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Aluna: Scarlett Sampaio Professora: Carla Jovania - aula 1 dia 19/02 e aula 2 dia 26/02 Matéria: Inspeção e tecnologia de produtos de origem animal - medicina veterinária. Inspeção de produtos de origem animal Tópicos Geradores: · De onde vem e como é produzido o alimento seguro? · Qual a importância do alimento seguro? · Qual o papel do médico veterinário na cadeia de produtos de origem animal? · Qual a importância da obtenção dos produtos de origem animal com identidade e qualidade? · Produtos e subprodutos de origem animal e sua relação com o mercado consumidor. Metas de compreensão: · Compreender o sistema de inspeção de produtos de origem animal brasileiro. · Empregar conceitos de bem-estar e conforto animal desde a produção até obtenção de matéria prima para elaboração dos produtos de origem animal. · Relacionar boas práticas de produção (da fazenda ao garfo) aos impactos sobre a segurança alimentar. Interpretar e aplicar as normas de higiene e inspeção de produtos de origem animal, derivados e subprodutos. · Propor fluxogramas de produção, transporte e distribuição de alimentos de origem animal em conformidade com a legislação vigente. · Construir e validar manuais de boas práticas de produção de alimentos. · Avaliar programas de autocontrole. Ementa: Ética, responsabilidade técnica e competências do médico veterinário na produção de alimentos de origem animal. Processos higiênicos, sanitários e tecnológicos para a obtenção, transporte, processamento e comercialização dos produtos de origem animal. Diretrizes técnicas de inspeção e cientificas de bem-estar de animais de produção e abate humanitário. Sistemas de inspeção nacional e legislações pertinentes internacionais, federais e regionais. Rotinas e técnicas de inspeção e julgamento de diversas espécies de açougue, do leite, do mel, dos ovos e seus derivados, destinados ao consumo humano e subprodutos para alimentação dos animais domésticos. Papel do médico veterinário na área de inspeção de POA e na saúde única: CFMV - Criação do Conselho Federal e os Conselhos regionais de Medicina Veterinária (17/06/1969). Fez com que a inspeção, do ponto de vista técnico, higiênico e tecnológico, da carne, leite, ovos, mel e pescado, fosse competência do médico veterinário. OBS: ADAB - Agência de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia. Ela atua nas áreas de Defesa Sanitária Animal, Defesa Sanitária Vegetal e na Inspeção de Produtos Agropecuários. É a responsável pela execução da Defesa Agropecuária na Bahia. VERIFIQUE O ÓRGÃO RESPONSÁVEL DA SUA CIDADE/ CAPITAL. PÚBLICO X PRIVADO: · Ética; · Responsabilidade técnica (RT); · Competências do Médico Vet. --> para a produção dos alimentos de origem animal. · A fiscalização pode ser periódica ou diária, depende da produção, da indústria, do estabelecimento e do sistema (federal, municipal ou estadual). (EX: empresa tem abate animal todo dia, então a inspeção precisa ser diária, não pode abater um animal sem um inspetor técnico). · Quem regulamenta produtos de origem animal? MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA). · SISBIPOA: sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal. · Em 2006, houve o decreto 5.741/2006 - legislação única (adesão) · SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL (S.I.M): Aquele que tem o selo de inspeção municipal, o produto só pode ser vendido no munícipio que foi feito. · SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESTADUAL (S.I.E): Aquele que tem o selo de inspeção estadual, o produto só poderá ser vendido no Estado que foi feito. · SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL (S.I.F): Aquele que tem o selo de inspeção federal pode ser vendido em todo o país e exportar para fora. · Alguns produtos S.I.M e S.I.E podem conter o