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Isabela Paniago Sousa – P3 AINES INFLAMAÇÃO - REVISÃO INATA = inespecífica, responde a qualquer agressor da mesma forma • Barreiras naturais: pele, pelos, secreções, saliva • Inflamação quando invade essa barreira Inflamação = atinge leucócitos na inata e mecanismo de defesa no nosso corpo. Mas não é bom quando esse processo é causador da doença quando é excessiva ADQUIRIDA = linfócitos, e imunossupressão, especifica, diferencia linfócitos específicos para aquele antígenos Resposta Celular: patógeno intracelular Humoral: produz anticorpos e por conta da degranulação INFLAMAÇÃO Resposta celular: vasodilatação para chegada de novas células, função de mediadores produzidos por essas células PROCESSO INFLAMATÓRIO Resposta celular e vascular Isabela Paniago Sousa – P3 Metabolismo, fisiológica e imunológica Característica: recrutamento de mais leucócitos que atraem mais células para aquela região Resposta importante para restauração tecidual *Imediata (neutrófilo e modula com AINES) – impede mediadores inflamatórios Atração de células ao local Macrófagos fagocitam tecido morto Sinais da inflamação: • CALOR • RUBOR • TURGOR • DOR • PERDA DE FUNÇÃO ATUAÇÃO DOS FÁRMACOS Citocinas inflamatórias Célula do tecido no tecido lesado ativa o processo inflamatório. Essas células quando sofre ativação ativa uma cascata de reações químicas • Ativação de fosfolipases (A e C) quebrando fosfolipídios de membrana convertidos em Ac. Araquidônico (precursores de eicosanoides – prostaglandina, tromboxano e leucotrieno) Em determinado estimulo, o receptor liga a célula • Ácido araquidônico sofre ação de enzimas para formar eicosanoides Ac. Araquidônico pode ir para 2 vias: 1. Sofre ação de ciclo-oxigenases e forma prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos sofrer ação do tromboxano cliclase a. COX-1: Manutenção da homeostasia por meio da manutenção do fluxo renal e gastrintestinal, proliferação da mucosa intestinal, função plaquetária e anti-trombogênese b. COX-2: atividades de inflamação, febre, dor, transdução de estímulos dolorosos, mitogenese, deposição de osso trabecular, ovulação, placentação 2. Sofrer ação de lipo-oxigenase forma leucotrinenos e lipoxinas AINES: • Apresenta propriedades anti-inflamatórias, antipiréticas e analgésicas combinadas • Inibição da produção de eicosanoides pro- inflamatorios mediada pela cox, bem como na limitação da extensão da inflamação, febre e dor • A atividade antipirética = redução de níveis de PGE2 • Não revertem necessariamente nem produzem resolução do processo inflamatório • Todos atuam como inibidores competitivos e reversíveis da ciclo- Isabela Paniago Sousa – P3 oxigenase, exceto a aspirina (ácido acetilsalicitilo) • Tradicionais inibem tanto COX-1 quanto COX-2. = com o uso deles as funções citoprotetoras dos produtos eicosanoides da cox-1 são eliminadas • Afeta a regulação dos rins PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS EICOSANOIDES PGs: sintetizados pela maioria dos tecidos, principalmente rins • Eventos fisiológicos: estimula a contração uterina, efeito diurético, proteção gástrica e inibição da agregação plaquetária • Cicloxigenase na proteção gástrica • Indução da resposta inflamatória: vasodilatação, edema, potencializa o efeito da bradicinina ao sensibilizar nociceptores, indução da febre LTs: sintetizados pelos leucócitos e plaquetas, no coração e pulmões • Mediador inflamatório • Atua na liberação de enzimas lisossômicas, induz adesão e aumenta a quimiotaxia dos leucócitos PMN • Resposta inflamatória: rinite alérgica e asma brônquica TXs: sintetizado primariamente pelas plaquetas • Mais tromboxanos mais predisposição a trombo • Promove agregação plaquetária • Vasoconstrição • Redução do fluxo sanguíneo renal MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO Sensibiliza os nociceptores ANTI-INFLAMATÓRIOS Agente agressor ativação de