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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE FISIOTERAPIA - UDC DISCIPLINA: FISIOTERAPIA APLICADA À ORTOPEDIA PROFESSOR: Lívia Willemann ALUNO: Natália de Araújo Lima DATA: 07/10/2023 ESTUDO DIRIGIDO – FRATURAS/LESÕES TENDINEAS- LIGAMENTARES-MUSCULARES REFERÊNCIAS: DUTTON, M. Fisioterapia ortopédica: Exame, avaliação e intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2ª edição, 2010. NORDIN M.; FRANKEL V.H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Pesquise, revise e responda: 1- QUAL O CONCEITO DE FRATURA? R: Uma fratura é uma quebra ou ruptura na continuidade de um osso. Isso pode ocorrer devido a lesões, acidentes ou estresse excessivo no osso. As fraturas podem variar em gravidade, desde pequenas fissuras até quebras completas. 2- QUAIS OS TIPOS DE FRATURAS? R: Existem vários tipos de fraturas, incluindo: • Fratura simples ou fechada : O osso está quebrado, mas a pele sobre a fratura não está danificada. • Fratura composta ou aberta : O osso quebrado perfura a pele, aumentando o risco de infecção. • Fratura transversal : A fratura ocorre em ângulo reto com o eixo do osso. • Fratura oblíqua : A fratura ocorre em um ângulo oblíquo com o eixo do osso. • Fratura cominutiva : O osso quebrado se fragmenta em várias partes. • Fratura verde : O osso está quebrado, mas apenas um lado está danificado, geralmente visto em crianças. • Fratura por especificação: O osso é esmagado ou comprimido. 3- NO GERAL, QUAIS SÃO OS TIPOS DE TRAÇOS DE FRATURAS? R: Os traços de fraturas podem incluir linhas de fraturas, que podem ser transversais, oblíquas, espirais, cominutivas, entre outras, dependendo da forma como o osso transversal. 4- QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESTABILIDADE RELATIVA E ABSOLUTA DE UMA FRATURA? R: • Estabilidade relativa : Consulte a capacidade do osso para manter a posição adequada durante o processo de cicatrização, com ou sem a ajuda de dispositivos de fixação, como pinos ou parafusos. A estabilidade relativa permite algum movimento no local da fratura durante a consolidação. • Estabilidade absoluta : Envolve uma fixação de fixação da fratura, onde os fragmentos ósseos são retidos em contato direto e imóveis por dispositivos como placas e parafusos. Isso impede qualquer movimento no local da fratura e é usado em fraturas complexas ou que exigem alinhamento preciso. 5- QUAIS OS PRINCIPAIS COMPONENTES ORGÂNICOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE REMODELAGEM ÓSSEA? R: Os principais componentes orgânicos envolvidos na remodelação óssea incluem osteoblastos (células que formam novo osso), osteoclastos (células que reabsorvem osso antigo), osteócitos (células ósseas maduras), e a matriz óssea composta por colágeno e minerais como o cálcio e o fósforo. 6- CONCEITUE OSTEOSSÍNTESE? R: A osteossíntese é o processo cirúrgico de fixação de fraturas ósseas por meio de dispositivos como pinos, parafusos, placas, hastes, e outros implantes. O objetivo é restaurar a estabilidade do osso quebrado, permitindo a consolidação e a cura adequada. 7- QUAIS OS TIPOS DE OSTEOSSÍNTESES QUE EXISTEM? R: Existem diversos métodos de osteossíntese, incluindo: • Fixação interna, que utiliza dispositivos implantados dentro do corpo, como placas e parafusos. • Fixação externa, que utiliza dispositivos colocados fora do corpo, como fixadores externos. • Osteossíntese intramedular, que envolve uma inserção de uma haste dentro da cavidade medular do osso. • Osteossíntese com fios de Kirschner (fios K), que são finos pinos de metal usados para manter fragmentos ósseos no lugar. • Osteossíntese com parafusos de precisão, que ajuda a estabilizar fraturas com cargas de especificações. 8- SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO AO DE FRATURAS, QUAIS OS CRITÉRIOS ESCOLHIDOS PARA IDENTIFICAR O PROCEDIMENTO MAIS ADEQUADO DIANTE DAS FRATURAS? R: A Classificação AO (Arbeitsgemeinschaft für Osteosynthesefragen) utiliza critérios específicos para identificar o procedimento mais adequado para fraturas. Os principais critérios considerados são: • Tipo de fratura (A, B ou C): Avalia a localização, padrão e envolvimento de estruturas vizinhas. • Grau de fragmentação (1, 2 ou 3): Determina o número de fragmentos ósseos. • Localização anatômica (U, M ou D): Identifica a região anatômica afetada (úmero, antebraço, mão, etc.). • Comportamento da fratura (deslocada, desviada, etc.): Avaliação do alinhamento dos fragmentos ósseos. • Presença de outras lesões (vasculares, nervosas, etc.): Considere lesões associadas que podem influenciar o tratamento. 9- ESTABELEÇA OBJETIVOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA UMA FASE DE IMOBILIZAÇÃO RELATIVA DE FRATURA DE CLAVÍCULA? R: Durante uma fase de imobilização relativa a uma fratura da clavícula • Redução • Prevenir • Manutenção da mobilidade e função da articulação • Educação do paciente sobre a proteção da cl • Orientação sobre a • Estímulo • Preparação do paciente para o futuro 10- ESTABELEÇA UM PLANO TERAPÊUTICO PARA UM PO DE FRATURA PROXIMAL DO ÚMERO NUMA FASE DE IMOBILIZAÇÃO RELATIVA? R: Objetivo Geral: • Facilitar a recuperação da amplitude de movimento, força e funcionalidade da articulação do ombro após a cirurgia de fratura proximal do úmero. Fase de Imobilização Relativa (Início até a remoção da imobilização): • Avaliação Inicial: • Realizar uma avaliação detalhada da história clínica do paciente, incluindo detalhes da cirurgia, estado de saúde geral e medicamentos atuais. • Avaliar a integridade da incisão cirúrgica e identificar quaisquer sinais de infecção ou complicações. • Medir a amplitude de movimento (ADM) passiva do ombro e registrar a dor percebida pelo paciente. • Educação do Paciente: • Explicar o plano de tratamento e os objetivos da reabilitação. • Instruir o paciente sobre a importância de manter a imobilização adequada e evitar movimentos que possam prejudicar a integridade da fratura. • Orientar sobre a higiene pessoal, vestir e despir, destacando a necessidade de cuidado ao manusear a articulação do ombro. • Controle da Dor e Inchaço: • Administração de terapia analgésica conforme prescrição médica. • Utilizar modalidades de fisioterapia, como crioterapia (gelo) para reduzir o inchaço na área. • Exercícios de Amplitude de Movimento Passiva (ADM): • Realizar exercícios passivos do ombro para manter a mobilidade da articulação. • Exercícios incluem flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa. • O fisioterapeuta aplica movimentos suaves na articulação, trabalhando dentro dos limites de conforto do paciente. • Exercícios Isométricos: • Introduzir exercícios isométricos para fortalecer os músculos não diretamente envolvidos na fratura. • Exercícios isométricos do antebraço, punho e mão são realizados. • Mobilização de Segmentos Adjacentes: • Iniciar a mobilização do cotovelo e punho, promovendo a circulação sanguínea e a mobilidade das articulações vizinhas. • Educação sobre Postura e Movimentos Seguros: • Orientar o paciente sobre como manter uma postura adequada para evitar sobrecarregar a articulação do ombro durante atividades diárias. • Acompanhamento e Reavaliação: • Agendar consultas de acompanhamento para avaliar o progresso da cicatrização, a ADM e a dor. • Ajustar o plano de tratamento conforme necessário. • Comunicação Constante: • Manter comunicação regular com o paciente para responder a perguntas e preocupações, e garantir que ele siga as orientações de tratamento. É importante adaptar este plano de fisioterapia com base na resposta do paciente ao tratamento, nas orientações específicas do cirurgião e nas características individuais da fratura. À medida que a fratura cicatriza ea imobilização é removida, a fisioterapia pode progredir para uma fase de reabilitação ativa com exercícios de fortalecimento e recuperação funcional. 11- QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS FRATURAS DE COLLES E SMITH NO PUNHO? R: As fraturas de Colles e Smith são dois tipos de fraturas do punho, e a principal diferença entre elas está na direção do deslocamento dos fragmentos ósseos e na posição final dos ossos do antebraço em relação aos ossos do carpo. Vamos descrever as características distintivas de cada uma: Fratura de Colles: • Deslocamento: A fratura de Colles é uma fratura do rádio (um dos ossos do antebraço) na extremidade distal do osso, que geralmente resulta em um deslocamento dos fragmentos ósseos em direção à parte dorsal (posterior) do pulso. Isso faz com que o pulso fique dorsofletido (curvado para trás) e o fragmento do rádio se mova para trás em relação aos ossos do carpo. • Causa: A fratura de Colles geralmente é causada por quedas nas quais a pessoa tenta se proteger estendendo as mãos para que o punho absorva o impacto. Fratura de Smith (ou fratura de garfo ou fratura invertida): • Deslocamento: A fratura de Smith é o oposto da fratura de Colles. Nesse caso, a fratura ocorre na extremidade distal do rádio, mas o deslocamento dos fragmentos ósseos ocorre em direção à parte palmar (anterior) do punho. Isso resulta em uma posição do pulso volarflexionada (curvado para frente), com o fragmento do rádio deslocado para frente em relação aos ossos do carpo. • Causa: A fratura de Smith é menos comum que a de Colles, e é geralmente causada por traumas em que o dorso da mão sofre impacto, forçando o punho a se flexionar. Ambas as fraturas de Colles e Smith podem ser dolorosas e requerem tratamento médico. O tratamento pode envolver imobilização, redução da fratura (realinhamento dos fragmentos ósseos), e em alguns casos, cirurgia. A escolha do tratamento depende da gravidade da fratura e da posição dos fragmentos ósseos. Um médico ortopedista é a pessoa mais indicada para avaliar e determinar o tratamento adequado com base na radiografia e na condição específica do paciente. 12- QUAL NOME DA FRATURA QUE ACOMETE A BASE DO PRIMEIRO DEDO? R: Também conhecido como o polegar, é frequentemente chamada de "fratura da base do polegar" ou "fratura da base do primeiro metacarpo". 13- NA FISIOTERAPIA CLÍNICA (AMBULATÓRIO) QUAIS EQUIPAMENTOS TERAPÊUTICOS PODEM ESTAR DISPONÍVEIS PARA TRATAR UMA FRATURA? R: • Mesa de Tração: Uma mesa especial projetada para aplicar tração na coluna vertebral ou em outras partes do corpo para aliviar a pressão e melhorar o alinhamento. • Máquinas de Eletroterapia: Isso inclui equipamentos como aparelhos de eletroestimulação (EMS/TENS), ultrassom terapêutico e estimulação elétrica funcional para ajudar no controle da dor, redução do inchaço e na recuperação muscular. • Bicicleta Ergométrica: Utilizada para exercícios de fortalecimento e resistência cardiovascular. • Esteiras de Exercício: Úteis para treinamento da marcha e melhora da resistência cardiovascular. • Aparelhos de Musculação: São utilizados para exercícios de fortalecimento muscular e recuperação funcional. • Mesa de Exercícios Multiuso: Equipamento versátil que pode ser ajustado para uma variedade de exercícios terapêuticos. • Plataformas de Equilíbrio: Usadas para melhorar o equilíbrio e a propriocepção após uma lesão. • Bolas de Exercício: São utilizadas para fortalecimento do tronco e para exercícios de equilíbrio. • Bandas Elásticas e Tubos de Resistência: Usados para exercícios de resistência e fortalecimento. • Bandas Elásticas e Tubos de Resistência: Usados para exercícios de resistência e fortalecimento. • Materiais para Mobilização Articular: Isso pode incluir almofadas, cunhas e rolos usados para melhorar a amplitude de movimento e o alinhamento das articulações. • Equipamentos de Hidroterapia: Piscinas terapêuticas ou banheiras de hidromassagem podem ser usadas para exercícios aquáticos que reduzem o impacto nas articulações. • Aparelhos de Termoterapia e Crioterapia: Isso inclui bolsas de gelo, compressas quentes, almofadas térmicas e unidades de terapia com temperatura controlada para tratamento da dor e inflamação. • Equipamentos de Ultrassom Terapêutico: Utilizados para tratar lesões de tecidos profundos, ajudando na redução da dor e do inchaço. • Equipamentos de Laserterapia: Podem ser usados para promover a cicatrização dos tecidos e aliviar a dor. • Máquinas de Pressão Pneumática: Usadas para auxiliar na circulação sanguínea e redução do inchaço. 