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AP1 - GABARITO - EDUCAÇÃO E TRABALHO 2023 1

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AP1 - 2023/1 (SEM CONSULTA) 
DISCIPLINA: Educação e Trabalho (EAD8123) 
 
Coordenação: Prof. Dr. Dalton José Alves 
 
PREZADOS (AS) ALUNOS (AS), 
ESTA É A SUA PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL, DENOMINADA AP1, VOCÊ IRÁ ENCONTRAR 
2(DUAS) QUESTÕES DISSERTATIVAS, VALENDO 2,5 PONTOS CADA, E 5(CINCO) QUESTÕES 
OBJETIVAS, VALENDO 1.0 PONTO CADA, NESTA AVALIAÇÃO. 
ATENÇÃO AOS AVISOS: 
Orientações para as respostas das questões dissertativas. Estas devem conter alguns elementos básicos 
de um texto dissertativo, ou seja, devem apresentar uma redação clara, coerente e argumentativa com base 
nos estudos realizados na Disciplina. Devem evitar divagações que só servem para desviar e tangenciar 
do tema. Procure focar a discussão em torno do recorte temático objetivamente proposto. 
QUESTÕES DISSERTATIVAS 
QUESTÃO 01 = [2.5 pontos] 
Segundo o que foi estudado no Texto 05 – Manuscrito IV: “A origem, as 
contradições e o legado da escola pública para todos”, na época Moderna a nova 
relação que se estabeleceu entre ciência e técnica liga-se ao domínio dos códigos 
escritos e colocou como uma necessidade objetiva o problema da alfabetização de todos 
da sociedade, até dos trabalhadores. Por isso a burguesia levantou a bandeira da 
escolarização universal, gratuita, obrigatória e leiga, ou seja, a escolaridade básica 
deveria ser estendida a todos. 
➢ Considerando estas ideias, como um ponto de partida, redija um texto dissertativo 
com uma exposição mais detalhada sobre as razões que deram origem à escola 
pública na época Moderna. 
GABARITO: 
A Revolução Industrial, na época Moderna, estabeleceu uma nova relação entre ciência e técnica, com 
mudanças tão profundas e inéditas na história, portanto, revolucionárias, onde a “ciência pura”, antes 
intelectual e apenas teórica, converteu-se em ciência “prática” aplicada à produção – tecnologia – uma 
vez que as máquinas usadas nas indústrias são projetadas e criadas com base nos conhecimentos da física, 
matemática, química etc. ou seja, com base em conhecimentos científicos. Porém, isto trouxe o problema 
de como capacitar a mão-de-obra adequada para operar todo o maquinário das indústrias. Precisava-se de 
um trabalhador de novo tipo. Um trabalhador que soubesse ler, escrever e calcular minimamente segundo 
as regras da ciência. Isto, porque, não existe ciência oral, conforme afirma Saviani, “a ciência implica em 
registro escrito”, portanto, ao incorporar a ciência à produção, coloca-se a exigência do domínio da 
escrita. Liga-se a isto, também, as novas formas de vida social e econômicas que passaram a centrar-se na 
vida urbana e não mais rural. A passagem do campo para a cidade e da agricultura para a indústria; o fim 
Nome: 
Matrícula: Polo: 
do trabalho servil, substituído pelo trabalho livre e assalariado; o fim da Monarquia e a criação da 
República, isto é, a mudança do poder, antes centralizado na figura do Rei para o poder baseado em 
instituições como o poder judiciário, legislativo e executivo e nas leis (Constituição, contrato, carteira de 
trabalho, direito de propriedade etc.), todos esses fenômenos colocaram a necessidade do domínio dos 
códigos escritos, antes restrito à classe economicamente dominante, mas agora disponível para todos os 
membros da sociedade, não importando a classe social. 
“Assim, neste contexto, aos poucos é que a escola irá se converter na principal forma de educação 
da maioria em substituição a educação empírica e espontânea das épocas anteriores, nas quais a 
educação escolar estava restrita aos nobres e aristocratas. Atualmente a educação escolar é tão 
natural e óbvia que muitos nem têm a noção de que nem sempre ela foi uma necessidade para 
todos da sociedade” (Texto 05. Manuscrito IV, p. 03) 
 
 
 
