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Embriologia do Sistema Nervoso Central

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Embriologia do
Sistema Nervoso Central
@fonoaudiario
Introdução
O período gestacional humano considerado 
normal ocorre durante 37 a 42 semanas e 
pode ser dividido em duas partes: a fase 
embrionária, entre a 3ª e 8ª semanas, e a 
fase fetal, da 9ª semana até o nascimento. O 
período mais crítico para malformações do 
embrião ocorre quando os tecidos e órgãos 
estão sendo formados no período embrionário, 
momento em que a divisão celular, 
diferenciação e morfogênese estão no seu 
auge. O sistema nervoso humano é um dos 
primeiros sistemas a se formar durante a fase 
de organogênese no período embrionário, mas 
um dos últimos a terminar de se desenvolver, 
aproximadamente aos 30 anos de idade pela 
maturação do córtex frontal.
Embriogênese do SN
Levando em consideração os três folhetos 
embrionários (ectoderma, mesoderma e 
endoderma), o folheto que está em contato 
com o meio externo é o ectoderma, e será 
dele que surgirá o sistema nervoso. A 
neurulação é o processo envolvido na formação 
da placa neural e das pregas neurais
e no fechamento dessas pregas para formar 
o tubo neural. 
O tubo neural dá origem ao sistema nervoso 
central e se diferencia no encéfalo e medula 
espinhal. Processo chamado de neurulação.
• A formação do tubo neural começa em 
torno do 22º ao 23º dia, induzido pela 
notocorda e mesoderma paraxial.
• O tubo neural se fecha primeiramente 
na região medial do embrião.
• As extremidades ainda abertas são 
denominadas neuróporos.
• Indução neural: A neurulação começa com a 
indução neural, onde a notocorda, localizada 
logo abaixo da placa neural, sinaliza o 
ectoderma adjacente para se tornar células 
neurais.
• Formação da placa neural: Uma área 
espessada do ectoderma chamada de placa 
neural se forma ao longo do eixo dorsal do 
embrião.
• Dobramento da placa neural: A placa neural 
começa a se dobrar e forma uma crista 
neural ao longo de sua linha média.
• Formação do sulco neural e das pregas 
neurais: O sulco neural se forma na linha 
média da placa neural, enquanto as pregas 
neurais se elevam em direção ao sulco.
• Fusão das pregas neurais: As pregas neurais 
se aproximam e eventualmente se fundem, 
formando o tubo neural.
• Formação do tubo neural: O tubo neural é o 
precursor do sistema nervoso central. Ele se 
fecha em um processo chamado neurulação 
primária.
• Diferenciação e organização celular: As 
células ao redor do tubo neural se 
diferenciam em neurônios e células gliais, e 
começam a se organizar em regiões 
distintas do cérebro e da medula espinhal.
Embriogênese da Medula
• Formação do tubo neural: Durante a 
neurulação, o tubo neural é formado a 
partir da placa neural dobrada, que se 
fecha para formar uma estrutura tubular. 
Esta estrutura tubular é o precursor tanto 
do cérebro quanto da medula espinhal.
• Segmentação da medula espinhal: O tubo 
neural se divide em segmentos, cada um 
correspondendo a um nível específico da 
medula espinhal. Estes segmentos são 
conhecidos como neuromeros.
.
• Desenvolvimento dos somitos: Os 
somitos, estruturas segmentadas que se 
formam ao longo do dorso embrionário, 
desempenham um papel importante no 
desenvolvimento da medula espinhal. Eles 
fornecem sinais e estruturas de suporte 
para o desenvolvimento correto dos 
nervos espinhais.
• Formação dos nervos espinhais: Os 
nervos espinhais se desenvolvem a 
partir dos neuromeros da medula 
espinhal. Cada nervo espinhal possui 
raízes dorsal (sensoriais) e ventral 
(motoras), que se estendem para fora 
da medula espinhal e se unem para 
formar os nervos espinhais.
• Migração e diferenciação celular: As 
células dentro da medula espinhal se 
diferenciam em neurônios e células gliais, 
e migram para suas posições adequadas 
dentro do órgão em desenvolvimento.
• Formação da substância cinzenta e 
branca: A medula espinhal desenvolve 
uma organização característica, com a 
substância cinzenta no centro e a 
substância branca circundante. A 
substância cinzenta contém os corpos 
celulares dos neurônios, enquanto a 
substância branca contém axônios 
mielinizados.