14- NA FISIOTERAPIA HOSPITALAR (ENFERMARIA) QUAIS EQUIPAMENTOS TERAPÊUTICOS PODEM ESTAR DISPONÍVEIS PARA TRATAR UMA FRATURA? R: • Aparelhos de Eletroestimulação (TENS/EMS): Utilizados para controle da dor e estimulação muscular. • Muletas e Andadores: Auxiliam na mobilidade e locomoção do paciente durante o processo de recuperação. • Barras Paralelas: São barras que auxiliam o paciente a praticar a marcha e a manter o equilíbrio. • Fisioterapia Respiratória: Equipamentos para incentivar a expansão pulmonar e prevenir complicações respiratórias. • Bolas de Exercício: Podem ser usadas para exercícios de fortalecimento e equilíbrio. • Bandas Elásticas e Tubos de Resistência: Utilizados para exercícios de resistência e fortalecimento. • Cadeiras de Rodas: Auxiliam na mobilidade de pacientes que não podem caminhar devido à fratura. • Materiais para Mobilização Articular: Almofadas, cunhas e rolos usados para melhorar a amplitude de movimento e o alinhamento das articulações. • Bicicletas Ergométricas Portáteis: Permitem exercícios de mobilidade e resistência no leito. • Equipamentos para Treinamento de Marcha no Leito: São aparelhos que permitem que o paciente pratique a marcha enquanto está deitado. • Bolas de Exercício para as Mãos: São úteis para exercícios de fortalecimento dos músculos da mão e dedos. • Plataformas de Equilíbrio: Podem ser usadas para exercícios de equilíbrio e propriocepção. • Tapetes e Obstáculos de Treinamento de Marcha: São utilizados para treinar a marcha e a mobilidade. • Espelhos: Usados para o paciente observar a execução correta dos movimentos. • Material para Crioterapia e Termoterapia: Isso inclui bolsas de gelo, almofadas térmicas e unidades de terapia com temperatura controlada para o tratamento da dor e do inchaço. • Equipamentos de Ultrassom Terapêutico: Utilizados para tratar lesões de tecidos profundos. 15- QUAIS AS PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA USO DA CRIOTERAPIA EM FRATURAS? R: • Avaliação Médica: Antes de iniciar qualquer tratamento com crioterapia, é essencial que o paciente seja avaliado por um médico, que determinará a natureza da fratura e se a crioterapia é apropriada. • Proteção da Pele: Certifique-se de que a pele ao redor da área da fratura esteja íntegra. Não aplique crioterapia se houver feridas abertas, cortes ou irritações na pele. Proteja a pele saudável com uma barreira, como um pano ou toalha fina, antes de aplicar o frio. • Cubos de Gelo ou Bolsas de Gelo: Use cubos de gelo envoltos em um pano ou bolsas de gelo reutilizáveis. Não aplique gelo diretamente na pele, pois isso pode causar queimaduras por frio. • Aplicação Intermitente: Aplique o frio por períodos intermitentes de cerca de 15 a 20 minutos, seguidos de uma pausa de 1 a 2 horas. Isso ajuda a evitar danos por frio excessivo. • Elevação da Área Afetada: Eleve a área da fratura sempre que possível. Isso ajuda a reduzir o inchaço e melhora a circulação. • Monitoramento da Temperatura: Esteja atento à temperatura da pele. A pele deve ficar resfriada, mas não congelada. Se o paciente relatar dormência excessiva, formigamento intenso ou se a pele ficar pálida ou branca, interrompa imediatamente a aplicação dacrioterapia. • Intervalos Adequados: Certifique-se de dar intervalos suficientes entre as aplicações de frio para permitir que a pele volte à temperatura normal antes de reaplicar. • Verificação da Circulação Sanguínea: Monitore a circulação sanguínea na extremidade afetada. Se houver sinais de má circulação, como palidez, cianose (coloração azulada) ou dormência persistente, interrompa o tratamento de crioterapia e consulte um médico. • Uso de Medicamentos: Evite a aplicação de crioterapia em áreas em que medicamentos tópicos, como pomadas anti-inflamatórias, tenham sido utilizados, a menos que seja recomendado pelo médico. • Avaliação Constante: Aplique a crioterapia sob a supervisão de um profissional de saúde, como um fisioterapeuta, que pode monitorar a resposta do paciente e ajustar o tratamento conforme necessário. 16. O QUE SIGNIFICA A TÉCNICA RICE NO TRATAMENTO DE LESÕES? R: A técnica RICE é um protocolo amplamente utilizado no tratamento de lesões agudas, como entorses, contusões, distensões musculares e outras lesões musculoesqueléticas. RICE é um acrônimo que se refere a quatro medidas-chave que visam controlar a inflamação e a dor, acelerar a recuperação e promover a cicatrização. Cada letra do acrônimo representa uma parte específica do tratamento: 1. **R** - **Repouso (Rest)**: A primeira medida é o descanso. O repouso permite que o corpo inicie o processo de cura sem agravar a lesão. Evitar atividades que coloquem estresse na área afetada é fundamental para prevenir danos adicionais. Em casos graves, pode ser necessária a imobilização da área com talas, órteses ou gesso. 2. **I** - **Gelo (Ice)**: O gelo é usado para reduzir o inchaço e controlar a dor. A aplicação de uma bolsa de gelo ou compressa fria na área afetada ajuda a contrair os vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo sanguíneo e minimizando o edema (inchaço). O gelo deve ser aplicado por cerca de 15-20 minutos a cada hora ou conforme indicado pelo profissional de saúde. Certifique-se de proteger a pele com um pano ou toalha para evitar queimaduras por frio. 3. **C** - **Compressão (Compression)**: A aplicação de uma bandagem elástica ou faixa compressiva ao redor da área lesionada ajuda a reduzir o inchaço e oferece suporte à lesão. A compressão ajuda a limitar o acúmulo de fluido no local da lesão. 4. **E** - **Elevação (Elevation)**: Elevar a área afetada acima do nível do coração ajuda a reduzir o inchaço, permitindo que o excesso de fluido drene dos tecidos. Geralmente, isso significa elevar a perna ou o braço afetado, de modo que a gravidade ajude a drenar o excesso de fluido linfático. O protocolo RICE é comumente usado nas primeiras 48 horas após uma lesão aguda, mas pode ser estendido conforme necessário. No entanto, é importante ressaltar que o tratamento de lesões deve ser adaptado a cada caso individual e supervisionado por um profissional de saúde, como um médico ou fisioterapeuta. Em alguns casos, especialmente em lesões mais graves, pode ser necessário um tratamento adicional, como imobilização, fisioterapia ou medicação. 