fosfolipases que convertem fosfolipídios de membrana em acido araquidônico, o qual sofrendo ação de enzimas (COX-1 e 2 e lipoxigenase) ativa prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos. Anti-inflamatórios não-esteroideis Indicações: • Dores inflamatórias • Queixa musculo-esquelética • Propriedades anti-inflamatoria, analgésica e antitérmica Efeitos indesejáveis significativos • Máximo 15 dias • Não usar de forma crônica Classes de anti-inflamatórios: Efeito anti-inflamatório • Bloqueio da COX-2 • Menos PGE • Menos vasodilatação • Redução da resposta inflamatória Isabela Paniago Sousa – P3 Efeito antipirético • Citocinas atuam sobre o hipotálamo, ativando COX-2 e a síntese de PGE, tendo alteração do set point hipotalâmico: ajuste de temperatura normal para uma mais elevada • Transpira mais após tomar, para dissipar o calor • Retorna o set point a normotermia, ele é reduzido Pq sente frio? Temperatura mais alta e o ambiente termoneutro passa a ser frio, pois a temperatura interna está mais alta Hipertermia = aumento da temperatura corporal, fator externo influencia -Efeito analgésico • Pg sensibilizam os nociceptores, ficando mais fácil ativar potencial de ação (diminui o potencial), estímulos então geram PA e consequentemente dor • Alodinia: estimulo que não causa dor, mas gera dor pq a região está cheia de mecanismos inflamatórios (SIMPLES TOQUE) – mais sensível a ação mecânica • Hiperagisia • Nem todo analgésico é anti-inflamatório, e todo anti-inflamatório é analgésico • EX: morfina não é anti-inflamatório mas é analgésico, atua em outras vias Efeitos terapêuticos X Efeitos adversos Induzir a síntese de COX-2 PG da cox 1 – muco do gastro PG da cox 2 – processo inflamatório Não são seletivos, inibem tanto COX-1 e a COX- 2. PGs: importantes fisiologicamente • Proteção da mucosa gástrica Bloqueio de forma não seletiva • Cox-2 aefeitos anti inflamatório, • Formação de ulceras, nefropatias e predisposição a hemorragias • Aspirina não pode ser usada em dengue, induz a dengue hemorrágica Isabela Paniago Sousa – P3 Classificação dos fármacos para a COX • Aspirina mais seletiva para COX-1, anticoagulante até menores gramas • AS infantil para cardiopatas, menos tromboxanos, sangue menos viscoso, sangue circula mais fácil • Nimesulida e Ceflocanato mais seletivo para COX-2 • COX-2 seletivos = coxibes o Efeito anti-inflamatorio e analgésico e isentos aos efeitos colaterais no TGI o Menor inibição da agregação plaquetária o Não causa ulcera e hemorragia o Predispõe o paciente a risco de trombose e risco de patologias cardiovasculares o PQ? Todo acido araquidônico vai para a CO!, muito tromboxanos e maior formação de coágulos e vasoconstrição o Paciente idoso = CUIDADO = USAR MENOR TEMPO POSSÍVEL o Insuficiência renal e cardíaca, trombose, aterosclerose, edema e hipertensão Representantes de coxibes • Isabela Paniago Sousa – P3 LEITURA DO LIVROS AINES: • Inibidores seletivos da COX-2: o Aumentam a incidência de edema, hipertensão, infarto do miocárdio o Celecoxibe e meloxicam o O acido acetilsalicílico acetila e bloqueia irreversivelmente a COX das plaquetas o Não afetam a função plaquetária quando administrados em doses habituais o Os dados clínicos disponíveis sugerem uma maior incidência de eventos trombóticos cardiovasculares associados aos inibidores da COX-2, como rofecoxibe e valdecoxibe, o que levou à sua retirada do mercado. • Diminuem a sensibilidade dos vasos sanguíneos à bradicinina e a histamina • Afetam a produção de linfocinas pelos linfócitos T • Revertem a vasodilatação da inflamação Todos os AINES mais recentes são: • Analgésicos • Anti-inflamatorios• Anti-pireticos • Todos inibem a agregação plaquetária (exceção dos agentes seletivos da COX- 2) Todos os AINES são: • Irritantes gástricos • Associados á ulceras e sangramento GI • Nefrotoxicidade, devido a interferência da autorregulação do fluxo sanguíneo renal modulada pelas prostaglandinas • Hepatotoxicidade d) EFEITOS ADVERSOS No sistema nervoso central: • Cefaleias • Zumbido • Tontura • Raramente meningite asséptica Cardiovasculares: • Retenção hídrica • Hipertensão • Edema • Raramente infarto do miocárdio • Insuficiência cardíaca congestiva Gastrintestinais: • Dor abdominal • Displasia • Náuseas • Vômitos • Raramente ulceras e sangramento Hematológicos • Raramente trombocitopenia • Neutropenia • Anemia aplasica Hepáticos: • Provas de função hepáticas anormais • Insuficiência hepática (raramente) Pulmonares; asma Cutâneos: exantemas de todos tipos e prurido Renais: • Insuficiência renal • Falência renal • Hiperpotassemia • Proteinúria a. Classificação. Isabela Paniago Sousa – P3 Cinco grupos principais de fármacos anti- inflamatórios: • Fármacos que inibem a enzima ciclo- oxigenase (COX) – os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e os coxibes. • Fármacos antirreumáticos – os antirreumáticos modificadores da doença (ARMDs), incluindo alguns imunossupressores • Os glicocorticoides. • Anticitocinas • Anti-histamínicos e fármacos usados para controlar a gota b. Mecanismo de ação. -Inibidores da ciclo-oxigenase • Efeito anti-inflamatório: a diminuição da prostaglandina E2 e da prostaciclina reduz vasodilatação e, indiretamente, o edema. O acúmulo de células inflamatórias não sofre redução direta. • Efeito analgésico: diminuição da geração de prostaglandinas significa menos sensibilização de terminações nervosas nociceptivas aos mediadores inflamatórios, como a bradicinina e a 5-hidroxitriptamina. O alívio da cefaleia provavelmente decorre da diminuição da vasodilatação mediada pelas prostaglandinas. • Efeito antipirético: no sistema nervoso central a interleucina-1 libera prostaglandinas, que elevam o ponto de ajuste hipotalâmico para o controle da temperatura, causando febre. Os AINEs impedem esse mecanismo. AINEs importantes são aspirina, ibuprofeno, naproxeno, indometacina, piroxicam e paracet. Agentes mais modernos com inibição mais seletiva de COX-2 (e, desse modo, com menos efeitos adversos sobre o trato gastrointestinal) incluem celecoxibe e etoricoxibe. Além da inibição da COX, outras ações podem contribuir para os efeitos antiinflamatórios de alguns AINEs. Os radicais reativos de oxigênio produzidos por neutrófilos e macrófagos estão implicados na lesão tecidual em algumas afecções, e alguns AINEs (p. ex., sulindaco) têm efeito removedor (scavenging) de radicais de oxigênio, bem como atividade inibitória da COX, e assim podem diminuir a lesão tecidual. A aspirina também inibe a expressão do fator de transcrição NFκB, que tem papel-chave na transcrição dos genes de mediadores inflamatórios. c. Efeitos terapêuticos. -Efeitos anti-inflamatórios Os AINEs reduzem aqueles componentes em que as prostaglandinas, principalmente as derivadas de COX-2, desempenham um papel significativo. Entre esses componentes estão a vasodilatação (por redução da síntese de prostaglandinas vasodilatadoras) e o edema da inflamação, pois a vasodilatação facilita e potencializa a ação dos mediadores que aumentam a permeabilidade das vênulas póscapilares, como a histamina Apesar de eliminarem os sinais e sintomas da inflamação, os AINEs apresentam pouca ou nenhuma atividade sobre a doença crônica de base propriamente dita. -Efeitos antipiréticos centro no hipotálamo controla o equilíbrio entre a produção e a perda de calor, regulando assim a temperatura corporal normal. A febre ocorre quando há um desequilíbrio deste “termostato” hipotalâmico que aumenta a temperatura corporal. Os AINEs “reajustam” o termostato. Uma vez que haja retorno ao ponto de ajuste normal, os mecanismos reguladores da temperatura (dilatação de vasos superficiais, sudorese Isabela Paniago Sousa – P3 etc.) entram em ação para reduzir a temperatura. A temperatura corporal normal no homem sadio não é afetada pelos AINEs.2 Os AINEs exercem sua ação antipirética fundamentalmente