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Osteopenia

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ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
Osteopenia/Osteoporose
A osteopenia e a osteoporose são consideradas patologias
intimamente semelhantes, precursoras e assintomáticas que
resultam de uma perda gradual excessiva e degenerativa da
densidade mineral óssea.
● Os fatores de risco mais relevantes são:
envelhecimento (>60 anos), sexo feminino,
menopausa, etnia branca, sedentarismo, nulíparas,
história familiar de osteoporose/fratura, baixo índice
de massa corpórea (<19 kg/m2), uso de
glicocorticoides, inatividade física e baixa ingesta
dietética de cálcio.
OSTEOPOROSE X OSTEOPENIA
A diferença entre elas é que a osteoporose é uma doença
onde ocorre perda de osso e risco de fratura, e a
osteopenia indica apenas a redução da massa óssea, que
quando não tratada, pode se agravar, levando a
osteoporose. Geralmente, a osteopenia antecede a
osteoporose.
FISIOPATOLOGIA
Osso é um tecido dinâmico que é constantemente
remodelado em resposta a estímulos mecânicos e hormonais.
No processo de remodelação óssea envolve a atividade dos
osteoblastos, células que produzem novo osso, e dos
osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea. Em
indivíduos saudáveis, o processo de formação e reabsorção
óssea está em equilíbrio, mantendo a densidade mineral
óssea estável ao longo do tempo.
No entanto, em indivíduos com osteoporose, esse equilíbrio é
interrompido e a taxa de reabsorção óssea se torna maior
que a taxa de formação óssea. Isso pode ocorrer devido a
uma variedade de fatores, incluindo deficiência de
estrogênio em mulheres na menopausa, baixos níveis de
vitamina D e cálcio, fatores genéticos, uso prolongado de
corticosteroides e outros medicamentos, entre outros.
Com o tempo, a perda óssea leva a uma diminuição da
densidade mineral óssea e à deterioração da
microarquitetura óssea. Os ossos tornam-se menos densos,
mais porosos e mais suscetíveis a fraturas, especialmente nas
vértebras, quadril e punho.
ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A osteopenia trata-se de uma doença de instalação
silenciosa. Nos estágios iniciais não existem sintomas. Com o
avanço da doença, os sintomas mais comuns são as fraturas
das vértebras por compressão ou quedas, provocando dor e
sensibilidade óssea, diminuição da estatura e aumento da
cifose dorsal.
A osteoporose é uma doença de evolução silenciosa e as
manifestações surgem na ocorrência de fraturas,
principalmente nas vértebras (mais comum), no úmero, no
rádio distal e no fêmur proximal. Logo, recomenda-se
veementemente a obtenção de anamnese minuciosa com
acesso à história familiar, história de fratura prévia,
medicamentos usados, estilo de vida, doenças crônicas e
histórico de quedas, além de achados sugestivos de causas
secundárias de osteoporose.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da osteoporose é geralmente feito através de
uma combinação de história clínica, exame físico e testes
diagnósticos.
O primeiro passo é realizar uma avaliação clínica, que inclui
a análise dos fatores de risco para osteoporose, como:
● Idade
● Sexo
● História familiar
● Hábitos de vida
● Uso de medicamentos
Também são avaliados sintomas como dor óssea,
deformidades, perda de altura e alterações posturais. O
próximo passo é realizar testes diagnósticos, que incluem a
densitometria óssea, que mede a densidade mineral óssea
(DMO) em regiões específicas do corpo. Geralmente a
medição é na coluna lombar, no fêmur e no antebraço. A
densitometria óssea é o exame padrão-ouro para o
diagnóstico de osteoporose.
O diagnóstico é baseado na densitometria óssea – DXA
(Tabela 2) e/ou na presença de fratura considerada de
baixo impacto, periférica ou central. T
ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
As indicações de densitometria óssea segundo ministério da
saúde são listadas abaixo:
➔ Mulheres com idade igual ou superior a 65 anos e
homens com idade igual ou superior a 70 anos,
independentemente da presença de fatores de risco;
➔ Mulheres na pós-menopausa e homens com idade
entre 50 e 69 anos com fatores de risco para fratura;
➔ Mulheres na perimenopausa, se houver fatores de
risco específicos associados a um risco aumentado de
fratura, tais como baixo peso corporal, fratura prévia
por pequeno trauma ou uso de medicamento (s) de
risco bem definido;
➔ Adultos que sofrerem fratura após os 50 anos;
➔ Indivíduos com anormalidades vertebrais radiológicas;
➔ Adultos com condições associadas à baixa massa
óssea ou perda óssea, como artrite reumatoide ou uso
de glicocorticóides na dose de 5 mg de
prednisona/dia ou equivalente por período igual ou
superior a 3 meses.
Além disso, outros exames podem ser realizados para avaliar
a função óssea e a qualidade óssea, como:
● Análise da concentração de cálcio e fosfato no
sangue
● Dosagem de hormônios (como vitamina D e
paratormônio)
● Exame de urina para avaliar a perda óssea
● Exames de imagem, como radiografias e tomografias
computadorizadas.
TRATAMENTO
● Tratamento não farmacológico:
Tem como objetivo a mudança do estilo de vida, baseado na
adequação alimentar, na realização de exercício físicos,
cessação do tabagismo e do consumo de álcool, bem como a
prevenção de quedas. A ingesta de alimentos ricos em cálcio
(leites e derivados), é fundamental para o tratamento da
osteopenia e da osteoporose, assim como a suplementação
deste íon e da vitamina D (preferencialmente D3 –
colecalciferol). A recomendação é de doses diárias de 1.000
a 1.200 159 mg de cálcio e 600 a 800 UI de vitamina D.
Exercícios físicos resistidos, supervisionados,
preferencialmente relacionados a fortalecimento de
quadríceps e de suporte do próprio corpo, devem ser
recomendados.
● Tratamento farmacológico:
Os principais medicamentos são os bisfosfonatos, pois esses
são antirreabsortivos ósseos. A administração por via oral
deve ser em jejum, com ingesta de alimentos após 30
minutos, devido à dificuldade de absorção. Exemplo:
Alendronato 35 – 70 mg/semana VO; Risedronato 35
ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
mg/semana – 150mg/mês VO; Ácido zoledrônico 5mg/ano IV.
O raloxifeno é um modulador dos receptores de estrogênio,
que reduz risco de fraturas vertebrais, sendo utilizado na
dose de 60mg/dia VO.
Já o Denosumabe, um anticorpo monoclonal contra o
RANKL, deve ser utilizado a cada 6 meses, na dose de
60mg SC. A teriparatida, paratormônio recombinante
humano (PTH), é um agente anabólico que age restaurando
a microarquitetura e fortalecendo o osso trabecular. É
administrado diariamente na forma subcutânea e promove
um aumento significativo da DMO vertebral e não vertebral,
o que diminui o risco de fratura. Indicado somente para
pacientes com OP grave e com alta prevalência de fraturas
patológicas, sem resposta a outras terapias medicamentosas.
A terapia hormonal na pós-menopausa é uma medida de
prevenção da osteopenia/osteoporose, não sendo indicada
para o tratamento específico desta doença.

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