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COERCIBILIDADE (1)

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COERCIBILIDADE E DIREITO 
	Segundo a Professora Maria Helena Diniz, COERCIBILIDADE que dizer “possibilidade de exercer coação. Qualidade ativa do coercível”. A mesma autora, a respeito da coação, assim explicita: “aplicação efetiva de uma sanção pelo poder competente segundo os processos legais contra o violador da norma”.
	Para o Prof. Paulo Nader, a coercibilidade é a possibilidade do uso de coação. O aludido autor explicita que esta tem dois elementos: o psicológico e o material. O primeiro exerce a intimidação, através das penalidades previstas para a hipótese de violação das normas jurídicas. O segundo, é a força propriamente, que é acionada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente.
	- COAÇÃO: É uma reserva de força a serviço do Direito
	- SANÇÃO: Medida punitiva para a hipótese de violação da norma
	O Prof. Miguel Reale destaca que o conceito de coação está diretamente relacionado, pelo menos do ponto de vista vulgar, com a idéia de violência física ou psíquica, que pode ser feita contra uma pessoa ou um grupo de pessoas. A coação, nos termos do art. 151, do Código Civil, vicia a declaração de vontade, viciando o negócio jurídico que tiver sido realizado sob tal condição.
	Essa, porém, não é a visão que pretendemos abordar, no momento.
	A coação é justamente a característica que distingue o Direito da Moral, que faz com que esta força organizada seja de primordial importância para que o Direito cumpra seus objetivos. O cumprimento do Direito não pode ficar apenas à mercê da boa vontade das pessoas, sendo necessário prever a possibilidade de seu cumprimento obrigatório.
	O Prof. Miguel Reale assim justifica:
	“Quanto a força se organiza em defesa do cumprimento do Direito mesmo é que nós temos a segunda acepção da palavra coação. 
	Coação, portanto, significa duas coisas: de maneira genérica, tal como aquela configurada no art. 151, do Código Civil, corresponde à violência, à força que, interferindo, vicia o ato jurídico; em sua segunda acepção, não é o contraponto do Direito, mas é, ao contrário, o próprio Direito enquanto se arma da força para garantir o seu cumprimento. A astúcia do Direito consiste em valer-se do veneno da força para impedir que ela triunfe...”.
	A esse respeito, o Prof. Hugo de Brito Machado, de forma bastante esclarecedora, arremata:
	“Como o Direito prescreve apenas o que deve ser, e não o que inexoravelmente será, a possibilidade do não ser está sempre presente, sendo assim de sua essência. Por isso mesmo, é importante a distinção que há de se fazer entre a coercibilidade, como a possibilidade de coação, e a coação. A coercibilidade está na norma jurídica. A coação está fora dele. É alheia ao Direito.
	Coação é força, que só eventualmente pode ser colocada a serviço do Direito, mas não o integra, exatamente porque também eventualmente pode ser colocada contra o Direito. Aliás, a simples observação dos fatos cotidianos nos mostra que a coação tanto pode funcionar para fazer eficaz uma norma jurídica, como para fazê-la ineficaz, e isto é suficiente para demonstrar que não pode a coação integrar a essência do Direito”.
3.2. Sanções Jurídicas: noção; caracteres; classificação
	Sanção é todo e qualquer processo de garantia daquilo que se determina em uma regra (Miguel Reale).
	As regras morais, religiosas, de etiqueta e as jurídicas existem para serem cumpridas. A sua inobservância gera sanções, que podem variar de acordo com o grupo no qual o violador esteja inserido, indo desde o remorso, o arrependimento de algúem que faltou com um ditame ético, até mesmo a alguém que deixou de cumprir simples regra de etiqueta ou alguma norma de ordem religiosa.
	O homem bem formado, nas palavras de Miguel Reale, “reagiria de forma a buscar o reequilíbrio de sua conduta, independentemente de qualquer imposição do grupo, porém, há aqueles que sequer se arreceiam do exame de sua própria consciência, por estarem tão embrutecidos que nela é impossível o fenômeno psíquico do remorso. Nem faltam os que nenhuma importância dão à reação social, por se considerarem, às vezes, superiores ao meio em que vivem, como seres acima do bem ou do mal; ou, então, porque na própria “psique” não haverá repulsa àqueles motivos de conduta imoral, que atuam, poderosamente, sobre o homem normal. É nesse momento que se torna necessário organizar as sanções”.
	A sanção, então, é gênero, de que a sanção jurídica é espécie.
	O que caracteriza a sanção jurídica é a sua predeterminação e organização:
	LEI – Art. 121 CP Matar alguém.
	Polícia Civil – Inquérito Policial
	Judiciário – Julgar. Impor a pena.
