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Simulado Bernoulli 2023 volume 2 1 ano medio

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ENSINO MÉDIO 1 - 2023 - VOLUME 2 - PROVA I
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Dear Sir / Madam,
I’m writing to express my dissatisfaction at my holiday 
with Feel Free Travel. My friend and I went on the 8-day 
tour of Greece and we were extremely disappointed with the 
accommodation and the food.
First of all, your brochure said we would stay in ‘clean, 
mid-range hotels’. However, my bedroom was dirty in the 
Olympia Hotel, and the Opera Hotel was in a noisy and unsafe 
part of town, which made me feel very anxious.
Secondly, although the brochure stated that all meals 
were included, I was shocked by the food that was served 
at the hotel restaurant. For lunch, we were given a small, 
squashed sandwich and a carton of juice. To make matters 
worse, when we complained to the tour guide, we were told 
to buy more food at the supermarket. I feel that I am entitled 
to a refund to compensate for this terrible service.
I look forward to hearing from you soon.
Yours faithfully,
Julie Watkins
Disponível em: <https://test-english.com>. 
Acesso em: 27 fev. 2023 (Adaptação).
Em relação ao e-mail, a autora encerra sua mensagem 
dizendo ser elegível a um reembolso por alegar que as
A. 	 despesas com supermercado resultaram em maiores 
gastos.
B. 	 experiências foram diferentes das que o pacote 
prometia.
C. 	 hóspedes precisaram mudar de hotel durante a estadia.
D. 	 refeições servidas estavam em desacordo com as 
fotos.
E. 	 viajantes tiveram seus pedidos ignorados pelo guia 
turístico.
Alternativa B
Resolução: Segundo o e-mail, a viajante descreve uma 
série de relatos negativos conectados ao fato de que as 
experiências vividas por ela não correspondem ao que lhe 
foi prometido pela agência. O “entitled to a refund” refere-
se, assim, ao direito de reembolso solicitado pela autora da 
mensagem como compensação pela disparidade entre o 
que é ofertado no pacote e a experiência real que tiveram. 
A alternativa B, então, está correta. A alternativa A está 
incorreta porque a ida ao supermercado foi uma sugestão 
do guia, mas não há indícios textuais que elas foram ou 
gastaram mais por isso. A alternativa C está incorreta, pois 
as viajantes sabiam que mudariam de hotel e, portanto, esse 
não seria um motivo de insatisfação (“your brochure said we 
would stay in ‘clean, mid-range hotels’.”). A alternativa D não 
pode ser inferida a partir do conteúdo textual, pois a autora 
do e-mail não fala sobre fotos das refeições. A alternativa E 
está incorreta porque o guia apenas orientou as viajantes 
quando recebeu a queixa. Assim, não é possível inferir que 
os pedidos delas foram ignorados.
WROV
QUESTÃO 02 
Is it OK to listen to music while studying?
You may have heard of the Mozart effect – the idea that 
listening to Mozart makes you “smarter”. This is based on 
research that found listening to complex classical music like 
Mozart improved test scores, which the researcher argued 
was based on the music’s ability to stimulate parts of our 
minds that play a role in mathematical ability.
However, further research conclusively debunked the 
Mozart effect theory: it wasn’t really anything to do with 
math, it was really just that music puts us in a better mood.
Research conducted in the 1990s found a “Blur Effect” – 
where kids who listened to the BritPop band Blur seemed 
to do better on tests. In fact, researchers found that the Blur 
effect was bigger than the Mozart effect, simply because 
kids enjoyed pop music like Blur more than classical music.
Being in a better mood likely means that we try that little 
bit harder and are willing to stick with challenging tasks.
Disponível em: <https://theconversation.com>. 
Acesso em: 8 mar. 2023. [Fragmento]
Segundo o texto, a teoria do Mozart effect caiu em descrédito, 
pois pesquisadores esclareceram que
A. 	 os resultados dos testes estavam incorretos.
B. 	 os jovens deixaram de apreciar música clássica.
C. 	 o método funcionava apenas para a matemática.
D. 	 a saúde mental importava mais do que boas notas.
E. 	 o bom humor promovia a melhora no desempenho.
Alternativa E
Resolução: O “efeito Mozart” trata-se da ideia de que ouvir 
música clássica deixa as pessoas mais inteligentes e aptas 
a tirarem notas altas em provas. A teoria provou-se falsa 
quando pesquisadores descobriram que ouvir qualquer tipo 
de música melhora nosso humor, o que por sua vez melhora 
nosso desempenho, como aponta a alternativa E.
QUESTÃO 03 
Father Time
Daddy issues made me learn losses, I don’t take those 
well
A child that grew accustomed, jumping up when I scraped 
my knee
‘Cause if I cried about it, he’d surely tell me not to be weak
Daddy issues, hid my emotions, never expressed myself
Men should never show feelings, being sensitive never 
helped
His momma died, I asked him why he goin’ back to work 
so soon?
His first reply was: Son, that’s life, the bills got no silver 
spoon
This made relationships seem cloudy, never attached 
to no one
So if you took some likings around me, I might reject 
the love
Daddy issues kept me competitive, that’s a fact
Guess I’m not mature as I think, got some healing to do
Need assistance with the way I was brought up
‘Cause everything he didn’t want was everything I was
LAMAR, K. Disponível em: <www.letras.mus.br>. 
Acesso em: 18 fev. 2023. [Fragmento]
OVUQ
ADIS
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 05 
Organic farming and labelling
Organic agriculture is about a way of farming that pays 
close attention to nature by using fewer chemicals on the 
land such as artificial fertilisers, which can pollute waterways. 
It means more wildlife and biodiversity, the absence of 
veterinary medicines such as antibiotics in breeding livestock 
and the avoidance of genetic modification. Organic farming 
can also offer benefits for animal welfare, as animals are 
required to be kept in more natural, free range conditions.
For composite foods to be labelled as organic, at least 
95% of the ingredients must come from organically produced 
plants or animals. European Union-wide rules require organic 
foods to be approved by an organic certification body, which 
carries out regular inspections to ensure the food meets a 
strict set of detailed regulations. As some ingredients are not 
available organically, a list of non-organic food ingredients 
are allowed, however all artificial colourings and sweeteners 
are banned completely in foods labeled as organic.
LEWIN, J. Disponível em: <www.bbcgoodfood.com>. Acesso em: 12 
nov. 2020. [Fragmento adaptado]
De acordo com o texto, para que um alimento seja 
considerado orgânico pelos órgãos reguladores, ele deve
A. 	 ser composto apenas de vegetais não transgênicos.
B. 	 ter sido cultivado sem aplicação de fertilizantes no solo.
C. 	 estar desprovido de qualquer espécie de corante e 
adoçante.
D. 	 conter no máximo cinco por cento de ingredientes não 
orgânicos.
E. 	 usar ingredientes provenientes de animais tratados e 
medicados.
Alternativa D
Resolução: Segundo os requisitos listados no artigo, para 
que um alimento seja considerado orgânico, pelo menos 
95% dos seus ingredientes devem ser provenientes de 
fontes orgânicas animais ou vegetais: For composite foods 
tobe labelled as organic, at least 95% of the ingredients 
must come from organically produced plants or animals. 
Logo, deduz-se que esse alimento deve apresentar no 
máximo cinco por cento de ingredientes não orgânicos, 
conforme aponta a alternativa D, que é a resposta correta. 
As alternativas A e B não se sustentam porque não há 
informações no texto sobre vegetais não transgênicos nem 
sobre a proibição de fertilizantes. Recomenda-se apenas 
o uso reduzido de fertilizantes artificiais. A alternativa C 
está incorreta porque são proibidos apenas os corantes e 
adoçantes artificiais. A alternativa E está incorreta porque, 
no primeiro parágrafo, é dito que a agricultura orgânica 
busca extinguir o uso de medicamentos veterinários, como 
os antibióticos, no cultivo do gado.
A1EGAo abordar sua relação com o pai, o eu lírico da canção 
demonstra uma tentativa de
A. 	 reconciliar-se com sua família.
B. 	 pedir desculpas ao seu progenitor. 
C. 	 esquecer seus traumas de infância.
D. 	 superar relacionamentos fracassados.
E. 	 refletir sobre a criação paterna recebida.
Alternativa E
Resolução: Ao longo da canção, o eu lírico enfatiza ter 
“daddy issues”, ou seja, problemas com o pai. Ele narra 
diversos episódios da sua infância e juventude e examina 
as maneiras com que esses incidentes o influenciaram 
e moldaram seu caráter e relacionamentos no presente. 
Dessa forma, a alternativa E é a que melhor corresponde às 
ponderações do eu lírico na letra da música. As alternativas 
A, B e D estão incorretas, pois não há indícios textuais na 
letra da canção que sugere reconciliação, um pedido de 
desculpas ou a superação de relacionamentos fracassados. 
A alternativa C está incorreta porque o eu lírico passa pelas 
suas memórias e reflete sobre como seu passado o moldou. 
Sendo assim, não é possível inferir que o eu lírico tenta 
esquecer seus traumas.
QUESTÃO 04 
Disponível em: <www.adsoftheworld.com>. Acesso em: 16 fev. 2023.
A campanha sobre poliomielite visa despertar a atenção do 
público para o fato de que
A. 	 as redes sociais prestam um desserviço à causa.
B. 	 o número de crianças vacinadas está estagnado.
C. 	 a página oficial da Unicef alcança mais pessoas.
D. 	 as formas de contribuir devem ir além das curtidas.
E. 	 o valor adquirido em doações pelo Facebook é irrisório.
Alternativa D
Resolução: O anúncio afirma que se a página da Unicef 
ganhar curtidas no Facebook, zero crianças serão vacinadas 
contra a poliomielite. O texto explica, em seguida, que 
embora eles não tenham nada contra curtidas, vacinas 
custam dinheiro e que é possível ajudar fazendo doações 
pelo site da instituição. Portanto, a alternativa que melhor 
elucida o anúncio é a D.