17- QUAIS OS PRINCIPAIS TIPOS DE FRATURAS PÉLVICAS? R: Fratura do Anel Pélvico (Tipo Estável): • Esta fratura envolve uma ou mais das estruturas ósseas do anel pélvico, que incluem o ílio, o ísquio e o púbis. • Geralmente, o anel pélvico mantém sua estabilidade e integridade. • Essas fraturas podem ser divididas em subtipos com base na localização, como fraturas do ísquio, púbis ou ílio. Fratura do Anel Pélvico (Tipo Instável): • Nesse tipo de fratura, o anel pélvico perde sua estabilidade, e os fragmentos ósseos se deslocam. • Pode haver um deslocamento significativo das estruturas ósseas, aumentando o risco de lesões em órgãos internos, vasos sanguíneos e nervos. Fratura da Sínfise Púbica: • Envolve a separação ou deslocamento da sínfise púbica, a articulação fibrocartilaginosa que conecta os ossos púbicos. • Pode ocorrer como resultado de traumas diretos ou estresse repetitivo, como no parto. Fratura Acetabular: • A fratura acetabular envolve a quebra da articulação do quadril, onde a cabeça do fêmur se encaixa no acetábulo. • Essas fraturas são frequentemente associadas a traumas graves e podem resultar em danos significativos à articulação do quadril. Fratura da Asa do Ílio: • Envolve a quebra da asa do ílio, uma das partes do osso ilíaco que forma a bacia. • Geralmente é causada por traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos. Fratura do Ramo Púbico: • Envolve a quebra do ramo púbico, uma parte do osso púbico. • Pode ocorrer devido a traumas diretos ou estresse repetitivo. Fratura do Ísquio: • Envolve a quebra do osso ísquio, uma das estruturas que compõem o anel pélvico. • Essas fraturas podem ocorrer em acidentes de quedas ou esportivos. Fratura do Púbis: • Envolve a quebra do osso púbico. • Pode ser resultado de trauma direto ou estresse repetitivo, especialmente em atletas. 18- NA FISIOTERAPIA HOSPITALAR, COMO DEVE SER A PRIMEIRA ABORDAGEM (PRIMEIRO ATENDIMENTO) AO PACIENTE APÓS PO DE FRATURA? R: Avaliação Inicial: • Realizar uma avaliação detalhada do estado do paciente, incluindo informações sobre a cirurgia, tipo de fratura, história médica, medicações atuais, alergias e comorbidades. • Avaliar a incisão cirúrgica quanto à integridade, sinais de infecção ou complicações. Controle da Dor e Edema: • Avaliar e registrar a dor do paciente e a presença de inchaço na área cirúrgica. • Administrar medicação para controle da dor conforme prescrição médica. • Utilizar modalidades terapêuticas, como crioterapia (gelo), para reduzir o edema e o desconforto. Imobilização e Posicionamento: • Garantir que o paciente esteja adequadamente imobilizado e posicionado de acordo com as orientações médicas para evitar movimentos não autorizados e proporcionar suporte à região da fratura. Instruções e Educação: • Fornecer informações ao paciente sobre o que ele pode e não pode fazer, considerando as restrições impostas pela cirurgia e imobilização. • Orientar o paciente sobre o manejo de dor, cuidados com a incisão, higiene pessoal e mobilizações seguras. • Discutir a importância do cumprimento da prescrição médica e das orientações do fisioterapeuta. Mobilização Precoce: • Iniciar exercícios de mobilização passiva suave, conforme apropriado, para evitar a rigidez articular e manter a integridade da articulação. • Os exercícios podem incluir movimentos passivos da articulação sem sobrecarregar a fratura. Prevenção de Complicações: • Avaliar o risco de complicações pós-operatórias, como trombose venosa profunda (TVP) e pneumonia, e implementar medidas preventivas, como exercícios de mobilização, fisioterapia respiratória e uso de meias de compressão. Agendamento de Consultas de Acompanhamento: • Marcar consultas de acompanhamento com o cirurgião ortopédico para avaliação periódica, radiografias de controle e ajustes no plano de tratamento. Comunicação Constante: • Manter uma comunicação regular com a equipe médica para relatar o progresso do paciente e obter orientações adicionais. 19- QUAIS OS CUIDADOS FISIOTERAPÊUTICOS DEVEM SER OBSERVADOS NO PACIENTE ACAMADO APÓS PO DE FRATURA? R: Avaliação Inicial: • Realize uma avaliação completa do paciente para entender sua condição geral, tipo de fratura, cirurgia realizada e quaisquer comorbidades. Manutenção da Mobilidade Articular: • Realize exercícios passivos (mobilizações) nas articulações adjacentes à área da fratura para prevenir a rigidez articular. Respiratórios: • Ensine e incentive exercícios respiratórios para prevenir complicações respiratórias, como pneumonia. • Utilize técnicas de fisioterapia respiratória, como a expansão pulmonar e a drenagempostural, se necessário. Prevenção de Trombose Venosa Profunda (TVP): • Ensine e incentive exercícios de tornozelos e pés para estimular a circulação sanguínea. • Utilize meias de compressão, conforme indicado pelo médico. Posicionamento Adequado: • Certifique-se de que o paciente seja posicionado corretamente para evitar pressão excessiva nas áreas de contato com o colchão e prevenir úlceras por pressão (escaras). • Realize mudanças de posição regularmente para aliviar a pressão nas áreas vulneráveis. Mobilização Precoce: • Incentive a mobilização precoce na cama, com a ajuda de um fisioterapeuta, quando apropriado, para prevenir a atrofia muscular e melhorar a circulação. Manuseio da Dor: • Administre analgésicos conforme prescrição médica para controlar a dor do paciente. • Utilize modalidades de fisioterapia, como o uso de bolsas de gelo ou calor, quando indicado. Fisioterapia em Membros Não Afetados: • Realize exercícios de fortalecimento e alongamento nos membros não afetados para manter a força e a flexibilidade. Instruções de Autocuidado: • Instrua o paciente sobre como mover-se com segurança na cama e como realizar atividades de autocuidado, como trocar de roupa, escovar os dentes e usar o banheiro. Comunicação com a Equipe de Saúde: • Mantenha uma comunicação constante com a equipe médica e de enfermagem para relatar o progresso do paciente e discutir quaisquer preocupações. Apoio Psicológico: • Ofereça apoio emocional ao paciente, pois estar acamado após uma cirurgia de fratura pode ser desafiador emocionalmente. A ansiedade e a depressão são comuns. Educação do Paciente e Família: • Eduque o paciente e sua família sobre o plano de tratamento, as expectativas de recuperação e as medidas de autocuidado. 