do comércio é anterior aos Grandes 
Descobrimentos e à formação de companhias de comércio.
Desde o século XIV, tanto na Inglaterra como na 
França, o poder da Coroa já era suficiente para adotar 
políticas tarifárias e obrigar as cidades a dar prioridade 
aos regulamentos do comércio. O alargamento do 
campo, do volume e do valor do comércio resultante dos 
descobrimentos, entretanto, acentuou interesses que 
eram claramente nacionais e promoveu seu controle pelas 
autoridades nacionais.
OGG, F. A.; RICE, W. S. Economic development of Modern Europe. 
In: CARVALHO, D. História Geral. Rio de Janeiro: Distribuidora 
Record. v. 3, p. 29 (Adaptação).
O expansionismo marítimo moderno, dos séculos XV e XVI, 
é retratado no texto como um processo que
A. 	 deu origem à formação de governos centralizados, 
sendo responsável pelo surgimento das primeiras 
monarquias nacionais.
B. 	 favoreceu a ascensão política da burguesia, ampliando 
sua participação em cargos da administração pública.
C. 	 fortaleceu os Estados Nacionais, aumentando 
sua ingerência e regulamentação nas atividades 
econômicas.
D. 	 enfraqueceu o comércio interno europeu, priorizando o 
atendimento às novas demandas do mercado colonial.
E. 	 provocou a decadência das principais cidades 
europeias, direcionando a produção agrícola para 
exportação.
AW2U
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 37BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C
Resolução:
A) INCORRETA – Conforme o texto-base ressalta, o poder 
os reinos europeus é anterior ao processo das Grandes 
Navegações.
B) INCORRETA – Nos séculos XV e XVI, os grupos mercantis 
não detinham o poder político, que estava ligado aos 
tradicionais grupos aristocráticos.
C) CORRETA – Conforme o texto destaca, o “alargamento 
do campo, do volume e do valor do comércio resultante 
dos descobrimentos, entretanto, acentuou interesses 
que eram claramente nacionais e promoveu seu controle 
pelas autoridades nacionais”. Portanto, o fortalecimento 
dos Estados modernos pode ser relacionado às Grandes 
Navegações, que exigiram uma significativa atuação do 
Estado nesse processo.
D) INCORRETA – A Expansão Marítima impulsionou o 
comércio internacional, não significando, entretanto, um 
enfraquecimento das relações comerciais internas.
E) INCORRETA – As principais cidades europeias 
apresentaram um grande desenvolvimento a partir do 
processo expansionista marítimo, já que houve um 
significativo aumento da circulação de riquezas decorrente 
desse processo.
QUESTÃO 66 
A palavra “cartografia” tem origem na Língua Portuguesa, 
tendo sido registrada pela primeira vez em 1839 numa 
correspondência, indicando a ideia de um traçado de mapas 
e cartas. Hoje entendemos cartografia como a representação 
geométrica plana, simplificada e convencional de toda a 
superfície terrestre ou de parte desta, apresentada através 
de mapas, cartas ou plantas. Por meio da cartografia, 
quaisquer levantamentos (ambientais, socioeconômicos, 
educacionais, de saúde, etc.) podem ser representados 
espacialmente, retratando a dimensão territorial, facilitando 
e tornando mais eficaz a sua compreensão. Não se pode 
esquecer, no entanto, que os mapas, como meios de 
representação, traduzem os interesses e objetivos de quem 
os propõe, podendo se aproximar ou se afastar da realidade 
representada.
Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br>. 
Acesso em: 25 mar. 2021.
O texto faz uma ressalva em relação aos mapas, que indica 
que um dos seus aspectos é a
A. 	 deficiência no aprimoramento das técnicas 
cartográficas.
B. 	 possibilidade de constituírem um instrumento de poder.
C. 	 neutralidade na representação da superfície terrestre. 
D. 	 falta de referências que padronizem a sua confecção.
E. 	 representação fidedigna da realidade em um plano.
6Ø4N
Alternativa B
Resolução: O texto apresenta a ressalva de que os mapas 
revelam os interesses e objetivos de quem os elaboram, 
“podendo se aproximar ou se afastar da realidade”. Portanto, 
eles podem ser portadores de uma visão de mundo e de 
uma ideologia, possibilitando que constituam instrumentos 
de poder ao apresentarem a realidade da forma como se 
deseja que ela seja reconhecida. Um exemplo disso é o 
mapa-múndi elaborado a partir da famosaprojeção de 
Mercator, criada no século XVI, no contexto da expansão 
marítima europeia, e reconhecida por expressar uma 
visão eurocêntrica ao exagerar as áreas de regiões do 
Hemisfério Norte e menosprezar as áreas de regiões do 
Hemisfério Sul. A alternativa A está incorreta, pois o texto 
não aponta uma deficiência das técnicas cartográficas. Além 
disso, a Cartografia, ao longo da história, se aperfeiçoou 
tecnicamente, chegando no grau de desenvolvimento 
atual em que se vale de modernas tecnologias digitais. 
A alternativa C está incorreta, pois o texto afirma que os 
mapas “traduzem os interesses e objetivos de quem os 
propõe”. A alternativa D está incorreta, pois o texto aponta 
que a Cartografia envolve uma representação convencional 
da superfície, ou seja, há padrões que referenciam a sua 
elaboração. A alternativa E está incorreta, pois o texto afirma 
que os mapas, ao serem elaborados a partir dos interesses 
de quem os propõe, podem “se aproximar ou se afastar da 
realidade”.
QUESTÃO 67 
A Constituição que nos rege nada tem de invejar à dos 
outros povos; não imita nenhuma; ao contrário, serve-lhes 
de modelo. Seu nome é democracia, porque não funciona 
no interesse de uma minoria, mas em benefício do maior 
número. Em Atenas, todos entendem de política e se 
preocupam com ela. E aquele que se mantém afastado dos 
negócios públicos é um inútil. Reunidos em Assembleia, 
os cidadãos sabem julgar corretamente quais são as 
melhores soluções, porque não acreditam que a palavra 
prejudique a ação e, pelo contrário, desejam que a luz surja 
da discussão.
DISCURSO DE PÉRICLES. In: TUCÍDIDES. A Guerra do Peloponeso. 
Brasília: Editora Unb, 1999.
O trecho do discurso de Péricles indica que o modelo político 
instituído em Atenas, no Período Clássico, caracterizava-se 
pela
A. 	 ampliação de representação política na estrutura de 
poder.
B. 	 valorização da confrontação de ideias no processo 
decisório. 
C. 	 participação irrestrita da população nas atividades 
públicas.
D. 	 rejeição ao estabelecimento de lideranças políticas na 
pólis.
E. 	 exclusão social dos cidadãos omissos nos assuntos 
públicos.
2B1I
CH – PROVA I – PÁGINA 38 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa B
Resolução:
A) INCORRETA – A democracia ateniense era direta. O que 
significa que não havia representação política, ou seja, cada 
cidadão ateniense podia tomar parte nas decisões públicas.
B) CORRETA – De acordo com o texto, “reunidos em 
Assembleia, os cidadãos sabem julgar corretamente quais 
são as melhores soluções, porque desejam que a luz surja 
da discussão”, revelando que a democracia ateniense 
valorizava o debate de ideias no processo de tomada de 
decisões acerca das questões da cidade.
C) INCORRETA – A democracia ateniense era limitada, 
pois excluía da participação política alguns grupos, como 
as mulheres, os estrangeiros e os escravos.
