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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT UNIDADE ACADEMICA DE FÍSICA - UAF LABORATORIO EXPERIMENTAL II PROF: LAÉRCIO DUARTE DA SILVA ALUNOS: IONAILTON DE ARAUJO SILVA JOSÉ VIEIRA NETO GABRIEL DE SOUZA DOS PASSOS MATRICULA: 119111533 121111434 12011111 RELATÓRIO: BALANÇA DE CORRENTE 11 de março de 2022 Introdução Quando um pedaço de fio reto e muito longo conduz uma corrente elétrica i, um campo de indução magnética B aparece ao seu redor. Para pontos próximos ao fio, as linhas de força, ou mesmo as linhas de campo, são círculos concêntricos ao fio. É possível descobrir o sentido convencional desse campo com a regra da mão direita, onde o dedo polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos apontam no sentido do campo. A figura 1 é uma representação da regra da mão direita citada. Figura 1 – Regra da mão direita Quando um portador de carga elétrica q em movimento com uma velocidade v penetra uma região do espaço onde existe um campo elétrico E e um campo de indução magnética B, ele fica submetido a uma força F conhecida por força de Lorentz dada por: B = q(E + v × B) Na ausência do campo elétrico, resta apenas a força magnética: Fm = q v × B O vetor Fm é perpendicular ao plano dado pelos vetores v e B. A velocidade das cargas transportadas é medida através da corrente elétrica IL. A carga total de elétrons na seção do circuito condutor de comprimento L deve ser formulada da seguinte maneira: como qv = IL tem-se que: Fm = IL.L.B As linhas de campo são perpendiculares ao movimento dos elétrons (v perpendicular a B). Com isso é possível perceber que com um dispositivo comum, como um ímã, pode-se produzir um campo magnético aproximadamente constante numa dada região e ainda verificar as forças que agem em um fio ou em uma espira com corrente. Objetivos O presente experimento tem como principal objetivo analisar as forças magnéticas numa espira com corrente submetida a um campo magnético constante e uniforme, e calcular o valor deste campo magnético. Objetiva-se também apresentar como funciona a balança de corrente como um método de calcular a força magnética a partir da variação da força peso sobre um corpo uma vez que este fica submetido à uma passagem de corrente e à presença de um campo magnético. Material utilizado • Balança; • Blocos polares; • Placas com espiras condutoras retangulares; • Fonte; • Amperímetro; • Cabos; • Teslômetro. Procedimento Experimental Inicialmente montou-se o experimento segundo a figura 2, com uma fonte fornecendo a corrente que circula pela espira, a qual está presa a balança suspensa em um suporte, e logo abaixo da espira, posiciona-se um imã convencional com dois polos a medida que se tenha necessidade de acordo com os procedimentos experimentais de medidas. Figura 2: Montagem Balança Corrente Fonte:Catálogo Phywe Para a primeira parte do experimento a espira (L=100mm) foi pendurada no braço da balança e a equilibrada de modo que a seção horizontal do condutor ficasse perpendicular às linhas de campo. A balança foi ajustada e mediu-se a massa inicial da espira (mo = 38,12 g). Esta é a massa medida quando é campo magnético é nulo (ou seja, sem a presença do imã). O campo magnético é então inserido, e a massa m (aparentemente aumentada) é medida, a Força Magnética é igual à Força obtida pela diferença entre as duas leituras de massas (m – m0), que corresponde ao peso necessário para equilibrar a força magnética provocada pela corrente I. Dados: g =9,81m/s. Em seguida, a corrente no condutor é variada em intervalos de 0,5A, utilizando o ajuste da fonte de corrente. Mediu-se então as massas conforme a corrente ia variando. Os resultados obtidos foram anotados na tabela 1. I (A) 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 mo (g) 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 m1 (g) 38,55 38,95 39,41 39,82 40,22 40,7 41,07 41,72 M=(m1 - mo)g 0,43 0,83 1,29 1,70 2,10 2,58 2,95 3,60 P = Mxg (mN) 4,22 8,14 12,65 16,68 20,60 25,31 28,94 35,32 Fpeso(N) 0,0042 0,0081 0,0127 0,0167 0,0206 0,0253 0,0289 0,0353 Tabela 1 Em seguida, fixou-se a corrente em I=2,5A, os condutores de corrente foram sendo variados de acordo com os tipos disponíveis no laboratório e os procedimentos anteriores foram repetidos. Os resultados obtidos foram anotados na tabela 2. Comprimento da Espira Massa (mo) Massa (mi) Massa diferença (M) Fpeso (mN) Fpeso (N) 12,5 mm 32,34 32,56 0,22 2,158 0,0022 25 mm 31,26 31,74 0,48 4,709 0,0047 50 mm 36,59 37,46 0,87 8,535 0,0085 100 mm 38,12 40,22 2,10 20,601 0,0206 Tabela 2 Finalmente, utilizando