selo do SISBI, que significa dizer que eles passaram por uma fase de auditória, fiscalização e estudos para serem comercializados no país inteiro. O produto fez adequações e cumpriu exigências e não precisou se tornar um S.I.F, mas, por ser um bom produto foi aprovado sua comercialização federal. · SISTEMA BRASILEIRO DE INSPEÇÃO (SISB): equivalência dos serviços de inspeção estadual e municipal ao serviço federal (S.I.F.), em que os produtos podem ser produzidos e comercializados em todo país, mas não exportados. · Qual a diferença de produtos S.I.F para o SISBI? --> Os produtos SISBI que vendem no país não podem ser exportados. · Cada Estado tem sua exigência de fiscalização, de inspeção. · Existe também o selo ARTE, é um certificado que assegura que o produto alimentício de origem animal foi elaborado de forma artesanal, com receita e processo que possuem características tradicionais, regionais ou culturais. · Para receber o Selo Arte, o produto ainda deve ser genuíno, singular e manter as características próprias, tradicionais, culturais ou regionais, e o processo de produção deve adotar boas práticas agrícolas e de fabricação para garantir alimento seguro ao consumidor. · Esse produto poderá ser comercializado para todo o país desde que siga as normas vigentes. RIISPOA: · Regulamento de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal. · O RIISPOA é o documento legislativo que reúne as boas práticas para inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. · Total de artigos: 857 em vigor, 110 revogados. · Foi criado no dia 29 de março de 1952. · Sua atualização mais recente foi feita no dia 19 de agosto de 2020 pelo Governo Federal (Decreto 10.468-2020). Classificação dos estabelecimentos: RIISPOA Art. 16. Os estabelecimentos de produtos de origem animal que realizem comércio interestadual e internacional, sob inspeção federal, são classificados em: I - de carnes e derivados; II - de pescado e derivados; III - de ovos e derivados; IV - de leite e derivados; V - de produtos de abelhas e derivados; VI- de armazenagem; Quem está apto a realizar esta inspeção: · Veterinários oficiais: servidores públicos; · Veterinários credenciados/ habilitados: empresas privadas. · Médicos veterinários do MAPA atuam na inspeção de frigoríficos, fazendas etc. · Já os inspetores credenciados da vigilância sanitária atuam depois do produto pronto em mercados, restaurantes, açougues etc. (Ligados a ANVISA, secretaria de saúde.) Inspeção: · Toda cadeia produtiva; · Industrial/ tecnológicos- RTIQs; · Higiênico sanitário; · Lei 5.517, de 23 de outubro de 1968 – CFMV (Art. 3º “De competência privativa do médico veterinário...” · Saiu da indústria a responsabilidade é da vigilância sanitária. OBS: Inspeção X Fiscalização: Portaria SAR n º 17/2010 - 28/10/2010 (SANTA CATARINA) Inspeção: atividade privativa de profissionais habilitados... recebimento, manipulação, transformação, elaboração, preparo, conservação, acondicionamento, embalagem, depósito, rotulagem e trânsito. Fiscalização: servidores públicos com poder de polícia... verificação do cumprimento das determinações da legislação específica e dispositivos regulamentares. RIISPOA- INSPEÇÃO ABRANGE: 1) Higiene geral dos estabelecimentos; 2) Funcionamento dos estabelecimentos; (fluxo de plantas, etapas, áreas no estabelecimento para não ter contaminação cruzada (áreas limpas e áreas sujas).) 3) Água de abastecimento e águas residuais; (controle de cloro na água, Portaria 888.) 