D) INCORRETA – Embora os cidadãos tivessem participação 
direta nas discussões acerca das questões da cidade, 
a democracia ateniense também contou com lideranças 
políticas, como o próprio Péricles.
E) INCORRETA – Apesar de Péricles considerar o cidadão 
que se mantinha afastado das questões públicas um inútil, 
não havia na democracia ateniense um instrumento punitivo 
contra aqueles que não se envolviam nas questões públicas.
QUESTÃO 68 
O modelo em que a produção era realizada por artesões, 
localizados em seus domicílios, em pequenos vilarejos, 
tornou-se rapidamente obsoleto. A concentração das 
fábricas em cidades manufatureiras, devido às facilidades 
de escoamento da produção, assim como o incremento de 
atividades administrativas, educacionais, dos serviços em 
geral, incentivou uma maciça transferência populacional. 
As cidades inglesas tornaram-se, em breve, as maiores da 
Europa, um surto de crescimento intensificado pela redução 
das taxas de mortalidade, que deram início ao ininterrupto 
aumento populacional característico do mundo moderno.
MUSSE, R. Apontamentos sobre o nascimento da Sociologia. 
Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/>. Acesso em: 27 ago. 2020.
Ao debater um fato histórico do século XIX, o texto evidencia 
a seguinte consequência desse processo:
A. 	 A ocorrência do êxodo rural na Europa. 
B. 	 O incremento da cultura artesã na cidade. 
C. 	 O aumento na divisão econômica da riqueza. 
D. 	 A influência da estrutura produtiva do Oriente. 
E. 	 A eficiência da política tradicional na Inglaterra.
Alternativa A 
Resolução: O texto-base demonstra que, no século XIX, 
o modelo de produção praticado por artesões, em seus 
pequenos vilarejos, foi substituído pela produção feita 
nas fábricas das grandes cidades. Como consequência, o 
texto-base aponta que essa mudança incentivou uma grande 
transferência populacional na Europa. Portanto, pode-se 
dizer que uma das consequências do processo relatado 
pelo texto foi o êxodo rural, visto que a concentração das 
Ø63Ø
fábricas nas cidades impôs uma grande transferência 
populacional e os pequenos vilarejos se tornaram formas 
de produzir obsoletas, o que torna a alternativa A correta. 
A alternativa B está incorreta porque argumenta o contrário do 
que o texto-base expõe. A alternativa C está incorreta porque 
o texto-base não discute divisão econômica da riqueza. 
A alternativa D está incorreta porque o texto-base não 
discute o modelo de produção oriental. Por fim, a alternativa 
E está incorreta porque o texto-base não discute a política 
tradicional inglesa.
QUESTÃO 69 
URUGUAI
ARGENTINA
PARAGUAI
CHILE
BOLÍVIA
PERU
COLÔMBIA
EQUADOR
Linha do Equador
VENEZUELA
GUIANA
SURINAME
GUIANA FRANCESA
BRASIL
O
C
E
A
N
O
 P
A
C
ÍF
IC
O
OC
EA
NO
 AT
LÂ
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N
0 300 600 km
76° Oeste 72° Oeste 68° Oeste 64° Oeste 60° Oeste 56° Oeste 52° Oeste 48° Oeste 44° Oeste 40° Oeste 36° Oeste
76° Oeste
4° Norte
4° Sul
8° Sul
12° Sul
16° Sul
20° Sul
24° Sul
28° Sul
32° Sul
0°
4° Norte
4° Sul
8° Sul
12° Sul
16° Sul
20° Sul
24° Sul
28° Sul
32° Sul
0°
72° Oeste 68° Oeste 64° Oeste 60° Oeste 56° Oeste 52° Oeste 48° Oeste 44° Oeste 40° Oeste 36° Oeste
Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 dez. 2020.
Considerando o mapa, uma pessoa realizou uma viagem 
partindo de uma localidade cujas coordenadas geográficas 
correspondem a 20° S e 52° W para outra, cujas coordenadas 
equivalem a 4° S e 68° W. O seu trajeto caracterizou-se por
A. 	 aproximar-se do Trópico de Capricórnio. 
B. 	 atravessar para outro hemisfério.
C. 	 cruzar as fronteiras nacionais.
D. 	 seguir na direção noroeste.
E. 	 cortar a linha do Equador.
Alternativa D
Resolução: Uma pessoa, ao realizar uma viagem no interior 
da área representada no mapa, deslocou para a direção 
norte ao sair da latitude 20° S para a 4° S e para a direção 
oeste ao sair da longitude 52° W para a 68° W. Portanto, ao 
final do deslocamento, a pessoa seguiu na direção noroeste. 
A alternativa A está incorreta, pois o Trópico de Capricórnio 
está situado na latitude de 23° 27’ do Hemisfério Sul. 
Portanto, ao sair da latitude 20° S para a 4° S, no final 
do deslocamento, há um afastamento desse trópico. 
A alternativa B está incorreta, pois não houve uma alteração 
do hemisfério ao final da viagem. A pessoa permaneceu ao sul 
da Linha do Equador e a oeste do Meridiano de Greenwich. 
A alternativa C está incorreta, pois a pessoa permaneceu 
no interior do território brasileiro, apenas alterando a 
região do país na qual se localizava. A alternativa E 
está incorreta, pois a pessoa permaneceu no Hemisfério Sul, 
não atravessando a Linha do Equador.
KLUF
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 39BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 70 
A Filosofia consiste principalmente em sugerir respostas 
ininteligíveis para problemas insolúveis.
ADAMS, H. The Education of Henry Adams. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 25 jan. 2019. [Fragmento adaptado]
A afirmação de Henry Adams apresenta um entendimento 
inadequado sobrea Filosofia, porque
A. 	 repreende os filósofos com ataques pessoais e 
infundados.
B. 	 confunde o pensamento filosófico com parte da 
atividade científica.
C. 	 ignora a necessidade que todos os seres humanos têm 
de aprender.
D. 	 apoia a noção do senso comum de que só as elites 
intelectuais devem refletir.
E. 	 avalia exageradamente a dificuldade dos seus estudos 
e ignora seus resultados.
Alternativa E 
Resolução: Muitas pessoas ao longo da história fizeram 
críticas das mais diversas à Filosofia. Seja considerando-a 
uma inimiga da fé – como o fizeram alguns pensadores cristãos 
na Antiguidade e medievalidade – seja considerando-a inútil 
e infértil, como o historiador citado na questão, críticas 
das mais variadas foram lançadas. O importante aqui é 
compreender que não é adequado afirmar que a Filosofia é 
ininteligível e que não dá resposta alguma. Pelo contrário, até 
hoje suas investigações suscitam importantíssimos debates, 
como os do campo bioético, apenas para citar um exemplo. 
Ainda assim, cabe entender qual crítica está sendo feita. 
A alternativa A está incorreta, pois o autor não está atacando 
pessoalmente os filósofos, mas o estudo filosófico e seus 
resultados. A alternativa B está incorreta porque há pessoas 
que afirmam que parte da ciência é incompreensível e inútil, 
o que é igualmente incorreto, mas não é isso que o autor 
está afirmando. A alternativa C está incorreta, pois apesar 
de negligenciar a importância da Filosofia, o autor não 
nega a importância do conhecimento para a humanidade. 