um teslômetro, o campo magnético no centro da abertura de 1 cm do imã permanente foi medido. O resultado obtido: B= 85 mT Com os valores medidos foi possível notar que a força magnética se dá para baixo quando a corrente também está para baixo, sendo os valores positivos. Análises Com os dados obtidos no experimento foram construídos dois gráficos no Excel: o primeiro, construído com os dados obtidos na primeira parte do experimento, é o gráfico da força versus a corrente (F x I); o segundo, com os dados obtidos então da segunda parte do experimento, é o gráfico da força versus o comprimento da espira (F x L). Ambos os gráficos estão em anexo. A partir do gráfico de F x I, foi possível obter o valor do campo magnético B. O produto L.B (onde L=100m é o comprimento horizontal do condutor) é igual à inclinação da reta. 𝑳 × 𝑩 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟔 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟑 𝟒, 𝟑 − 𝟎, 𝟐𝟓 𝑳 × 𝑩 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟑𝟐 𝑩 = 𝟖, 𝟑𝟐 𝟏𝟎𝟎 = 𝟖𝟑, 𝟐 𝒎𝑻 Comparando este valor com o valor obtido a partir da medição com o teslômetro, obtém-se um erro percentual de: 𝜹% = | 𝟖𝟑, 𝟐 − 𝟖𝟓 𝟖𝟓 | 𝒙𝟏𝟎𝟎% = 𝟐, 𝟏𝟏% A partir do gráfico de F x L, foi possível obter o valor do campo magnético B. O produto L.B é igual à inclinação da reta. 𝑭 = 𝑰𝑳. 𝑳. 𝑩 𝑳. 𝑩 = 𝟎, 𝟏𝟔𝒙𝟏𝟎−𝟑 𝑩 = 𝟏𝟔𝟎 𝟐, 𝟓 = 𝟔𝟒 𝒎𝑻 Comparando este valor com o valor obtido a partir da medição com o teslômetro, obtém-se um erro percentual de: 𝜹% = | 𝟔𝟒, 𝟎 − 𝟗𝟐, 𝟏𝟎 𝟗𝟐, 𝟏𝟎 | 𝒙𝟏𝟎𝟎% = 𝟑𝟎, 𝟓% Conclusão A partir do presente experimento foi possível observar como medir uma força magnética e um campo magnético conhecendo apenas a força peso obtida experimentalmente, a corrente e o comprimento das espiras manipuladas e controladas durante o experimento. Essa é uma maneira relativamente eficaz e prática de poder medir e analisar as grandezas magnéticas que muitas vezes são mais difíceis de compreender por serem mais difíceis de visualizar. Os erros obtidos não foram tão grandes observando pela perspectiva de que esta experiência é muito susceptível a influências externas e erros de leitura e observação, visto que a balança é extremamente sensível a fatores como o vento, impactos na bancada e outras possíveis interferências. Sendo assim, conclui-se que o experimento cumpriu o seu objetivo de analisar as forças magnéticas e os campos magnéticos obtidos pela presença do imã e da corrente elétrica, bem como de poder compreender melhor o sentido e a posição dessas grandezas nas espiras e poder comparar os valores obtidos experimentalmente com os valores teóricos já vistos. É importante observar que o campo magnético não é na realidade constante, mas que esta suposição é apenas uma aproximação para facilitar a compreensão dos cálculos e do experimento. Além disso, campos magnéticos externos podem ter influenciado no experimento assim como imprecisões nas medidas das massas. Referências bibliográficas • HALLIDAY, David, 1916 – Fundamentos de Física/ Halliday, Resnick, Jearl Walker; tradução e revisão técnica Ronaldo Sérgio de Biasi. – Rio de Janeiro: LTC,2009. • SAMPAIO, José Luiz, Física: volume único / José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2ª ed. – São Paulo: Atual, 2005. • Apostila de Física Experimental II. APENDICE UFCG / CCT / UAF - DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II PROFESSOR: LAERSON GONZAGA DE SOUZA DATA: 11/03/2022 PERÍODO: 2021.1 TURMA: 05 ALUNO (A): JOSÉ VIEIRA NETO IONAILTON DE ARAÚJO SILVA GABRIEL DE SOUZA DOS PASSOS PREPARAÇÃO – BALANÇA DE CORRENTE 1. Um próton se desloca com velocidade v paralela a um fio longo e reto percorrido por uma corrente i, no sentido da corrente. a. Esse próton seria atraído ou repelido pelo fio? Explique. O próton seria atraído pelo fio, uma vez que a passagem da corrente elétrica pelo fio gera uma força magnética que aponta no sentido do próton, fazendo com que ele seja atraído pela mesma. b. De outro modo, um elétron se desloca em sentido contrário ao próton. Ele seria atraído ou repelido pelo fio? Explique. O elétron seria repelido pela passagem da corrente elétrica através do fio. No entanto, este resultado depende do sentido da corrente elétrica, bem como do campo magnético gerado. 