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ATIVIDADE 3 - LHIST - TEORIAS DA HISTÓRIA - 51/2024
Período:19/02/2024 08:00 a 17/03/2024 23:59 (Horário de Brasília)
Status:ABERTO
Nota máxima:0,50
Gabarito:Gabarito será liberado no dia 22/04/2024 00:00 (Horário de Brasília)
Nota obtida:
1ª QUESTÃO
Ao formular suas ideias e escritos, Karl Marx procurou manter distância das concepções socialistas
desenvolvidas no início da modernidade, como as apresentadas pelos socialistas “utópicos”, como Saint-
Simon (1760-1825) e Robert Owen (1775-1885). As ideias de Saint-Simon e Owen não especificavam as
estruturas da sociedade, e apenas indicavam o modo como a sociedade deveria ser: feliz, harmônica e
virtuosa. Marx também buscou manter distância dos princípios hegelianos e positivistas. A respeito dos
princípios hegelianos e positivistas, analise as asserções a seguir:
 
I. Marx, ao contrário dos hegelianos, não concordava com que as estruturas sociais fossem movidas pelas
ideias. Do mesmo modo, ao contrário dos positivistas, não concordava com a ideia de que as decisões
políticas fossem responsáveis pelas transformações econômicas, sociais e ideológicas.
PORQUE
II. Marx acreditava que os acontecimentos humanos e as transformações históricas eram estabelecidas
mediante atividades realizadas pelos homens e relações estabelecidas por eles, na produção de bens
materiais e de consumo.
 
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:
ALTERNATIVAS
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições falsas.
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2ª QUESTÃO
Com o surgimento da Escola dos Annales, no final da década de 1920, os eventos humanos passaram a ser
compreendidos de uma nova maneira. Os princípios da progressividade, da linearidade e da
irreversibilidade, recorrentes na concepção de tempo histórico demonstrado pela Escola Positivista, foram
substituídos pela simultaneidade. A respeito do tempo simultâneo na produção histórica, analise as
asserções a seguir:
 
A Escola dos Annales, para se contrapor à Escola Positivista, substituiu o tempo linear, visto em único
sentido, por um tempo múltiplo e plural, visto em diferentes sintonias.
PORQUE
A produção histórica se desenvolve em uma tripla duração de tempo: curta duração, média duração e longa
duração, sendo a curta duração o tempo dos acontecimentos, a média duração o tempo das conjunturas e a
longa duração o tempo das estruturas.
Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta.
ALTERNATIVAS
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições falsas.
3ª QUESTÃO
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Fernand Braudel, o grande representante da Segunda Geração dos Annales, introduziu na produção histórica
uma concepção inédita de tempo. Ao considerar que os fatos históricos se posicionavam em uma tripla
duração de tempo - curta, média e longa-, desfez o entendimento de tempo linear, progressivo e irreversível
pensado pelos positivistas. Segundo a concepção de tempo inaugurada por Braudel, que revolucionou a
construção histórica, analise as afirmações a seguir:
 
I. A média duração representa a História das conjunturas, para além dos acontecimentos pontuais.
II. A curta duração representa a História dos acontecimentos, pontual e localizada.
III.  Na análise dos acontecimentos humanos, a tripla duração se concentra no tempo médio, comumente
utilizado nos calendários ocidentais.
IV. A longa duração revela abrangências, heranças e ecos na história das estruturas econômicas, políticas e
sociais.
Está correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e III, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
I, III e IV, apenas.
4ª QUESTÃO
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Na perspectiva racional e científica do mundo pós-renascentista e pós-iluminista, o entendimento sobre o
tempo foi adaptado. Os antigos princípios de linearidade e de progressividade persistiram, contudo, pois o
tempo continuou a ser encarado de maneira evolutiva. A diferença é que, dentro dos princípios racionalistas
e científicos do século XIX, a ideia do progresso desligou-se parcialmente do conceito medieval de “Deus” e
conectou-se ao conhecimento humano. Com base nessas informações, analise as afirmativas a seguir e
considere "V" para verdadeiro e "F" para falso.