4) Exame ante e post-mortem dos animais; 5) Todas as etapas de produção e RTIQ; 6) Análises laboratoriais e PACs; 7) Embalagem e rotulagem; 8) Transporte (animais e POA); Funcionamento dos estabelecimentos: (frigoríficos) · Distantes de fontes produtoras do mau cheiro e inundações; · Afastado das vias públicas 5 metros na frente e entrada laterais para movimentação dos veículos de transporte; · Dependências principais separadas por paredes inteiras das que se destinam a lavagem de utensílios ou preparo de produtos não comestíveis; · Área suficiente para construção do edifício e demais dependências: industrialização (mínimo 20 m²), conservação, embalagem... · Refeitórios; · Sanitários, e vestiários separados (M E F); · Lavanderia (dentro do estabelecimento ou empresas contratadas; · Roupas adequadas, botas, toucas, luvas; · Pisos impermeabilizados,para facilitar a coleta das águas residuais e sua drenagem para a rede de esgoto; · Paredes e separações revestidas (mínimo 2 m), azulejos da cor clara; · Pé direito mínimo: 3,50 m nas dependências de trabalho, 3m nas plataformas, laboratórios e lavagem de utensílios, 2,80 nos vestiários e instalações sanitárias. · Luz natural e artificial abundante: aparelho Luxímetro que mede a intensidade da luz (500 lux na área de inspeção ou DIF; 300 lux na área de produção; 100 lux na área de armazenamento) · Controle de pragas; · Janelas teladas; · Portas abre-fecha; · Cortinas ou cortinas de ar; · Equipamentos e mesas de aço inoxidável; · Higienização, limpeza e sanitização. OBS: LEI Nº 1.283, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1950. Controle sanitária de POA Lei de dupla fiscalização: Art 6º É expressamente proibida, em todo o território nacional, para os fins desta lei, a duplicidade de fiscalização industrial e sanitária em qualquer estabelecimento industrial ou entreposto de produtos de origem animal, que será exercida por um único órgão. Parágrafo único. A concessão de fiscalização do Ministério da Agricultura isenta o estabelecimento industrial ou entreposto de fiscalização estadual ou municipal. Dois órgãos não podem fiscalizar juntos o mesmo estabelecimento diariamente, onde um atua o outro não pode interferir. Salvo em casos de ações em conjunto (programas de varreduras). Vigilância Sanitária - O que é? “O ato de observar ou examinar, sempre a busca de situações anormais que, de alguma maneira, condicionem ou impeçam o aproveitamento de matérias-primas e/ou produtos para o consumo humano”. (Ferreira et al., 2014) · Visa segurança alimentar; · Minimizar riscos à saúde pública; OBS: LEI 8.080/1990: Lei orgânica da saúde- SUS: Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; - VENDA DIRETA: peixarias, açougues, supermercados, restaurantes... Motivos de apreensões: · Produtos sem procedência; · Armazenamento adequado; · Embalagens violadas; · Ausência de rotulagem; · Fraudes; · Estabelecimento sem registro; · Sem inspeção sanitária. Produtos de origem animal: 1) Leite e produtos lácteos (lacticínios) · Leite in natura/ leite em pó; · Nata/ creme de leite / doce de leite/ leite condensado; · Iogurtes/ kefir e sorvetes; · Soro de leite (requeijão. Whey protein); · Manteiga; · Queijos. 2) Mel e derivados: · Mel líquido/ cristalizado/ em favos... · Cera de abelha; · Geleia real; · Pólen; · Própolis. 3) Ovos e derivados (ovoprodutos): · Ovos em pó; · Ovo líquido (integral, albúmen / clara, gema). 4) Pescados e derivados: · Pescado in natura; · Surimi (Kani); · Linguiças; · Fishburguer; · Atum e sardinha em conserva; 5) Carnes e produtos cárneos: · Salgados, curados, defumados, embutidos, enlatados... OBS: Inspeção não periódica (em abatedouros): Abates só podem ser feitos na presença de um medvet. Inspeção periódica: Feita uma vez por semana ou de acordo com o risco, feita em locais que beneficiam, mas não realiza o abate (como uma locação que recebe os ovos, rotula, faz pesagem e coloca a venda, porém não fabrica.) Exame ante-mortem: Primeiro filtro para a proteção do consumidor, é feito com os animais vivos, nos quais avaliam de forma visual: bem-estar, comportamento e sinais clínicos. Exame post-mortem: Avaliação de vísceras, carcaça e descontrole de qualidade.