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Guarda de fato

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Guarda de fato 
 
A guarda fática ou informal é aquela na qual o menor de 18 anos encontra-se na 
companhia de pessoa que não detém atribuição legal ou deferimento judicial para 
tal mister. Evidentemente, por se tratar de situação ainda a ser regularizada, o 
guardião fático não possui, nem provisória nem definitivamente, o encargo. S endo 
assim, aquele que detém a posse de um infante sem regularizá-la não pode ser 
considerado o responsável pela criança ou pelo adolescente, enquanto não 
definida judicialmente a sua guarda, isso porque o ECA prescreve que a finalidade 
ou destinação do instituto é regularizar a “posse de fato” (§ 1º do art. 33), dando a 
entender que a guarda fática não produz efeitos jurídicos. Note-se que a Lei n. 
8.069/90 é omissa no tocante à conceituação de quem deva ser considerado 
“responsável”. A revogada Lei n. 6.697/79 (Código de Menores), de forma expressa, 
denominava responsável (“encarregado da guarda” no Código de 1927) aquele que, 
não sendo pai ou mãe, exerce, a qualquer título, a vigilância, direção ou educação 
do menor, ou voluntariamente o traz em seu poder ou companhia, 
independentemente de ato judicial (parágrafo único do art. 2º). Bem andou o 
legislador estatutário em não reprisar tal definição, haja vista que estaria em 
divergência com o princípio do interesse superior da criança e o seu direito 
indisponível de conviver em família, pois a situação jurídica do infante poderia 
manter-se sempre irregular.

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