F6V2
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Zamba para olvidar
La tarde se ha puesto triste
Y yo prefiero callar
Para qué vamos a hablar
De cosas que ya no existen
No sé para qué volviste
Ya ves que es mejor no hablar
Qué pena me da, saber que al final
De este amor ya no queda nada
Solo una pobre canción
Da vueltas por mi guitarra
Y hace rato que te extraña
Mi zamba para olvidar
SOSA, M. Cantora. Buenos Aires: Sony BMG, 2009. [Fragmento]
“Zamba para olvidar” é uma canção de amor. O uso da 
expressão te extraña, associada ao violão, revela que o 
eu lírico
A. 	 espera retomar a relação. 
B. 	 sente falta da pessoa amada. 
C. 	 deseja esquecer o abandono.
D. 	 acha que se tornou diferente.
E. 	 chora porque não sobrou nada.
Alternativa B
Resolução: A canção “Zamba para olvidar” retrata a 
desilusão do eu lírico após um rompimento amoroso. Por 
meio da zamba, música típica do noroeste da Argentina, o 
sujeito poético que a compõe expressa que quer esquecer 
a pessoa amada e o desamor. Ao mencionar a expressão 
te extraña, que se refere ao violão (Da vueltas por mi guitarra / 
Y hace rato que te extraña), ele evidencia que, assim como o 
instrumento musical, sente falta da pessoa amada. De acordo 
com o Diccionario de la Lengua Española, extrañar significa 
“echar de menos a alguien o algo, sentir su falta”. Portanto, 
está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta 
porque o eu lírico está convicto de que a relação chegou ao 
fim, pois é algo que já não existe (Para qué vamos a hablar / 
De cosas que ya no existen). A alternativa C está incorreta 
porque, ainda que ele deseje esquecer o desamor, isso não 
é revelado pela expressão te extraña, mas sim pelo verso Mi 
zamba para olvidar. Além disso, não se pode afirmar que se 
trata de abandono, já que isso não está expresso no texto. 
A alternativa D está incorreta porque a canção não menciona 
uma mudança no eu lírico, a qual o leve a crer que está 
diferente. A alternativa E está incorreta porque, embora o 
poema mencione que do amor não sobrou nada, não se 
aborda que o eu lírico tenha chorado por isso.
BJZR
QUESTÃO 02 
Tres miembros de la comunidad indígena de Walinay 
fueron acusados por invadir tierras tituladas en favor de 
terceros.
Durante el proceso que se lleva de manera oral, uno de 
los acusados quiso entregar a su abogado Moisés Carreño el 
poder para su defensa en su lengua materna. Esta solicitud 
causó un estallido de indignación de la juez encargada del 
caso. “Estamos en Colombia y aquí se habla español”, afirmó 
de manera intransigente la funcionaria judicial. El abogado 
de los indígenas recordó que la Ley de Lenguas Nativas 
establece unos derechos para las comunidades con tradición 
lingüística propia en sus relaciones con la justicia.
Es evidente que bajo estas circunstancias los tres 
indígenas acusados no tienen plenas garantías en dicho 
proceso.
GUERRA, W. Disponível em: <www.elespectador.com>. 
Acesso em: 28 fev. 2023. [Fragmento adaptado]
O aspecto linguístico de um país está relacionado a sua 
cultura e suas práticas coletivas. Nesse sentido, o texto 
A. 	 analisa a relação entre a linguagem e o ambiente 
social.
B. 	 desaconselha o uso da modalidade oral no ambiente 
jurídico.
C. 	 defende o espanhol como língua própria de contextos 
formais.
D. 	 examina a diversidade de idiomas no território 
colombiano.
E. 	 aponta a discriminação sofrida em função da língua 
nativa.
Alternativa E
Resolução: No texto em análise, é apresentada a situação 
de três indígenas, acusados de invasão de terras, impedidos 
de utilizar sua língua materna no processo de defesa, ainda 
que a legislação de seu país (Colômbia) estabeleça isso 
como um direito. No último parágrafo, o autor deixa claro 
que os direitos dos indígenas, nesse aspecto, estão sendo 
violados. Desse modo, fica patente que há uma situação de 
discriminação, especialmente quando se retoma a fala da 
juíza encarregada do caso: Estamos en Colombia y aquí 
se habla español. Portanto, está correta a alternativa E. 
A alternativa A está incorreta porque o texto não busca 
analisar a interação entre a linguagem – nesse caso 
especificamente a língua – e o ambiente, mas apontar um 
descumprimento da legislação motivado por um preconceito 
linguístico. A alternativa B está incorreta porque o autor não 
aconselha ou desaconselha o uso de uma determinada 
modalidade da língua no ambiente jurídico. A alternativa 
C está incorreta porque o texto não defende o uso de 
nenhuma língua especificamente, mas sim apresenta uma 
reivindicação relacionada ao direito de usar a língua que 
convier ao falante, respeitando-se a lei. A alternativa D está 
incorreta porque não há um exame da diversidade linguística 
colombiana.
3N6M
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Argentina
Según cuenta el historiador argentino Daniel Balmaceda en su libro La comida en la historia argentina, “los antiguos 
pueblos del Mediterráneo ya empanaban”. Se cree que la empanada llegó a Argentina de la mano de los inmigrantes españoles. 
Balmaceda dice que ya en 1810 había vendedores de empanadas en territoriorioplatense.
Colombia
En Colombia las empanadas – que tienen influencia española y africana – son tan antiguas como su propia historia, pues 
se nombran por primera vez en las crónicas de frailes y misioneros que llegaron en la época de la Conquista, según Germán 
Patiño Ossa en su libro Fogón de negros: cocina y cultura en una región latinoamericana. 
Venezuela
La empanada venezolana tiene, como la mayoría de sus variantes a lo largo del continente americano, un origen en las 
versiones heredadas de España, incluida la gallega. La empanada venezolana adoptó el maíz como base de la masa, al igual 
que la arepa. Solo en la zona andina y en el Zulia se utiliza más la empanada con masa de harina de trigo.
Disponível em: <https://cnnespanol.cnn.com>. 
Acesso em: 28 fev. 2023. [Fragmento]
O texto, sobre um alimento bastante difundido em alguns países latino-americanos, informa que
A. 	 a empanada colombiana era fabricada por frades e missionários. 
B. 	 a arepa é um tipo de empanada própria da culinária espanhola.
C. 	 a zona andina venezuelana valoriza as receitas à base de milho.
D. 	 os povos mediterrâneos aprenderam a empanar na Argentina.
E. 	 os espanhóis disseminaram a empanada entre os argentinos.
Alternativa E
Resolução: No fragmento da reportagem, explicita-se a origem da empanada em três países latino-americanos – Argentina, 
Colômbia e Venezuela. De acordo com o texto, na Argentina, acredita-se que a empanada foi disseminada pelos espanhóis 
(Se cree que la empanada llegó a Argentina de la mano de los inmigrantes españoles). Portanto, está correta a alternativa E. 
A alternativa A está incorreta porque não se informa no texto quem cozinhava as empanadas colombianas, apenas que 
tiveram influência espanhola e africana. Os frades e os missionários são citados porque, em suas crônicas do período da 
Conquista, já mencionam a existência das empanadas. A alternativa B está incorreta porque o texto apenas menciona a 
arepa, comparando a base de sua massa à da empanada, mas não é informado que a arepa seja um tipo de empanada. 
A alternativa C está incorreta porque o que se informa sobre a zona andina é que, nesse local, a empanada é feita à base 
de farinha de trigo. A alternativa D está incorreta porque os povos mediterrâneos já sabiam empanar antes de a empanada 
ser introduzida na Argentina.
QUESTÃO 04 
Disponível em: <https://elotro.com.ar>. Acesso em: 7 mar. 2023.
WRCH
5KT4
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
O governo da província de Mendoza, na Argentina, criou a campanha anterior com o objetivo de
A. 	 indicar a quantidade de água gasta em uma casa.
B. 	 convocar os cidadãos a diminuir a lavagem das louças.
C. 	 solicitar aos moradores dos imóveis atenção aos canos.
D. 	 conscientizar a população sobre o desperdício de água.
E. 	 informar sobre a necessidade de comprar novas torneiras.
Alternativa D
Resolução: Na campanha do governo da província de Mendoza, é exposta a informação de que mais de 10 litros de água 
são desperdiçados quando se lava as vasilhas com a torneira aberta. Também é solicitado ao interlocutor que feche a torneira 
(Cerrá la canilla). Nesse sentido, o intuito da campanha é conscientizar a população sobre o desperdício de água. Portanto, 
está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta porque a quantidade de água indicada não se refere ao consumo 
de uma casa, mas a uma atividade específica. Além disso, a intenção não é simplesmente indicar um valor, mas demonstrar 
a falta de economia. A alternativa B está incorreta porque, pela mensagem Cerrá la canilla, a ideia que se comunica não é 
a de diminuição da lavagem de louças, mas sim a da economia da água fechando a torneira. A alternativa C está incorreta 
porque o texto não menciona os canos de uma residência. A alternativa E está incorreta porque a campanha não trata da 
compra de novas torneiras.
QUESTÃO 05 
“Me importa un pimiento quién grabó lo que dijo Zapatero”
LOGROÑO. El jefe del Ejecutivo riojano y portavoz de los populares en la última Conferencia de Presidentes, Pedro Sanz, 
restó ayer importancia a la supuesta grabación realizada por algún mandatario autonómico en esa cita porque “lo importante 
es lo que se dice y la gravedad de lo que se dice, que es lo que a mí me afecta, no quién la grabó”, señaló en alusión a la 
intervención de Rodríguez Zapatero. “No son las anécdotas, sino constatar que alguien en un momento determinado confunde 
los atentados con los accidentes, a mí eso me parece preocupante, y todo lo que se diga de más no voy a entrar en ese tema”.
