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CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL Esta unidade de estudo objetiva que o estudante seja capaz de reconhecer que há diferentes fatores que determinam os temperamentos de personalidade do ser humano, e assim entender os processos de interação de cada um no grupo, as formas de gerir as diferenças e também reconhecer as relações de poder e de conflitos nas organizações, o que institui a cultura e o clima em uma organização. Por que cada um age e reage de um jeito? A personalidade e o jeito de ser das pessoas se formam dialeticamente. A filosofia apresenta 3 correntes e é seguida pela psicologia que apresenta 3 teorias sobre como as pessoas aprendem e se constituem. Não só aprendem conteúdos escolares, mas principalmente aprendem a “ser”, aprendem a cultura e aprendem conhecimentos desenvolvidos pelos seres humanos ao longo da história. Essas 3 teorias, pautadas nas correntes filosóficas, defendem, cada uma, determinada forma do ser humano “vir a ser”. TEORIA INATISTA – vem de Platão, as pessoas naturalmente carregam certas aptidões, habilidades, conceitos, conhecimentos e qualidades em sua bagagem hereditária. Tal concepção motivou um tipo de ensino que acredita que o educador deve interferir o mínimo possível, apenas trazendo o saber à consciência e organizando-o. "Em resumo, o estudante aprende por si mesmo", escreve Fernando Becker, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no livro Educação e Construção do Conhecimento (SANTOMAURO, 2010 [s/p]). TEORIA EMPIRISTA – vem de Aristóteles, embora as pessoas nasçam com capacidade de aprender, elas precisam de experiências ao longo da vida para que se desenvolvam. A fonte do conhecimento são as informações captadas do meio exterior pelos sentidos. Ideias como essa impulsionaram o empirismo, corrente favorável a um ensino pela imitação - na escola, as atividades propostas são as que facilitam a memorização, como a repetição e a cópia. (SANTOMAURO, 2010 [s/p]). TEORIA CONSTRUTIVISTA ou SOCIOINTERACIONISTA – vem de Hegel, Marx e outros. O século 20 nasceu com uma tentativa de caminho do meio para explicar o aprendizado: a perspectiva do interagir e do construir. De acordo com essa linha, o sujeito tem potencialidades e características próprias, mas, se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos, abrindo espaços e organizando ações), elas não se concretizam. Na psicologia contemporânea aproximam-se dessa teoria pesquisadores como Jean Piaget (1896-1980), Lev Vygotsky (1896-1934) e Henri Wallon (1879-1962). (SANTOMAURO, 2010 [s/p]). Assim, a partir da perspectiva sociointeracionista, as contribuições e visões das lideranças, principalmente as de escalas mais altas, e o reflexo dessas visões na percepção dos colaboradores acaba por instituir uma determinada cultura na empresa, e a interação entre as equipes de trabalho e suas relações com os gestores deflagram um determinado clima organizacional.
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