20- QUAL NOME DA OSTEOSSÍNTESE USADA PARA FRATURAS COMPLEXAS (COMINUTIVA) EM MEMBROS, E QUE POSSUI O FORMATO CIRCULAR? R: A técnica de osteossíntese que utiliza fixadores externos circulares para tratar fraturas complexas, incluindo fraturas cominutivas em membros, é chamada de "fixação externa circular" ou "fixador externo circular." Nesse procedimento, anéis circulares são fixados à estrutura óssea do paciente com pinos ou fios de Kirschner, e esses anéis são interligados por hastes metálicas ajustáveis. A fixação externa circular oferece várias vantagens, como a estabilidade e a capacidade de corrigir deformidades e angulações, o que a torna adequada para fraturas complexas e traumas graves. Além disso, esse tipo de fixador permite o acesso ao local da lesão para cuidados de feridas e avaliações radiográficas. Ela é comumente utilizada em cirurgias ortopédicas para tratamento de fraturas, deformidades ósseas, osteotomias (cortes cirúrgicos nos ossos) e outras condições que requerem estabilização e alinhamento adequados. Ela oferece flexibilidade no ajuste e permite uma recuperação eficaz em casos desafiadores de fraturas e lesões ósseas complexas. 21- QUAL A FUNÇÃO DOS LIGAMENTOS E TENDÕES? R: Ligamentos: • Conexão entre Ossos: Os ligamentos são estruturas fibrosas fortes que conectam os ossos às articulações. Eles são responsáveis por manter a estabilidade das articulações, limitando movimentos excessivos e impedindo o deslocamento anormal dos ossos. • Suporte e Estabilidade: Os ligamentos ajudam a fornecer suporte passivo às articulações, permitindo que elas suportem cargas e movimentos sem deslocar-se de forma inadequada. • Propriocepção: Além de sua função de suporte, os ligamentos também desempenham um papel na propriocepção, que é a capacidade do corpo de perceber a posição e o movimento das articulações. Isso ajuda na coordenação e no controle dos movimentos. Tendões: • Conexão entre Músculos e Ossos: Os tendões são tecidos fibrosos que conectam os músculos aos ossos. Eles transmitem a força gerada pelos músculos para os ossos, permitindo movimentos articulares. • Movimento: Os tendões são essenciais para gerar movimento nas articulações. Quando os músculos se contraem, os tendões puxam os ossos, criando movimento nas articulações. • Estabilidade e Controle: Além de permitir o movimento, os tendões desempenham um papel na estabilidade e no controle dos movimentos articulares. Eles ajudam a manter o alinhamento adequado das articulações e a prevenir movimentos excessivos. • Amortecimento e Absorção de Choque: Os tendões também têm a capacidade de absorver choques e distribuir as forças durante atividades físicas, o que é importante para proteger os ossos e as articulações. 22- QUAL A COMPOSIÇÃO DOS TENDÕES E LIGAMENTOS? R: Composição dos Tendões: • Colágeno: Os tendões são compostos principalmente de fibras de colágeno, que são a principal fonte de resistência à tração. O colágeno confere aos tendões sua força e flexibilidade. As fibras de colágeno são organizadas em feixes paralelos, proporcionando uma estrutura altamente resistente. • Células Tendinosas: Os tendões contêm células especializadas chamadas tenócitos, que desempenham um papel na manutenção e reparo do tecido tendinoso. • Substância Fundamental: Uma matriz extracelular composta de proteoglicanos e glicoproteínas preenche os espaços entre as fibras de colágeno. Essa substância ajuda a manter a hidratação e a elasticidade dos tendões. • Vasos Sanguíneos e Nervos: Os tendões geralmente têm suprimento sanguíneo limitado e são relativamente avasculares. Eles também contêm poucos nervos, o que pode afetar a sensação de dor e propriocepção. Composição dos Ligamentos: • Colágeno: Assim como nos tendões, os ligamentos consistem em fibras de colágeno. No entanto, a proporção de colágeno tipo I é maior nos ligamentos, tornando-os menos elásticos e mais resistentes à tração. • Células Ligamentares: Os ligamentos contêm células especializadas, conhecidas como fibroblastos ligamentares, que são responsáveis pela síntese e manutenção do tecido ligamentar. • Substância Fundamental: Assim como nos tendões, os ligamentos têm uma matriz extracelular que preenche os espaços entre as fibras de colágeno. Essa substância ajuda a manter a integridade estrutural e as propriedades biomecânicas dos ligamentos. • Vasos Sanguíneos e Nervos: Os ligamentos tendem a ter um suprimento sanguíneo mais significativo do que os tendões, embora a vascularização varie entre os diferentes ligamentos. Eles também contêm receptores sensoriais que ajudam na propriocepção, auxiliando o sistema nervoso na percepção da posição e do movimento das articulações. 23- COMO SÃO CONHECIDAS AS ESTRUTURAS DE INSERÇÕES NO OSSO DOS LIGAMENTOS E TENDÕES? R: Ligamentos: • Inserção: Refere-se ao ponto onde um ligamento se fixa ao osso. Por exemplo, a "inserção do ligamento colateral medial no úmero" descreve o local onde o ligamento colateral medial do cotovelo se prende ao úmero. • Origem: Este termo é frequentemente usado para descrever o ponto de fixação de um ligamento à parte do osso mais próxima ao centro do corpo. Por exemplo, a "origem do ligamento cruzado anterior na tíbia" se refere ao ponto onde o ligamento cruzado anterior se origina na tíbia. • Âncora: Algumas cirurgias ortopédicas envolvem a fixação de ligamentos a um osso usando dispositivos chamados âncoras. Uma "âncora do ligamento" é um dispositivo usado para fixar o ligamento ao osso de forma segura. Tendões: • Inserção Tendinosa: Esse termo descreve a extremidade do tendão que se fixa ao osso. Por exemplo, a "inserção tendinosa do tendão de Aquiles no calcâneo" se refere à fixação do tendão de Aquiles ao osso do calcanhar (calcâneo). • Origem Tendinosa: Semelhante à origem dos ligamentos, a "origem tendinosa" é o ponto onde o tendão se origina na parte do músculo mais próxima ao centro do corpo. • Enxerto Tendinoso: Em procedimentos cirúrgicos, como reparo de lesõesou reconstruções de tendões, os cirurgiões frequentemente usam enxertos tendinosos de outra parte do corpo para substituir ou fortalecer tendões lesionados. Esses enxertos são frequentemente nomeados com base em sua origem, como "enxerto tendinoso do tendão do músculo semitendíneo." • Bainha Tendinosa: Algumas áreas do corpo possuem bainhas tendinosas, que são estruturas que envolvem e protegem tendões. Por exemplo, a "bainha tendinosa do punho" protege e fornece um canal para os tendões que controlam os movimentos do punho. 