Para el popular, “una cosa es lo que se dijo y otra cosa quién lo grabó o quién lo dejó de grabar. Eso es 
lo de menos. Estará grabado en el Senado, como se graban todas las sesiones. Me da exactamente igual, me importa un 
pimiento”. “Lo que menos me importa es la grabación, lo que más me importa es lo que se dijo, que tuvo la gravedad que 
tuvo y querer desviar la atención por otros temas me parece frivolizar las cuestiones”, añadió. Ante quienes le señalan como 
supuesto autor, afirmó que “todo el mundo llevaba móvil allí y todo el mundo lo manejaba”.
BARRADO, S. Disponível em: <http://www.abc.es>. Acesso em: 31 ago. 2017.
Em uma entrevista para o jornal espanhol ABC, o chefe do poder executivo Pedro Sanz expressou sua opinião sobre uma 
suposta gravação do presidente Rodríguez Zapatero. No texto, a expressão “me importa un pimiento” é utilizada para
A. 	 comunicar que não tomará nenhuma providência a respeito da gravação.
B. 	 amenizar o clima de tensão instalado após o escândalo da gravação.
C. 	 relativizar as descobertas divulgadas na gravação polêmica de Zapatero.
D. 	 menosprezar a autoria da gravação frente às informações reveladas.
E. 	 alertar a população contra a banalização do conteúdo das gravações.
Alternativa D
Resolução: A expressão me importa un pimiento, segundo o Diccionario de la Lengua Española, tem o sentido de “importar 
poco o nada”, ou seja, significa que algo tem pouca ou nenhuma importância. No texto, Pedro Sanz afirma que não se 
importa com quem realizou a gravação, mas sim com as informações reveladas nela. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta porque o texto não menciona se Sanz tomará ou não providência a respeito da gravação da 
fala de Zapatero. Além disso, a expressão não se refere a tomar providência a respeito de algo. A alternativa B está incorreta 
porque Sanz, com sua declaração, não pretende amenizar o clima de tensão; sua intenção é demarcar que não lhe interessa 
o autor da gravação, mas tão somente seu conteúdo. A alternativa C está incorreta porque a expressão não busca relativizar 
o conteúdo da gravação, ao contrário, pretende realçar sua gravidade perante a irrelevância de quem realizou a gravação. 
A alternativa E está incorreta porque Sanz não busca alertar a população sobre o fato de o conteúdo das gravações ser 
banalizado, mas expressar sua opinião sobre a insignificância da autoria.
6AS1
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
BROWNE. Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/folha/>. Acesso em: 24 abr. 2016.
A falta de coerência em um texto, muitas vezes, o impede de atingir seu objetivo. No entanto, na tirinha anterior, é justamente 
a incoerência a responsável pelo humor gerado. Essa incoerência é de natureza
A. 	estilística, já que a variante linguística utilizada pelas personagens é inadequada em relação ao contexto.
B. 	genérica, já que o gênero textual não reúne características suficientes para explorar adequadamente o tema.
C. 	pragmática, já que, no diálogo, há uma problemática relacionada à situação em que se encontram as personagens.
D. 	sintática, já que há incorreção na regência de um dos verbos, prejudicando a comunicação entre os interlocutores.
E. 	temática, já que nem todos os enunciados presentes no texto são relevantes ao tema em questão.
Alternativa C
Resolução: Observa-se que osentido humorístico da tira é ocasionado devido a um fator pragmático, relacionado à situação 
em que as personagens se encontram: uma refeição num restaurante, onde Hagar compreende erroneamente o desejo do 
amigo e pede um prato inadequado. Dessa forma, a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta porque não se 
pode dizer que a variante linguística é inadequada ao contexto da tira, haja vista que ambas as personagens empregam uma 
linguagem de acordo com a norma-padrão, adequada para o diálogo estabelecido. A alternativa B está incorreta porque é 
incorreto afirmar que o gênero textual “tira” não reúne características para explorar o humor, haja vista que esse é o principal 
aspecto desse tipo de texto. Inclusive, nota-se que a cena em questão, embora curta, é perfeitamente compreensível e entendida 
com facilidade pelo leitor, tendo seu objetivo comunicativo plenamente atingido. A alternativa D está incorreta porque não 
há qualquer problema de comunicação entre os interlocutores causado por incorreção de regência verbal, sendo o diálogo 
perfeitamente compreendido por ambos. A alternativa E está incorreta porque todos os enunciados do texto são necessários 
à sua compreensão, sendo impossível entender e absorver o sentido humorístico da tira caso um deles seja retirado.
QUESTÃO 07 
No Rio de Janeiro faz tanto calor que depois que acaba o calor a população continua a suar gratuitamente e por força 
do hábito durante quatro ou cinco semanas ainda. Percebi com uma rapidez espantosa que o outono havia chegado. 
Mas eu não tinha relógio, nem Miguel. Tentei espiar as horas no interior de um botequim, nada conseguindo. Olhei para 
o lado. Ao lado estava um homem decentemente vestido, com cara de possuidor de relógio.
– O senhor pode ter a gentileza de me dar as horas?
Ele espantou-se um pouco e, embora sem nenhum ar gentil, me deu as horas: 13:48. Agradeci e murmurei: chegou o 
outono. Ele deve ter ouvido essa frase tão lapidar, mas aparentemente não ficou comovido. Era um homem simples e tudo 
o que esperava era que o bonde chegasse a um determinado poste.
BRAGA, R. Chegou o Outono. In: 200 crônicas escolhidas. 
Rio de Janeiro: Record, 2016. p. 28. 
O fragmento da crônica de Rubem Braga explicita uma marcante característica desse gênero textual, ao
A. 	 utilizar discurso direto.
B. 	 abordar evento cotidiano.
C. 	 evitar assuntos complexos.
D. 	 suprimir aspectos subjetivos.
E. 	 representar camadas populares.
YJOC
UZXV
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa B
Resolução: A alternativa correta é a B, pois, no fragmento, o 
evento que motiva o texto é absolutamente cotidiano e banal 
(a chegada do outono e, com ele, a queda de temperatura); 
isto, por sua vez, é característica central do gênero crônica, 
que se debruça sobre o cotidiano. A alternativa A é incorreta, 
pois o uso do discurso direto não é uma característica do 
gênero, apenas uma das possibilidades de representar um 
diálogo. A alternativa C é incorreta porque a crônica não evita 
assuntos complexos; pelo contrário, muitas vezes aborda-os, 
mas, quando o faz, é partindo de um evento comum e / ou 
cotidiano. A alternativa D é incorreta, visto que os aspectos 
subjetivos não são suprimidos, pois eles estão presentes 
na forma de narrar o evento cotidiano. A alternativa E é 
incorreta, pois as crônicas não se restringem a representar 
as camadas populares.
QUESTÃO 08 
No lugar de meu irmão veio morar comigo o Pintassilgo. 
Menino negro como o pássaro. Meu amigo emitia um assobio 
afinado como flauta soprada por anjo. Saltávamos pelos 
morros atrás de mais passarinho para conversar. O menino 
amigo, cantando outros silvos, me fazia fartar-me de fugaz 
felicidade. E não havia mentira mais verdadeira do que a de 
supor possível escutar o coração dos pássaros.
QUEIRÓS, B. C. Vermelho amargo. São Paulo: Cosac Naify, 2011. p. 59.
O texto apresenta de forma predominante a função poética, 
que se justifica principalmente pelo(a)
 A efeito polissêmico obtido por meio da evocação da 
imagem do pássaro e pelo jogo sonoro com as palavras.
 B modo hiperbólico com que o narrador apresenta os 
detalhes cotidianos de sua relação afetiva com o amigo.
 C presença de construções paradoxais que revelam a 
confusão mental da personagem quanto aos próprios 
sentimentos.
 D uso da comparação entre o amigo e o pássaro, que 
permite uma reflexão existencial profunda do narrador.
 E utilização da primeira pessoa, que expõe o ponto de vista 
do narrador em relação à manutenção das amizades.
Alternativa A
Resolução: No texto, percebe-se uma linguagem criativa 
que trabalha com a polissemia de “Pintassilgo”, que pode 
denotar o pássaro ou o menino, amigo do narrador. Além 
disso, explorando a ideia de que o menino assobia tão 
bem quanto o pássaro canta, o fragmento é repleto de 
termos associados à musicalidade e de palavras com o 
fonema /s/ (em algumas, ambos os aspectos podem ser 
identificados): pintassilgo, pássaro, assobio, flauta soprada, 
saltávamos, passarinho, silvos, fugaz, felicidade, supor. Essa 
repetição do som materializa a característica que o narrador 
percebe no amigo. A alternativa correta, então, é a A. 
A alternativa B está incorreta porque não há hipérbole no texto, 
as figuras de linguagem predominantes são a metáfora e a 
comparação, que dizem respeito ao caráter poético do relato. 
7AG6
A alternativa C está incorreta porque, ao contrário, o narrador 
mostra-se bem esclarecido acerca de seus sentimentos pelo 
amigo, não empregando ideias paradoxais para descrever 
seu canto. A alternativa D está incorreta porque, mesmo que 
haja uma comparação entre o canto do amigo e o canto do 
pássaro, ela não dá margem para uma reflexão existencial 
do narrador, já que ele se limita a demonstrar admiração 
pela habilidade do menino. Por último, a alternativa E está 
incorreta porque o emprego da primeira pessoa aponta para 
o caráter subjetivo do texto, que está associado à função 
emotiva da linguagem.
QUESTÃO 09 
O editorial é um gênero utilizado na imprensa, 
especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo 
informar, mas sem obrigação de ser neutro e indiferente. 
Portanto, a objetividade e a imparcialidade não são 
características desse gênero textual, uma vez que 
o redator expõe a opinião do jornal sobre o assunto narrado; 
ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, 
já que os editoriais não são assinados por ninguém. Assim, 
podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo 
do que informativo e que apresenta um fato e uma opinião. 
O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite 
a interpretação do que aconteceu.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/redacao/o-editorial.htm>. 
Acesso em: 24 abr. 2015 (Adaptação).
O texto em questão expõe o editorial com a função primordial 
de
 A apresentar a visão crítica do veículo a respeito de 
determinado fato.
