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Autônomo O trabalho autônomo é caracterizado pela ausência de subordinação na relação entre os contratantes, isto é, o trabalhador autônomo realiza suas atividades sem qualquer tipo ou viés de subordinação com relação ao contratante e sem alteridade (o trabalhador assume os riscos da atividade). Na CLT, temos o art. 442-B tratando do tema, como passamos a expor. Diz a CLT que “A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as 41 formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação”. Note que não é vedada a celebração de contrato com cláusula de exclusividade no contrato de prestação de serviços com autônomo. Por outro lado, não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º da CLT o fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços, vez que o mais relevante, no fundo, é a questão da subordinação, até porque exclusividade não é um dos elementos caracterizadores da relação de emprego. Com efeito, o autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como autônomo. A lei é clara ao afirmar “com ou sem exclusividade”, exatamente para afastar a ideia de vínculo se for o fundamento da exclusividade. Porém, presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício, o que nos afigura indubitável, tendo em vista o disposto no art. 9º da CLT, que afirma ser nulo de pleno direito todo e qualquer ato que vise impedir, fraudar ou desvirtuar os preceitos contidos na norma laboral, tendo em vista o princípio da primazia da realidade, que nos leva, inexoravelmente, ao contratorealidade
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