24- ESTABELEÇA UM PLANO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA TENDINITE DE COTOVELO? R: Fase 1: Controle da Dor e Inflamação • Avaliação Inicial: Realize uma avaliação completa para determinar a gravidade da tendinite e identificar fatores de risco ou desencadeantes. • Repouso: Oriente o paciente a evitar atividades que causem dor no cotovelo. Pode ser necessário o uso de órtese ou tala para imobilização em casos graves. • Crioterapia (Gelo): A aplicação de gelo na área afetada ajuda a reduzir a inflamação e a dor. Recomende sessões de 15-20 minutos, várias vezes ao dia, com um pano entre o gelo e a pele. • Medicação: Se indicado pelo médico, prescreva medicamentos anti- inflamatórios não esteroides (AINEs) para reduzir a dor e a inflamação. • Técnicas de Massagem: Use massagens suaves e técnicas de liberação miofascial para relaxar os músculos da região. Fase 2: Reabilitação e Fortalecimento • Exercícios de Alongamento: Inicie exercícios de alongamento para os músculos do antebraço e da mão. Isso ajuda a melhorar a flexibilidade e reduzir a tensão nos tendões. • Fortalecimento dos Músculos: Desenvolva um programa de fortalecimento progressivo para os músculos do antebraço, com ênfase nos músculos extensores do punho. Exercícios com pesos leves ou bandas de resistência são úteis. • Técnicas de Treinamento de Força: Ensine ao paciente técnicas adequadas de treinamento de força para evitar o uso excessivo e sobrecarga nos cotovelos. • Correção de Técnica: Avalie a técnica do paciente em relação às atividades que causaram a tendinite (por exemplo, prática de esportes) e forneça orientações sobre a correção da técnica. Fase 3: Retorno às Atividades Normais • Treinamento Funcional: Inclua exercícios específicos relacionados às atividades diárias ou esportivas do paciente para garantir que ele possa retornar com segurança às suas atividades normais. • Modificações Ergonômicas: Se a tendinite foi causada por fatores ergonômicos no local de trabalho, faça modificações no ambiente de trabalho para reduzir o estresse nos cotovelos do paciente. • Aconselhamento: Forneça orientação sobre medidas preventivas, como o uso adequado de equipamentos de proteção, descanso adequado e ajustes na técnica. Fase 4: Manutenção e Prevenção • Programa de Exercícios em Casa: Prescreva um programa de exercícios em casa que o paciente possa seguir para manter a força e a flexibilidade dos músculos do antebraço. • Acompanhamento: Agende consultas de acompanhamento para monitorar o progresso e ajustar o plano de tratamento conforme necessário. • Educação: Eduque o paciente sobre os sintomas de recorrência e forneça estratégias para evitar futuras lesões. 25- CITE 5 TIPOS DE LESÕES QUE PODEM ACOMETER OS TENDÕES OU LIGAMENTOS? R: • Tendinite: A tendinite é a inflamação dos tendões, geralmente causada pelo uso excessivo, trauma repetitivo ou envelhecimento. Ela pode afetar tendões em várias partes do corpo, como o tendão de Aquiles, o tendão rotuliano (patelar) ou os tendões do ombro. • Ligamento Rasgado: Uma ruptura ou laceração de um ligamento é conhecida como lesão de ligamento. Isso pode ocorrer, por exemplo, nos ligamentos cruzados do joelho ou nos ligamentos colaterais do cotovelo, resultando em instabilidade da articulação. • Tendinopatia: A tendinopatia é uma condição em que os tendões sofrem degeneração progressiva, muitas vezes devido a sobrecarga crônica. Um exemplo é a tendinopatia do manguito rotador no ombro. • Entorse: Uma entorse é uma lesão em que os ligamentos são esticados ou rompidos, geralmente como resultado de uma torção ou movimento brusco da articulação. Isso é comum em lesões de tornozelo, onde os ligamentos são esticados excessivamente. • Ruptura de Tendão: Uma ruptura de tendão ocorre quando um tendão se rompe completamente, geralmente como resultado de trauma agudo. Um exemplo é a ruptura do tendão de Aquiles no calcanhar. 26- QUAL O TIPO DE MÚSCULO SÃO PREDOMINANTEMENTE TRATÁVEIS PELA FISIOTERAPIA? R: • Músculos Esqueléticos: A fisioterapia lida principalmente com músculos esqueléticos, que são os músculos voluntários que estão ligados aos ossos e permitem o movimento do corpo. Esses músculos estão envolvidos em atividades como caminhar, correr, levantar objetos e realizar ações cotidianas. • Músculos do Sistema Musculoesquelético: A fisioterapia é frequentemente usada para tratar músculos que fazem parte do sistema musculoesquelético, incluindo músculos dos membros superiores (braços, ombros) e membros inferiores (pernas, quadris). • Músculos do Tronco: Os músculos do tronco, como os músculos abdominais e dorsais, são importantes na estabilização da coluna e na manutenção da postura adequada. A fisioterapia frequentemente aborda o fortalecimento e a reabilitação desses músculos. • Músculos Respiratórios: A fisioterapia respiratória é uma área da fisioterapia que se concentra no tratamento dos músculos envolvidos na respiração, como o diafragma e os músculos intercostais. Esses músculos são essenciais para uma respiração eficaz. • Músculos Faciais e Cranianos: A fisioterapia também pode ser usada para tratar músculos da face e do crânio em casos de distúrbios temporomandibulares, paralisia facial, entre outros. • Músculos Cardíacos: Embora não seja comum, a fisioterapia cardíaca ou reabilitação cardíaca pode envolver exercícios supervisionados para fortalecer o músculo cardíaco após problemas cardíacos, como um infarto do miocárdio. 