 B incentivar o julgamento crítico acerca do cotidiano do 
veículo.
 C influenciar de forma negativa a opinião pública.
 D informar aos leitores a ocorrência de abusos na área 
política.
 E reinventar a realidade social e política de forma crítica.
Alternativa A
Resolução: O trecho expõe, como função do gênero textual 
“editorial”, a emissão de uma opinião acerca de algum fato, 
compondo o texto, portanto, a informação do fato em questão 
e, principalmente, o ponto de vista (a visão crítica) sobre 
esse elemento objetivo. Por não ser assinado, a autoria 
do “editorial” é atribuída ao veículo de imprensa ao qual 
se vincula. Logo, a alternativa correta é a A. A alternativa B 
está incorreta, pois não se promove uma visão crítica sobre 
o veículo e seu cotidiano, e sim sobre o fato veiculado. 
A alternativa C está incorreta, pois não há valoração a priori, 
seja esta positiva ou negativa, acerca de como aquela 
opinião impactará a opinião pública. A alternativa D está 
incorreta, pois o editorial não se restringe a uma visão crítica 
sobre apolítica, podendo transitar por diversos assuntos. 
A alternativa E está incorreta, pois o editorial não reinventa a 
realidade, e sim produz um outro ponto de vista, uma visão 
crítica sobre ela.
8MRS
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 10 
Disponível em: <https://umbrasil.com>. Acesso em: 1 mar. 2023.
Na charge, há uma crítica que se sustenta no(a)
A. 	 ausência de produtos capilares para mulheres negras.
B. 	 questionamento descontextualizado feito pela garota.
C. 	 sumiço de shampoos para cabelos crespos nos 
mercados. 
D. 	 preconceito das empresas de shampoo com as 
cacheadas.
E. 	 crença de haver shampoos para cabelos normais e 
anormais.
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E, pois a charge critica 
o fato de existirem empresas de shampoos que acreditam 
haver cabelos “normais”, sugerindo, em oposição, que 
há outros que seriam “anormais”. A alternativa A está 
incorreta, pois não há elementos verbovisuais na charge 
que indiquem não haver produtos capilares para mulheres 
pretas. A alternativa B está incorreta, pois o questionamento 
não é descontextualizado, e sim contextualizado, já que a 
indagação da garota é feita dentro de uma seção de produtos 
de cabelo. A alternativa C está incorreta, pois a charge não 
aponta para o sumiço de shampoos para cabelos crespos 
nos mercados, e sim para a desinformação das empresas 
de shampoos sobre o fato de não haver cabelos normais, 
e sim diferentes. A alternativa D está incorreta, pois o que 
se observa é a ignorância das empresas de shampoo em 
acreditar que cabelos normais é sinônimo de cabelos lisos, 
o que não é verdade.
QUESTÃO 11 
Saem ÉDIPO, CREONTE, O SACERDOTE. Retira-se o POVO.
Entra O CORO, composto de quinze notáveis tebanos.
O CORO
Doce palavra de Zeus, que nos trazes do santuário 
dourado de Delfos à cidade ilustre de Tebas? Temos o 
espírito conturbado pelo terror, e o desespero nos quebranta. 
Ó Apoio, nume tutelar de Delos, tu que sabes curar todos os 
males, que sorte nos reservas agora, ou pelos anos futuros? 
Dize-nos tu, filha da áurea Esperança, divina voz imortal!
IF8F
DKUB
Também a ti recorremos, ó filha de Zeus. Palas eterna, 
e a tua divina irmã, Diana, protetora de nossa pátria, em 
seu trono glorioso na Ágora imensa; e Apoio, que ao longe 
expede suas setas; vinde todos vós em nosso socorro; assim 
como já nos salvastes outrora de uma desgraça que nos 
ameaçava, vinde hoje salvar-nos de novo!
SÓFOCLES. Édipo Rei. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 6 ago. 2020. [Fragmento]
O excerto apresenta o coro, característico do texto dramático 
clássico e que cumpre uma função no gênero textual ao
A. 	 expressar uma voz coletiva que canta a narrativa.
B. 	 apresentar um traço estilístico ao suplicar aos deuses.
C. 	 exaltar os deuses mitológicos que determinam os 
destinos.
D. 	 inserir uma personagem anônima para confundir o 
espectador.
E. 	 promover um espaço democrático onde interferem os 
espectadores.
Alternativa A
Resolução: A alternativa correta é a A, pois o coro, no 
drama clássico, representa uma voz que canta e comenta a 
narrativa, surgindo em momentos em que os personagens 
deixam o palco. A alternativa B é incorreta, pois a súplica 
aos deuses não se relaciona com a função do coro no 
gênero textual. A alternativa C é incorreta, pois a exaltação 
dos deuses também não se relaciona com a função de tal 
estratégia discursiva. A alternativa D é incorreta, pois o 
objetivo não é confundir o espectador, e sim incluir uma voz 
coletiva que encaminha a narrativa – e apenas anônima 
por representar esta massa não identificada. A alternativa E 
é incorreta, pois os espectadores não interferem na peça 
com a entrada do coro.
QUESTÃO 12 
PONTO PACÍFICO
A gente vai até certo ponto. Além dele, tem a esquina, 
você sabe, e vai cada um do seu lado. E isso não é bom, 
ou talvez seja, quem sabe. Porque sempre voltamos. E isso 
é bom, dependendo do ponto de vista. Só que tem vezes 
que a gente quer ir desesperadoramente mais longe, não 
sei por que raio, e sai um arrastando o outro, sem olhar de 
lado. Isso não é bom. Ou vai ver que é, sabe Deus. O fato é 
que voltamos sempre um pouco mais desapontados. E isso 
pelo menos parece pacífico.
PASCHOA, A. Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 26 fev. 2023.
“Ponto pacífico” é um poema em prosa. Essa característica 
pode ser observada no texto, uma vez que ele
A. 	 evidencia um olhar otimista sobre o amor.
B. 	 aborda os relacionamentos de forma lírica.
C. 	 estrutura o ciclo amoroso a partir de versos.
D. 	 tematiza os sofrimentos dos casais pacíficos.
E. 	 caracteriza o ser amado que perdoa as traições.
2NK5
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa A está incorreta, pois as crianças da década atual 
certamente ainda não eram nascidas em 2005. A alternativa 
B está incorreta, pois não há elementos verbovisuais no 
post que sugerem a reivindicação da volta das invenções 
da época em análise. A alternativa C está incorreta, pois a 
postagem não pretende discutir os avanços da tecnologia, 
tampouco esse é o tema central em representação no post. 
A alternativa E está incorreta, pois promover o debate sobre 
a obsolescência das coisas é uma interpretação extrapolada 
do texto em destaque.
QUESTÃO 14 
Recado aos amigos distantes
Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.
Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.
Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.
MEIRELES, C. Disponível em: <www.revistabula.com>. 
Acesso em: 23 fev. 2023. 
A sonoridade é um aspecto importante de construção 
do texto poético, sendo assinalada, muitas das vezes, por 
meio do uso da rima. No fragmento do poema de Cecília 
Meireles, esse recurso se expressa com rima de
A. 	 estrofes com quatro versos.
B. 	 palavras de mesmo sentido.
C. 	 palavras em versos alternados.
D. 	 versos com paralelismo sintático.
E. 	 palavras com sonoridade cacofônica.
Alternativa C
Resolução: A alternativa correta é a C, pois, nos versos de 
Cecília Meireles, as rimas se dão entre palavras que estão 
em versos que não são contínuos, mas intercalados por 
outro, sendo, portanto, alternados. Assim, tem-se na primeira 
estrofe, por exemplo: amados (1v.) rimando com lados (3v.) 
e chamo (2v.) rimando com amo (4v.) – essa estrutura se repete 
no poema. A alternativa A é incorreta, pois as rimas se dão 
entre versos, e não entre estrofes. A alternativa B é incorreta 
porque o que promove a rima é a equivalência sonora entre 
termos, e não a equivalência ou aproximação semântica. 
A alternativa D é incorreta porque não há paralelismo sintático 
entre os versos. A alternativa E é incorreta, pois não há 
cacofonia nas rimas, algo que não poderia se dar, sobretudo, 
por elas serem alternadas.
4L7N
Alternativa B
Resolução: A alternativa B está correta, pois o marcador 
poético na prosa (que então a define como poema em 
prosa) é o lirismo utilizado em sua construção, característica 
principal da poesia. A alternativa A está incorreta, pois o texto 
apresenta um olhar dual e incerto sobre o amor (“e isso é 
bom, dependendo do ponto de vista” / “Isso não é bom. Ou 
vai ver que é, sabe Deus”), não um olhar otimista, e, mesmo 
que apresentasse, não é essa característica que define 
o poema em prosa. A alternativa C está incorreta, pois o 
poema em prosa não é estruturado em versos. A alternativa 
D está incorreta, pois o que é tematizado é a trajetória de 
relacionamentos de uma maneira geral, não os “sofrimentos 
dos casais pacíficos”, uma vez que o uso da palavra “pacífico”, 
no final do texto, é indicativo do trajeto dos relacionamentos 
nele tematizado, e não de um determinado tipo de casal. 
A alternativa E está incorreta, pois não é tratado,em 
momento algum, de traições. 
QUESTÃO 13 
Disponível em: <www.instagram.com>. 
Acesso em: 1 mar. 2023.
Nesse post do Instagram, a união entre linguagem verbal e 
linguagem visual pretende
A. 	 gerar nostalgia nas crianças da década atual.
B. 	 reivindicar a volta das criações do ano de 2005.
C. 	 despertar discussões sobre o avanço da tecnologia.
D. 	 provocar saudosismo naqueles que viveram a época.
E. 	 promover o debate sobre a obsolescência das coisas.
Alternativa D
Resolução: A alternativa D está correta, pois tanto o texto 
verbal quanto o visual convidam o interlocutor adulto a 
voltar no tempo, mais especificamente no ano de 2005, 
com o objetivo de gerar saudade e boas memórias no 
sujeito que vivenciou as criações do início dos anos 2000.
