Buscar

Introdução ao Manejo do IAM na Emergência

Prévia do material em texto

1 INTRODUÇÃO DO MANEJO DO IAM NA EMRGÊNCIA 
INTRODUÇÃO: 
• Também chamado de Síndrome Coronariana Aguda. 
• Evento clínico ou patológico, no qual a isquemia miocárdica, leva a injúria do músculo cardíaco. 
• Dois grupos: IAMCSST e IAMSSST. 
• IAMCSST: Oclusão total da artéria, indo do epicárdio até o endocárdio, ou seja, lesão transmural. 
• IAMSSST: Oclusão foi parcial, o que faz com que o endocárdio sofra isquemia, visto que é uma área 
de menor irrigação. 
• Angina Instável: mesmas características de dores do IAM, com duração menor e não cursa com elevação dos 
marcadores de necrose miocárdica, porém no ECG é indistinguível do IAMSSST. 
ETIOLOGIA 
• Multifatorial. Evento de maior gravidade da doença coronariana e pode ser sua primeira manifestação. 
• A ruptura ou a erosão de uma placa aterosclerótica instável permite o contato direto de elementos 
trombogênicos contidos no cerne lipídico da placa com plaquetas circulantes e fatores de coagulação, 
desencadeando uma resposta trombótica por duas vias distintas. 
• Na primeira, a exposição da matriz subendotelial promove a adesão de plaquetas circulantes ao 
colágeno intersticial, culminando na ativação e na formação do trombo plaquetário. 
• Na segunda, que ocorre simultaneamente à formação do trombo plaquetário, a presença do fator 
tecidual na circulação sistêmica ativa a cascata de coagulação, promovendo maior síntese de 
trombina, o que confere maior estabilidade ao trombo. 
• Por fim, a formação do trombo intra-arterial leva à oclusão total ou parcial das coronárias, com ou sem 
vasoconstrição concomitante, causando uma grave e abrupta redução do fluxo sanguíneo. 
• Também pode ter etiologia não aterosclerótica, como dissecção, arterites, anomalias congênitas, ponte 
miocárdica, abuso de cocaína ou complicações de cateterismo cardíaco 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
• Dor precordial em aperto, duração prolongada (> 20 minutos) com irradiação para membro superior 
esquerdo, pescoço ou mandíbula, algumas vezes acompanhadas de outros sintomas, como náuseas, vômitos, 
dispnéia, dor epigástrica. 
• Sintomas atípicos: mais comum em idosos, nos quais é frequente a apresentação com dispnéia, e diabéticos, 
FATORES DE RISCO PARA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA 
• Hipertensão arterial 
• Diabetes mellitus 
• Tabagismo 
• HDL < 40 
• LDL aumentado 
• Idade: 45 anos; mulheres > 55 anos 
• História familiar DAC (parente de 1º grau): homens < 55 anos, mulheres < 65 anos 
• Obesidade 
• Sedentarismo 
INVESTIGAÇÃO 
• Investigar característica da dor: 
• Localização. 
• Irradiação. 
• Cronologia. 
• Fatores de melhora e de piora. 
• Intensidade. 
 
2 INTRODUÇÃO DO MANEJO DO IAM NA EMRGÊNCIA 
• Fatores associados. 
• Tipo 
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DO IAM (KILLIP) 
I.Sem sinais de Congestão 
II.B3 e/ou estertores basais 
III.Estertores em toda a extensão do pulmão 
IV.Choque Cardiogênico 
DIAGNÓSTICO 
• O ECG é um exame importante nos pacientes com SCA. Deve ser realizado em até 10 minutos do primeiro 
contato médico e imediatamente interpretado por um médico qualificado. 
• Na angina instável e no IAMSSST, anormalidades no ECG, como depressão do segmento ST ou sua elevação 
transitória e alterações de onda T, são achados frequentes. 
• Alterações dinâmicas durante o episódio anginoso são marcadores de mal prognóstico. 
• Já no IAMCSST, os achados característicos são o supradesnivelamento de ST persistente (> 20 min) em mais 
de uma derivação consecutiva ou novo bloqueio de ramo esquerdo (BRE). 
• Realização de ECG seriados. 
• O diagnóstico de SCA é clínico, baseado em história clínica e exame físico. 
• O ECG e os marcadores de necrose cardíaca são importantes para a definição terapêutica e a estratificação de 
risco. 
• Marcadores de lesão miocárdica 
• CK-MB: Sensibilidade de 97% e especificidade de 90%. Pode ser considerada no diagnóstico de IAM, 
quando seu valor está acima do limite superior da normalidade em duas amostras, ou acima de duas 
vezes o limite máximo em uma ocasião. Sua principal limitação é que pode elevar-se em lesões de 
tecidos não cardíacos. 
• Troponina é o marcador com maior sensibilidade e especificidade. Sua elevação reflete dano da 
célula miocárdica. Em pacientes com IAM, a elevação da troponina ocorre aproximadamente 4 horas 
após o início dos sintomas e pode persistir elevada por até 2 semanas. Com o advento da troponina 
de alta sensibilidade, observou-se aumento na detecção de infarto e queda no diagnóstico de angina 
instável. 
• Outras causas de troponina elevada: taquiarritmias, trauma cardíaco, insuficiência cardíaca, sepse, 
queimadura, embolia pulmonar, insuficiência renal, entre outras. 
ELETROCARDIOGRAMA 
• Mostra o tipo: IAMCSST e IAMSSST. 
• Evidencia as paredes isquemiadas (aquelas cujas derivações evidenciam a elevação de ST) 
• A artéria acometida 
• ECG de 12 derivações. 
• Sobre a elevação do seguimento ST: pode-se dizer que ela está presente quando ST ≥ 1 mm em duas ou mais 
derivações contíguas. Como exceção, em V2 e V3, a elevação deve ser ≥ 2,5 mm em homens < 40 anos, ≥ 2 
mm em homens ≥ 40 anos e ≥ 1,5 em mulheres. 
• Em pacientes com alterações em parede inferior (II, III e aVF), é importante realizar as derivações direitas 
(V3R e V4R) e da parede posterior (V7, V8) para verificar o acometimento do ventrículo direito e da parede 
posterior, respectivamente. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Dissecção aguda da aorta 
• Pericardite 
• Miocardite 
 
3 INTRODUÇÃO DO MANEJO DO IAM NA EMRGÊNCIA 
• Pneumotórax espontâneo 
• Embolia Pulmonar

Continue navegando