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Compensação da jornada. Modalidades. Antes de mais nada, importa dizer que o art. 4º da CLT, com a redação dada pela Lei n. 13.467/2017, afirma em seu § 1º que computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os 33 períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente de trabalho. Importa destacar que por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapassado o limite de 5 (cinco) minutos, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, como por exemplo práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividade de relacionamento social, higiene pessoal, troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. O regime de compensação de horário é permitido pelo § 2º do art. 59 da CLT, o qual tem assento no Texto Constitucional, como se extrai do art. 7º, XIII, sendo que tal sistema é a distribuição de horas que excedam a jornada diária em outras jornadas, de maneira que seja mantido o limite semanal de 44 horas, não podendo, ainda, ultrapassar o limite máximo de 10 horas diárias, sendo que estas horas de compensação não são remuneradas como extras. Ora, a Constituição admite a compensação e horários mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho e isso é mais do que evidente. Não obstante, o regime compensatório denominado banco de horas pode ser instituído por negociação coletiva, sendo certo que na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão, e não como o valor da hora à época de sua realização. Segundo o § 5º do art. 59 da CLT, o banco de horas poderá ser estabelecido por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses, sendo certo, ainda, que é lícito o regime de compensação de jornada por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação do mesmo mês. Seguindo, o art. 59-A estabelece que, como exceção, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e 34 seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. A remuneração mensal pactuada pelo horário citado abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da norma laboral. O art. 59-B estabelece que o não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adiciona, sendo que a prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas, o que, para nós, deixa superados alguns aspectos da Súmula 85 do TST. Como visto, as normas acima afetarão, de forma sensível, a jurisprudência consolidada do TST, ademais se considerarmos o disposto no art. 8º, §2º da CLT: “Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei”. No entanto, fazemos parte da corrente que defende a segurança jurídica, de modo que as novas disposições, embora tenham aplicação imediata, devem ser respeitos o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido e, nos parece, ser o mais adequado no Estado de Direito que vivemos e o TST já demonstrou que segue o particular, como se extrai da Súmula 191 do TST
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