(  ) Os Annales substituíram o tempo linear, visto em único sentido, por um tempo múltiplo e plural, visto em
diferentes sintonias.
(  ) O tempo, para os positivistas, era visto de maneira cíclica e infinita, amparando-se nas interpretações da
Antiguidade Clássica.
(  ) O tempo do paradigma marxista é, a exemplo do tempo dos Annales, triplamente dividido em durações.
A última duração do Marxismo é chamada de “Consciência de Classe”.
(  ) O paradigma positivista, surgido no século XIX, é um forte expoente da crença de que a racionalidade e a
cientificidade superam a providência divina na problemática do tempo.
(  ) O Marxismo entende o tempo como sucessivo, cumulativo, progressivo, linear e irreversível. Contudo, o
tempo marxista não tem como finalidade a condução da sociedade ao juízo final.
Considere a alternativa que apresenta a sequência correta.
ALTERNATIVAS
V, V, F, F, V
V, V, F, V, V
V, F, F, V, V
F, F, V, V, F
F, V, V, F, F
5ª QUESTÃO
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Criado em 1948 por Bill Finger (1914-1974) e Dick Sprang (1915-2000), escritores e desenhistas
estadunidenses, e popularizado pelo filme "The Batman" (2022), o personagem Charada é um dos
oponentes mais famosos e longevos do Batman nos quadrinhos. O Charada é um gênio criminoso com uma
extraordinária capacidade de decodificação, raciocínio, resolução de problemas matemáticos e formulação
de quebra-cabeças. No entanto, o personagem tem um ponto fraco fundamental: sua obsessão pela crítica,
pela organização e pela verdade. Quando confrontado com qualquer situação que o obrigue a ser mais
abstrato, subjetivo ou emocional, o Charada se torna praticamente inútil. Esse caráter “metódico” do vilão
exibe muitos paralelos com a Escola Positivista, que também é lembrada por suas características centradas e
objetivas. Mesmo que procurassem não trabalhar com documentos filosóficos e subjetivos – seus “pontos
fracos” –, os positivistas fundamentaram uma série de regras e críticas para a análise e para a catalogação
documental. Com essas regras e críticas em mente, analise as afirmativas a seguir:
I – Tanto a Crítica Externa quando a Crítica Interna do Positivismo analisavam os documentos de maneira
semelhante.
II – Dá-se o nome de “Crítica Interna” à análise do conteúdo do documento visando a compreensão das
intenções de seu(s) autor(es).
III – Dá-se o nome de “Crítica Externa” à análise da estética do documento: suas dimensões, seu peso, seu
cheiro, sua consistência e, não menos importante, sua temporalidade.
IV – Dá-se o nome de “Crítica Externa” à análise física que o historiador positivista empreendia ao se deparar
com um documento: a forma de sua escrita, a língua adotada em sua composição, o espaçamento e as
formas das fontes tipográficas, etc.
V – Os positivistas entendiam o conhecimento histórico como um elemento complexo,por vezes frágil e
indireto. Nesse sentido, o Positivismo compreendia como fundamental a adoção de uma austeridade
metodológica nas críticas documentais.
É correto apenas o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
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I, apenas.
I e III, apenas.
IV e V, apenas.
II, IV e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
6ª QUESTÃO
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Edward Snowden, ex-assistente técnico da Inteligência dos Estados Unidos, foi responsável por um dos
vazamentos documentais mais significativos da História Política da América do Norte. Através desses
vazamentos, Snowden expôs uma série de dossiês que revelavam a existência e/ou planos de implantação
de programas secretos de vigilância da Agência Nacional de Segurança do país. Em 2013, à ocasião da
divulgação desses dossiês, Snowden cedeu uma longa entrevista ao jornal britânico The Guardian. Leia
abaixo um trecho dessa entrevista:
"Eu avaliei cuidadosamente cada documento que divulguei, para garantir que cada um deles realmente fosse
de interesse público. Existiam muitos tipos de documentos que provavelmente teriam causado um grande
impacto na sociedade, mas eu não os entreguei. Prejudicar as pessoas de maneira gratuita não era o meu
objetivo. Meu objetivo era a transparência”.
Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2013/jun/09/edward-snowden-nsa-whistleblower-
surveillance (Acesso em 12/08/2019).
A preocupação de Snowden com a integridade e com a utilidade dos documentos é compartilhada por
muitos historiadores contemporâneos. No entanto, o cuidado documental do mundo de hoje é uma herança
direta dos pensadores e teóricos do Positivismo, como os franceses Charles Langlois (1863-1929) e Charles
Seignobos (1854-1942). Entre meados do século XIX e o início do século XX, ambos propuseram uma série
de rígidas diretrizes científicas para análises e catalogações documentais.
Sobre a importância dos documentos à metodologia historiográfica, analise as afirmativas a seguir e
considere V para as verdadeiras e F para falsas.
(   ) As fontes documentais representam a matéria-prima do historiador.
(   ) Para os historiadores contemporâneos, “documento” é sinônimo de “fato histórico”.
(   ) O Positivismo tendia a valorizar os documentos escritos, porque esse tipo de material tinha um caráter
mais “oficial” e confiável.
(   ) As fontes documentais apresentam todos os recursos e informações que o historiador precisa para
realizar a produção historiográfica.
(   ) Desde o início do século XX, a utilização e a produção documental se voltaram à predominância das
temáticas socioeconômicas – razão pela qual o vazamento de informações promovido por Snowden só
envolvia questões político-partidárias.
Está correta a alternativa que apresenta a sequência:
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ALTERNATIVAS
F, F, V, F, F
F, V, F, V, V
V, F, F, F, V
V, F, V, F, F
V, V, V, F, F
7ª QUESTÃO
A História Política apresentou, durante muito tempo, grande prestígio ao retratar a História do Estado e de
seus feitos. Mas, com o surgimento de novas abordagens historiográficas, advindas principalmente do
Marxismo e da Escola dos Annales, a História Política foi gradativamente deixada de lado, pois se
concentrava em estudar eventos e transformações históricas mediante uma ótica exclusivista, sem
considerar o contexto sócioeconômico em que os fatos eram desenvolvidos. Mesmo assim, nas últimas
décadas, notou-se que muitos historiadores voltaram a se interessar pelo mundo político. Sobre a História
Política e sobre a Nova História Política, analise as afirmativas a seguir.
I. Os pressupostos teóricos e metodológicos apresentados pela História Política, como estudo cronológico e
individualista, levaram os historiadores materialistas e analistas a romperem com a a Escola Metódica.
II. Entre as características metodológicas mais peculiares da Nova História Política, destaca-se a curta
duração, pois os historiadores continuam a estudar os eventos históricos por eles mesmos.
III.  Os eventos que marcaram a segunda metade do século XX, como as crises econômicas e conflitos
bélicos, levaram os historiadores a buscar respostas no mundo político.
IV.  Apesar das grandes inovações metodolóficas, a Nova História Política promovida pelos Annales
continuou priorizando minorias privilegiadas em detrimento do aspecto social das multidões.
Está correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
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I e III, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
I, III e IV, apenas.
8ª QUESTÃO
Analise as asserções abaixo, e a relação proposta entre elas:
I. O Marxismo, enquanto Ciência da História, toma como objeto as estruturas econômico-sociais, invisíveis,
abstratas, gerais, das lutas de classes e das iniciativas individuais e coletivas. Para Marx, os indivíduos só
podem ser explicados pela organização social a que pertencem e que os constitui como eles são. Cada
modo social de produção criaria os indivíduos de que necessita.
