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( IST’s ) · Principais manifestações clínicas das IST’s: · Corrimento vaginal · Corrimento uretral · Úlceras genitais · Verrugas anogenitias ( Caso clínico 1 ) · ID: NFS, 18 anos, estudante universitário, solteiro · QPD: Dor para Urinar há 2 dias · HMA: Paciente refere disúria e polaciúria há 2 dias, associado à saída de secreção purulenta em canal uretral. · Relatou relação sem preservativo com parceira do sexo feminino, ocasional há 5 dias. · Ao exame: Corrimento amarelado/purulento espesso uretral. · Síndrome: uretrite · ( Uretrite/corrimento uretral )História clínica não muito complexa, focada · Corrimento Mucoide a purulento · Dor uretral (independente da micção) · Disúria e estrangúria (micção dolorosa e lenta, com bastante dificuldade) · Prurido Uretral · Eritema de meato uretral · ( Uretrite goncócica )Dividir em Uretrite gonocócica x Uretrite não gonocócica · Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram Negativo intracelular) · Muco purulento · Incubação 2 a 5 dias · Risco de transmissão 50% · Homens assintomáticos são menos de <10% (maioria sintomática), mulheres não ficam tão sintomáticas · ( Uretrite não goncócica )Os sinais e sintomas são determinados pelos locais primários de infecção: membranas mucosas da uretra (uretrite), endocervice (cervicite), reto (proctite), faringe (faringite) e conjuntiva (conjuntivite). · Principal agente: Chlamydia trachomatis · 50% dos casos de Uretrite não gonocócica. · Risco de 20% por ato sexual. · Período de incubação 14 a 21 dias. · Corrimento Mucoide discreto com disúria leve intermitente. · E a uretrite sintomatica em que a bacterioscopia pela coloracao de Gram, cultura e deteccao de material genetico por biologia molecular sao negativas para o gonococo. · Habitualmente não corada por gram porém denominda de gram negativo devido a fina camada de peptidoglicano. Um bacilo. · Pode evoluir para sindrome uretro-conjuntivo-sinovial ou sindrome de Reiter. · AGENTES MENOS FREQUENTES · Mycoplasma genitalium / Mycoplasma hominis · Ureaplasma urealyticum · Trichomonas vaginalis · Herpes simples · Pensar nestes agentes em casos de Uretrites Persistentes (sem melhora com tratamento inicial) · O M. genitalium não apresenta parede celular; portanto, antibióticos como os betalactamicos (incluindo penicilinas e cefalosporinas) não são eficazes. ( Métodos diagnósticos ) · Exame de urina (teste esterase leucocitária ou > 10 PMN / campo). – urocultura não auxilia muito nesse caso · Swab uretral e coloração gram da secreção · Detecção do agente por Biologia Molecular. · Cultura da secreção em meios específicos. · ( Tratamento sindrômico )O teste positivo de esterase leucocitaria na urina de primeiro jato, ou exame microscópico de sedimento urinário de primeiro jato, apresentando mais de dez leucócitos polimorfonucleares (>10 PMN) por campo, sugere presença de infecção, mas não define o agente infeccioso. · Ceftriaxona 500 mg IM, dose única – gonococo (gonorreia) · Azitromicina 500 mg 2 cp dose única – clamídia ( Além do tratamento antibiótico ) · Identificação de última exposição de risco ( <72 horas – avaliar PEP HIV). · Realizar investigação de parcerias sexuais. · Orientação e/ou tratamento oportuno das parcerias. · Orientação de pesquisa de outras ISTs. (hepatite B, hepatite C, HIV e síflis) · Encaminhamento para Centros de Referência ou especialista (Infectologista). ( Infecção por chlamydia e gonococo extragenital ) · Proctite: Desconforto anal, puxo, tenesmo, secreção mucopurulenta. Mais comum em HSH (homens que fazem sexo com homens) · Faringite: Assintomática em 90% casos · Conjuntivite gonocócica: Secreção purulenta e periorbital. * Autoinoculação ou fomites · Tracoma: doença inflamatória ocular, uma conjuntivite, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. ( Caso clínico 2 ) · ID: RGS, 28 anos, sexo masculino, corretor de imóveis, solteiro · QPD: Ferida no pênis há 1 semana · HMA: Paciente refere surgimento de lesão em corpo do pênis, há 7 dias, indolor, com bordas endurecidas. Refere ter percebido aumento de gânglios em região inguinal bilateral. · AS: HSH, sem parceiro fixo. Última exposição por sexo anal insertivo, com parceiro ocasional há 3 semanas, que conheceu em aplicativo de encontros. · Ao exame: · Borda endurecida e fundo da úlcera limpo ( Úlcera genital ) · Treponema pallidum ( Sífilis ) – Cancro duro · Haemophilus ducreyi ( Cancro Mole / Cancroide ). · HSV-1 e HSV-2 ( Herpes simples) · Chlamydia trachomatis sorotipos L1, L2 e L3 ( Linfogranuloma Venéreo). · Klebisiella granulomatis ( Donovanose) ( Sífilis primária ) · Local de inoculação do Treponema pallidum. · Incubação: 10 a 90 dias. · Indolor, base e borda endurecida e fundo limpo. · Resolução espontânea em 2 a 6 semanas. · Linfadenopatia regional. ( Cancro mole - cancróide ) · Haemophilus ducreyi · Lesões geralmente dolorosas e múltiplas. · Fundo heterogêneo, exsudato necrótico ou amarelado, com odor fétido. · Incubação 3 a 5 dias · 30 a 50 % dos casos atingem linfonodos inguinais ( bubão) ( Herpes simples genital ) · HSV-1 ou HSV-2 · Primoinfecção ou reativação. · Incubação 2 a 7 dias. · Vesículas agrupadas sobre base eritematosa. · Evoluem para pequenas úlceras arredondadas ou policíclicas. · Embora os HSV-1 e HSV-2 possam provocar lesões em qualquer parte do corpo, ha predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais. ( Linfogranuloma venéreo ) · Chlamydia trachomatis sorotipos L1,L2 e L3 · Fase de inoculação (pápula ou úlcera genital auto resolvida). · Fase de disseminação linfática (adenopatia inguinal geralmente unilateral). ( Donovanose ) · Klebisiella granulomatis · Crônica e progressiva · Período de incubação longo. · Ulceração borda plana ou hipertrófica e fundo granuloso. · Adenopatia é raro. ( Conduta ) ( Tratamento ) · Síflis: Penicilina Benzatina 1.200.000UI IM, em cada nádega (dose total 2.400.000UI) · Cancro mole: azitromicina 500mg 2 comprimidos Dose única. · Herpes simples: · Tratamento para lesões crônicas (mais de 4 semanas) – cobertura para LGV e Donovanose. ( Úlceras não IST ) · Erupção fixa a drogas · ÚLCERA DE BEHÇET · CARCINOMA ( Observações importantes ) · Avaliar período da última exposição – indicação de PEP Pep se menos de 72hrs. · Oferecer testes sorológicos (HIV/Hepatites e Sífilis se disponíveis). · Avaliar parcerias nos últimos 3 meses –propor tratamento se parceria presente. · ( Sífilis – a grande imitadora )Encaminhar para ambulatório especializado para seguimento ( Sífilis – terciária ) · Após período variável de latência ( 1 a 40 anos) · Inflamação que causa destruição tecidual. · Eventos raros devido a diagnóstico precoce e métodos diagnósticos estabelecidos e amplo uso de antibióticos. ( Sífilis – métodos diagnósticos ) · Exames diretos : Pesquisa direta do T. pallidum ( microscopia de campo escuro). · Exames indiretos: Testes sorológicos · Treponêmico: específico para sífilis. Não usa para controle terapêutico porque sempre irá positivar · Não treponêmicos: não específico para sífilis. Como é quantificado, é usado para controle terapêutico. O titulo deve abaixar com o tratamento · TREPONÊMICOS · Teste rápido Imunocromatográfico. · FTA-Abs. ( Fluorescent Treponemal Antibody Absorption) · TPHA (T. pallidum Haemagglutination test) · NÃO TREPONÊMICOS · VDRL ( Venereal Disease Research Laboratory). · RPR ( Rapid Plasma Reagin). · ( Observações importantes )Se tem clínica: primária, secundária e terciária. Se não tem clínica: latente · Risco de reação anafilática com Penicilina Be Benzatina é baixo ( 0,002%) · Necessidade de monitoração após tratamento com Teste NÃO Treponêmico trimestral até 1 ano · Se paciente do sexo feminino, avaliar risco de gestação · Oferecer outros testes sorológicos ( HIV/Hepatites se disponíveis).
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