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Forças de atrito 293 F = 6 N F at = 6 N F < F at, máx ; v = 0 Figura 18. F = 12 N F at = 12 N F < F at, máx ; v = 0 Figura 19. F = 24 N F at = 24 N F = F at, máx ; v = 0 Figura 20. Bloco na iminência de movimento. podemos ver, então, que para 0 ⩽ F ⩽ 24 N, o bloco per- manece em repouso e, em cada caso, F at = F. aumentemos a intensidade de F para um valor F > 24 N (fig. 21). agora o blo- co entra em movimento e a força de atrito passa a ser a força de atrito dinâmico (F at, d ), dada por: F at, d = μ d · F N = (0,30)(60) F at, d = 18 N para F > 24 N, a força de atrito não varia mais, indepen dentemente da velocidade. a figura 22 nos dá o gráfico do módulo de F at em função do módulo de F , para este experimento. Vemos então que, após iniciado o movimento, a for- ça de atrito é menor que o máximo valor de F at , enquan- to o bloco está em repouso; isso sempre ocorre quando μ e > μ d . suponhamos que, após iniciado o movimen- to, diminuamos o valor de F para F = 21 N, por exem- plo. Essa força não foi suficiente para tirar o bloco do repouso, mas é suficiente para manter o movimento, pois a força de atrito dinâmico vale apenas 18 N. o fato de o coeficiente estático ser em geral maior que o cinético explica a recomen- dação de não se apertar o freio de um automóvel repentinamente e com violência, pois, ao se fazer isso, as rodas travam e os pneus deslizam (atrito cinético). apertando os freios gradualmente, as rodas não deslizam, e o atrito é estático, de modo que a distân- cia percorrida durante a freagem é menor do que o seria se as rodas deslizassem. para evitar o travamento das rodas, hoje em dia muitos veículos dispõem de um tipo de freio chamado aBs (do alemão Antiblockiest Bremssystem), que faz com que as rodas conti- nuem a girar durante a freagem, mas sem derrapar e na iminência de escorregamento. Ângulo de atrito um modo simples de determinar o coefi- ciente de atrito estático entre os dois materiais é apoiar um bloco feito de um deles numa superfície inclinada S feita do outro material, como ilustra a figura 23a. aumentando-se len- tamente o ângulo θ, verificamos que, a partir de certo valor, o bloco escorrega. v F > 24 N F at, d = 18 N Figura 21. Para F > F at , máx , temos F at = F at, d . iminência de movimento 30 3 6 9 12 15 F at, d = 18 21 F at, máx = 24 F at (N ) 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 F (N) Figura 22. F NF at P S θ (a) F N F at P y P x P S θ θ (b) Figura 23. iL u sT R a ç õ Es : za pT portanto, para que o bloco entre em movimento, devemos ter F > 24 N. su- ponhamos que F = 6,0 N. Nesse caso, temos F < F at, máx e, portanto, o blo- co não entra em movimento: F = F at = 6,0 N (fig. 18). suponhamos agora que F = 12 N. ainda temos F < F at, máx e, portanto, o bloco não entra em movimento: F = F at = 12 N (fig. 19). aumentemos a intensidade de F para F = 24 N. Nesse caso, temos F = F at, máx e, assim, o bloco permanece em repouso (fig. 20), mas está na imin•ncia de movimento, isto é, qualquer aumento na intensidade de F fará com que o bloco entre em movimento. Capítulo 15294 suponhamos, então, que se tenha aumentado o valor de θ até o valor máximo compatível com o repouso do bloco; nesse momento o bloco está na iminência de movimento, isto é, a força de atrito estático atingiu seu valor máximo e, portanto, é dada por: F at = μ e · F N = μ e · p y = μ e · p · cos · θ 1 por outro lado, como o bloco está em repouso, temos: F at = p x = p · sen θ 2 Das equações 1 e 2 , temos: μ e · p · cos θ = p · sen θ ou: μ e = sen θ cos θ = tg θ o valor de θ na iminência de deslizamento é chamado ‰ngulo de atrito. 23. Um bloco de massa m = 8,0 kg está inicialmente em repouso sobre uma superfície plana horizontal, com atrito, numa região onde g = 10 m/s². Sabendo que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a superfície horizontal é μ e = 1,2, calcule a máxima intensidade de uma força horizontal F que podemos aplicar ao bloco sem que ele saia do repouso. 