PORQUE
II. Para Marx, não há um homem 'universal', mas um homem concretamente 'produzido' pelo conjunto das
relações sociais de produção. Para se compreender o processo histórico, o conceito principal deixa de ser o
de 'consciência' e torna-se o de 'produção', que supõe a hipótese materialista do ser social
 
 
Assinale a alternativa correta.
ALTERNATIVAS
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As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.
9ª QUESTÃO
Em face da ampliação dos temas e das abordagens propiciadas pela Terceira Geração dos Annales, a
pesquisa e a produção histórica revelaram um saber plural, dividido em diversos campos. Em meio a esta
pluralidade observa-se a História Cultural, um dos campos historiográficos mais difundidos atualmente e o
grande refúgio da História das Mentalidades. Em relação à História Cultural, analise as asserções a seguir:
A História Cultural, diferente da História das Mentalidades, apresenta como grande característica a relação
entre o mental e social. Em outras palavras, se esforça para estabelecer uma conexão entre o particular e o
todo, identificado como sociedade global.
PORQUE
Os historiadores da cultura entendem que os sentimentos, crenças e costumes dos objetos estudados
possuem íntima relação com o contexto social o qual pertencem.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:
ALTERNATIVAS
As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa.
A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições falsas.
10ª QUESTÃO
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O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa o contexto estudado,
demonstrando que em cada época os acontecimentos humanos demonstraram uma especificidade.
Pensando nesta questão, estudiosos refletiram sobre o tempo nos diferentes períodos históricos, conforme é
possível notar no extrato de texto abaixo:
O tempo do conhecimento reflete, em geral, o tempo vivido embora nem sempre coincida com ele. Antes
do século XIX, o vivido históricoe seu conhecimento foram marcados pelo tempo da "alma", por um
tempo mitológico ou teológico, ou filosófico. As sociedades míticas, religiosas ou "racionalistas" elaboraram
uma forma de conhecimento histórico que tinha como base um tempo mítico, religioso e filosófico. O
tempo vivido era pensado com conceitos como Deus, alma, graça, rei, milagres, salvação, fim do mundo,
mal/bem, quando a sociedade era religiosa; quando era racionalista, o tempo vivido era pensado com
conceitos como espírito, liberdade, história, ação intensão, justiça, fases, emancipação, sujeito, homem, etc.
Para essas sociedades e modos de saber do humano, o tempo natural, se é importante, não é determinante.
A história humana não é inscrita no tempo cósmico, mas na história divina ou racional, em que o tempo
cósmico ganha um sentido cultural. Convivendo com esses tempos, começou a preocupação com a datação
rigorosa, na Renascença, que perde de vista o lado da alma e da cultura. O esforço dos "eruditos" de então
era o de adequar a história ao calendário. Esse esforço foi prosseguido pelos ‘positivistas’, no século XIX.
Nesse século, aliás, o tempo físico se impôs sobre todo conhecimento da sociedade. A filosofia e sua
influência espiritual começaram a recuar em relação ao avanço do tempo da física sobre o conhecimento
humano. O "tempo da ciência começava a se impor ao tempo da "consciência".
REIS, José Carlos. Tempo, História e Evasão. Campinas: Papirus, 1994, p.87-88.
De acordo com a leitura, analise as afirmações a seguir:
I – Nas sociedades místicas e religiosas, o tempo era pensado segundo perspectivas divinas e filosóficas.
II – Na época da Renascença, os princípios do racionalismo exaltaram um tempo visto pelo prisma da alma e
da cultura.
III – No século XIX, o tempo da racionalidade se impôs sobre o tempo influenciado pela filosofia e pelo
conhecimento humano.
IV – Em sociedades marcadas pelo pensamento positivista, o tempo é visto de maneira objetiva e
progressiva, a exemplo do calendário.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
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I e III, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
I, III e IV, apenas.
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