A alternativa D está incorreta, já que apesar de defender uma 
noção de senso comum, que a Filosofia é inútil, o historiador 
não está defendendo a que a alternativa traz.
QUESTÃO 71 
O fundador da literatura latina foi o grego Lívio 
Andronico. Levado de Tarento em 272 a.C., com baixa idade, 
como escravo de guerra, Andronico viria a assumir como 
praenomen o gentilício do seu dominus Marco Lívio Salinator, 
que cedo o terá libertado e certamente protegido como 
cliente. Só essa hipótese torna compreensível a facilidade 
com que Andronico assume funções de poeta oficial com a 
incumbência de representar peças de teatro em 240 a.C. 
e de compor um canto religioso para cerimônia pública de 
purificação, em 207 a.C.
BRANDÃO, J. L.; OLIVEIRA, F. História de Roma Antiga: das origens à 
morte de César. Disponível em: <https://estudogeral.uc.pt>. 
Acesso em: 12 abr. 2019.
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O texto demonstra aspectos distintivos da sociedade romana 
na Antiguidade ao
A. 	 retratar as funções impostas aos grupos sociais 
subalternos.
B. 	 representar a possibilidade de o forro conquistar a 
cidadania.
C. 	 destacar os critérios oficiais para a ascensão social dos 
libertos.
D. 	 apresentar os motivadores sociais para a obtenção de 
escravos.
E. 	 expressar uma deficiência artística ao depender da 
cultura grega.
Alternativa B
Resolução:
A) INCORRETA – O texto destaca que os romanos 
aproveitaram os conhecimentos artísticos de um prisioneiro 
de guerra, libertando-o, ou seja, não trata-se de impor 
funções aos escravos ou libertos.
B) CORRETA – Tanto na República quanto no Império, 
a alforria de escravos foi uma prática muito comum, 
principalmente no que diz respeito ao escravo urbano. 
Do ponto de vista do direito privado, o liberto podia tomar o 
nome de seu dono e ser o seu protegido, conforme o exemplo 
citado no texto. Os ex-escravos podiam também tornar-se 
cidadãos com plenos direitos cívicos, como aconteceu com o 
famoso intelectual citado. O texto apresentado é um exemplo 
claro dessa possibilidade de mobilidade na sociedade 
romana na Antiguidade.
C) INCORRETA – A mobilidade social citada no texto não 
faz parte de um critério oficial. A alforria de escravos em 
Roma foi uma prática muito comum, principalmente no meio 
urbano, independentemente de o prisioneiro de guerra ser 
um artista ou não.
D) INCORRETA – Os motivadores para a obtenção de 
escravos em Roma estão relacionados às necessidades 
da sociedade de obter mão de obra para as atividades 
no campo e nos meios urbanos. Desse modo, o texto não 
destaca essa questão.
E) INCORRETA – Apesar de os romanos apreciarem a cultura 
grega, não é possível afirmar que eles apresentavam uma 
deficiência artística.
QUESTÃO 72 
Nessa projeção, os paralelos e os meridianos são linhas 
retas que se cruzam formando ângulos retos. Pertence ao 
tipo chamado conforme, porque não deforma os ângulos. 
Em compensação, as áreas extensas ou situadas em 
latitudes elevadas aparecem nos mapas com dimensões 
exageradamente ampliadas.
Disponível em: <http://www.ead.uepb.edu.br>. 
Acesso em: 21 out. 2016.
Qual é a projeção conforme caracterizada no texto anterior?
A. 	Goode.
B. 	Azimutal.
C. 	Mercator.
D. 	Afilática.
E. 	Peters.
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CH – PROVA I – PÁGINA 40 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C 
Resolução: A projeção conforme de Mercator representa 
todos os ângulos sem deformação, embora haja grande 
distorção de áreas afastadas do Equador. Assim, a 
alternativa correta é a C. Goode (alternativa A) traz as 
massas continentais e oceânicas descontínuas, e, para 
ter maior exatidão, os meridianos centrais da projeção 
correspondem aos meridianos quase centrais dos continentes. 
Uma projeção azimutal (alternativa B) tem paralelos em 
círculos concêntricos e meridianos retos. Uma projeção 
afilática (alternativa D) não tem nenhuma das propriedades 
dos outros tipos. A projeção de Peters é equivalente, por 
isso não pode ser conforme, o que torna a alternativa E 
também incorreta. 
QUESTÃO 73 
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce 
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
PESSOA, F. O Infante. Mensagem. Obra poética, 1960.
O poema de Fernando Pessoa apresenta, como uma das 
características que permearam o ideal português no período 
das Grandes Navegações, entre outros aspectos, 
A. 	 o desejo de conhecer e absorver novos valores.
B. 	 o expansionismo guiado pela aspiração religiosa.
C. 	 o deslocamento do eixo econômico para a América.
D. 	 a necessidade de obtenção de novas fontes de mão 
de obra.
E. 	 a consolidação de parcerias aventureiras com outras 
nações.
Alternativa B
Resolução: O poema de Fernando Pessoa destaca 
características presentes no ideal português referente às 
Grandes Navegações, como a aspiração religiosa, que 
esteve presente no ideário expansionista. Essa característica 
pode ser percebida, por exemplo, nos versos “Deus quer, o 
homem sonha, a obra nasce / Deus quis que a terra fosse 
toda uma”. A concepção religiosa esteve muito presente 
durante o expansionismo marítimo, sendo as Grandes 
Navegações compreendidas como uma extensão do projeto 
de Reconquista, tendo em vista que a ampliação territorial 
assinalava expansão da fé católica, o que torna correta a 
alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois não está 
presente na obra o desejo de conhecer e praticar novas 
culturas. A alternativa C está incorreta, pois não há um 
deslocamento do eixo econômico para a América nesse 
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período. A alternativa D está incorreta, pois não há no texto 
referência à busca de outras fontes de mão de obra. Por 
fim, a alternativa E está incorreta, pois não se observa 
nesse contexto a formação de parcerias entre nações nas 
aventuras expansionistas.
QUESTÃO 74 
Esse conceito refere-se a uma medida que indica o 
número de habitantes por unidade da superfície, geralmente, 
expressa em habitantes por quilômetro quadrado (hab./km²). 
Portanto, trata-se de uma medida em relação à distribuição 
espacial da população e permite o estudo da concentração 
ou dispersão dessa população no espaço geográficoconsiderado. Ela é importante para o planejamento urbano e 
para as políticas de ocupação do território, informando sobre 
a pressão populacional e as necessidades de infraestrutura 
da área.
Disponível em: <https://seriesestatisticas.ibge.gov.br>. 
Acesso em: 26 nov. 2020 (Adaptação).
O texto refere-se ao seguinte conceito demográfico:
A. 	 Crescimento vegetativo.
B. 	 População absoluta.
C. 	 População relativa.
D. 	 Fluxo migratório.
E. 	 Estrutura etária.
Alternativa C
Resolução: O texto refere-se ao conceito de população 
relativa, ou também chamada de densidade demográfica, 
que corresponde ao número médio de habitantes por 
unidade da superfície, geralmente, expressa em habitantes 
por quilômetro quadrado (hab./km²). Essa medida revela 
a distribuição espacial da população, indicando se uma 
determinada porção do espaço apresenta uma alta ou baixa 
concentração demográfica. A alternativa A está incorreta, 
pois o crescimento vegetativo refere-se ao saldo entre as 
taxas de natalidade e de mortalidade em uma população. 
