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HISTÓRIA - A primeira etapa do período colonial IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 21 59. UFCE Leia com atenção a citação seguinte: “A Celebração dos 500 anos do Brasil fortalecerá a idéia da pretensa obra colonizadora luso- tropical e permitirá que as elites nacionais reforcem os laços simbólicos com os dominadores do passado. Sobretudo, levará a que nosso povo, ao olhar-se no espelho da história, veja refletida apenas a falsa imagem de uma nação construída por brancos e ricos, para brancos e ricos.” MAESTRI, Mário. “500 Anos: faltam velinhas no bolo.” Reproduzido em MENEZES, Diatahy B. de. “Brasil 500 anos: há o que festejar?”. O Povo. 30 de maio 1999. Sobre a campanha de comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil, é correto afirmar que: a) é um empreendimento comercial que pretende gerar um fervoroso nacionalismo, ques- tionando o caráter pacífico da colonização e ressaltando a chegada dos portugueses como uma invasão; b) a chegada dos portugueses é resgatada como o início de um processo civilizatório que foi, aos poucos, incorporando pacificamente elementos da cultura africana; c) a contribuição de indígenas e africanos é mostrada como as mais fortes heranças cul- turais da colonização brasileira; d) a campanha ressalta os aspectos de etnocídio e escravidão que marcaram a coloniza- ção portuguesa no Brasil, derrubando os mitos a respeito de uma democracia racial nos trópicos; e) a campanha realça o papel dos portugueses na direção e organização da colonização brasileira, omitindo ou relegando a posições subalternas a presença de indígenas e africanos. 60. UFMS “Em 1992, por ocasião dos 500 anos da viagem de Colombo, houve intenso e extenso debate nas Américas e na Europa sobre o vocabulário adequado para descrever a chegada dos europeus ao continente. Uma crítica devastadora foi então feita ao uso da palavra “descobrimento”, ou “descoberta”, por representar um insuportável etnocentrismo europeu. De fato, só foi descobri- mento para os europeus. Aqui viviam, em 1492, cerca de 50 milhões de habitantes, não muito menos que a população da Europa.” CARVALHO, José Murilo de. Folha de São Paulo, 3/10/1999. Nestes últimos anos, o termo descobrimento voltou a ser empregado para anunciar as celebrações oficiais de 500 anos da chegada de Pedro Álvares Cabral do Brasil. Para os críticos atuais, o problema do uso do referido está no fato de que 01. falar em “descobrimento” implica dizer que as gentes e civilizações americanas só tinham passado a ter existência real após a chegada dos europeus. 02. falar em “descobrimento” implica dar um tom falsamente neutro a um processo que foi violento e genocida. 04. favorece a percepção de que a escrita da História é universal, da qual todos os povos participam. 08. o genocídio, que a palavra “descobrimento” oculta, não ocorreu em territórios da América Portuguesa, pois os povos indígenas ali encontrados não haviam produzido civilizações. 16. o genocídio, que a palavra “descobrimento” esconde, não ocorre na América Espa- nhola, pois os espanhóis construíram parcerias com os povos indígenas para a explo- ração do ouro. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. HISTÓRIA - A primeira etapa do período colonial IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 22 Essa ilustração, referente ao trabalho colonial, apresenta elementos humanos e materiais que permitem concluir que a atividade que está sendo realizada corresponde a) à torrefação de café; b) à fundição de metais preciosos; c) à fabricação de farinha de mandioca; d) ao preparo de pães; e) à produção de açúcar. 61. PUC-DF Observe a figura abaixo: 62. UFGO-PS “Os ritos semibárbaros dos Piagas Cultores de Tupã, e a terra virgem Donde, como dum trono, enfim se abriram Da cruz de Cristo os piedosos braços; As festas e batalhas mal sangradas Do povo americano agora extinto (...) Agora inúteis setas, vão mostrando A marcha triste e os passos mal seguros De quem, na terra dos seus pais, embalde Procura asilo, e foge o humano trato.” O trecho da poesia Os timbiras, de Gonçalves Dias, apresenta o índio como representante do povo americano e realça o sentido destruidor do contato entre os índios e europeus na América portuguesa. Relativamente a esse contato, sabe-se que ( ) a unidade cultural permitiu a articulação de formas de resistência, entre as várias tribos, como modo de conter o avanço da colonização sobre as terras indígenas. ( ) o índio esteve presente na imaginação européia, nos séculos XVII e XVIII, por meio dos relatos de viagens e da elaboração de utopias que criaram o mito do bom selvagem. ( ) o domínio da floresta, o conhecimento da fauna e da flora, o regime alimentar forma- ram um conjunto de conhecimentos que foram incorporados pelos colonizadores. ( ) no século XIX, o índio dominou a imaginação de nossos artistas, transformando-se em mito na obra de escritores românticos, como José de Alencar e Gonçalves Dias. Identificando-o como símbolo da nacionalidade, tais escritores deixavam de lado, quase sempre, o sentido destruidor da conquista européia. 63. U. Católica Dom Bosco-MS D. João III, ao implantar o sistema de capitanias hereditá- rias no Brasil, tinha como objetivo a) garantir a posse da terra, ameaçada pelos estrangeiros, principalmente franceses. b) estabelecer um governo centralizado, visando evitar as incursões inglesas no litoral. c) aplicar o capital português excedente em empreendimentos lucrativos além-mar. d) cumprir um acordo feito com a Espanha, para enriquecer a Península Ibérica através do açúcar brasileiro. e) ocupar o sertão brasileiro, disputado pelos espanhóis após o Tratado de Tordesilhas. Fonte: Inácio, I. C. e De Lucca, T. R. – Documentos do Brasil Colonial. SP. Ática, 1993.