27- O QUE SÃO SARCÔMEROS? R: Sarcômeros são unidades contráteis dos músculos, essenciais para a contração muscular. Eles consistem em filamentos de actina e miosina e são delimitados por linhas Z. Quando o músculo se contrai, os sarcômeros encurtam, puxando os filamentos de actina e miosina uns sobre os outros. Esse encurtamento dos sarcômeros resulta na contração muscular e na produção de força. Os sarcômeros são os blocos de construção funcionais do músculo esquelético. 28- QUAIS AS PRINCIPAIS PROTEÍNAS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR? R: • Actina: A actina é uma proteína filamentar que compõe os filamentos finos dos sarcômeros. Ela forma o "esqueleto" dos filamentos finos e contém sítios de ligação onde as cabeças da miosina podem se ligar durante a contração muscular. • Miosina: A miosina é uma proteína filamentar que compõe os filamentos grossos dos sarcômeros. Ela possui uma parte chamada "cabeça de miosina" que se liga à actina durante a contração. As cabeças de miosina interagem com as moléculas de actina e deslizam ao longo delas, encurtando os sarcômeros e, portanto, gerando a força da contração muscular. Além da actina e da miosina, outras proteínas desempenham papéis importantes na regulação da contração muscular, como a tropomiosina e a troponina. Essas proteínas regulatórias controlam o acesso das cabeças de miosina aos sítios de ligação na actina e, portanto, regulam a contração muscular. A contração muscular ocorre quando as cabeças de miosina se ligam à actina, puxam as moléculas de actina umas sobre as outras, encurtando os sarcômeros e, por conseguinte, todo o músculo. A interação entre a actina e a miosina é um processo complexo e altamente regulado que envolve a liberação de íons de cálcio e a ativaçãode várias proteínas regulatórias. 29- QUAIS OS TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES E SUAS CARACTERÍSTICAS? R: Fibras Musculares de Contração Rápida (Tipo IIb ou Tipo Branco): • Contração Rápida: Essas fibras se contraem rapidamente, gerando força em um curto espaço de tempo. • Fadiga Rápida: Elas fadigam rapidamente devido à alta intensidade da contração. • Glicolíticas: Obtêm energia principalmente através do sistema glicolítico, que não requer oxigênio. Portanto, são adaptadas para explosões de energia. • Menor Resistência à Fadiga: São menos resistentes à fadiga em comparação com as outras fibras. Fibras Musculares de Contração Lenta (Tipo I ou Tipo Vermelho): • Contração Lenta: Elas se contraem mais lentamente do que as fibras de contração rápida. • Resistência à Fadiga: São altamente resistentes à fadiga e podem suportar contrações prolongadas. • Oxidativas: Dependem de processos metabólicos aeróbicos para obter energia, o que as torna adequadas para atividades de resistência. • Menos Força Instantânea: Geram menos força instantaneamente, mas são ideais para atividades de resistência, como corrida de longa distância. Fibras Musculares de Contração Rápida Oxidativa (Tipo IIa): • Contração Rápida: Apresentam uma contração mais rápida do que as fibras de contração lenta, mas não tão rápida quanto as fibras de contração rápida pura. • Moderada Resistência à Fadiga: São mais resistentes à fadiga do que as fibras de contração rápida pura, mas menos do que as fibras de contração lenta. • Metabolismo Oxidativo e Glicolítico: Podem utilizar tanto o metabolismo aeróbico quanto anaeróbico para obter energia. • Força e Resistência Moderadas: Oferecem uma combinação de força e resistência, tornando-as adequadas para atividades de média intensidade e duração. Os músculos esqueléticos são compostos por diferentes proporções desses tipos de fibras, o que influencia as características e a funcionalidade de cada músculo. A genética e o treinamento também podem influenciar a composição de fibras musculares em um indivíduo, permitindo adaptações ao tipo de atividade física realizada. 30- QUAIS OS TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR? R: • Contração Concêntrica: Durante uma contração concêntrica, o músculo encurta enquanto gera força contra uma resistência. Esse tipo de contração é o mais comum em atividades do dia a dia e exercícios. Por exemplo, quando você dobra o cotovelo para levantar um peso, o bíceps realiza uma contração concêntrica. • Contração Excêntrica: Uma contração excêntrica ocorre quando um músculo alonga enquanto gera força contra uma resistência. É uma contração controlada, mas de extensão, e geralmente ocorre durante o movimento de abaixar um peso ou controlar o movimento descendente de um exercício. Por exemplo, quando você baixa um peso do peito até o peito durante um exercício de supino, os músculos peitorais realizam uma contração excêntrica. • Contração Isométrica: Na contração isométrica, o comprimento do músculo permanece o mesmo enquanto ele gera força contra uma resistência imóvel. Isso significa que não há movimento nas articulações envolvidas. Contrações isométricas são comuns em atividades que requerem estabilização, como segurar uma posição de prancha. Esses três tipos de contração são fundamentais para a realização de movimentos e exercícios físicos, e a combinação deles desempenha um papel importante na realização de tarefas diárias e no treinamento físico. Cada tipo de contração tem um impacto específico no desenvolvimento e na funcionalidade dos músculos. 