24. Consideremos um corpo de massa m = 12 kg ini- cialmente em repouso sobre uma mesa horizontal. Sabe-se que g = 10 m/s² e que os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre o corpo e a mesa são respectivamente μ e = 0,70 e μ d = 0,40. Aplicamos ao corpo uma força horizontal F. FF at Calcule o módulo da força de atrito atuante no corpo e o módulo da aceleração do corpo após a aplicação de F , nos seguintes casos: a) F = 60 N c) F = 90 N b) F = 84 N 25. Sobre uma superfície plana horizontal está inicial- mente em repouso um bloco de massa m = 20 kg. A aceleração local da gravidade é 10 m/s². Aplica-se ao bloco uma força horizontal F , de intensidade F = 80 N, e observa-se que o bloco permanece em repouso. Calcule os possíveis valo- res do coeficiente de atrito estático entre o bloco e a superfície horizontal. Exercícios de Aplicação Resolução: F F N P F at F N = P = m · g = 20 · 10 ⇒ F N = 200 N Já que o bloco permanece em repouso, o atrito é estático e temos: F at = F = 80 N 1 A máxima força de atrito estático é: F at, máx = μ e · F N = μ e · 200 2 Podemos também escrever: F at ⩽ F at, máx 3 Substituindo 1 e 2 em 3 , temos: 80 ⩽ μ e · 200 ou μ e ⩾ 0,40 26. O sistema esquematizado na figura é abandonado em repouso. A polia e o fio são ideais, a acele- ração da gravidade tem módulo g = 10 m/s² e a massa do bloco A é m A = 8,0 kg. A B a) Supondo que o coeficiente de atrito estático entre o bloco A e a superfície de apoio seja μ e = 0,75, calcule os possíveis valores da massa do bloco B, de modo que o sistema fique em repouso. iL u sT R a ç õ Es : za pT Forças de atrito 295 b) Supondo que a massa de B seja m B = 3,2 kg, determine os possíveis valores do coeficiente de atrito estático entre o bloco A e a superfície de apoio, de modo que o sistema fique em repouso. 27. Um bloco B de massa m B = 4,0 kg está apoia- do sobre uma tábua A de massa m A = 16 kg, a qual está sobre uma superfície plana horizon- tal. A aceleração da gravidade é g = 10 m/s². Não há atrito entre a tábua A e a superfície hori- zontal, mas há atrito entre o bloco B e a tábua A, cujo coeficiente de atrito estático é μ e = 0,25. F B A Supondo que o sistema esteja inicialmente em repouso, determine a máxima intensidade de uma força horizontal F que pode ser aplicada à tábua A, de modo que o bloco B acompanhe o movimento de A sem escorregar. Resolu•‹o: P B P A F N B F N A –F N B F at –F at F B A A figura representa as forças que atuam em cada corpo, analisados separadamente. Ao puxarmos a tábua para a “direita” (pela aplicação da força F), a tendência de B é ficar “para trás” (pela Lei da Inércia); portanto, a força de atrito que A aplica em B (F at ) tem sentido para a “direita”. Pelo Princípio da Ação e Reação, a força de atrito que B aplica em A (–F at ) tem sentido para a “esquerda”. Temos: F NB = P B = m B · g = (4,0)(10) ⇒ F NB = 40 N A força F tem intensidade máxima quando o bloco B está na iminência de escorregar sobre A. Assim, F at = F at, máx = μ e · F NB = (0,25)(40) ⇒ F at = 10 N Aplicando a Segunda Lei de Newton ao bloco B, temos: F at = m B · a ⇒ 10 = (4,0)a ⇒ a = 2,5 m/s2 Apliquemos agora a Segunda Lei de Newton ao sistema formado pelos corpos A e B: F = (m A + m B ) · a F = (4,0 + 16) · (2,5) F = 50 N Portanto, a máxima intensidade possível para F (sem que o bloco B escorregue) é 50 N, e a máxi- ma aceleração é 2,5 m/s². Se F < 50 N, teremos a < 2,5 m/s² e a força de atrito será inferior ao seu valor máximo. 28. Consideremos um bloco B, de massa 3,0 kg, apoiado sobre uma tábua A, de massa 7,0 kg, a qual está sobre uma superfície plana horizontal. Considere g = 10 m/s², despreze o atrito entre a tábua e a superfície horizontal eadmita que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a tábua seja μ e = 0,40. F B A Supondo que o sistema esteja inicialmente em repouso, calcule a máxima intensidade de uma força horizontal F que pode ser aplicada sobre a tábua, de modo que o bloco B acompanhe o movimento de A, sem escorregar. 29. Um caminhão está inicialmente em repouso, com uma caixa sobre sua carroceria também em repouso. Sabendo que g = 10 m/s² e que o coe- ficiente de atrito estático entre a caixa e a carro- ceria do caminhão é μ e = 0,20, calcule a máxima aceleração que pode ser imprimida ao ca- minhão sem que a caixa escorregue. 30. O sistema esquematizado está em equilíbrio, mas o corpo P de massa 10 kg está na iminência de movimentar-se. Sabe-se que a massa do corpo Q é 5,0 kg, que o coeficiente de atrito entre o corpo P e o plano onde se apoia é 0,60 e a aceleração da gravidade local é g = 10 m/s². P D B A α C Q g Determine a intensidade das trações nos fios ideais AB, BC e BD e o ângulo α. 31. Um bloco de massa 7,0 kg é abandonado sobre um plano inclinado, como mostra a figura. Sabe-se que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a superfície S é igual a 0,32. O bloco deslizará? 2,5 m 10 m S θ z a p T z a p T z a p T z a p T z a p T L u iz a u g u s T o R iB E iR o
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