Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Pernambuco Centro de Biociências Departamento de Biofísica e Radiobiologia BIODOSIMETRIA EXPERIMENTAL (PARTE 2 – Exercício de Intercomparação de Micronúcleos) Prof. Thiago Salazar Fernandes RECIFE – 2020 Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 2 INTRODUÇÃO O próximo exercício que faremos é o treinamento para reconhecimento de micronúcleos em células (linfócitos) binucleadas, para Biodosimetria. Sabe-se que às o tempo para responder a um acidente nuclear ou qualquer outra superexposição humana às radiações ionizantes é muito curto, uma vez que as vítimas passam a manifestar sinais clínicos e sintomas da Síndrome Aguda da Radiação (SAR), e se os indivíduos mais expostos não forem logo identificados, se as doses absorvidas não forem logo estimadas, e se a terapia das vítimas mais expostas não for logo iniciada pela equipe médica, as chances destes virem a sobreviver caem drasticamente. A utilização de biomarcadores citogenéticos, tais como as aberrações cromossômicas instáveis (dicêntricos, anéis e fragmentos) é de suma importância para a estimação exata da dose absorvida. Porém, este método é laborioso e de análise demorada como vocês puderam constatar, e quando se trata de exposições em massa a altas doses, faz-se necessário o uso de um método alternativo para triagens rápidas e seguras para identificar os indivíduos mais radioexpostos, mesmo que tal método não seja específico dos efeitos das radiações ionizantes. É neste sentido que iniciaremos agora o segundo exercício biodosimétrico envolvendo a idenfificação criteriosa de micronúcleos em células binucleadas. Fiquem atentos aos critérios de inclusão e de exclusão, tanto de células quanto de micronúcleos na contagem. Mãos à obra, biodosimetristas! Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 3 IMAGENS DE LINFÓCITOS A SEREM ANALISADOS PARA IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE MICRONÚCLEOS A partir da próxima página, analisem as células em telófase de um caso hipotético de suspeita de exposição excessiva às radiações ionizantes. Para contabilizarem de maneira correta, sigam os critérios abaixo, retirados do Projeto Micronúcleo Humano (FENECH et al., 2002): a) O diâmetro do micronúcleo usualmente varia entre 1/3 a 1/16 do diâmetro do núcleo principal (se postos virtualmente lado a lado, de 3 a 16 micronúcleos cobririam o diâmetro). A área do micronúcleo varia, por sua vez, de 1/9 a 1/256 da área do núcleo principal. b) Os micronúcleos não são refratáveis e podem ser distinguidos dos artefatos como partículas do corante; c) Os micronúcleos têm a mesma intensidade de coloração dos núcleos principais, mas ocasionalmente podem ter coloração mais intensa; d) Os micronúcleos possuem membrana separada da membrana nuclear, visível ao microscópio. Podem estar em contato com o núcleo principal, mas há delimitação da membrana do micronúcleo da membrana do núcleo principal; e) Os micronúcleos não estão conectados ao núcleo principal. Neste caso, contabiliza-se como bolhas nucleares (nuclear blebs), que lembram uma “verruga”. f) Ao final, é totalizado o número de células, número de micronúcleos (MN), nuclear blebs (NBleb), pontes internucleoplásmicas (PIN), e o total de células contadas. Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 4 Célula 1. Célula 2. Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 5 Célula 3. Célula 4. Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 6 Célula 5. Célula 6. Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 7 Célula 7. Célula 8. Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 8 Célula 9. Célula 10. Prof. Thiago Salazar Fernandes - UFPE 9 QUESTÃO 1: PREENCHA A FOLHA DE CONTAGEM CÉLULAS Número de Núcleos Normal MN NBUD PIN Nuclear blebs TOTAL MN = micronúcleos. NBUD = nuclear buds (botões nucleares) = amplificação gênica. PIN = pontes internucleoplásmicas. Nuclear blebs = bolhas nucleares.
Compartilhar