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RINOSSINUSITES Inflamação que pode ser infecciosa ou não Todo processo inflamatório da mucosa de revestimento da cavidade paranasal CLASSIFICAÇÃO Aguda: até 4 semanas Subaguda: percorre o tempo entre 4 semanas e 12 semanas; pode ser rinossinusite aguda mal tratada Aguda recorrente: quadro de sinusite aguda que acontece a aguda, melhora, passa um tempo, etc. Pelo menos 4 episódios em um intervalo de 1 ano. Este é o primeiro critério para encaminhar ao otorrino Crônica agudizada: tem a sinusite crônica; acima de 3 meses (12 semanas) FISIOPATOLOGIA O tratamento tampona a fisiopatologia Obstrução do óstio sinusal; há os meatos, sendo o médio o mais importante, onde tem a drenagem dos seios paranasais. Quando tem obstrução do óstio do conduto, armazena a secreção dentro do seio anterior, seja ele frontal, maxilar, etmoidal ou esfenoidal (sinusite mais complicada). Isso causa redução de oxigenação, por conseguinte e pelo acúmulo de secreções há redução do batimento ciliar Há milhares de cílios para tirar secreção do seio ou via aérea, quando há acúmulo de secreção, a movimentação ciliar fica mais lenta por processo mecânico A hiperestimulação pode se dar por fator viral, bacteriano ou alérgico. Pode começar a rinossinusite bacteriana sendo conseguinte a uma sinusite viral; depois da melhora, apresenta novamente os sintomas Vasodilatação é provocada pelo fato do tecido estar inflamado, há a inflamação da mucosa e ocorre a vasodilatação, causando eritema, por exemplo. Ela acentua os sintomas de deposição e secreção de muco Etiologia viral, bacteriana, alérgica; independente da etiologia o mecanismo é o mesmo, vem após resfriado ou rinossinusite viral DIAGNÓSTICO Clínico, porém, podemos lançar mão de exames subsidiários Entre os exames subsidiários, podemos contar com: endoscopia nasal, RX de seios da face (valor de diagnóstico irrelevante; para diagnóstico de rinossinusite está proscrito, não devendo solicitar; para fins de estudo e confirmar alterações ainda é realizado). No caso da rinossinusite crônica, pode solicitar o raio x para tentar identificar variação anatômica ou estrutural patológica Dupla piora dos sintomas: a linha fisiopatológica teve agente etiológico, evoluiu com a doença, melhorou, passou alguns dias os sintomas voltaram de forma pior que estava antes; convalesce e piora. Nesse caso, pensar em rinossinusite bacteriana O tratamento em primeiro momento é medida de suporte A grande maioria dos casos melhora de forma espontânea, sem a necessidade de entrar com antibiótico SINTOMAS Rinorreia, dor facial, tosse, obstrução nasal, hiposmia/anosmia (ausência do olfato), halitose, cacosmia (sentir cheiro ruim ao puxar o ar) CRITÉRIOS PARA SINUSITE BACTERIANA Piora dos sintomas; o paciente convalesce e piora Febre superior a 38º Ter apresentado a doença anteriormente Presença de alteração estrutural, como pólipos, desvio de septo TRATAMENTO Medidas suportivas (hidratação, umidificação ambiental, redução de fatores alérgenos) Lavagem nasal com solução fisiológica 0,9%; com uso de seringa 20 ml para adultos Descongestionantes: usados a depender da intensidade dos sintomas; se houver queixa, pode usar a Nafazolina, que tem como mecanismo de ação a vasoconstrição que atua na mucosa, e isso ocasiona o alívio dos sintomas. Por ser vasoconstritor, é alfa 1, mas sua meia vida é curta. Efeito colateral importante: como impede o transudato sair do meio intersticial e ir ao interstício gerando edema, a célula fica ingurgitada e o vaso que recebe muita pressão sanguínea, segura a pressão dos líquidos em suas partes posteriores, ao acabar o segundo ciclo, vasodilata, e ocorre secreção em dobro, logo os sintomas pioram, fazendo com que o paciente use novamente. Posologia: 0,5 mg/ml, 1 gota em cada narina de 8/8h A Nafazolina pode ulcerar a mucosa, já que há vasoconstrição, gerando hipóxia, anóxia e cianose. Pode causar ainda distribuição sistêmica da droga, gerando hipertensão, taquicardia, angina Fluticasona 50 mcg/dose; aplicar 02 jatos de 12/12 horas por 5 dias; pode ser usado qualquer corticosteróide spray, sendo uma droga com ação que apesar de ser corticóide, sendo ele via local causa ação anti inflamatória que é pouco distribuída a nível sistêmico, havendo redução de seus efeitos. Mometasona e betametasona também podem ser usados RINOSSINUSITE BACTERIANA- TRATAMENTO Rinossinusite aguda (atb de primeira opção): Amoxicilina; mais de 90% dos casos é causada por Pneumococo, Haemophilus Influenza, Moraxella catarrhalis Rinossinusite aguda (atb de segunda opção): Amoxicilina com clavulanato de potássio, Cefuroxima axetil, Cefprozil Rinossinusite aguda, paciente alérgico à penicilina e/ou cefalosporina: Claritromicina, Clindamicina, Gatifloxacina, Moxifloxacina Rinossinusite crônica: Amoxicilina com clavulanato de potássio,Cefuroxima axetil, Cefprozil, Clindamicina Levofloxacino 500 mg 01 cp, 12/12h, 7-10 dias Doxiciclina 100 mg, 1 cp de 12/12h, 7-10 dias COMPLICAÇÕES Orbitárias: celulite periorbitária pela proximidade dos seios acometidos (frontais, maxilares e etmoidais). A glândula drena no meato, a bactéria pode colonizar, ascender a infecção e ocasionar a celulite periorbitária. Deve drenar, pode causar alteração da motricidade ocular Sinais de alarme: sintomas fora do aparelho respiratório superior, como diplopia, cefaleia em escala da dor superior a 7 (dor não responsiva a analgésico simples como dipirona e paracetamol), edema periorbitário, hiperemia periorbitária e alterações aos exames dos pares cranianos Intracranianas: associadas aos seios etmoidal e esfenoidal por conta da continuidade da calota craniana. As complicações são relevantes e importantes Abscesso peri epidural, meningite e trombose no seio sigmóide; são complicações que vêm da migração do patógeno para os espaços intracranianos Sintomatologia: edema, hiperemia, atividade óculo motora, cefaleia 7/10 ou mais que não melhora com analgesia simples, sinais meníngeos Ósseas: é a mais comum, mas a mais difícil de ser tratada; osteomielite (infecção do osso) São raras QUANDO ENCAMINHAR Rinossinusites intermitentes Alterações estruturais documentadas, como pólipos, desvio, hipertrofia da adenoide Internações prévias pela doença
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