QUESTÃO 02 = [2.5 pontos] 
Considerando o que foi estudado no Texto 05 – Manuscrito IV: “A origem, as 
contradições e o legado da escola pública para todos”, analise a parte citada a seguir, 
segundo a qual: 
A escola ao surgir no cenário das Revoluções Burguesas como uma 
necessidade objetiva e erigindo-se na forma principal de educação 
para todos, para desenvolver o domínio do saber ler, escrever e contar, 
bem como dos conhecimentos científicos e teóricos, apareceu como 
uma grande conquista, o que de fato foi, mas não sem contradições e 
limites (p. 04). B 
➢ Em relação aos trabalhadores, como a burguesia considerou o papel e a participação 
dos trabalhadores ao projetar e elaborar sua concepção de escola pública para todos 
no período Moderno? 
GABARITO: 
O aspecto contraditório da escola pública em relação aos trabalhadores é que se por um lado isto 
representou um enorme ganho para a classe trabalhadora na história, a qual passou a poder ter acesso ao 
conhecimento sistematizado, bem como aos meios de produção desse saber, ao aprender a ler e escrever, 
portanto, passando também a poder expressar sistematicamente por si mesmo a sua própria concepção de 
mundo, sendo isto uma forma de democratização do acesso ao saber socialmente produzido pela 
humanidade. Por outro lado, devido a forma como a escola pública foi estruturada para as classes 
populares, o acesso a esse saber é sabotado de muitas maneiras. Seja devido o acesso restrito ao conteúdo 
do saber sistematizado disponibilizado pela burguesia em doses homeopáticas, bem como pela formação 
deficitária no domínio do saber ler e escrever. O domínio dos códigos escritos, sabe-se, é algo que se 
aprende sistematicamente, não é natural, e, ao mesmo tempo, é a condição de todos os demais 
aprendizados em relação aos conhecimentos científicos e teóricos. Toda precarização do processo de 
alfabetização implica, necessariamente, no impedimento da democratização do acesso ao saber, portanto, 
na elitização do conhecimento. 
Como isto é feito concretamente pela burguesia? Para isto a burguesia projetou “organizar um tipo de 
escola para a classe trabalhadora, por quem não é trabalhador, mas dele precisa. Assim, essa escola foi 
planejada e oferecida aos trabalhadores, em sua forma e conteúdo, de acordo com as necessidades dos 
seus idealizadores”, ou seja, a partir dos interesses da burguesia. (p. 04). 
Trata-se de uma escola pensada PARA e não COM a classe trabalhadora. A opinião dos trabalhadores 
sobre a melhor escolarização que lhes convinha não foi considerada pela burguesia. Para a burguesia o ser 
que trabalha, o trabalhador, é concebido apenas como mão-de-obra útil ao capital, em detrimento de 
quaisquer outras necessidades (humanas) que essa classe possa pleitear. Enfim, a proposta da escola 
pública para os trabalhadores, se ela é pública de direito, de fato, ela está restrita a atender aos interesses 
do mercado, da burguesia. Portanto, 
“A Modernidade capitalista e burguesa, já na primeira Revolução Industrial, lança as bases do 
que seria uma nova Scholé, criando duas modalidades distintas de educação escolar, uma 
não tendo ligação com a outra. Tratou-se/trata-se de uma escola pública para todos, mas não do 
mesmo tipo para todos, trata-se de uma escola de tipo dualista, isto é, uma escola de excelência 
para os ricos e outra escola de qualidade inferior (ou com a qualidade que interessa ao sistema) 
para a classe trabalhadora” (p. 05). 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
QUESTÃO 03: [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
Segundo Frigotto (Texto 01: “Trabalho”), sob a concepção ontológica ou ontocriativa, o 
trabalho, é... 
▪ Assinale V(verdadeiro) ou F(falso) nas alternativas que completam a frase supracitada: 
( ) um processo que permeia todo o ser do homem e constitui a sua especificidade; 
( ) uma atividade laborativa, emprego, voltada para a produção de mercadorias; 
( ) uma atividade dedicada à produção de todas as dimensões humanas; 
( ) uma atividade que responde à produção de elementos necessários e imperativos à vida 
biológica e cultural dos seres humanos; 
( ) uma atividade que na história sedefine pelo estigma da exploração do homem sobre o 
homem (escravismo, servidão, trabalho assalariado); 
GABARITO: V-F-V-V-F 
 
QUESTÃO 04: [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
Com base no Manuscrito II (ALVES, Texto 03: “A origem do trabalho como exploração – 
trabalho alienado”). 
▪ Assinale V(verdadeiro) ou F(falso) sobre “como se forja o ser alienado”: 
( ) O ser alienado surge a partir do momento que o trabalhador passa a não mais reconhecer no 
processo de trabalho que realiza a fonte e base da sua existência; 
( ) Se forja a partir da divisão do trabalho entre proprietários e não-proprietários, ou, entre 
quem executa e quem controla do trabalho; 
( ) Alienado é todo ser humano que precisa trabalhar para um outro para sobreviver, isto é, 
aquele que precisa vender, por um salário, a sua capacidade física e/ou intelectual de trabalhar; 
( ) Para o ser alienado o trabalho é a satisfação de uma carência. E mais ainda: é um meio para 
satisfazer necessidades dentro dele. Daí o caráter humanizador do trabalho nas condições atuais; 
( ) O ser alienado é um indivíduo que ao vender sua força de trabalho, se transforma em fator 
de produção, perdendo, junto com o controle do processo e do produto do trabalho, o controle 
sobre si mesmo; 
GABARITO: V-V-V-F-V 
 