através da inibição da produção de prostaglandinas no hipotálamo. Durante a infecção, endotoxinas bacterianas provocam a liberação da IL-1 dos macrófagos (Cap. 17). No hipotálamo, esta citocina estimula a geração de prostaglandinas do tipo E que elevam o ponto de ajuste da temperatura. A COX-2 pode ter participação no processo, porque a IL- 1 induz esta enzima no endotélio vascular no hipotálamo. Há evidências de que as prostaglandinas não são os únicos mediadores de febre e, por isso, os AINEs podem ter um efeito antipirético adicional por mecanismos ainda desconhecidos. -Efeitos analgésicos Os AINEs são eficazes contra a dor leve ou moderada, especialmente aquela originada de inflamação ou lesão tecidual. Foram identificados dois locais de ação. Na periferia, os AINEs reduzem a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores para mediadores da inflamação como a bradicinina (Caps. 18 e 42), e são, portanto, eficazes no tratamento de artrite, bursite, dores de origem muscular e vascular, odontalgia, dismenorreia, a dor do pós- parto e a dor por metástases ósseas. Todas as afecções estão associadas a aumento da síntese local de prostaglandinas como resultado de indução da COX-2. Isoladamente ou em combinação com opioides, diminuem a dor do pós-operatório e, em alguns casos, podem reduzir a necessidade de opioides em até um terço. Sua capacidade de aliviar a cefaleia pode estar relacionada à redução do efeito vasodilatador das prostaglandinas sobre a vasculatura cerebral. Além desses efeitos periféricos, há uma segunda ação central, possivelmente na medula espinal, menos bem caracterizada. As lesões inflamatórias periféricas aumentam a expressão da COX-2 e a liberação de prostaglandinas na medula, facilitando a transmissão das fibras de dor aferentes para os interneurônios no corno posterior ( d. Efeitos adversos. e. Principais representantes. -Aspirina -Paracet -Coxibes Pag 770 rang e dale f. Recomendações gerais de uso. Todos os AINEs, incluindo o ácido acetilsalicílico, têm eficácia aproximadamente igual, com poucas exceções – a tolmetina não parece ser efetiva no tratamento da gota, já o ácido acetil salicílico é menos efetivo do que outros AINEs (p. ex., indometacina) na EA. Por conseguinte, os AINEs tendem a ser diferenciados com base em sua toxicidade e custo-benefício. Por exemplo, • O uso do cetorolaco é limitado por seus efeitos colaterais gastrintestinais e renais. • Indometacina e a tolmetina são os AINEs associados à maior toxicidade • O salsalato, o ácido acetilsalicílico e o ibuprofeno são os menos tóxicos. Isabela Paniago Sousa – P3 Para pacientes com insuficiência renal, pode ser mais apropriado o uso de salicilatos não acetilados. O diclofenaco e o sulindaco estão associados a mais anormalidades das provas de função hepática do que outros AINEs. É provável que o celecoxibe, um inibidor seletivo da COX-2 de custo relativamente alto, seja mais seguro para pacientes com alto risco de sangramento GI, contudo esse fármaco pode estar associado ao maior risco de toxicidade cardiovascular. O celecoxibe ou um AINE não seletivo em associação ao omeprazol ou misoprostol podem ser apropriados para pacientes com risco extremamente alto de sangramento GI; nessa subpopulação de pacientes, esses fármacos mostram-se efetivos, apesar de seu custo elevado. Por conseguinte, a escolha de um AINE exige a consideraçãode sua: • eficácia, • custo-benefício, • segurança e de • vários fatores pessoais (p. ex., o outros fármacos que também estejam sendo administrados, o doença concomitante, o adesão ao tratamento, o cobertura pelo plano de saúde), Não existe um AINE que seja o melhor para todos os pacientes. Entretanto, pode haver um ou dois AINEs mais apropriados para determinado indivíduo. 1) Considerações gerais sobre o sistema imune. 2) Fisiopatologia da inflamação e mediadores inflamatórios.
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