A alternativa B está incorreta, pois a população absoluta 
refere-se ao número total de habitantes que vivem em uma 
determinada área. A alternativa D está incorreta, pois um 
fluxo migratório corresponde ao deslocamento das pessoas 
sobre o espaço geográfico. A alternativa E está incorreta, pois 
a estrutura etária refere-se à proporção entre os grupos de 
idade que compõem uma população.
QUESTÃO 75 
Os processos de socialização podem ser compreendidos 
como um compêndio de interações entre seres humanos, 
das quais estes participam ativamente e assim tornam-se 
membros de determinada sociedade e cultura. Por meio 
de tais processos, os indivíduos internalizam uma série de 
valores, formas de agir e maneiras de pensar e ao mesmo 
tempo desenvolvem seu self individual em uma relação de 
interdependência e de conflito com os valores socioculturais 
que lhes são oferecidos. 
GRIGOROWITSCHS, T. O conceito de “socialização” caiu em desuso? 
Uma análise dos processos de socialização na infância com base em 
Georg Simmel e George H. Mead. Educação e Sociedade. Campinas, 
v. 29, n. 102, jan./abr. 2008 (Adaptação).
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EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 41BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Segundo o texto, a socialização, processo fundamental para a internalização dos valores e costumes sociais, 
caracteriza-se por
A. 	 consolidar a igualdade material entre as pessoas. 
B. 	 produzir seres sociais para a vida em sociedade. 
C. 	 controlar as instituições sociais da sociedade. 
D. 	 selecionar os mais aptos para a vida social.
E. 	 padronizar a personalidade dos indivíduos.
Alternativa B 
Resolução: O texto-base demonstra o processo de socialização como um compêndio de interações entre os indivíduos e que 
os torna membros de uma comunidade social e cultural. Nesse processo, há a internalização de regras, valores e costumes 
que orientam a vida em sociedade. Assim, vamos analisar as alternativas: 
A) INCORRETA – O texto-base não aponta o processo de socialização como responsável por instituir uma igualdade material 
entre as pessoas. 
B) CORRETA – A socialização, como dito anteriormente, consiste em um processo que produz seres sociais, ou seja, indivíduos 
que aprenderam uma série de regras que os possibilita viver em sociedade. 
C) INCORRETA – As instituições, como a família, a igreja e o Estado, são importantes para a socialização do indivíduo. 
Contudo, o processo de socialização não as controla. 
D) INCORRETA – A socialização insere as pessoas na vida social, mas não seleciona os mais aptos por intermédio de uma 
hierarquização. 
E) INCORRETA – O próprio texto-base elenca que há uma série de valores e formas de agir que são internalizadas pelos 
indivíduos. Dessa forma, cada um desenvolve a sua individualidade.
QUESTÃO 76 
Nos séculos XV e XVI, o Velho Mundo descobriu o Novo. As façanhas náuticas desses duzentos anos levaram os europeus 
a quase todas as regiões que tinham acesso marítimo, e deram origem a uma nova concepção geográfica do pequeno mundo 
até então conhecido, centralizado no Mediterrâneo – Europa, parte do Oriente Próximo, Norte da África –, para o mundo como 
o conhecemos hoje e cuja integridade geográfica fora então revelada. 
BASTOS, M. M. G. S. As grandes navegações portuguesas e a conquista das águas profundas pelo Brasil. Revista Economia e Energia, ano XVI, n. 87, 
out./dez. 2012. 
Ao abordar o processo de Expansão Marítima dos séculos XV e XVI, o texto emprega a ideia de uma nova concepção 
geográfica do mundo, que está associada ao(à) 
A. 	 abandono do pensamento mítico religioso.
B. 	 contato com povos da África e do Oriente. 
C. 	 descoberta do Mediterrâneo pelos europeus. 
D. 	 desenvolvimento de inovadas rotas marítimas.
E. 	 passagem da Antiguidade para a modernidade.
Alternativa D
Resolução: O texto aborda a descoberta do “Novo”, das façanhas marítimas que levaram os europeus a outras regiões 
que tinham acessos marítimos, através das descobertas de novas rotas marítimas, o que torna a alternativa D correta. 
A alternativa A está incorreta, pois, nesse período, o pensamento mítico e religioso ainda estava muito presente no imaginário 
europeu, permeando esse processo de expansionismo marítimo. A alternativa B está incorreta, pois o texto não aborda o 
aspecto do contato com os povos da África e do Oriente, mas o processo de descoberta de novas rotas associado a uma 
nova concepção geográfica. A afirmativa C está incorreta, pois o Mediterrâneo já era conhecido pelos europeus. Por fim, 
a alternativa E está incorreta, pois o que o autor chama de Velho Mundo é a Europa, em contraste com o Novo Mundo, 
as Américas, e não a Antiguidade Clássica e a Idade Moderna.
QUESTÃO 77 
No padrão histórico típico, no início, as taxas elevadas de natalidade e mortalidade compensam-se entre si e o resultado é um 
crescimento demográfico lento. Em uma segunda fase, começa a queda de mortalidade com manutenção da natalidade ainda em nível 
alto, trazendo como consequência o acelerado aumento populacional. Numa terceira fase, a mortalidade e natalidade equilibram-se 
a um nível muito mais baixo e o crescimento novamente é lento. Este processo denomina-se transição demográfica. 
YUNES, J. A dinâmica populacional dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 5, n. 1, jun. 1971. Disponível 
em: <https://www.scielo.br>. 
Acesso em: 24 mar. 2021 (Adaptação). 
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CH – PROVA I – PÁGINA 42 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
O processo de transição demográfica de uma população é desencadeado por transformações socioeconômicas que 
proporcionam a
A. 	 redução do controle sobre doenças contagiosas.
B. 	 predominância de uma economia agrícola.
C. 	 evolução do processo de urbanização.
D. 	 queda dos índices de escolaridade.
E. 	 diminuição dos custos de vida.
Alternativa C
Resolução: A transição demográfica de uma população é acompanhada do processo de urbanização, que, em um primeiro 
momento, pode levar à melhoria das condições de vida e à redução da mortalidade. Em segundo momento, a passagem para 
uma sociedade predominantemente urbana desencadeia também a queda das taxas de natalidade e de fecundidade, o que se 
deve a transformações socioeconômicas, como a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, a ampliação do 
acesso a métodos contraceptivos e o aumento dos custos de vida. A alternativa A está incorreta, pois a transição demográfica 
das populações foi possibilitada pela melhoria das condições médico-sanitárias, que levaram a um maior controle sobre 
as doenças contagiosas, reduzindo as taxas de mortalidade. A alternativa B está incorreta, pois a transição demográfica 
é acompanhada da passagem de uma economia agrícola para uma urbana-industrial. A alternativa D está incorreta, 
pois a transição demográfica é acompanhada de mudanças socioeconômicas que levam a uma ampliação do acesso 
à escolarização, o que afeta o comportamento reprodutivodas pessoas, colaborando para que elas adotem o planejamento 
familiar e recorram a métodos contraceptivos. Esse processo resulta na queda da taxa de natalidade. A alternativa E está incorreta, 
pois a transição demográfica é alavancada pela urbanização, sendo que o modo de vida urbano proporciona uma elevação dos custos 
de vida. Isso faz com que as pessoas optem por ter menos filhos.