QUESTÃO 05: [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
Considerando a dependência inevitável entre trabalho e educação na história nos primórdios da 
humanidade, conforme visto na Unidade II: “Gênese Histórica e Conceitual da Educação e da 
Escola”, assinale V(verdadeiro) ou F(falso) nas alternativas abaixo: 
( ) a educação é necessária no processo de trabalho como meio de passar para as novas 
gerações os conhecimentos desenvolvidos pelas gerações anteriores, tendo em vista a 
perpetuação da espécie humana; 
( ) a educação tinha, nos primórdios da humanidade, a função de adaptar os seres humanos à 
natureza do melhor modo que fosse possível; 
( ) no momento em que o homem surgiu no universo, surgiu também a educação; 
( ) além de todos os objetos e técnicas que desenvolveu (trabalho), o homem criou maneiras de 
transmitir e ensinar o que criava (educação); 
( ) no momento em que surge o homem, surge a questão dele se formar a si mesmo, dele se 
constituir a si mesmo, dele se produzir a si mesmo e do aprendizado das formas de sua própria 
produção. 
GABARITO: V-F-V-V-V 
 
QUESTÃO 06: [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
Ainda na Unidade II: “Gênese Histórica e Conceitual da Educação e da Escola”, foi estudado 
que apesar de na origem da humanidade não ser possível separar o processo de trabalho da 
educação, nessa fase ainda não existia a escola, existia educação, mas não existia escola, 
conforme afirmado por Saviani. Porém, quando surge a escola, essa se estrutura com base numa 
ruptura radical, pela raiz, entre o processo trabalho e a educação. 
Assinale V(verdadeiro) ou F(falso) nas alternativas abaixo sobre essa ruptura: 
( ) a razão fundamental da ruptura entre trabalho e educação na história, causada pela invenção 
da escola, se deve ao surgimento da propriedade privada dos meios de produção; 
( ) a ruptura principal entre trabalho e educação é a dualidade estrutural entre educação 
profissionalizante e ensino regular; 
( ) com o surgimento da propriedade privada os proprietários privados tiveram mais tempo 
livre e criaram a escola para desenvolverem os conhecimentos próprios da própria classe; 
( ) na escola (scholé) das origens desenvolve-se duas modalidades de ensino diferenciadas uma 
dos homens livres, voltada para dirigir o trabalho da razão e outra dos trabalhadores, voltada 
para dirigir trabalho das mãos. 
( ) A escola nasce com uma marca congênita baseada na divisão entre trabalho intelectual e 
trabalho manual, resultante da divisão de classe da sociedade entre proprietários e não 
proprietários. 
GABARITO: V-F-V-F-V 
 
 
QUESTÃO 07: [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
No Texto 08, do Cronograma, apresenta-se uma resenha comentada da obra clássica de Comenius 
“Didática Magna: tratado da arte de ensinar tudo a todos”. O autor da “Didática Magna” é 
reconhecido, dentre outras coisas, como representante da instrução pública, apresenta uma proposta bem-
sucedida historicamente de organização da escola, que deveria ser pública e acessível a todos. Essa 
educação deve ser universal. Em seus próprios termos, dizia: “Importa agora demonstrar que, nas 
escolas, se deve ensinar tudo a todos” (Texto 08, p. 07). Porém, o que significa esse TUDO ao qual se 
refere o autor, que, nas escolas, se deve ensinar e aprender? E esse TODOS aos quais se destina esse 
ensino, quem são? 
▪ Assinale (V)verdadeiro ou (F)falso nas respostas a esta pergunta conforme alternativas: 
1. ( ) Isto não significa exigir a todos o conhecimento de todas as ciências e de todas as artes, e sim, 
que se ensine a todos a conhecer os fundamentos das coisas principais, das que existem na natureza 
como das que se fabricam; 
2. ( ) Esse todos ao qual se refere o autor, pelo contexto da época, século XVII, dizia respeito a todos 
os burgueses, os quais estavam em plena luta por sua emancipação social; 
3. ( ) Devem ser enviadas à escola crianças de ambos os sexos, ricas ou pobres, nobres ou plebeus e 
até os débeis mentais devem ser educados; 
4. ( ) Quanto mais rude a pessoa, mais deve ser ajudada: não é possível encontrar um espírito tão 
infeliz, a que a cultura não possa fazer alguma melhoria. Por esta mesma razão, deve-se instruir 
inclusive as mulheres e os operários; 
5. ( ) Ao contrário das ciências e dos livros, os conteúdos principais devem ser aqueles relacionados à 
vida prática e cotidiana: noções de economia, política, iniciação profissional etc., pois, “somos 
colocados no mundo, não somente para que nos façamos de espectadores, mas também de atores”; 
 
GABARITO: V-F-V-V-F

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