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Parada respiratória e Parada cardiorrespiratória LIGA ACADÊMICA DE TRAUMA E EMERGÊNCIA DO SUDESTE GOIANO GABRIELLA DE PAULA - DIRETORA DE ENSINO ABRIL DE 2022 É a supressão súbita dos movimentos respiratórios (respiração agônica ou ausente). Uma parada respiratória não resolvida leva à parada cardíaca devido à hipóxia cerebral e do miocárdio. Parada Respiratória Parada Cardíaca: É a cessação da atividade mecânica do coração, que resulta na ausência de fluxo sanguíneo circulante Respiração agônica (gasping): Trata-se de uma respiração irregular, superficial com períodos de apneia. O paciente experimenta sinais de parada cardíaca como cianose e palidez cutânea ou apresenta batimentos cardíacos muito baixo. A respiração agônica é como se fosse a última tentativa do corpo em manter a respiração com a finalidade de manter os sinais vitais, e por esse motivo, esse tipo de respiração indica que o paciente tem um prognóstico muito ruim. 1- Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar a presença de respiração. 2. Se não responsivo e respiração ausente ou agônia, posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 3. Solicitar ajuda (desfibrilador e maletas de drogas e de via aérea ou serviço médico de emergência) O que fazer em caso de paciente com parada respiratória 4-Checar pulso central (carotídeo) Se pulso presente: Abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com bolsa valva-máscara ou com a máscara de bolso. A insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do tórax. Precocemente instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min) na bolsa valva-máscara; Considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF); Na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidade a cada 5 a 6 segundos (10 a 12/min); Verificar a presença de pulso a cada 2 minutos Se pulso ausente: • Iniciar RCP Parada cardiorrespiratória: É definida pela perda de atividade mecânica do coração e apneia ou respiração agônica. Ocorre quando o coração desenvolve um ritmo anormal e não consegue bombear sangue. Esse ritmo faz o coração tremular e então ele não consegue mais bombear sangue para o cérebro, pulmões e outros órgãos. No espaço de segundos a pessoa para de responder e respirar ou apresenta apenas a respiração agônica. A morte ocorre em minutos quando a vítima não recebe tratamento PCR NO ADULDO Quando suspeitar: Paciente inconsciente, respiração ausente ou em gasping, sem pulso central palpável. Cadeia de Sobrevivência do RCP PCR intra-hospitalar (PCRIH) PCR extra-hospitalar (PCREH) Contém os elementos do sistema de atendimento que aumentam a probabilidade de sucesso no atendimento ATENDIMENTO AO PACIENTE COM PCR Ao encontrar uma pessoa com suspeira de PCR você deve: 1- Checar a segurança do local 2- Checar a responsividade 3- Chamar ajuda 4- Checar o pulso checa-se o pulso carotídeo junto à borda do músculo esternocleidomastóideo, porém sem levar mais de 10 segundos para confirmar a presença ou a ausência de pulso. 5- Compressões torácicas 5.1- Diante da vítima em PCR, iniciam-se as manobras de RCP pelas compressões torácicas, estando o paciente em posição supina sobre superfície rígida. O socorrista deve se posicionar ajoelhado ao lado da vítima (extra-hospitalar) ou ao lado do leito (intra-hospitalar). 5.2- O socorrista deve posicionar a região hipotenar de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno, colocando a outra mão sobre a primeira, mantendo os braços paralelos e a 90o em relação ao tórax do paciente, utilizando o peso do corpo nas compressões. 5.3- As compressões torácicas devem causar depressão de 5 a 6 cm de profundidade no tórax da vítima. 5.4- É de fundamental importância permitir o retorno completo do tórax à sua posição inicial entre as compressões, facilitando o enchimento das câmaras cardíacas e a perfusão coronariana 5.5- As compressões devem ser realizadas em uma frequência de 100 a 120 por minuto. 