QUESTÃO 78 
A abertura de novas rotas, a fim de superar os entraves derivados do monopólio das importações orientais pelos venezianos 
e muçulmanos, e a escassez do metal nobre implicavam dificuldades técnicas (navegações do Mar Oceano) e econômicas 
(alto custo dos investimentos), o que exigia larga mobilização de recursos em escala nacional. A expansão marítima, comercial 
e colonial, postulando um certo grau de centralização do poder para tornar-se realizável, constituiu-se em fator essencial do 
poder do Estado metropolitano. 
NOVAIS, F. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial. In: MOTA, C. G. (Org.). Brasil em perspectiva. São Paulo: Difel, 1982. [Fragmento adaptado] 
Em sua análise, o autor indica que o projeto expansionista europeu, dos séculos XV e XVI, tinha como objetivo 
A. 	 fortalecer a economia dos Estados Nacionais europeus.
B. 	 eliminar as relações comerciais mediterrâneas com o Oriente.
C. 	 propagar a religião católica entre os povos considerados pagãos.
D. 	 buscar territórios para o escoamento do excedente populacional. 
E. 	 assegurar os interesses políticos da burguesia comercial europeia. 
Alternativa A 
Resolução: De acordo com o texto, a Expansão Marítima “constituiu-se em fator essencial do poder do Estado metropolitano”, 
indicando que, entre os seus objetivos, encontrava-se o fortalecimento dos Estados Nacionais Modernos europeus, o que 
torna correta a alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois a Expansão Marítima, sobretudo a Ibérica, buscava superar 
os entraves derivados do monopólio das importações orientais pelos venezianos e muçulmanos, por meio da abertura de 
novas rotas, o que não implicava a eliminação das rotas comerciais mediterrâneas. A alternativa C também está incorreta, 
pois, embora o projeto de difusão da fé católica estivesse associado à Expansão Marítima, o texto não aborda esse objetivo. 
Contrariamente ao indicado na alternativa D, o texto não relaciona o empreendimento expansionista europeu dos séculos 
XV e XVI à conquista de territórios para o escoamento do excedente populacional europeu. Por fim, a alternativa E também 
está incorreta, pois a Expansão Marítima estava associada aos interesses econômicos da classe burguesa, que buscava se 
consolidar socialmente, e não politicamente, ainda.
QUESTÃO 79 
O Luverdense foi o grande campeão da Copa Verde 2017. O Verdão do Norte garantiu o título ao segurar o empate com 
o Paysandu na noite da última terça-feira (16/05/2017), no Estádio Olímpico do Mangueirão, em Belém (PA). Esta conquista 
não foi importante apenas para o próprio Verdão do Norte, mas também para o estado de Mato Grosso. [...]
Disponível em: <https://www.cbf.com.br>. 
Acesso em: 04 out. 2017 (Adaptação). 
C75O
LLN8
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 43BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Considerando que a partida começou às 20h30min, no estado brasileiro localizado no fuso GMT – 3, a que horas a partida 
foi transmitida ao vivo para os torcedores do Mato Grosso, (GMT – 4)?
A. 	 18h30min.
B. 	 19h30min.
C. 	 20h30min.
D. 	 21h30min.
E. 	 23h30min.
Alternativa B
Resolução: A partida de futebol aconteceu às 20h30min, hora local em Belém (PA), no dia 16 de maio, isto é, fora do 
horário de verão, e foi transmitida no Mato Grosso às 19h30min, hora local. Conforme os dados da questão, o Pará 
localiza-se no segundo fuso brasileiro (GMT –3) e o Mato Grosso está no terceiro fuso brasileiro (GMT –4). Desse 
modo, o Mato Grosso tem uma hora a menos do que o Pará. A alternativa A está incorreta porque 18h30min foi o 
horário em que o jogo foi transmitido no Acre e em parte do Amazonas, estados do quarto fuso brasileiro. A alternativa C 
está incorreta, pois 20h30min foi o horário da partida no Pará, que é o fuso da hora oficial de Brasília. A alternativa D está 
incorreta porque 21h30min foi o horário de transmissão do jogo no primeiro fuso brasileiro. A alternativa E está incorreta, pois 
23h30min foi a hora em que a partida foi transmitida no fuso do Meridiano de Greenwich.
QUESTÃO 80 
D. João, mestre da Ordem Militar de Avis, assumiu o poder e reinou de 1385 a 1433. Henrique, um dos seus quatro filhos, é 
considerado o idealizador e mentor dessa expansão, até o ano de sua morte, em 1460. Os sucessivos reis dessa família – Duarte I, 
filho primogênito de João I, que reinou entre 1433 e 1438, Afonso V (1438-1481), João II (1481-1495), Manuel I (1495-1521), 
João III (1521-1557) e Sebastião I (1557-1578) – tomaram iniciativas e deram continuidade a esse projeto expansionista até 
meados do século XVI. [...] Os portugueses definiram inicialmente dois projetos de expansão ultramarina: povoar as ilhas da 
Madeira e promover viagens de reconhecimento ao longo das costas africanas para além do trecho já conhecido.
Disponível em: <https://revistas.ufpi.br>. Acesso em: 17 nov. 2020.
O texto sinaliza que a execução do empreendimento marítimo, na Era Moderna, foi
A. 	 encorajada pela vitória cruzadística.
B. 	 impulsionada por diferentes políticas.
C. 	 motivada pelo tradicionalismo cristão.
D. 	 favorecida pela estabilidade dinástica.
E. 	 estimulada pela ideologia eurocêntrica.
Alternativa D 
Resolução: Conforme o texto destaca, os portugueses possuíam uma cultura focada na navegação, que foi reforçada 
pela ação dos reis da dinastia de Avis. O texto apresenta a sequência de reis da casa de Avis, que investiram no projeto de 
navegação. Desse modo, a estabilidade da dinastia, aliada a essa tradição navegadora, permitiu que o Estado português 
promovesse, de forma pioneira, esses investimentos em um projeto tão arrojado, o que torna a alternativa D correta. 
A alternativa A está incorreta, pois não se pode afirmar que ocorreu a “vitória cruzadística”, haja vista que as cruzadas 
foram, em grande medida, um fracasso quanto aos objetivos religiosos, além de não ser esse o aspecto abordado no 
texto. A alternativa B está incorreta, pois, conforme o texto destaca, o sucesso português na Expansão Marítima se deu 
pela incisiva ação da dinastia de Avis, que conduziu todo o processo e deu continuidade ao projeto expansionista iniciado 
por D. Henrique, e, portanto, não foi impulsionado por diferentes políticas. A alternativa C está incorreta, pois, apesar de a 
religiosidade cristã estar presente na mentalidade portuguesa da época, não é esse o aspecto abordado no texto. Por fim, 
a alternativa E está incorreta, pois, embora o eurocentrismo estivesse presente na mentalidade da época, não existe no texto 
nenhuma relação entre esse pensamento e a condução da Expansão Marítima pelos Avis.
FSI5
CH – PROVA I – PÁGINA 44 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 81 
População mundial total, segundo regiões mais desenvolvidas e menos desenvolvidas, 1950-2050 – Participação relativa (%)
Período Regiões mais desenvolvidas * Regiões menos desenvolvidas **
1950 32,26 67,74
1960 30,27 69,73
1970 27,26 72,74
1980 24,37 75,63
1990 21,76 78,24
2000 19,61 80,39
2010 17,91 82,09
2020 16,42 83,58
2030 15,25 84,75
2040 14,33 85,67
2050 13,62 86,38
ONU. Population Division of the Departament of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat. World Population Prospects: The 2004 Revision. 