2. No caso anterior, há um campo elétrico e um campo magnético gerado pela corrente que circula no fio. Explique o surgimento desses campos. O movimento de cargas no interior do fio, caracterizado pela passagem de corrente elétrica, gera um campo elétrico, bem como um campo magnético em suas redondezas. Nesse sentido, o campo elétrico é oriundo não do movimento de cargas, pois este não é um requisito para o seu surgimento, mas apenas a sua existência, ou seja, a separação de cargas. Em contrapartida, o campo magnético é gerado exatamente pela movimentação das cargas de prova que percorrem o fio. 3. Escreva a expressão da força resultante que atua no próton e no elétron da questão 1 e explique cada termo. A força magnética, oriunda da movimentação de uma corrente elétrica que percorre um fio, pode ser expressa como sendo F=iL×Bsin θ Onde: F – Força magnética; i – Corrente elétrica; L – Comprimento do fio; B – Campo magnético; θ – ângulo entre o sentido da corrente e o campo magnético. 4. No experimento de Balança de Corrente, tem-se uma espira retangular inserida no campo magnético gerado pelos polos de um imã permanente, dispostos de modo que o polo norte se localiza à esquerda e o polo sul à direita. O lado inferior da espira é inserido entre os polos do imã. Considerando que esse lado da espira é percorrido por uma corrente I, surge uma força magnética F que puxa a espira para baixo. a. Explique a origem dessa força. A origem da força magnética, que surge puxando a espira para baixo, é devido à conformação esquemática do experimento, no qual o campo magnético permanente (inerente ao imã utilizado), associado à passagem de corrente elétrica no fio da espira dão origem a essa força, que atua na direção vertical, no mesmo sentido da força gravitacional. Daí, o acréscimo de “massa” sentido pela balança. b. O que você faria para inverter o sentido dessa força? A inversão do sentido da força magnética em questão pode ser obtida invertendo-se o sentido da corrente elétrica que atravessa a espira. c. Calcule F. Dados: B = 100 mT, I = 2 A e L = 50 mm (Comprimento do lado inferior da espira). Tomando B=100mT , I=2 A e L=50mm , é possível calcular o valor de F, como segue: Como B e L são perpendiculares, θ=90° e sin 90 °=1. Logo: F=iL×Bsin θ∴F=2×50×10−3×100×10−3 F=10 N 5. Dois fios paralelos, longos e retos são percorridos por corrente i, iguais e de mesmo sentido, separados por uma distância d. Obtenha a expressão da força que atua de um fio sobre o outro. Eles se atraem ou se repelem? Mostrem nos fios os pontos onde a força magnética F atua. Tomando como B1 o campo magnético gerado pela corrente que circula o fio 1 e B2 o campo magnético gerado pela passagem da corrente elétrica no fio 2, temos: F1=i1L1×B θ 1sin e F2=i2L2×B θ 2sin (com θ=90° para ambos os casos). Mas, segundo a Lei de Ampère, B1 pode ainda ser escrito como sendo: Desse modo, a força magnética que o fio 1 exerce sobre o fio 2 pode ser determinada como sendo: Considerando que os fios são percorridos por correntes elétricas que se movimentam no mesmo sentido, a força magnética entre ambos é de atração. A imagem abaixo exemplifica a atuação das forças magnéticas geradas pelas correntes que circulam os fios em questão, onde o par de forças atrativas é evidenciado, para uma determinada localização de pontos correspondentes. 1. Calculo para construção do gráfico Força x Corrente Escala em x 1) Inclusão da origem Valor maior em x / 2 4 / 2 = 2 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (4 – 0) Mx = 37,5 mm ~ 38,00 mm 3) Equação da escala em x Lx = 38 (X – X0) Lx = 38X 4) Passo usado Δlx= 20 mm 5) Degrau da escala em Δx Δlx = 38Δx 20 mm = 38 mm Δx Δx = 20 / 38 Δx = 0,52 ~ 0,50 Calculo para construção do gráfico Força x Corrente Escala em y 1) Inclusão da origem Valor maior em y / 2 0,036/ 2 = 0,018 (não inclui o 0) 2) Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (0,036- 0) My = 100 / 0,036 My = 2777,777 ~ 2778mm 3) Equação da escala em y Lx = 2778 (Y – Y0) Lx = 2778 Δy 4) Passo usado Δly= 20 mm 5) Degrau da escala em Δy Δly = 2778 Δy 20 mm = 2778mm Δy Δy = 20 / 2778 Δy =~ 0,007 2. Calculo para construção do gráfico Força x Comprimento Escala em x 1) Inclusão da origem Valor maior em x / 2 100 / 2 = 50 (inclui o 0) Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (100 – 0) Mx = 1,5 mm ~ 2 mm 2)Equação da escala em x Lx = 2 (X – X0) Lx = 2X 3)Passo usado Δlx= 20 mm 4)Degrau da escala em Δx Δlx = 2Δx 20 mm = 2 mm Δx Δx = 20 / 2 Δx = 10 Calculo para construção do gráfico Força x Corrente Escala em y 1) Inclusão da origem Valor maior em y / 2 0,018/ 2 = 0,009 (não inclui o 0) 2) Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (0,018- 0) My = 100 / 0,018 My = 5555,56 ~ 5556mm 3) Equação da escala em y Lx = 5556(Y – Y0) Lx = 5556 Δy 4) Passo usado Δly= 20 mm 5) Degrau da escala em Δy Δly = 5556 Δy 20 mm = 5556mm Δy Δy = 20 / 5556 Δy = ~ 0,0036
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