CH1S
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 15 
GUARDA – (Entra.) Que foi? Alguém chamou?
BRANCA – (Hesita ainda um instante.) Não, ninguém chamou.
GUARDA – É, mas o tempo já está esgotado. Era só um instante.
BRANCA – (Toma as mãos de Augusto e beija-as. Há nesse gesto gratidão, amor e admiração.) Será que isto vai durar 
eternamente?
AUGUSTO – Não creio. É demasiado cruel e demasiado idiota para durar.
GOMES, D. O santo inquérito. Disponível em: 
<https://www.academia.edu>. Acesso em: 23 fev. 2023.
Considerando os procedimentos de construção textual do gênero dramático, as sentenças entre parênteses têm como função
A. 	 inserir a voz do narrador do texto.
B. 	 apontar o elenco ideal para a encenação.
C. 	 completar o sentido das falas das personagens.
D. 	 oferecer indicações para a representação da peça.
E. 	 apresentar interferências do autor como comentários.
Alternativa D
Resolução: A alternativa correta é a D, pois, como o texto teatral é feito a fim de ser representado, há indicações entre 
parênteses para os atores; no fragmento, as indicações são de ações pontuais e de emoções expressas pelas personagens. 
A alternativa A é incorreta, visto que não é a voz do narrador, só haverá narrador no texto teatral se houver uma voz em off. 
A alternativa B é incorreta, pois as sentenças entre parênteses indicam as emoções e a forma de encenar cada momento 
e cada fala, e não o elenco ideal para a encenação. A alternativa C é incorreta porque o sentido das falas das personagens 
é completo por si, as indicações completam e constituem o texto globalmente. A alternativa E é incorreta, pois não são 
comentários, são indicações para a atuação.
QUESTÃO 16 
DESCAVES, V. Disponível em: <www.instagram.com>. 
Acesso em: 23 fev. 2023.
A sequência de eventos que compõe a imagem constrói a progressão do texto, apresentando um(a)
A. 	 maneira de cultivo agrícola.
B. 	 representação da vida rural.
C. 	 hipérbole de atitudes generosas.
D. 	 defesa das propriedades privadas.
E. 	 metáfora do comportamento humano.
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E, pois a charge não se restringe à questão do plantar; antes, ela aborda como boas ações 
geram frutos, promovendo um círculo virtuoso. Por isso, a imagem é lida como uma metáfora de um comportamento humano 
– coletivo e cooperativo. A alternativa A é incorreta, pois o texto não informa sobre uma forma de cultivo agrícola específica. 
A alternativa B é incorreta porque não é a representação da vida rural, posto que não é assim que as comunidades rurais 
se organizam. A alternativa C é incorreta, pois não há hipérbole (figura de linguagem voltada à construção de exageros) na 
charge, e sim metáfora visual. Por fim, a alternativa D é incorreta, pois não há defesa da propriedade privada; na charge, 
cada um tem seu espaço delimitado, mas isso não impede uma postura cooperativa.
Q3VP
I71K
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 17 
Disponível em: <www.gov.br>. Acesso em: 1 mar. 2023.
Essa campanha, publicada pelo Ministério da Saúde, sobre o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, tem como objetivo principal o(a)
A. 	 fomento à utilização de camisinha após suspeita de infecção.
B. 	 incentivo ao uso dos métodos contraceptivos, como o teste rápido.
C. 	 conscientização das pessoas sobre os efeitos das relações desprotegidas.
D. 	 estímulo aos cuidados com a saúde sexual, por meio do uso de camisinha.
E. 	 sensibilização feminina sobre a importância do tratamento correto para o HIV.
Alternativa D
Resolução: A alternativa D está correta, pois a campanha de conscientização promovida pelo Ministério da Saúde estimula 
e reconhece o uso da camisinha como principal método de proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a 
exemplo do HIV. A alternativa A está incorreta, pois a campanha incentiva o uso da camisinha antes das relações sexuais, de 
modo a evitar o contágio de ISTs indesejadas. A alternativa B está incorreta, pois o teste rápido não é um método contraceptivo, 
e sim um teste de diagnóstico rápido que detecta a presença ou a ausência de antígenos ou anticorpos para determinada 
IST. A alternativa C está incorreta, pois o foco da campanha não é explicitar os efeitos negativos das relações desprotegidas, 
e sim incentivar o uso da camisinha pelas pessoas. A alternativa E está incorreta, pois, apesar de trazer a imagem de uma 
mulher na campanha, essa mesma campanha visa à sensibilização de mulheres e homens sobre a adesão de ambos ao uso 
da camisinha como forma de evitar uma IST. 
QUESTÃO 18 
Disponível em: <https://turmadamonica.uol.com.br>. Acesso em: 1 mar. 2023.
O humor presente na tirinha de Mauricio de Sousa consiste na
A. 	 surpresa pela falta de interesse de Magali nos animais.
B. 	 gula de Magali ao não dividir as frutas colhidas na árvore.
C. 	 má educação de Magali ao jogar o resto das frutas no chão.
D. 	 tristeza do animal ao acreditar que receberia ajuda de Magali.
E. 	 desatenção de Magali ao desconsiderar retirar o animal da árvore.
S1I7
K5O2
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C
Resolução: O texto deve ser lido atentando para a tipologia 
textual predominante, qual seja, a descrição do povo e 
da terra feita pelo escrivão Caminha por meio de sua 
visão e impressões, caracterizando-se, assim, como uma 
descrição subjetiva. Por isso, a alternativa C está correta. 
A alternativa A está incorreta, pois não há uma explicação, 
tampouco apresenta-se o processo de colonização. 
A alternativa B está incorreta, pois a dissertação ocorre em 
relação a determinado assunto, o que não se vê no trecho, 
que aborda os indígenas de forma descritiva pelo autor. 
A alternativa D está incorreta, pois o texto não apresenta 
argumentos que buscam defender um posicionamento ou 
ideia. A alternativa E está incorreta, pois não há exposição 
de uma situação, no caso, a aproximação dos portugueses 
com os indígenas, mas uma descrição da relação já existente 
entre os indivíduos.
QUESTÃO 20 
O segredo de Glória Maria resumia-se em três palavras: 
trabalho com perfeição. Em duas palavras: amanhã melhorar. 
Em uma palavra: profissionalismo.
Em quatro letras: amor.
Não é fácil ser preto no Brasil. O preconceito, sob 
o tapete da aparente cordialidade e urbanidade brancas, atua 
da forma mais covarde: nos subterrâneos da pirâmide social.
Menos fácil, ainda, é ser mulher preta em nosso país. 
As barreiras crescem para elas, porque à discriminação 
de gênero soma-se a da cor da pele.
Quase impossível é ser preta, mulher e brilhar 
na televisão, sobretudo vindo de origem humilde. Preta, 
mulher, pobre, e querer ser ícone profissional televisivo? 
É de enlouquecer.
Glória Maria, a jornalista Glória Maria, derrubou, 
um por um, todos esses empecilhos, mostrando como 
ninguém mostrara, até então no país, que a força de caráter, 
em querer e conseguir ser a melhor, é eficaz fórmula de 
denunciar o racismo.
Disponível em: <https://istoe.com.br>. Acesso em: 1 mar. 2023.
De acordo com o texto, o autor defende, entre outras coisas, 
a ideia de que o(a)
A. 	 cordialidade de Glória Maria a ajudou a alcançaro topo 
da pirâmide social.
B. 	 racismo obrigou mulheres negras a serem destaque 
nas próprias ocupações.
C. 	 profissionalismo de Glória Maria como jornalista foi sua 
resposta contra o racismo.
D. 	 competência profissional de Glória Maria fez com que 
mulheres se espelhassem nela.
E. 	 violência de raça, gênero e classe sofrida por mulheres 
as desencoraja a seguir em frente.
8R94
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E, pois, no primeiro 
quadrinho, a impressão que se tem é de que Magali olha 
para o gato, que aparenta estar com medo de descer do 
tronco da árvore, e pretende ajudá-lo. No entanto, nos 
quadrinhos seguintes, o que se observa é que Magali está 
mais preocupada em subir na árvore para se alimentar das 
frutas do que em retirar o felino lá de cima. A alternativa 
A está incorreta, pois, na verdade, o interesse de Magali, 
no contexto da tirinha, consiste em se alimentar, o que 
não significa que ela possua desinteresse nos animais. 
A alternativa B está incorreta, pois a posição espacial do 
animal permite que ele também se alimente das frutas 
da árvore, assim como Magali o fez. A alternativa C está 
incorreta, pois o foco da cena está no comportamento 
desatento de Magali com o gato, e não com a natureza. 
A alternativa D está incorreta, pois a feição do animal não 
é de tristeza, e sim de incompreensão diante da atitude de 
Magali.
QUESTÃO 19 
Enquanto cortávamos a lenha, faziam dois carpinteiros 
uma grande Cruz, dum pau, que ontem para isso se cortou. 
Muitos deles vinham ali estar com os carpinteiros. E creio 
que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro com que 
a faziam, do que por verem a Cruz, porque eles não têm 
coisa que de ferro seja, e cortam sua madeira e paus com 
pedras feitas como cunhas, metidas em um pau entre duas 
talas, mui bem atadas e por tal maneira que andam fortes. 
Enquanto andávamos nessa mata a cortar lenha, 
atravessavam alguns papagaios por essas árvores, deles 
verdes e outros pardos, grandes e pequenos, de maneira 
que me parece que haverá muitos nesta terra. Porém eu 
não veria mais que até nove ou dez. Outras aves então não 
vimos, somente algumas pombas-seixas, e pareceram-me 
bastante maiores que as de Portugal.
CAMINHA, P. V. Carta de Caminha. Disponível em: 
<http://dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 15 abr. 2019. [Fragmento]
Considerada a “certidão de nascimento” brasileira, a Carta 
de Caminha é até hoje um dos mais importantes textos 
literários e históricos sobre o Brasil. No fragmento analisado, 
observa-se, quanto à tipologia presente na construção 
textual, uma
A. 	 explicação, que propõe o entendimento do processo de 
colonização dos índios. 