*Europa, América do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Japão. **África, Ásia (excluindo o Japão), América Latina e Caribe. 
A leitura dos dados da tabela auxilia na elaboração de que tipo de raciocínio acerca da distribuição da população mundial 
e da sua evolução demográfica? 
A. 	 As regiões mais desenvolvidas começaram a apresentar queda na taxa de crescimentovegetativo a partir da segunda 
metade do século XX como resultado das políticas antimigratórias. 
B. 	 Os países menos desenvolvidos expressaram uma queda no crescimento natural a partir da década de 1980, inaugurando, 
assim, sua entrada na última fase da transição demográfica. 
C. 	 Os países mais ricos apresentaram crescimento populacional moderado no início do século XXI em função das quedas 
acentuadas de fecundidade, sobretudo da população nativa. 
D. 	 As regiões de economia periférica apresentaram um expressivo crescimento populacional entre as décadas de 1960 
e 1970 devido, sobretudo, à queda das taxas de mortalidade. 
E. 	 As regiões mais pobres iniciaram um processo de crescimento populacional negativo na década de 1990 que lhes 
possibilita uma aproximação com o padrão de crescimento dos países ricos. 
Alternativa D
Resolução: Os países menos desenvolvidos apresentaram queda das taxas de mortalidade, resultado do acesso ampliado 
aos sistemas sanitário e de saúde, fenômeno que ficou conhecido na segunda metade do século XX como Revolução Médico-
-Sanitária. A alternativa A está incorreta por considerar o crescimento vegetativo como resultado dos movimentos migratórios, 
sendo que o crescimento vegetativo ou natural resulta da diferença entre os índices de natalidade e de mortalidade. Além 
disso, é impossível inferir da tabela que houve “queda na taxa de crescimento vegetativo a partir da segunda metade do século 
XX”, porque os dados começam em 1950. Teria que haver dados anteriores para a comparação. A alternativa B está incorreta 
ao afirmar que os países menos desenvolvidos já estão na última fase da transição demográfica, pois parte desse grupo de 
países ainda apresenta elevadas taxas de natalidade. De acordo com a tabela, o crescimento populacional nesses países é 
contínuo. A alternativa C está incorreta, pois não houve crescimento populacional moderado entre os países ricos no início 
do século XXI, e sim decréscimo. A alternativa E está incorreta, pois a tabela demonstra o crescimento positivo contínuo da 
população das regiões menos desenvolvidas.
588O
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 45BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 82 
[...] Parece que por inspiração divina começou o 
infante Dom Henrique este descobrimento por mar que 
outro nenhum príncipe da Europa que eram senhores de 
muito maior estado que ele, porque dele herdassem os reis 
de Portugal que foram dali por diante este descobrimento 
principalmente o ilustríssimo rei dom Manuel, para quem a 
divina providência tinha guardado o feito dele que era a Índia.
CASTANHEDA, F. L. História do descobrimento e conquista da Índia 
pelos portugueses. Coimbra: Imprensa Universidade, 1924. p. 71. 
[Fragmento adaptado]
No texto, o historiador português associa as viagens 
marítimas da época moderna à
A. 	 organização política.
B. 	 tradição racionalista.
C. 	 predestinação régia.
D. 	 concepção xenofóbica.
E. 	 idealização paradisíaca.
Alternativa C
Resolução: Conforme destacado no texto, o historiador 
português associa o sucesso da Expansão Marítima 
portuguesa à providência divina, reservando aos Avis o 
papel determinado por Deus de realizar os feitos marítimos, 
o que torna a alternativa C correta. A alternativa A está 
incorreta, pois o texto do historiador português não faz uma 
associação das viagens marítimas como consequências 
de uma organização política, embora saibamos que esse 
aspecto contribuiu para os empreendimentos marítimos. 
A alternativa B está incorreta, pois o autor não faz nenhuma 
referência ao pensamento racionalista. A alternativa 
D também está incorreta, pois, apesar de o processo 
expansionista ter sido marcado pela intolerância, não há 
xenofobia no texto do historiador português. Por fim, apesar 
de os relatos ligados à Expansão Marítima serem repletos 
de referências paradisíacas, no texto não há nenhuma 
referência a idealizações de paraíso terrestre, o que invalida, 
portanto, a alternativa E.
QUESTÃO 83 
Disponível em: <https://www.google.com.br/maps>. Acesso em: 25 out. 
2018 (Adaptação).
ØHEI
ØWQN
Um avião partiu de Auckland, na Nova Zelândia, no dia 1º de 
janeiro de um certo ano e aterrissou em Honolulu, no Havaí, 
no dia 31 de dezembro do ano anterior, fazendo o que foi 
chamado de “viagem no tempo”. Com base na rota da viagem 
traçada no globo, o fato relatado ocorreu porque o avião
A. 	 permaneceu a oeste do Meridiano de Greenwich.
B. 	 cruzou a Linha Internacional de Mudança de Data.
C. 	 passou do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte.
D. 	 viajou do Hemisfério Oeste para o Hemisfério Leste.
E. 	 cortou os paralelos de Capricórnio, Câncer e Equador.
Alternativa B
Resolução: O sistema de fusos horários foi elaborado 
utilizando como referência o Meridiano de Greenwich, a 
partir do qual as horas estão atrasadas ou adiantadas. Essa 
escolha trouxe como consequência a conveniente localização 
do correspondente Antimeridiano de Greenwich (180º) no 
meio do Oceano Pacífico. Essa linha ficou conhecida como 
Linha Internacional de Mudança de Data (LID) que, por 
convenção internacional, determina a mudança da data. 
Ao cruzar-se a LID do Hemisfério Leste para o Hemisfério 
Oeste, retrocede-se um dia no calendário civil e o oposto 
ocorre se o trajeto tiver sentido inverso. O caso apontado 
na questão (“viagem no tempo”) deve-se ao fato de que o 
avião partiu do Hemisfério Leste, onde fica a Nova Zelândia, 
em direção ao arquipélago do Havaí, no Hemisfério Oeste – 
considerados a partir de Greenwich. Nessa situação, devido 
à convenção internacional, 24 horas são subtraídas de 1º de 
janeiro para 31 de dezembro do ano anterior. A alternativa 
A está incorreta porque independentemente de que lado do 
Meridiano de Greenwich se esteja, a adição ou a subtração 
de 24 horas é determinada pela LID. A alternativa C está 
incorreta, pois apesar de o avião deslocar-se do Hemisfério 
Sul para o Norte, esse fato não tem nenhuma relevância 
para explicar o fenômeno apresentado, uma vez que as 
horas variam unicamente em função das longitudes e não 
das latitudes. A alternativa D está incorreta porque o sentido 
da viagem foi do Hemisfério Leste (em relação à Greenwich) 
para o Oeste. A alternativa E está incorreta, pois a Linha do 
Equador e os outros paralelos delimitam as latitudes que 
não influenciam a variação das horas. 
QUESTÃO 84 
Os Tribunos da Plebe, a princípio dois e mais tarde dez, 
eram invioláveis. Tinham direito de poder socorrer o cidadão 
ameaçado por um magistrado e interceder ou anular atos ou 
decisões que julgassem prejudiciais aos plebeus. Podiam 
reunir a assembleia da plebe e fazer votar o que tinha valor 
de lei para os plebeus.