• Mielinização: Posteriormente ao 
desenvolvimento embrionário, ocorre a 
mielinização dos axônios na medula 
espinhal, o que aumenta a eficiência na 
transmissão de impulsos nervosos.
Microcefalia
Calvária e encéfalo são pequenos, mas a 
face tem tamanho normal. Possíveis causas:
• Genética
• Exposição à radiação ionizante
• Infecções: Citomegalovírus, Toxoplasma 
gondii, vírus da rubéola
• Alcoolismo materno
A microencefalia (encéfalo pequeno) está
geralmente associada à microcefalia (calvária
pequena). Como o crescimento do crânio depende 
em grande parte do crescimento encefálico, o 
impedimento do desenvolvimento do encéfalo pode 
causar a microcefalia. Durante o período fetal, a 
exposição ambiental a agentes como o Zika vírus, 
citomegalovírus, Toxoplasma gondii, vírus herpes 
simples, e alto nível de radiação induz a 
microencefalia e a microcefalia.
Pode ocorrer deficiência mental grave como 
resultado da exposição do embrião ou feto a 
níveis elevados de radiação, durante o período 
da 8ª à 16ª semana do desenvolvimento.
Hidrocefalia
Associado a um desequilíbrio entre a produção 
e a absorção de LCR. Maioria dos casos 
ocorre devido à comprometimento da 
absorção ou circulação do LCR. 
Pode ser obstrutiva ou não comunicante, ou 
não obstrutiva ou comunicante. Na obstrutiva 
há um bloqueio do fluxo do LCR no sistema
ventricular. Já a não obstrutiva há um bloqueio 
do LCR no espaço subaracnóideo. Na 
obstrutiva o local mais provável de ocorrer o 
bloqueio é no aqueduto cerebral do 
mesencéfalo. A obstrução nesse local 
(estenose ou atresia) interfere ou impede a 
passagem de líquido ventricular dos ventrículos 
laterais e 3º ventrículo para o 4º ventrículo.
A hidrocefalia é, por vezes, reconhecida pela 
ultrassonografia no período fetal; no entanto, a 
maioria dos casos é diagnosticada nas primeiras 
semanas ou meses após o nascimento. A 
hidrocefalia pode ser reconhecida por 
ultrassonografia do abdome materno durante o 
terceiro trimestre.
Encefalocele
Herniação do conteúdo intracranial resultante 
de um defeito no crânio. Mais comuns na 
região occipital. A meningomielocele é um tipo 
de defeito congênito do tubo neural em que a 
medula espinhal, as meninges (as membranas 
que envolvem o cérebro e a medula espinhal) e, 
às vezes, a coluna vertebral, não se 
desenvolvem adequadamente durante a 
neurulação embrionária. Como resultado do 
defeito, parte da medula espinhal fica exposta 
do lado de fora do corpo, não protegida pela 
pele ou pelo osso da coluna vertebral. Presença 
de meninges: Além da medula espinhal, as 
meninges (as membranas protetoras que 
normalmente envolvem a medula espinhal) 
também podem ficar expostas através da 
abertura da coluna vertebral.
Danifica os suprimentos nervosos de várias
estruturas. A paralisia dos membros inferiores 
ocorre muitas vezes, e pode haver incontinência 
fecal e urinária resultantes da paralisia dos 
esfíncteres do ânus e da bexiga urinária.
Espinha bífida
Resulta da falha de fusão de um ou mais arcos 
neurais das vértebras em desenvolvimento.
Diagnóstico:
• Dosagem de alfafetoproteína (soro 
materno ou líquido amniótico)
• Ultrassom entre a 10ª e 12ª semana
Ácido fólico - Vitamina B9
O ácido fólico é essencial para a prevenção de 
defeitos do tubo neural, como a espinha bífida.. 
A suplementação de ácido fólico antes e 
durante a gravidez tem sido associada a uma 
redução significativa na incidência desses 
defeitos congênitos. O ácido fólico é necessário 
para a síntese de DNA, que é crucial para o 
rápido crescimento e divisão celular durante o 
desenvolvimento embrionário, incluindo a 
neurulação. O ácido fólico também desempenha 
um papel na metilação do DNA, um processo 
importante para regular a expressão gênica e a 
diferenciação celular durante o desenvolvimentoembrionário. Durante a neurulação, o ácido fólico 
é necessário para o fechamento adequado do 
tubo neural e o desenvolvimento saudável do 
sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a 
medula espinhal.

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