B. 	 dissertação, que suscita uma discussão sobre a 
relevância da colonização portuguesa. 
C. 	 descrição subjetiva, que mescla aspectos dos nativos 
às impressões pessoais do autor. 
D. 	 argumentação, que reforça uma crítica aos métodos 
precários dos índios para construção. 
E. 	 exposição, que apresenta a tentativa dos portugueses 
de aproximação dos povos indígenas.
OGVY
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C
Resolução: A alternativa C está correta, pois o autor defende 
a ideia de que o profissionalismo de Glória Maria como 
jornalista foi sua resposta contra o racismo. O texto destaca 
como a jornalista, mesmo sendo mulher, negra e vinda de 
uma origem humilde, conseguiu se destacar na televisão 
através de sua competência e dedicação ao trabalho, 
mostrando que a força de caráter é uma fórmula eficaz para 
denunciar o racismo. A alternativa A está incorreta, pois o 
texto não menciona que a cordialidade de Glória Maria tenha 
sido um fator relevante para sua ascensão na pirâmide 
social. A alternativa B está incorreta, pois o texto destaca 
as barreiras enfrentadas pelas mulheres negras devido à 
discriminação de gênero e cor da pele, mas não afirma que 
o racismo as obrigou a se destacarem em suas ocupações. 
A alternativa D está incorreta, pois o texto não afirma, em 
nenhum momento, que outras mulheres se espelharam em 
Glória Maria por conta da sua competência profissional. 
A alternativa E está incorreta, pois o autor destaca as 
dificuldades enfrentadas por mulheres negras no Brasil, 
incluindo a discriminação de raça e gênero, mas ressalta 
como Glória Maria superou esses obstáculos e se tornou 
um exemplo de força de caráter e competência profissional.
QUESTÃO 21 
Tudo começou com sol
Fizemos a praia no quintal de casa
Tudo muito aceso
And our body in the sun (sun)
We kissed slowly and softly
A areia espelhou o azul
Baby, vem dormir comigo
Baby, sente a luz do sol
Baby, sussurra no ouvido baixinho
Que acordar comigo é um travesseiro de manhã.
Eu não sou de beber,
Mas se beber melhora
Esse bebê, me adora
Baby.
Traz logo esse rosé com esse licor de amora
Nossas línguas namoram
E o jambo treme...
Me beija, teu balanço me suspende
Tô derretendo, na sua frente...
LINIKER. Baby 95. Disponível em: <www.youtube.com>. 
Acesso em: 1 mar. 2023.
RRYM
Nessa letra de música, o eu lírico demonstra estar 
apaixonado, sentimento que ganha força, principalmente,
A. 	 pela associação do amor a um dia ensolarado.
B. 	 pelas lembranças de um passado vivido a dois.
C. 	 pelo nível de intimidade ilustrado em um sonho.
D. 	 pela mescla entre português e inglês na canção.
E. 	 pelo emprego da linguagem figurada nos versos.
Alternativa E
Resolução: A alternativa E está correta, pois as figuras 
de linguagem são recursos estilísticos utilizados para 
dar mais expressividade e força ao discurso. No caso da 
música “Baby 95”, figuras de linguagem como “A areia 
espelhou azul” (pleonasmo), “Que acordar comigo é 
um travesseiro de manhã” (metáfora), “Nossas línguas 
namoram” (pleonasmo), “Tô derretendo, na sua frente...” 
(hipérbole) ajudam a construir o lirismo presente na música 
de Liniker e, por sua vez, intensificar a paixão do eu lírico. 
A alternativa A está incorreta, pois a associação, por 
si só, entre o amor e um dia ensolarado é insuficiente 
para transmitir o sentimento de apaixonado do eu lírico. 
A alternativa B está incorreta, pois a música não menciona 
lembranças de um passado vivido a dois. A alternativa C está 
incorreta, pois, embora haja uma referência a um sonho, 
não é possível afirmar que o nível de intimidade seja 
ilustrado nele. A alternativa D está incorreta, pois a mescla 
entre português e inglês na canção não é relevante para o 
sentimento do eu lírico.
QUESTÃO 22 
Capoeira na escola: os primeiros passos do projeto
O Projeto de Capoeira na Escola é uma atividade 
desenvolvida pelo Colegiado de Filosofia da Universidade 
Estadual do Paraná (UNESPAR), Campus de União da 
Vitória. A discussão em torno da cultura afro-brasileira tem 
crescido e lhe é assegurado um espaço de destaque no 
cenário educacional. Todavia, a discussão é, em determinado 
momento, tomada de forma ideológica, romântica e, também, 
preconceituosa. Mas não se pretende adentrar nesta 
seara; pelo contrário, a ênfase é justamente compreender 
a capoeira como ferramenta metodológica para discutir 
questões da cultura afro-brasileira.
ALMEIDA, A. C. S.; SANTIAGO, V. N. Capoeira na escola: cidadania e 
cultura. Disponível em: <http://periodicos.uesb.br>. 
Acesso em: 10 dez. 2017. [Fragmento]
O texto é um fragmento da introdução de um artigo 
acadêmico. Segundo os autores, sua ênfase, acerca da 
prática da capoeira, é
A. 	 abordá-la de forma ideológica no cenário educacional.
B. 	 entendê-la como instrumento para promoção cultural.
C. 	 discuti-la como atividade romântica e preconceituosa.
D. 	 compreendê-la como uma possível disciplina escolar.
E. 	 inseri-la no espaço de destaque da cultura brasileira.
QJ4P
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa B
Resolução: Os autores revelam como a discussão 
sobre a capoeira tem sido empreendida até o presente 
e, ao final do trecho, apresentam sua abordagem, que 
consisteem “justamente compreender a capoeira como 
ferramenta metodológica para discutir questões da cultura 
afro-brasileira”, ou seja, a capoeira é compreendida como um 
instrumento que possibilita a discussão de questões culturais 
e a promoção, especialmente, da cultura afro-brasileira. 
A alternativa correta é, portanto, a B. As abordagens 
ideológica, romântica e preconceituosa são aquelas que os 
autores citam como comumente empreendidas, as quais eles 
pretendem evitar, logo, estão incorretas as alternativas A e C. 
A alternativa D está incorreta porque não há indícios no texto 
de que os autores compreendam a capoeira como uma 
disciplina escolar, uma vez que apenas apresentam o projeto 
de levá-la ao espaço da escola com o objetivo de fomentar 
a discussão de questões culturais, e não de formalizar a 
prática como disciplina. Por fim, a alternativa E está incorreta 
porque os autores não buscam inserir a capoeira no espaço 
da cultura brasileira, uma vez que a sua prática já é uma 
manifestação cultural nacional muito expressiva.
QUESTÃO 23 
Comunhão
Por que escrevo?
Porque sou pouca e
mínima embora
vária, porque não
me basto, escrevo
para compensar a
falta, porque não
quero ser só raiz e
haste e preciso do
outro para dar
sombra e fruto.
SAVARY, O. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br>. 
Acesso em: 23 fev. 2023.
Poemas que refletem sobre a arte da escrita remetem a um 
repertório poético tradicional. No poema de Olga Savary, a 
voz lírica dialoga com essa tradição, repercutindo sua
A. 	 metáfora com as plantas.
B. 	 incompletude sem a escrita.
C. 	 autossuficiência pela escrita. 
D. 	 dúvida sobre suas motivações. 
E. 	 incompreensão sobre a existência.
Alternativa B
Resolução: A alternativa correta é a B, pois a voz lírica 
atribui sua arte poética (pertencente a um repertório 
poético tradicional) ao fato de “ser pouca” e não se 
bastar – escrevendo, portanto, para compensar essa 
falta; logo, depreende-se de que ela se sente incompleta 
sem a escrita. A alternativa A é incorreta porque a 
metáfora envolvendo as plantas não é o que responde à 
questão central do poema: por que a voz lírica escreve. 
I3ZY
A alternativa C é incorreta, visto que a voz lírica não 
escreve porque se basta sozinha, com a escrita, mas 
porque, sem a escrita, sente-se pouca, incompleta. 
A alternativa D é incorreta, pois o poema traz uma 
resposta sobre o porquê a voz lírica poética escreve, 
não transparecendo uma postura vacilante, com dúvidas. 
A alternativa E é incorreta, pois não há uma incompreensão 
sobre a existência, há um sentimento subjetivo frente a ela.
QUESTÃO 24 
TEXTO I
Disponível em: <www.google.com>. Acesso em: 24 fev. 2022.
TEXTO II
O cartaz [...] é associado à obra de arte Marilyn Monroe 
(1967), de Andy Warhol, e é o ponto de partida para a 
criação de um texto enfatizando que a organização dos 
livros nas estantes deve ser deixada a cargo dos servidores 
das bibliotecas. Warhol foi um bem-sucedido ilustrador que 
participou do movimento Pop Art. Essa obra do artista resulta 
da sequência de nove pinturas da atriz Marilyn Monroe, um 
ícone da cultura pop de diversas gerações. Essas imagens 
revelama identidade múltipla da artista, pintadas com 
diferentes cores, emparelhadas de três em três.
Disponível em: <https://files.cercomp.ufg.br>. 
Acesso em: 24 fev. 2022.
A relação entre as obras de arte exploradas pelo texto I e o 
esclarecimento trazido pelo texto II é um recurso linguístico 
que 
A. 	 intensifica as diferenças entre elas e deixa claro que 
elas não pertencem a um mesmo ambiente.
B. 	 reforça a interdiscursividade ao inseri-las em um novo 
contexto tal qual os livros de uma biblioteca.
C. 	 estabelece a intertextualidade entre a pintura e as 
obras literárias participantes do movimento Pop Art.
D. 	 destaca as semelhanças discursivas que as permeiam 
ao reproduzir um mesmo tema sob diferentes leituras.
E. 	 rompe com seus significados originais e reconstrói um 
novo discurso que deixa de contemplar o contexto de 
produção.