5.6- Minimizar o quanto possível a frequência e a duração das interrupções das compressões torácicas. No máximo 10s para qualquer interrupção 5.7- A relação compressão-ventilação deve ser de 30:2, ou seja, a cada 30 compressões efetuam-se 2 ventilações. 5.8- Atenção deve ser dada à fadiga do socorrista, porque ela que diminui drasticamente a qualidade das compressões. Quando dois ou mais socorristas prestam atendimento, a alternância entre quem realiza as compressões deve ocorrer a cada 2 minutos (ou após 5 ciclos de 30 compressões e 2 ventilações). 6- Manejo de via aérea A abertura da via aérea deve ser feita com a inclinação da cabeça e anteriozação da mandíbula naquelas vítimas sem suspeita de trauma cervical. Nas vítimas com suspeita de trauma cervical deve ser feita apenas anteriozação da mandíbula. Inclinação da cabeça: 1- Coloque uma das mãos sobre a fronte da vitíma e pressione a palma da mão para inclinar a cabeça para trás 2- Coloque os dedos da outra mão na parte óssea da mandibula, próximo ao queixo. 3- Eleve a mandíbula para que o queixo vá para a frente Anteriozação da mandíbula: Usado quando a inclinação da cabeça não funciona ou quando há suspeita de lesão na coluna. 1- Coloque uma mão em cada lado da cabeça da vitima. Você pode descansar os cotovelos sobre a superficie em que a vítima está deitada 2- Disponha os dedos das duas mãos sob as anguiações da mandibula da vítima, deslocando o queixo para a frente. 3- Se os lábios fecharem, pressione o lábio inferior com o polegar para abri- los Após a abertura da via aérea, devem ser realizadas duas ventilações . Cada ventilação deve ser feita em 1 segundo e causar uma elevação visível do tórax da vítima. Devem ser realizadas duas ventilações para cada 30 compressões torácicas até que um dispositivo avançado de via aérea esteja instalado. Ventilação excessiva do paciente causa distensão gástrica e aumenta a pressão intratorácica, diminuindo o retorno venoso, devendo, portanto, ser evitada. 7-Ventilação 8- Desfibrilação Assim que o desfibrilador estiver disponível, posicionar as pás do desfibrilador no tórax desnudo e seco do paciente. Interromper as compressões torácicas para a análise do ritmo Se choque for indicado: • Solicitar que todos se afastem do contato com o paciente; • Disparar o choque quando indicado pelo DEA; e • Reiniciar imediatamente a RCP após o choque, começando pelas compressões torácicas, por 2 minutos. Após 2 minutos de compressões e insuflações eficientes, checar novamente o ritmo com o DEA: • Se choque for indicado, siga as orientações do equipamento. Em seguida, reinicie imediatamente a RCP com ciclos de 30 compressões para duas insuflações; • Se choque não for indicado, checar pulso carotídeo e, se pulso ausente, reiniciar imediatamente a RCP com ciclos de 30 compressões para duas insuflações. Manter os ciclos de RCP e avaliação do ritmo até: • A chegada do SAV; • A chegada ao hospital ou • A vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento); RESUMO: SUPORTE BÁSICO DE VIDA 5CABD Chegar segurança Checar responsividade Chamar ajuda Checar pulso Compressões torácicas Abrir vias aéreas Boa ventilações Desfibrilação precoce Cuidados pós-RCP no adulto 1. Manter os eletrodos do DEA instalados no tórax do paciente. 2. Otimizar a ventilação e oxigenação com ênfase para: • manter permeabilidade da via aérea; • manter a SatO2 ≥ 94%; • se em Parada Respiratória, iniciar com 10 a 12 insuflações/min com bolsa valva-máscara; e • não hiperventilar. 3. Avaliar sinais vitais. 4. Realizar ECG de segunda opinião 5. Controlar glicemia. 6. Manter atenção para a recorrência de PCR e a necessidade de reiniciar RCP. 7. Preparar para o transporte. 8. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada. 9. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde. Decisão de não ressuscitação sinais demorte evidente. risco evidente de injúria ou de perigo para a equipe (cena insegura). presença de diretiva antecipada de não reanimação. (Resolução 1.995 - CFM)
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