31- QUAIS OS TIPOS DE LESÃO MUSCULAR? R: • Distensão Muscular: Também conhecida como estiramento muscular, ocorre quando as fibras musculares são esticadas além de sua capacidade normal. Isso pode resultar em dor e inchaço, mas geralmente é uma lesão de curto prazo. • Ruptura Muscular: Uma ruptura muscular ocorre quando as fibras musculares são rompidas. Pode variar de uma pequena ruptura a uma lesão mais grave, onde uma parte substancial do músculo é afetada. • Cãibra Muscular: As cãibras musculares são contrações involuntárias e dolorosas do músculo. Elas podem ser causadas por desidratação, fadiga muscular ou falta de eletrólitos. • Contusão Muscular: Uma contusão muscular ocorre quando um músculo é impactado, resultando em uma lesão nos tecidos moles. Isso pode causar dor e hematomas. • Lesão por Uso Excessivo (Overuse): As lesões por uso excessivo resultam da repetição excessiva de movimentos, como a corrida, que pode causar inflamação crônica nos músculos ou tendões. • Rabdomiólise: A rabdomiólise é uma lesão muscular grave em que as fibras musculares se desintegram e liberam substâncias nocivas na corrente sanguínea. Isso pode ser potencialmente perigoso e requer atenção médica imediata. • Lesão no Tendão (Tendinopatia): Embora tecnicamente uma lesão no tendão, a tendinopatia afeta a estrutura do músculo, resultando em dor e comprometimento funcional. • Espasmo Muscular: Espasmos musculares são contrações musculares involuntárias e abruptas que podem ser dolorosas. Eles geralmente são temporários, mas podem ser recorrentes. 32- QUAIS AS FASES DA REGENERAÇÃO MUSCULAR APÓS A LESÃO? R: Fase Inflamatória: • Esta é a primeira fase da regeneração muscular e começa imediatamente após a lesão. • Durante esta fase, ocorre uma resposta inflamatória no local da lesão, com o objetivo de remover detritos celulares e iniciar o processo de reparo. • Células do sistema imunológico, como neutrófilos e macrófagos, são recrutadas para o local da lesão. • A inflamação resulta em inchaço, vermelhidão e dor no local da lesão. Fase de Proliferação: • Nesta fase, as células musculares começam a se regenerar. • Células satélites, que são células-tronco especializadas nos músculos, se ativam e se dividem para formar novas células musculares. • Essas novas células musculares começam a se fundir para formar fibras musculares funcionais. • O processo de formação de novas fibras musculares pode levar várias semanas. Fase de Remodelagem: • Na fase de remodelagem, as fibras musculares continuam a se desenvolver e a se fortalecer. • O tecido cicatricial, que se formou durante a fase de proliferação, é gradualmente reorganizado e fortalecido. • O músculo recupera parte da sua força original, mas a capacidade de regeneração completa pode variar dependendo da gravidade da lesão. Recuperação Funcional: • Após a remodelagem, o músculo começa a recuperar a funcionalidade. • Os exercícios e a fisioterapia desempenham um papel importante nessa fase, ajudando a restaurar a amplitude de movimento, força e resistência do músculo. • A recuperação funcional pode levar semanas a meses, dependendo da extensão da lesão e do plano de tratamento. 33- QUAIS OS BENEFÍCIOS DO ALONGAMENTO TERAPÊUTICO NO MÚSCULO LESADO? R: • Melhora na Flexibilidade: O alongamento ajuda a melhorar a flexibilidade muscular, o que pode ser prejudicado após uma lesão. Aumentar a flexibilidade é essencial para restaurar a amplitude de movimento normal das articulações. • Redução da Rigidez Muscular: O alongamento ajuda a reduzir a rigidez muscular que pode ocorrer após uma lesão. Isso facilita a movimentação e diminui a sensação de desconforto. • Alívio da Dor: O alongamento suave pode aliviar a dor associada à lesão muscular, reduzindo a tensão e melhorando o fluxo sanguíneo para a área afetada. • Prevenção de Contraturas: Contraturas musculares, que são contrações musculares prolongadas e involuntárias, podem ser evitadas ou reduzidas por meio do alongamento terapêutico. • Melhora na Circulação Sanguínea: O alongamento aumenta o fluxo sanguíneo para a área lesionada, o que ajuda na entrega de nutrientes essenciais para a recuperação. • Restauração daFunção Muscular: O alongamento adequado ajuda a restaurar a função muscular e a capacidade de contrair e relaxar os músculos de forma eficaz. • Prevenção de Adesões: O alongamento pode ajudar a prevenir a formação de adesões (tecido cicatricial) entre as fibras musculares e os tecidos circundantes. • Prevenção de Recidivas: Ao restaurar a flexibilidade e a função musculares, o alongamento terapêutico pode ajudar a prevenir recidivas da lesão. • Melhora na Qualidade de Vida: A redução da dor e o aumento da amplitude de movimento resultantes do alongamento terapêutico contribuem para uma melhor qualidade de vida durante a recuperação. • É importante ressaltar que o alongamento terapêutico deve ser realizado com cuidado e progressivamente. Em alguns casos de lesões musculares graves, o alongamento pode ser contraindicado em fases iniciais da recuperação. REFERÊNCIAS: ROCHA, Rodrigo Santiago Barbosa; CAVALLIERI, Alexandre Gomes. Lesão, plasticidade e reabilitação do sistema muscular. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 15, n. 2, p. 81-86, 2007. JUNIOR, Luiz Carlos Hespanhol; LOPES, Alexandre Dias. Reabilitação das principais lesões relacionadas à corrida. Revista CES Movimiento y Salud Vol, v. 1, n. 1, p. 19, 2013. FERRARI, Ricardo José et al. Processo de regeneração na lesão muscular: uma revisão. Fisioterapia em Movimento (Physical Therapy in Movement), v. 18, n. 2, 2005. BOTELHO, A. P.; FACIO, F. A.; MINAMOTO, V. B. Regeneração do músculo tibial anterior em diferentes períodos após lesão por estimulação elétrica neuromuscular. Brazilian Journal of Physical Therapy, v. 11, p. 99-104, 2007. DE ALMEIDA, Andreza Luiza; TSAI, Jenny; DE FREITAS COSTA, Valeria Sovat. Reabilitação fisioterapêutica ambulatorial pós fratura distal de rádio: proposta de protocolo em estudo de caso. Universitas: Ciências da Saúde, v. 11, n. 2, p. 121-127, 2013. KIMURA, Bruno Goto et al. Avaliação da força de preensão e funcionalidade após fratura distal de rádio/Evaluation of strength and functionality after distal radius fracture. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional-REVISBRATO, v. 1, n. 4, p. 490-498, 2017. ARRAES, André Lucas Brandão et al. O PAPEL DA FISIOTERAPIA NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES COM LESÃO NO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 9, n. 4, p. 1574- 1588, 2023. DE JESUS, Bianca Rodrigues; GUIMARÃES, João Eduardo Viana. PREVENÇÃO DE LESÕES EM ESPORTES DE IMPACTO POR MEIO DO TREINAMENTO MUSCULAR. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 10, p. 2223-2234, 2021. MARCON, CAMILA APARECIDA. 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