KOSHIBA, L. História: origens, estruturas e processos. São Paulo: 
Atual Editora, 2000. p. 83.
No contexto republicano da Roma Antiga, a criação do cargo 
descrito no texto representou o(a)
A. 	 deslocamento do centro de poder administrativo.
B. 	 ampliação do direito de representação na política.
C. 	 garantia da igualdade política entre os grupos sociais. 
D. 	 extensão da cidadania a todos os habitantes de Roma.
E. 	 apaziguamento dos conflitos entre plebeus e patrícios.
M8GD
CH – PROVA I – PÁGINA 46 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
C) INCORRETA – Como dito, a Sociologia não estava 
interessada em propor uma transformação na sociedade e, 
no caso específico da alternativa, no capitalismo. 
D) INCORRETA – O texto-base não demonstra a existência 
de cooptação dos trabalhadores das fábricas por parte da 
Sociologia. 
E) INCORRETA – O texto-base não relata a Sociologia como 
protetora da burguesia contra ações violentas.
QUESTÃO 86 
Utilizaram [...] a limitação ou exclusão dos estrangeiros 
do meio social respectivo, o sigilo na sua política, em 
especial, pelo sequestro de documento, a organização da 
espionagem nos países concorrentes, e a política do “mare 
clausum” [“mar fechado”], utilizando a difusão de lendas 
proibitivas, o segredo geográfico, a organizaçãopor meio de 
tratados e delimitação de zonas e, finalmente, a aplicação 
de sanções violentas contra os transgressores.
CORTESÃO, J. A Política de Sigilo nos Descobrimentos. Lisboa: 
Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1997.
O texto descreve estratégias adotadas pela monarquia 
portuguesa no contexto das Grandes Navegações dos séculos 
XV e XVI para
A. 	 fortalecer as estruturas militares nacionais.
B. 	 impulsionar o progresso técnico e científico.
C. 	 consolidar o processo de centralização política.
D. 	 garantir a hegemonia no projeto expansionista. 
E. 	 viabilizar a propagação do cristianismo católico. 
Alternativa D
Resolução: O Estado português, com o objetivo de impedir 
o acesso dos demais reinos europeus às informações do 
seu processo de Expansão Marítima, adotou uma política 
de sigilo, procurando controlar os documentos vinculados 
às suas expedições e limitar ou impedir a participação 
de estrangeiros em seus empreendimentos. Além disso, 
segundo o texto, realizou ações de espionagem nos países 
concorrentes e invocou também a política do “mare clausum”, 
na intenção de garantir o domínio sobre determinas áreas 
marítimas, indicando o interesse luso em assegurar a 
hegemonia, e até mesmo o monopólio sobre determinadas 
rotas, no processo de Expansão Marítima europeia dos 
séculos XV e XVI, o que torna correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta, pois a política de sigilo não 
objetivava fortalecer as estruturas militares portuguesas, 
mas se valia delas para se efetivar. A alternativa B também 
está incorreta, pois, embora o progresso técnico e científico 
vinculado às navegações marítimas fosse intensamente 
estimulado pela Coroa portuguesa, a política de sigilo não foi 
utilizada nesse sentido, visando apenas proteger os novos 
conhecimentos náuticos portugueses. Contrariamente ao 
indicado na alternativa C, Portugal, no período das Grandes 
Navegações, já havia se consolidado como um Estado 
Nacional centralizado, sendo essa condição determinante 
para a realização da própria Expansão Marítima. Por fim, 
a alternativa E também está incorreta, pois, embora a 
divulgação da religião católica estivesse atrelada às Grandes 
Navegações portuguesas dos séculos XV e XVI, a política 
de sigilo adotada por Portugal não estava associada a esse 
aspecto da Expansão Marítima.
51ZL
Alternativa B
Resolução: Na estrutura da República Romana, além das 
magistraturas (cônsul e pretor) e do Senado, havia uma outra 
instituição, a Assembleia Popular, à qual cabia representar 
os interesses da plebe. Após uma série de revoltas e motins, 
os plebeus tiveram seus desejos de participação política 
atendidos com a criação do cargo do Tribuno da Plebe, 
que poderia vetar, inclusive, as decisões do Senado, o que 
torna correta a alternativa B. As alternativas A e D estão 
incorretas, pois, embora a criação do cargo de Tribuno 
garantisse a representação política da plebe na Roma Antiga, 
o poder político seguia centrado nas magistraturas, que 
representavam os interesses da elite romana. Contrariamente 
ao indicado na alternativa C, a criação do cargo de Tribuno da 
Plebe só ampliou a representação política na Roma Antiga, o 
que não implicava a garantia de igualdade entre os diversos 
grupos sociais. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois a 
criação do Tribuno da Plebe não foi capaz de apaziguar os 
conflitos entre plebeus e patrícios, que levariam à elaboração 
da Lei das Doze Tábuas, em 450 a.C., considerada a base 
do direito romano.
QUESTÃO 85 
A Sociologia surgiu, na primeira metade do século XIX, 
sob o impacto da Revolução Industrial e da Revolução 
Francesa. As transformações econômicas, políticas e 
culturais suscitadas por esses acontecimentos criaram a 
impressão generalizada de que a Europa vivia o alvorecer 
de uma nova sociedade. A própria concepção de vida social 
alterou-se bruscamente. Não se tratava mais de seguir 
a tradição, a estática de uma posição estabelecida pelo 
nascimento, mas de situar-se em uma dinâmica social em 
constante transformação e movimento.
MUSSE, R. Apontamentos sobre o nascimento da Sociologia. 
Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/>. 
Acesso em: 11 abr. 2019 (Adaptação). 
Impulsionada pelo surgimento de uma nova ordem social, a 
Sociologia nasce com a finalidade de 
A. 	 revolucionar as bases políticas da sociedade. 
B. 	 entender a estrutura social da modernidade. 
C. 	 transformar a ordem social do capitalismo. 
D. 	 cooptar os trabalhadores das indústrias. 
E. 	 proteger a burguesia da violência social. 
Alternativa B 
Resolução: O texto-base concede informações sobre 
o cenário de formação da Sociologia. Essa ciência, que 
nasce em um mundo em constante transformação das 
bases econômicas e sociais, surge com o objetivo de 
entender a nova formação social, isto é, a estrutura social 
da modernidade. Por isso, a alternativa B é a correta. Vamos 
analisar as demais alternativas: 
A) INCORRETA – O texto-base não indica que a Sociologia 
queria, em seu início, revolucionar as bases políticas da 
sociedade. O que ela objetivava era entender o novo cenário 
social que se formava devido a uma série de transformações 
políticas, econômicas e sociais que ocorriam naquele 
determinado período histórico. 
MJD7
EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 47BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 87 
O caráter fundamental da filosofia positiva é tomar todos os fenômenos como sujeitos a leis naturais invariáveis, cuja 
descoberta precisa e cuja redução ao menor número possível constituem o objetivo de todos os nossos esforços, considerando 
como absolutamente inacessível e vazia de sentido para nós a investigação das chamadas causas, sejam primeiras, sejam 
finais.