SXGL
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa B
Resolução: A obra de Andy Warhol destaca a multiplicidade de Marilyn Monroe enquanto ícone pop. A releitura feita no 
texto I substitui duas das nove imagens de Marilyn por autorretratos de Renoir e Van Gogh, dois pintores impressionistas. 
A intertextualidade construída pelo texto I soma os sentidos das obras originais e os transforma dentro do seu contexto de 
produção, sendo aqui as obras equivalentes aos livros e a mistura de Pop Art e Impressionismo representa a bagunça feita 
pelos estudantes que não seguem a recomendação. Sob a ótica do discurso, o diálogo estabelecido entre as obras reforça 
a presença de uma teia discursiva comum que as une, tal qual os livros de uma biblioteca. Desse modo, a alternativa B está 
correta. A alternativa A está incorreta, pois as obras respondem a uma lógica comum que permite seu agrupamento, no entanto, 
são separadas pelos seus diferentes estilos dentro dos setores da “biblioteca”. A alternativa C está incorreta, pois as obras 
de arte formam aqui uma metáfora que representa a biblioteca. A alternativa D está incorreta, pois as obras apresentam dois 
temas diferentes: o autorretrato dos pintores impressionistas e a representação de Marilyn por Warhol. Por fim, a alternativa E 
está incorreta, pois o diálogo entre as obras soma sentidos e adiciona a esses sentidos um novo contexto de produção.
QUESTÃO 25 
TEXTO I
Disponível em: <https://turmadamonica.uol.com.br>. Acesso em: 24 fev. 2022.
TEXTO II
Há claramente uma distinção entre as relações dialógicas e aquelas que se dão entre textos. Por isso, chamaremos 
qualquer relação dialógica, na medida em que é uma relação de sentido, interdiscursiva. O termo “intertextualidade” fica 
reservado apenas para os casos em que a relação discursiva é materializada em textos. Isso significa que a intertextualidade 
pressupõe sempre uma interdiscursividade, mas que o contrário não é verdadeiro. Por exemplo, quando a relação dialógica 
não se manifesta no texto, temos interdiscursividade, mas não intertextualidade.
FIORIN, J. L. Interdiscursividade e intertextualidade. In: BRAIT, B. (org.). Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006.
A intertextualidade, conforme proposta pelo texto II, executa-se no texto I por meio
A. 	 do sentido do ato de criação construído na obra.
B. 	 da materialização da releitura de uma obra de arte.
C. 	 das influências formadoras do artista produtor da obra.
D. 	 das relações dialógicas reconhecidas durante a leitura.
E. 	 da recuperação da polifonia de Michelangelo ao “Gênesis”.
Alternativa B
Resolução: Segundo Fiorin, a intertextualidade diz respeito ao nível material do texto, referindo-se a tudo que se manifesta 
concretamente no texto analisado. Assim, temos no texto I a replicação da obra de Michelangelo, os traços característicos 
dos quadrinhos da Turma da Mônica e a referência ao texto bíblico “Gênesis”, todos visivelmente perceptíveis no texto da 
obra analisada. Desse modo, a alternativa B está correta. A alternativa A está incorreta, pois a construção de sentidos está no 
campo do enunciado, ou seja, não equivale à materialidade do texto, mas se forma a partir dele. A alternativa C está incorreta, 
pois as influências do artista fazem parte de um momento anterior à produção da obra e constituem esse artista de formas 
que nem sempre são materializadas no texto. A alternativa D está incorreta, pois aquilo que é recuperado no momento da 
leitura independe do texto físico, constituindo o cruzamento de três instâncias: autor, texto e leitor. Finalmente, a alternativa E 
está incorreta, pois as relações estabelecidas pelas vozes extrapolam o texto produzido, uma vez que a polifonia reconhece 
que todas as vozes existem em um mesmo universo.
K1MG
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 26 
johny? está me ouvindo?
 johny? está me ouvindo?sim sim claro tua mãe e eu perdoamos já perdoamos eu disse perdoamos isso acontece claro 
acontece a qualquer um eu disse qualquer um é to anyone do you hear me yes we forgive you i said your mother your mother 
forgives you yes you do you hear me now whatever it is é claro tudo perdoado tua mãe perdoa mãe sempre perdoa tudo eu 
disse tudo forgives yes your mother and i we never never pai sempre perdoa i forgive you perdoo perdoo agora vá dormir my 
poor johny dormir eu disse já disse que perdoo tua mãe perdoa agora johny está me ouvindo johny está me ouvindo when i 
say do you hear me yes johny do you do you do
LEMINSKY, P. johny? está me ouvindo? In: HOLLANDA, H.; MESSEDER, C. Poesia jovem, anos 70. São Paulo: Abril Educação, 1982.
O texto de Paulo Leminsky, ao elevar à categoria poética uma possível conversa truncada, em dois idiomas, entre pai e filho, 
cria uma situação de interlocução que mostra o predomínio da função
 A poética, pois busca valorizar os elementos estéticos para transformar uma cena prosaica em objeto literário.
 B metalinguística, pois coloca em destaque a dificuldade de construir o processo comunicativo entre duas personagens.
 C fática, pois apresenta a voz de uma personagem, praticamente em monólogo, preocupada em verificar a atenção de seu 
interlocutor.
 D emotiva, pois tenciona mostrar o forte desejo de um interlocutor fazer-se notado e amado por aquele que o ouve.
 E apelativa, pois revela a insistente tentativa de uma personagem em atingir a atenção do seu receptor.
Alternativa C
Resolução: Ao longo do texto, vê-se a fala de uma personagem que não consegue se fazer ouvida e tenta se comunicar com 
outra. Pode-se inferir que o telefone é o canal utilizado, o qual a personagem precisa constantemente testar para garantir que 
a comunicação esteja bem estabelecida. Assim sendo, a função fática predomina, já que é a responsável pelo contato no ato 
da comunicação. São empregadas expressões de maneira quase inconsciente, a fim de chamar o interlocutor e certificar-se 
de que ele está ouvindo, como “johny?” e “está me ouvindo?”. A alternativa correta, portanto, é a C. A alternativa A está 
incorreta porque, apesar de o texto, de fato, transformar uma cena prosaica em objeto literário, sua construção estética se 
dá pela exploração da função fática, que se sobrepõe, assim, ao caráter meramente poético do texto, sendo, até mesmo, 
responsável pelos efeitos estéticos possíveis da leitura. A alternativa B está incorreta porque não há uma reflexão sobre o 
próprio código utilizado. A alternativa D está incorreta porque não há um narrador ou eu lírico expressando subjetividade. 
Por fim, a alternativa E está incorreta porque o texto não é voltado para o receptor, isto é, o leitor do texto.
QUESTÃO 27 
 Moon, uma baleia jubarte, ficou incapaz de usar sua cauda para nadar depois de ser atingida por um navio. Desde então, 
ela nadou quase 5 mil quilômetros do Canadá ao Havaí, no que se acredita ser sua última viagem antes de morrer.
 Os pesquisadores sabem sobre Moon há anos, mas em setembro notaram que sua coluna estava deformada, indicando 
que ela havia sido atingida por um navio. Sua coluna agora tem uma enorme forma de “S”, deixando-a incapaz de usar sua 
cauda, o que é necessário para ela nadar. Esse tipo de lesão provavelmente resultará em sua morte. Mas isso não a impediu 
de tentar aproveitar ao máximo o tempo que lhe resta.
 Essa jornada provavelmente será a última de Moon. “Em sua condição atual, ela não sobreviverá para fazer 
a viagem de volta”, disseram os pesquisadores. “Nunca entenderemos verdadeiramente a força necessária para 
Moon assumir o que é, lamentavelmente, sua última viagem, mas cabe a nós respeitar tal tenacidade dentro 
de outra espécie e reconhecer que colisões com embarcações levam a um fim devastador.”
Disponível em: <www.facebook.com>. Acesso em: 1 mar. 2023.
Esse texto, publicado em uma página no Facebook, possui uma estrutura que mescla tipologias textuais distintas, 
tais como
A. 	 dissertação e narração.
B. 	 descrição e dissertação.
C. 	 injunção e argumentação.
D. 	 argumentação e narração. 
E. 	 exposição e argumentação.
Alternativa E
Resolução: A alternativa E está correta, pois o texto é, ao mesmo tempo, informativo e opinativo, mesclando, portanto, as 
tipologias textuais expositiva e argumentativa. As alternativas A e D estão incorretas, pois, na tipologia narrativa, relatam-se 
fatos, reais ou fictícios, relacionando-os em uma linha temporal, de modo a configurar uma ação, características que não 
estão presentes no texto. A alternativa B está incorreta, pois não há no texto a presença expressiva de trechos descritivos. 
A alternativa C está incorreta, pois o texto não tem caráter prescritivo ou instrucional, característica da tipologia injuntiva. 
N8CP
ZNGD
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 29 
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
GULLAR, F. Não há vagas. Disponível em: 
<https://www.itatiaia.com.br>. Acesso em: 23 fev. 2023. 
Como estratégia de progressão do texto, o poeta recorre 
aos termos “funcionário público” e “operário”, por seu sentido 
construir uma
A. 	 denúncia à condição econômica das cidades.
B. 	 exaltação do contexto urbano como temática.
C. 	 representação dos trabalhadores pelo exagero.
D. 	 aproximação dos sujeitos poéticos com os leitores.
E. 	 equivalência entre os sujeitos excluídos dos poemas.
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E, pois “funcionário 
público” e “operário” criam sentido de progressão de texto, 
uma vez que são termos paralelos entre si porque ambos são 
sujeitos excluídos dos poemas. A alternativa A é incorreta, 
pois a denúncia, ou crítica, é à poesia, e não a questões 
econômicas. A alternativa B é incorreta porque não há uma 
exaltação ao contexto urbano, há um questionamento sobre 
a ausência da vida social no cenário poético. A alternativa 
C é incorreta, visto que “funcionário público” e “operário” 
não são termos hiperbólicos, são apenas marcadores de 
trabalho e profissão. A alternativa D é incorreta, pois o uso 
desses termos não tem como objetivo aproximar os sujeitos 
poéticos dos leitores.