	Ministério Público – iniciar a ação penal
	Sanções Penais – impõe penas/condenações
	Sanções Premiais – desconto para o contribuinte que paga o tributo antes do vencimento
Paulo Dourado de Gusmão – Sanção – Generalidades – Conceito – Classificação
A norma jurídica é geralmente acompanhada de sanção eficaz, estabelecida de antemão (princípio da legalidade da pena), não dependendo, assim, em sua individuação, ou seja, em sua dosagem para o caso e nem em sua escolha, do arbítrio do poder público. Pode-se dizer ser a sanção jurídica a conseqüência jurídica danosa, prevista na própria norma (ou em outra), aplicável no caso de sua inobservância, não desejada por quem a transgride, sendo-lhe aplicável pelo poder público (direito nacional) ou por uma organização internacional (direito internacional).
Pode recair a sanção sobre a pessoa ou sobre o seu patrimônio (no caso de violação do direito nacional) ou, então, p. ex., sobre a ordem econômica de um país (no caso de violação do Direito Internacional).
A sanção jurídica neutraliza, desfaz, anula ou repara o mal causado pelo ilítcito, bem como cria uma situação desfavorável para o transgressor. Só podem ser aplicadas as sanções previstas em lei; além delas, o juiz não tem escolha. Nas sociedades arcaicas, a pena ia muito além da gravidade do ilícito, estando na dependência do espírito de vingança do ofencido e de sua família (pena privada). A Lei das XII Tábuas dos romanos (§ 164) previa multa no dobro do prejuízo. Nesse tempo, a sanção ou a reparação era fonte de enriquecimento. Com o fim da justiça privada e com a individuação da pena, a sanção passou a corresponder à gravidade do ilícito. A reparação não vai além do prejuízo e a pena pessoal deve ser proporcional ao ilícito. Isso ocorreu gradativamente com a substituição da pena privada, “dente por dente, olho por olho”, pela pena pública estabelecida e aplicada pelo Estado (direito estatal) ou formulada pelo consenso dos países (direito internacionao). Desde então, através da sanção, o Estado distribui a justiça reparadora, no caso de ilícito civil, determinando a reparação do dano, e a justiça repressiva, no caso de crime, aplicando pena privativa da liberdade ou pena de multa.
Pode-se dizer que a evolução da idéia de sanção acompanha de perto a evolução do direito, humanizando-se com a civilização, individualilzando-se, tornando-se assim proporcional ao delito (civil ou penal). Mas, não é só, pois, primeiro, só havia sanção penal. Inobservar as obrigações era crime. O direito penal foi a primeira forma de direito, ensina Ihering. Deles herdou o direito civil o princípio de punição de quem causa dano a outrem ou de quem pratica outro ilícito. Assim, primeiro a pena, depois a reparação.
As sanções da norma jurídica são de várias espécies, daí a dificuldade em classificá-las. Mas, de modo geral, podem ser agrupadas em seis categorias: repressivas, preventivas, executivas, restitutivas, rescisórias e extintivas.
Repressivas: destaca-se a sanção penal (pena capital, pena privativa de liberdade, multa), no direito civil a prisão civil (por exemplo: pelo não pagamento de pensão alimentícia), a perda do pátrio poder, etc; no direito internacional: guerra, represália, boicote, etc; no direito administrativo: advertência, suspensão e demissão de servidor público; no direito fiscal: multa, prisão, etc.
Preventivas: no direito penal, a medida de segurança, que visaimpedir a repetição de crimes, privando o delinqüente perigoso de sua liberdade, para reeducá-lo em estabelecimentos penais ou privando-o do exercício de uma profissão (como, p. ex., a de motorista), enquanto nos demais ramos do direito objetiva evitar prejuízo ou impedir que o crédito fique sem garantia.
Executiva: obriga o faltoso a cumprir a obrigação através da execução forçadaRestitutivas: restabelecem o status quo ante, como é o caso, no direito civil, das “perdas e danos” (reparação do dano), restabelecendo pela indenização o patrimônio lesado no estado anterior ao dano, da restituição da coisa furtada ou da indevidamente apropriada, da recuperação da posse, enquanto no direito processual, do pagamento de custas e de honorários de advogado, e no direito fiscal, do confisco de bens, etc.
Rescisórias: rescindem contratos, dissolvem sociedades (civis, comerciais e conjugais), anulam atos e sentenças, etc.
Extintivas: extinguem relações jurídicas e direitos pela ocorrência de prescrição ou de decadência, outras impedem no curso do processo que uma questão decidida preliminarmente seja renovada (preclusão), ou, então, impedem, por força da coisa julgada, que a questão decidida por decisão final (sentença), irrecorrível, seja renovada em outra ação.

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