COMTE, A. Primeira lição. In: ______. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978
Relegando as investigações das causas dos eventos, o positivismo de Auguste Comte objetiva a descoberta de
A. 	 dogmas religiosos fundantes do universo. 
B. 	 leis naturais que regem os fenômenos. 
C. 	 argumentos metafísicos da natureza. 
D. 	 políticas econômicas da vida social. 
E. 	 fatos filosóficos do mundo natural.
Alternativa B 
Resolução: O texto-base demonstra que o caráter fundamental do positivismo de Comte é tomar todos os fenômenos como 
sujeitos a leis naturais invariáveis. Ao mesmo tempo, a descoberta dessas leis é o foco dos esforços do positivismo. Dessa 
maneira, a alternativa correta é a B. Analisando as demais alternativas, temos: 
A) INCORRETA – No texto-base é dito que o positivismo não quer investigar as causas, primeiras e finais, dos fenômenos. 
C) INCORRETA – Os argumentos metafísicos, para Comte, fazem parte do estado metafísico, etapa anterior ao estado positivo 
no qual a ciência auxilia na busca pelas leis que regem os fenômenos. 
D) INCORRETA – O texto-base não reflete uma busca do positivismo por políticas econômicas. 
E) INCORRETA – A Filosofia ocupa parte do estado metafisico na obra de Comte. Como dito, é no estado positivo que se 
busca pelas leis naturais que regem os fenômenos.
QUESTÃO 88 
Algumas salas de aula de escolas públicas de Boston, no nordeste dos Estados Unidos, começaram a usar o mapa do 
mundo elaborado a partir da projeção cartográfica de Gall-Peters, batizada em homenagem a James Gall, escocês aficionado 
por astronomia que a desenhou pela primeira vez em 1855, e ao historiador alemão Arno Peters, que a difundiu na década de 
1970. Esse mapa mostra o tamanho e a proporção entre as áreas de países, continentes e oceanos com mais precisão. Em 
2017, cerca de 600 escolas públicas da cidade norte-americana receberam cópias dele, noticiou o jornal The Boston Globe.
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 16 dez. 2020 (Adaptação).
As informações mencionadas no texto evidenciam que a projeção cartográfica de Gall-Peters é classificada como:
A. 	 Equidistante.
B. 	 Equivalente.
C. 	 Conforme.
D. 	 Azimutal.
E. 	 Afilática.
Alternativa B
Resolução: As projeções cartográficas são classificadas de acordocom as propriedades geométricas da superfície que 
são capazes de preservar e evitar distorções, o que resulta em projeções conformes (preservam as formas), equidistantes 
(preservam as distâncias) e equivalentes (preservam as áreas). A projeção cartográfica de Gall-Peters é classificada como 
equivalente, pois, como é explicitado no texto, ela “mostra o tamanho e a proporção entre as áreas de países, continentes 
e oceanos com mais precisão”; o que torna a alternativa B correta e as alternativas A e C incorretas. As projeções 
também são classificadas de acordo com o tipo de superfície usado na transposição do globo terrestre para o mapa, 
o que resulta em projeções cilíndricas, cônicas e azimutais (ou planas). A projeção de Gall-Peters é do tipo cilíndrica, o que 
torna a alternativa D incorreta. A alternativa E está incorreta, pois as projeções afiláticas são aquelas que não conservam 
nenhuma propriedade geométrica da superfície.
ENSX
IGZM
CH – PROVA I – PÁGINA 48 EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 89 
Um dia, eu meditava sobre o fato de que Esparta sendo, uma das cidades menos povoadas, não obstante, mostrado 
a mais poderosa e conhecida na Grécia, não pude deixar de me perguntar, querer saber, como tal coisa pode acontecer 
[...] Embora Licurgo que lhes deu leis, cuja obediência lhes devem sua prosperidade, ao fazer isso eu admiro você homem 
conhecido pela extrema sabedoria.
XENOFONTE. A República dos Lacedemônios, I. 1-2. In: SILVEIRA, C. T. Do mítico ao histórico: Licurgo sob o olhar de Xenofonte e Plutarco. 
Alétheia – Revista de estudos sobre Antiguidade e Medievo, v. 2, ago./dez. 2009.
O autor Xenofonte, ao analisar o poderio de Esparta, relaciona-o 
A. 	 ao sistema legislativo espartano.
B. 	 à organização populacional.
C. 	 à constituição militarista.
D. 	 ao governo democrático.
E. 	 à posição geográfica.
Alternativa A 
Resolução: O autor faz uma reflexão à medida que atribui as grandezas de Esparta não à sua população, mas ao sistema 
legislativo, leis que foram deixadas por Licurgo. Este que é uma figura que não se sabe seguramente se existiu, mas que faz 
parte da mitologia antiga. Acredita-se que Licurgo foi um legislador lendário que, segundo a tradição, viveu nos séculos IX-VIII 
na pólis espartana e deixou um conjunto de leis. Sua memória é recorrentemente mencionada em Esparta do século V a.C., o 
que torna a alternativa A correta e invalida a alternativa B. A alternativa C está incorreta, pois, embora Esparta seja reconhecida 
pelo seu poderio e organização militar, esse não é o aspecto tratado no texto por Xenofonte. A alternativa D está incorreta, 
pois em Esparta não se constituiu um governo democrático. E, por fim, a alternativa E está incorreta, pois Xenofonte também 
não atribuiu o poderio espartano à posição geográfica em que a cidade se encontrava.
QUESTÃO 90 
Mapas em escalas grandes permitem a representação de levantamentos com precisão geométrica; por isso são utilizados 
na administração geral (planejamento, construções, etc.) de obras públicas – sistemas de saneamento, distribuição de água, 
barragens, pontes, viadutos, estradas de ferro e de rodagem. Também são de uso imprescindível aos coletores de dados 
estatísticos, pois servem de instrumento básico para o registro geográfico e cadastral.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Cartográficas: para Base Operacional Geográfica. 
Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br>. Acesso em: 25 mar. 2021 (Adaptação).
Os mapas em escalas grandes possibilitam as aplicações citadas pelo texto porque são indicados para
A. 	 reduzir o terreno um grande número de vezes.
B. 	 levantar dados mais gerais em nível nacional.
C. 	 mostrar as divisões políticas entre países.
D. 	 representar um alto nível de detalhes.
E. 	 cartografar extensas áreas territoriais.
Alternativa D
Resolução: O texto afirma que mapas em escalas grandes possibilitam a representação da superfície terrestre com grande 
nível de precisão e que, por isso, são amplamente usados na administração de obras públicas e na coleta de dados estatísticos. 
Isso é possível porque esses mapas reduzem a realidade um número menor de vezes, permitindo representar um nível maior 
de detalhamento. A alternativa A está incorreta, pois os mapas em escalas pequenas é que reduzem a realidade um número 
maior de vezes ao ser representada cartograficamente. A alternativa B está incorreta, pois os mapas em escalas grandes 
são mais indicados para representar informações mais específicas de regiões menores, como áreas urbanas. Os mapas em 
escala pequena é que são adequados para representar informações gerais em nível nacional. A alternativa C está incorreta, 
pois os mapas em escala pequena é que são apropriados para representar as divisões político-administrativas de um país 
ao possibilitarem cartografar áreas mais extensas. A alternativa E está incorreta, pois os mapas em escalas grandes, ao 
reduzirem a realidade um número menor de vezes, são apropriados na representação de áreas menos extensas, como é o 
caso de plantas de cidades, bairros ou construções.
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EM 1ª SÉRIE – VOL. 1 – 2023 CH – PROVA I – PÁGINA 49BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO

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