DAAAQUESTÃO 28 
Disponível em: <www.instagram.com>. Acesso em: 1 mar. 2023.
Nessa tirinha, as imagens sintetizam o conteúdo do título 
ao mesmo tempo que 
A. 	 relacionam a simplicidade à residência de jovens 
idosos.
B. 	 associam o artesanato à chegada do sujeito à terceira 
idade.
C. 	 evidenciam a falta de decoração nos lares de jovens 
adultos.
D. 	 comparam formas de manter a estética dos espaços 
da casa.
E. 	 destacam o gosto dos mais velhos por plantas dentro 
de casa.
Alternativa D
Resolução: A alternativa correta é a D, pois a tirinha mostra 
como jovens adultos organizam os espaços da casa e como 
ela passa a ser organizada quando estes mesmos indivíduos 
se tornam jovens idosos. A alternativa A está incorreta, pois, 
na verdade, o que se observa, na residência de jovens 
idosos, são espaços bem decorados, o que contraria a ideia 
de simplicidade presente nessas residências. A alternativa B 
está incorreta, pois essa ideia já é afirmada pelo próprio 
enunciado da questão. A alternativa C está incorreta, pois 
a ausência de decoração nos lares de jovens adultos não 
é o foco da tirinha. A alternativa E está incorreta, pois a 
presença da planta dentro de casa quase não é percebida 
em comparação às decorações artesanais.
L63F
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 30 
O caso de tia Ana
Batem na porta da rua
Vai atender a quem bateu
– Vá chamar um dos donos da casa
seu patrão ousua patroa
– A dona da casa sou eu 
A pessoa muda de tom de repente
– Oh Senhora me perdoa
Esta cena se repete frequentemente
ASSUMPÇÃO, C. Não pararei de gritar: poemas reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 104.
O poema de Carlos Assumpção tem como temática um acontecimento cotidiano que revela o(a)
A. 	 insulto contra as trabalhadoras domésticas.
B. 	 julgamento baseado em uma característica física.
C. 	 denúncia das patroas que ignoram os entregadores.
D. 	 crítica à falta de educação de quem não usa o interfone.
E. 	 censura às pessoas que erram os endereços dos amigos.
Alternativa B
Resolução: O poema “O caso de tia Ana” relata o caso de uma mulher que, ao atender a porta de sua casa, é sempre 
confundida com algum prestador de serviço ou trabalhadora doméstica, isso revela o preconceito com características físicas 
da mulher, provavelmente cor de sua pele, que a distanciam (na visão preconceituosa das pessoas que batem na porta de 
tia Ana) da posição de dona daquela casa, posição que ela de fato ocupa. Portanto, a alternativa correta é a B. A alternativa 
A está incorreta porque o que acontece no poema não são insultos contra trabalhadoras domésticas, mas sim o ato de se 
colocar em posição de trabalhadora doméstica a dona da casa, baseando-se somente em características físicas de tia Ana, 
que, na visão das pessoas que batem em sua porta, seriam mais condizentes ao posto de trabalhadora doméstica do que de 
dona da casa. A alternativa C está incorreta, pois não há nada no poema que indique ou fale de entregadores e, tão menos, 
de serem ignorados, uma vez que a própria estrutura do poema indica exatamente que as pessoas que batem na porta são 
atendidas: “Batem na porta da rua / Vai atender a quem bateu”. A alternativa D está incorreta porque não há nada no poema 
que indique interfone ou a falta de seu uso e, consequentemente, nenhum julgamento de valor acerca disso. Finalmente, 
a alternativa E está incorreta, pois não há qualquer indicativo, no poema, de que quem bate à porta são amigos de outrem 
que erraram endereço, tão menos, portanto, a censura por isso.
QUESTÃO 31 
Ninguém nunca me perguntou. Manoel Perna, o engenheiro de Carolina e ex-encarregado do posto indígena Manoel 
da Nóbrega, morreu em 1946, afogado no rio Tocantins, durante uma tempestade, quando tentava salvar a neta pequena. 
O Estado Novo e a guerra tinham acabado. Deixou sete filhos, três homens e quatro mulheres. Voltava de Miracema do Tocantins 
para Carolina. Quem conta a história são os dois filhos mais velhos, que me garantiram que ele não deixou nenhum papel 
ou testamento, nenhuma palavra sobre Buell Quain. Francisco Perna, de Miracema, disse que o pai “voltava para Carolina 
pelo rio, houve uma tempestade e a balsa virou. Ele já estava doente dos intestinos. O coração não aguentou. Tentou nadar 
e salvar a neta sobre uma mala, mas o corpo dele afundou. A neta foi salva por um amigo que conseguiu nadar até a margem”. 
CARVALHO, B. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 134.
O texto ficcional recorre a elementos históricos para construir seu enredo, com o intuito de
A. 	 informar leitores sobre o que foi o Estado Novo.
B. 	 apresentar relatos biográficos sobre os eventos.
C. 	 trazer contextualização sobre os fatos ocorridos.
D. 	 retratar acontecimentos pessoais de forma lúdica.
E. 	 corroborar ideias consolidadas pela historiografia.
N3RX
HUSH
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2023 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C
Resolução: A alternativa correta é a C, pois os elementos 
históricos encontrados no texto ajudam a contextualizar os 
acontecimentos dentro de um determinado período histórico. 
A alternativa A está incorreta, pois o objetivo do texto não é 
informar sobre o Estado Novo, mas sim situar historicamente o 
tempo em que aconteceram os fatos narrados. A alternativa B 
está incorreta, uma vez que o texto é ficcional e, portanto, 
não se pode verificar a veracidade das informações que se 
apresentam enquanto dados biográficos. A alternativa D, 
por sua vez, está incorreta, pois não há qualquer tipo de 
uso lúdico dos acontecimentos históricos, uma vez que 
eles têm escopo de contextualizar os acontecimentos num 
determinado período histórico. Por fim, a alternativa E 
está incorreta, pois, tratando-se de um texto ficcional, não 
há o intuito de se corroborarem ideias consolidadas pela 
historiografia, uma vez que a ficção não tem a obrigação de 
se valer, necessariamente, à veracidade histórica dos fatos.
QUESTÃO 32 
A Copa de 86 foi a primeira que não aconteceu no 
meu aparelho de televisão e que eu vi sem intermediários. 
Fomos para o México cautelosamente vacinados contra 
o triunfalismo precoce e com uma seleção cercada de 
controvérsias. Telê ganhara outra chance, mas a sua 
lista final de convocados causara tanta discussão que ele 
estava mais defensivo e desconfiado do que de costume e 
o ambiente entre a seleção e a imprensa era cordial mas 
tenso. O Brasil que ficara em casa – uma minoria, a julgar 
pelo volume de brasileiros em Guadalajara – era o Brasil 
do Sarney do Cruzado, do Sarney herói, lembra? Enfim, de 
outro milagre. 
VERÍSSIMO, L. F. Recapitulando. In: Um time de primeira: grandes 
escritores brasileiros falam de futebol. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. p. 178-179.
A memória do cronista é utilizada para o encadeamento das 
ideias no texto, mobilizando no leitor a
A. 	 recordação das análises políticas no período abordado.
B. 	 lembrança do clima social de um período determinado.
C. 	 identificação de eventos históricos por um viés 
imparcial.
D. 	 comparação do contexto político com o evento 
esportivo.
E. 	 capacidade de discernir criticamente sobre um 
momento histórico.
Alternativa B
Resolução: A alternativa correta é a B, pois o autor, 
no fragmento, fala sobre o clima político no Brasil da 
época (governo Sarney), e dirige-se ao leitor (“lembra?”), 
buscando, com isso, gerar uma identificação, através de 
uma memória compartilhada. Ainda, é importante lembrar 
que as crônicas, muitas das vezes, circulam, ao menos em 
um primeiro momento, em suportes como jornais e revistas. 
9YYC
Por isso, há que se pensar que Veríssimo, à época desta 
crônica, dirigia-se a seus contemporâneos – pessoas 
que, portanto, teriam vivido o referido período histórico. 
A alternativa A é incorreta, pois o autor recorre a uma 
sensação, um “clima”, e não a análises políticas. A alternativa 
C é incorreta, pois se trata de uma crônica memorialística, 
portanto, o texto não é imparcial. A alternativa D é incorreta, 
visto que a comparação não é o que se quer provocar no leitor. 
A alternativa E é incorreta, pois não se busca uma reflexão 
crítica sobre o período do governo de José Sarney, e sim 
rememorar afetivamente a euforia que envolvia o período. 
QUESTÃO 33 
Pus-me a examinar colombinas, do lado da Praça Sete, 
quando inesperadamente me vi envolvido no fluxo de um 
cordão. Procurei desvencilhar-me, como pude, mas a onda 
humana vinha imensa, crescendo em torno de mim, por trás, 
pela frente e pelos flancos. Entreguei-me, então, àquela 
humanidade que me pareceu mais cansada que alegre. 
Os sambas eram tristes e os homens pingavam suor como 
se viessem do fundo de uma mina.
ANJOS, C. O Amanuense Belmiro. 
Rio de Janeiro: Editora Globo, 2006.
Nesse fragmento da obra de Cyro do Anjos, destaca-se um 
estilo de escrita de um narrador-personagem que
A. 	 descreve sucintamente as fantasias preferidas das 
foliãs.
B. 	 critica subjetivamente os abusos cometidos nos 
cordões.
C. 	 apresenta implicitamente desprezo às camadas 
populares.
D. 	 narra poeticamente sua experiência em um dia de 
Carnaval.
E. 	 conclui melancolicamente que ele não combina com a 
festa.
Alternativa D
Resolução: A alternativa correta é a D, pois o narrador utiliza 
construções poéticas em sua forma de escrita, valendo-se 
de figuras de linguagem, como metáforas e símiles, conforme 
os exemplos: “...a onda humana

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